terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Martins, do Novo Mundo, nas páginas do Globo


por Gonça
Olha o homem aí no Segundo Caderno do Globo. Deu na coluna Gente Boa, hoje assinada por Cleo Guimarães. Antonio Martins Loureiro, 72 anos, o Martins do Novo Mundo. Barman que viu passar pela luz difusa do bar (hoje ele atende no mezzanino, mas estou falando do terrítório escurinho, com poltronas largas e verdes, mesas redondas com tampo de mármore, balcão de couro também verde, com um certo jeitão de pub) presidentes, políticos, artistas da TV, e gerações de jornalistas da Manchete, estes, simples artistas da vida. Na coluna, Martins lembra que o consumo de drinques mudou: "Servia muito Dry Martini, Cuba Libre e gin tônica", hoje o pessoal só pede uísque, cerveja e caipirinha". Recetemente, como este blog publicou, um grupo de ex-funcionários da Bloch voltou ao Novo Mundo e reencontrou o caríssimo Martins, um autêntico personagem do Rio.

Fashion Week, por Heloisa Marra

Veja a cobertura da Fashion Week, em São Paulo, no portal G1, por Heloisa Marra. Clique AQUI

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Rio, 445 anos

por Gonça
O Rio comemora neste 20 de janeiro de 2010, 445 anos. Em 1965, a Seleções lançou um caderno especial sobre a cidade que festejava seu 4º Centenário. Para cantar o parabéns, a revista juntou um time de cronistas e celebrou o que o Rio tinha de melhor.
Henrique Pongetti, da Manchete, escreveu: "Rio de Janeiro porque era o dia de Ano-Bom, e porque se equivocaram julgando a entrada da barra o estuário de um manso e caudaloso rio. Ninguém quis depois retificar a certidão de nascimento".
Claudio Mello e Souza, sem saber que um dia a cidade sediaria os Jogos Olímpicos, definiu: "O Rio é uma bola. O Rio é uma boa praça. De esportes também".
Sérgio Porto traçou o mapa da noite com seus inferninhos, bares e botequins. Michel, Le Moulin, Monte Carlo, Beguin, Night & Day, Zum Zum, Jirau, Cangaceiro, Bottle's, Little Club eram os neóns que iluminavam então o Rio que não dormia.
Antonio Callado lembrou frases de escritores famosos submetidos à extrordinária beleza da cidade. Como Stefan Zweig: "Esta cidade das cidades torna o sonho real, mesmo na hora mais tenebrosa, pois não existe no mundo cidade capaz de oferecer maior consolo". O filósofo alemão Konrad Guenther descreveu assim uma das muitas subidas de bondinho ao Pão de Açúcar: "Por cima e por baixo, um oceano de estrelas. A gente sente que desatracou da realidade".
Já Vivaldo Coaracy, autor de Memórias da Cidade do Rio de Janeiro, escreveu sobre as lendas que o mar, as montanhas e as ilhas da baía guardam das batalhas sangrentas que demarcaram esta terra. Uma delas, a da ilha de Mocanguê, hoje uma base de submarinos quase encoberta pela Ponte Rio-Niterói, onde houve um decisivo combate de canoas, Araribóia à frente. "Reza a lenda, o Santo Padroeiro da cidade desceu em pessoa para lutar e assegurar a vitória à brava gente de Estácio de Sá". Quem é o Santo Padroeiro? Está falando com ele, o próprio, o soldado Sebastião que o Rio celebra neste dia 20.
Pra terminar, uma palinha de Machado de Assis: "Falo da minha terra, e a terra natal, mas que não seja uma aldeia, é sempre o paraíso do mundo. Em compensação do que não lhe deram ainda os homens, possui ela o muito que lhe deu a natureza, a sua magnífica baía, as montanhas e colinas que a cercam, e o seu céu de explêndido azul". O Bruxo do Cosme Velho falou e disse. 

A capa do especial de Seleções...


...e anúncios em homenagem à cidade, do BEG..

...do Belcar Rio, da Vemag...


...da Panair...

...da Mercedes (o ônibus é o 484)



o da Shell com o símbolo do 4º Centenário.








Jânio Quadros entra de vassoura no cinema e na TV

por Eli Halfoun
Nossos presidentes, que sempre foram bons atores, estão mesmo ficando cinematográficos. Agora é a vez de Jânio Quadros que pelo menos fisicamente tem muito a ver com Groucho Max. O presidente vassourinha ganhará um seriado de 12 capítulos, além de um longa-metragem. O projeto está sendo desenvolvido pelo ator e diretor Paulo Figueiredo e pretende conseguir verba de R$ 13 milhões para a sua realização. Sabe-se que o roteiro mostra a trajetória de Jânio desde seu início político como vereador, época em que fazia campanha em ônibus e andava com um sanduíche de mortadela no bolso. A trajetória irá até sua chegada à Presidência da República, incluindo, é claro, suas inusitadas proibições entre as quais a de uso do biquíni nas praias. Tanto o filme quanto o seriado relembrarão que Jânio era um perfeito construtor de frases complicadas, professor de português e também, segundo os mais íntimos, um grande conquistador. Pelo visto varria tudo o que via pela frente.

Programas religiosos já dominam nossa televisão

por Eli Halfoun
As igrejas evangélicas estão virando um grande negócio (já existe praticamente uma em cada esquina) e transformando a televisão em um grande templo. É o que se pode deduzir diante de um levantamento feito pelo jornalista Giba Um em recente noite de sábado. Na noite da pesquisa (e provavelmente nas outras também) a CNT veiculava 12 horas de programação religiosa e nenhuma produção própria; a Band exibiu 21 programas dos quais 7 eram religiosos, 8 de televendas, 3 produções próprias e um filme erótico enquanto a Rede TV tinha nesse mesmo dia 28 programas: 9 religiosos, 7 de vendas e 6 produções da emissora. Como se percebe, só nos resta rezar para que pelo menos a criatividade volte a ser a fé maior das nossas emissoras de televisão.

Rumo ao batente

domingo, 17 de janeiro de 2010

Calor

Rio solar

Mais...

Verão em p&b

Sarmento, coração de repórter


por Gonça
Entre outros veículos, como O Globo e Correio da Manhã, o repórter Luiz Carlos Sarmento trabalhou na Manchete e Fatos&Fotos. Tinha alma e coração de repórter. Eu o conheci em 1985 na Fatos, publicação dirigida por Carlos Heitor Cony. Na época, Sarmento, com a garra que o caracterizava, cobriu a doença e morte de Tancredo Neves, o caso Baumgarten e outros. Era um jornalista de ação, acho que não buscava os fatos, os fatos o procuravam. Deve estar de plantão nas nuvens, para onde um infarto o levou em 2005. Em 2008, José Amaral Argolo e Gabriel Colares Barbosa lançaram "Luiz Carlos Sarmento, Crônicas de uma Cidade Maravilhosa", pela E-papers Serviços Editoriais (o livro, que é uma merecida homenagem ao nosso caro Sarmento, está à venda no site da E-papers em versão impressa e eletrônica (clique AQUI). Um dos episódios narrados pelos autores é justamente sobre o repórter Marcelo Escobar e o fotógrafo José Avelino, citados no post abaixo. Sarmento estava escalado para ir à Bolívia no lugar do Escobar. Mas os dois resolveram disputar no cara ou coroa. Escobar ganhou e partiu para a sua derradeira cobertura. Durante anos, Sarmento não se perdoou, sentia-se culpado pela morte do amigo já que a missão era inicialmente sua. Esta e outras histórias estão no livro que tem depoimentos de jornalistas que trabalharam com Sarmento, como Carlos Heitor Cony e Zevi Ghivelder.

Da rua Frei Caneca...


O boa praça Amaro, padrasto da Eliane Peixoto, conversa, na foto, com Lincoln Martins e Marcelo Horn. Ao saber que entre os amigos da aniversariante havia colegas da Manchete, Amaro revelou que era o proprietário da barbearia em frente à antiga sede da Bloch na rua Frei Caneca. Nos anos 50 e 60, tinha entre seus clientes os fotógrafos Gervásio Batista e Juvenil de Souza, além de Oscar Bloch, Dirceu Nascimento e muitos outros. Amaro contou que conheceu também o repórter Marcelo Escobar e o fotógrafo José Avelino, da Fatos e Fotos, que morreram em um desastre de trem na Bolívia. 

Por que, DETRO?

deBarros conta
O Detro é um órgão do Detran regulador e fiscalizador de transportes coletivos. No ano passado, esse órgão conseguiu, depois de uma campanha de perseguição, acabar com o transporte coletivo de Vans tanto na cidade como nas estradas. Essa prestação de serviço de vans, para a região não só dos Lagos, praticamente acabou. A Rodovan, uma cooperativa de motoristas de Vans, que atendia o trajeto Rio – Cabo Frio, além de outros municipios, mantinha esse serviço com um número de 40 vans, mais ou menos, ficou reduzida a não mais de 8 veiculos e o seu trajeto para o Rio e vice e versa passou a ser através da Serrinha, pela Rodovia Amaral Peixoto, o que aumenta a viagem em mais de meia hora. Essas vans, durante o percurso que levava uma média de 2 a 3 horas, paravam em determinados bares para descanso e uso de toiletes.
Enquanto isso, os ônibus ficaram, praticamente, donos das estradas. As empresas não renovam as suas frotas e o pior, esses ônibus, que percorrem trajetos de duas a três horas puxados, nas estradas, não têm banheiros no seu interior. O passageiro, quando é moço, ainda se contém, mas e os passageiros mais idosos? Como se arrumam enfrentando situaçòes constrangedoras ao ter uma incontinência urinária?
Aqui fica a pergunta: por que o Detro, que foi tão eficiente na ação contras as vans, acabando com o ganha- pão de algumas centenas de motoristas, eliminando ao mesmo tempo um transporte alternativo para outros municípios, não é eficiente na fiscalização dos onibus intermunicipais? Não seria o caso de exigir que esses veículos tivessem banheiros em seus interiores? Afinal, por que acabaram com esse transporte alternativo das vans que atendia tão bem aos usuários viajantes?

Parabéns, Eliane


Na foto, Eliane, a aniversariante antes...


...do samba esquentar a festa


Jussara Razzé

Eliane e Lincoln Martins

Eliane e turma

ainda da cobertura do prédio de Eliane


A bela vista (em P&B nostálgico) do terraço da casa da aniversariante