por Niko Bolontrin
Todo respeito ao Messi, um dos maiores jogadores de todos os tempos. O argentino para efeito da história do futebol encerrou a carreira de verdade ao ganhar a Copa do Catar. Ao decidir ir para Miami jogar em um obscuro Internacional ele tomou uma decisão pessoal em interesse da família. Futebol não contou.
É patético ver um jogo de futebol em Miami.Tudo parece falso, a torcida organizada, a plateia e o jogo de baixo nível técnico. Em torno da estrela Argentina há um deserto técnico, com exceção, em monentos, de Jordy Alba e Busquet.
Ver Messi em campo virou uma atração turística como os golfinhos amestrados, como o Pateta e Mickey. Os promotores dos jogos levam artistas de Hollywood para badalar o evento. Alguns vão embora depois da foto sem entender xongas do que vêem em campo. Messi sofre para dar algum coletividade ao soccer, como o nome diz, mas é difícil. Nas arquibancadas, brancos americanos até tentam entender o jogo mas ao chegar logo querem saber quem é o quarter back. O estádio não tem mais do que 20 mil lugares não totalmente ocupados. A maioria "latinos", como segrega a receita racista dos Estados Unidos, um balaio onde cabem todos os não brancos, mexicanos, colombianos, venezuelanos, brasileiros etc. Nas arquibancadas aparecem uns animadores de torcida que ganham por hora cujo entusiasmo parece mais falso do que nota de três dólares. Eles gritam na hora errada e comemoram até quando a bola sai na linha de fundo. Vai ver pensam que é um touch down. Há suspeitas de que os organizadores incluem na TV e nos estádios um play back da torcida vibrando e enlouquecida. O som não combina com a imagem da galera parada como se estivesse em um velório. A maioria não parece concentrada, nem vibra diante de um chute perigoso ao gol como faz o torcedor brasileiro, inglês, espanhol, italiano, alemão ou argentino.
Repito: todo respeito ao Messi, que faça bom uso dos dólares, mas é triste vê-lo no meio de mais essa tentativa de tornar o soccer esporte de massa no país do football jogado com as mãos, do baseball, do basquete e do hockey. Nos anos 1970, levaram Pelé e Beckenbauer para o Cosmos. Deu em nada. Depois, o inglês Beckham tentou impulsionar o Los Angeles. Mixou. Agora sobrou para o Messi.
Para sair do vexame de Miami, o argentino tem uma saída: jogar a Copa de 2026 sediada por Estados Unidos, México e Canadá e encerrar sua carreira em grande estilo.
Lembrando que dos três países-sede apenas o México tem o futebol originário como esporte nacional. E a próxima Copa recebera 48 seleções. Isso, 48. Prepare-se para ver peladas monumentais.
Por fim, um teste: cite agora, sem consultar o Google, um meio campo norte- americano talentoso, nomeie um grande atacante canadense.
Pois é.
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