Mostrando postagens com marcador 50 anos da morte de Che Guevara. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 50 anos da morte de Che Guevara. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Há 50 anos, Che Guevara foi assassinado na Bolívia. Seis anos antes, o guerrilheiro foi capa da Manchete, fotografado por Gervásio Baptista

Segundo o site Sputnik Brasil, o presidente boliviano, Evo Morales, promoverá vários atos no dia 9 de outubro, em homenagem ao guerrilheiro argentino Ernesto "Che" Guevara. Há 50 anos, o guerrilheiro, um dos líderes da Revolução Cubana, foi assassinado na Bolívia, um dia depois de ter sido capturado e ferido, quando tentava ampliar a luta armada na América do Sul então dominada por ditaduras militares. Autoridades, parentes de Che, líderes de movimentos sociais e ex-combatentes cubanos participarão das homenagens.

Reprodução do livro "Cuba por Korda" (Cosacnaify)
Ninguém cobriu melhor a trajetória da Che Guevara desde os primeiros combates na Sierra Maestra até a vitória e os dias de governo, em Havana, do que o fotógrafo Alberto Korda.

É dele, como se sabe, a mais famosa foto do guerrilheiro (na sequência ao lado, em reprodução de contato). "Ao pé da tribuna, coberta com crete preta, o olho fixado na minha velha Leica, eu metralhava Fidel e todos aqueles que os cercavam. De repente, através da objetiva de 90mm, surgiu Che. Seu olhar me espantou...", contou o fotógrafo no livro "Cuba por Korda".

Mas os arquivos desaparecidos da Manchete guardavam algumas fotos, se não tão icônicas, também históricas.

Quando visitou o Brasil, em 1961, como ministro das Indústrias de Cuba, Guevara foi recebido e condecorado por Jânio Quadros. Passou apenas algumas horas em Brasília. Tempo suficiente para Gervásio Baptista registrar a visita do guerrilheiro e garantir a capa da Manchete daquela penúltima semana de agosto. Gervásio conta que trocou algumas palavras em portunhol com Guevara:

- "Donde está el cigarrón que usted usa?”, perguntou. 

- "No es cigarrón, eso es puro de Cuba, cigarrón es cosa de americano”, respondeu o guerrilheiro.

Capa da Manchete em agosto de 1961.

.
Reprodução

Reprodução
Em outubro de 1992, 25 anos depois da morte de Che Guevara, Manchete relembrou
o guerrilheiro em uma Viagem Imaginária, seção da revista que
revisitava a vida e os cenários de figuras históricas.
Na foto de abertura, o busto de Guevara em La Higuera,
local onde foi executado um dia depois de ser capturado
pelo exército boliviano.