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quarta-feira, 13 de março de 2024

Publimemória: com a decadência do meio impresso, a criatividade e a ousadia do passado foram banidas da publicidade

 


por Ed Sá 

Este anúncio da DeMillus foi publicado em 1997 na Revista Cláudia, da Abril. Atualmente, uma peça dessas seria inimaginável. A decadência do meio impresso, especialmente revistas, também atingiu a propaganda. O maior volume de anúncios é hoje veiculado na internet, principalmente em redes sociais de pessoas com alcance na casa de milhões de seguidores. A Manchete, nos seus melhores tempos e nas edições semanais, chegou a alcançar 400 mil exeplares. Em edições especiais como de carnaval, visita do papa ao Brasil, acontecimentos relevantes ou mortes de celebridadess duplicava e até triplicava esse número. Para referência, os rapazes e moças que estão no atual BBB 24, atingem de 400 mil a 7 milhões de acessos. Com raríssimas exceções, os publicitários, mesmo os mais criativos, ainda não se sentem à vontade com a linguagem da internet. A maioria faz peças simples na carona dos influenciadores. Na revistas e na TV os anúncios ganhavam destaque visual. Na internet que, é claro, atinge muitos milhões de consumidores, a maioria clica no "pular" e mesmo assim, em poucos segundos a mensagam básica é transmitida sem sofisticação ou criatividade. O "santo gral" da publicidade passou a ser criar uma mensagem que "viralize" sem "agredir" o código moral do Instagram, You Tube, Facebook e outros gigantes. 

Hoje, o anúncio acima seria provavelmente banido por sexualizar a mulher.