por Eli Halfoun
Termina nessa sexta-feira (dia 2) a
novela “Além do Horizonte”. Não se pode dizer que foi uma ótima novela, mas
também não se deve menosprezar a intenção da Globo de produzir sua primeira
experiência com uma, digamos, novela de aventura. Se fosse um dos “indianas
jones” da vida a novela de Marcos Bernstein e Carlos Gregório certamente teria
merecido mais atenção e elogios da crítica e do público, o que só não aconteceu
porque tanto um (crítica) quanto outro (público) passaram o tempo todo
desconfiados, mas a partir de uma fase mais digamos aventureira a novela
mostrou o que pretendia e sem desprezar as tramas de amor que são sempre as que
mais mobilizam os telespectadores.
“Além do Horizonte também não exigiu
muito de seu elenco que cumpriu direitinho o que lhe era proposto. Resultado: a
novela deu pé e termina como todos esperavam: os casais juntos e resolvidos
(haverá um casamento coletivo na fictícia Tapiré, a prisão da vilã Tereza que
Carolina Ferraz construiu com muito charme e a morte de LC (Antonio Calloni) morrerá como vítima de sua própria máquina que
terá problemas no momento em entrar nela em busca da tão sonhada felicidade
eterna. Os casamentos unirão Lili e Marlon, Celina e William, Pri e Marcelo e
outros. Heloisa e Thomaz terminam juntos e felizes, mas sem casamento. Ana
Fátima e Rafa também termina juntos e saem viajando pelo mundo. No final a
novela não deixará nada mal resolvido e mesmo sem os aplausos generosos do público
e da crítica ficará a novela ficará na história da teledramaturgia como uma boa
e até bm sucedida experiência e uma importante mensagem: a de que a felicidade
total e eterna não existe. Portanto importante é ser feliz agora. O resto é
esperança e convenhamos que esperança é fundamental, mas não é felicidade (Eli
Halfoun)