Empresários formando facção para conspirar contra a democracia não é novidade no Brasil. O livro "1964- a Conquista do Estado", de René Dreyfus, expôs, com nomes, a conspiração no meio fomentada pelo Ibad e outras instituições. Durante a ditadura, um grupo de empresários também amplamente conhecidos financiou a instalação de centros de tortura e assassinatos de opositores do regime militar.
Uma das mensagens dos bolsogolpistas |
O bolsogolpísta acima lamenta que o golpe não tenha acontecido em 2019. |
Por isso, não foi surpresa a revelação do jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, sobre a discussão em um grupo do WhatsApp, chamado Empresários & Política, de um golpe de Estado, caso Lula vença as eleições. Obviamente, sentem-se amparados pelo bolsogolpismo. Ontem, durante entrevista ao Jornal Nacional, Jair Bolsonaro não se comprometeu a respeitar o resultado das urnas se não for reeleito.
Por solicitação do ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE, a PF abriu investigação sobre alguns dos bolsogolpistas, que atacam o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal. São alvos da operação desta terça oito empresários que fazem parte da citada facção do zap: Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia);José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luciano Hang (Havan); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).