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domingo, 10 de janeiro de 2016

Corra que o míssil vem aí... Trapalhada faz arma de guerra americana ser despachada, por engano, em vôo para Cuba










por Niko Bolontrin
Um míssil Hellfire que foi enviado pelos Estados Unidos para a Europa acabou em Cuba. Segundo matéri do site da BBC, a arma destinava-se a treinamento militar na Alemanha, em 2014. O míssil, guiado a laser, equipa helicópteros ou drones pode ser utilizado para ataques ar-terra, especialmente contra blindados. O mais incrível da história é que o Hellfire havia sido despachado como bagagem comum em avião de passageiros e foi extraviado na volta da Europa. Em vez de ser embarcado para a Flórida, foi despachado no Charles De Gaulle em um vôo da Air France para Cuba. Desde 2014, os Estados Unidos pedem que Cuba devolva a arma. Os cubanos não se manifestaram ainda, já que consideraram "agressiva"  e "suspeita" a remessa de um míssil para o país. Segundo o governo americano, o míssil estava desarmado.
Saiba, então, que no seu vôo transcontinental em um avião civil você poderá estar sentado sobre mísseis enquanto toma um tinto servido pela tripulação.
Isso lembra uma história trágica. Em 1973, um Boeing, da Varig, que decolara do Rio, pegou fogo e caiu pouco antes de aterrissar no aeroporto de Orly, em Paris. Morreram 123 passageiros. Oficialmente, o incêndio em pleno vôo teria sido provocado por um cigarro aceso no banheiro. Desde então, as companhias aéreas instituíram a proibição de fumar a bordo. A maioria dos passageiros foi asfixiada pela fumaça. Entre os mortos estavam o canto Agostinho Neto, o presidente do Senado, Felinto Muller, a socialite Regina Lecléry e os jornalistas Julio Delamare e Antônio Carlos Scavone. Extraoficialmente, houve rumores, na época, de que o jato da Varig transportava no bagageiro alguns mísseis que eram levados para revisão na França. Essa versão, jamais confirmada, foi considerada fantasiosa. De qualquer forma, é espantoso saber, 43 anos depois, que vôos civis podem transportar armas de guerra.