Papa Francisco, na Praça de São Pedro, em Roma, durante celebração do Corpus Christi, ontem. Foto L'Osserrvatore Romano |
por Eli Halfoun
“Todo mundo tem pecados. Até
o Papa os tem” - a frase do Papa Francisco, dita há dias, pode ser recebida de
várias formas. Sem querer entra em discussão religiosa (essa não é a minha
praia) acredito que a corajosa declaração do Papa Francisco é mais do que um
ato de coragem e serve para humanizar a figura do Papa, que não é nenhum santo,
embora muitas vezes assim seja tratado. O Papa é um homem comum como qualquer
um de nós e não é anormal é nada que tenha cometido pecados. Pecados fazem
parte da história do homem (assim é foi escrita), seja religiosa ou não. É essa
história humanizada que o Papa Francisco pode ajudar a reescrever,
especialmente no segmento religioso. O Papa Francisco está mostrando aos seus
milhões de fiéis espalhados pelo mundo que é um homem comum e como todo o homem
um pecador. Mostra também o quanto é importante o homem conscientizar-se dos
próprios pecados simplesmente para não voltar a cometê-los. Só assim o tão esperado
perdão de Deus poderá realmente acontecer. Importante é que o pecador aprenda a
perdoar a si mesmo para que possa obter outros perdões sabendo que nem sempre e
nem tudo na vida tem perdão. (Eli Halfoun)