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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Passaralho no Globo atinge repórteres e até colunistas "cardeais"

Desde ontem circula nas redes sociais um extensa lista de jornalistas demitidos do jornal O Globo. Além de repórteres e editores sumariamente afastados, fala-se que colunistas alinhados com o grupo também foram atingidos. No caso, perdem colunas diárias e sofrem cortes de salários. Como algumas colunas passam a ser semanais, os titulares teriam os salários renegociados para baixo em função da diminuição de jornada. 

É preocupante a situação dos meios de comunicação, notadamente das versões impressas dos veículos. 

Um tema a ser estudado: impressos entraram em crise no mundo inteiro, mas no mundo desenvolvido, importantes veículos impressos já encontraram um modelo de negócios que abre perspectivas de sobrevivência. Não precisa acabar tão rápido. The New York Times é o exemplo mais evidente. Mas há vários outros. França e Portugal ainda exibem em bancas uma grande variedade de títulos de revistas, por exemplo. No Brasil, o quadro para os impressos é de acelerada devastação. Um apocalipse visível na decadência das bancas de jornais transformadas em mercearias. A velocidade com que o setor desaparece aqui merece uma análise. É porque somos subdesenvolvidos ? (sim, o rótulo que andava disfarçado de "em desenvolvimento" voltou); temos péssima distribuição de renda e as pessoas estão preocupadas em comer e não em comprar jornais e revistas?; temos um alto índice de desemprego e subemprego?  

Claro, a Covid-19 impacta todos setores. Mas é bom lembrar que a economia, no Brasil, já estava no chão antes da pandemia.

Ou será porque a mídia ajudou a implodir o país institucionalmente com mais um golpe, pelo qual trabalhou intensamente, entre os vários que defendeu ao longo da história. Ou será porque apoia incondicionalmente uma política financeira predadora ditada pelo mercado e seus prepostos, como o especulador Paulo Guedes, que só pensa nas fórmulas neoliberais de Pinochet para o qual trabalhou? 

Seja qual for a resposta, não se pode brigar com os fatos. O país, com a intensa ajuda da mídia, foi jogado em um abismo político, social e econômico. 

O resultado aí está. Pena que os trabalhadores recebem a bordoada.