Bruna Linzmeyer, a Linda, de "Amor à Vida". Foto: João Cotta/TV Globo/Divulgação |
por Eli Halfoun
É sempre assim: quando se aproxima o final de
uma novela de sucesso a mídia se encarrega de anunciar o que acontecerá e embora
muitas vezes revele exatamente como será o final de cada personagem estabelece
também um punhado de desmentidos do autor que, para colocar mais lenha na
fogueira de adivinhações, passa a dizer que escreveu vários finais
para os principais personagens e que as gravações só acontecerão na véspera da
exibição do capitulo final. Não é e nunca foi verdade, mas sempre funcionou
para ajudar a aumentar a expectativa do público. A televisão não tem condições
técnicas e materiais de gravar tantos finais quanto a imaginação dos autores
gostaria.
Para o final de “Amor à
Vida” no próximo dia 31, fala-se na revelação de que Pilar também é vilã da trama
porque matou a tia de Paloma (mãe de Aline) no mesmo “acidente” que deixou
Mariah, a mãe de Paloma, em uma cadeira de rodas.
Outro final que tem merecido
muitas especulações é em torno do personagem Felix: o autor promete uma grande
surpresa embora todos saibam que ele casará com Nico e tomará para si a
responsabilidade de cuidar do pai cego e deficiente físico que tanto o
maltratou. Só falta revelar que Felix nunca foi gay (só fingiu) e que não é
filho de César, mas sim de um amante de Pilar.
São muitas também as especulações em torno do
final da personagem Linda que segundo se garante, terá um final feliz ao lado
de Rafael e que o casal poderá inclusive ter um filho, o que não é tão incomum
em casais que tem um autista. Na reta final da novela, a personagem
maravilhosamente interpretada por Bruna Linzmeyer está merecendo o destaque que
o autor pretendia quando criou a personagem exatamente para colocar em discussão
a sempre mal resolvida questão do autismo. Através de Linda e do impecável
trabalho de Bruna que sem dúvida arrebata e emociona qualquer telespectador
“Amor à Vida” mostra como é importante que o autista seja tratado com
naturalidade e que sua vida e sentimentos sejam respeitados para não permitir
que o autista fique “engaiolado” dentro de si mesmo e de suas próprias emoções.
Emoções boas e reais são ainda melhores quando distribuídas
com todos. (Eli Halfoun)