por O.V. Pochê
Uma equipe de jornalistas de uma afiliada da Globo, a TV Centro América, de Mato Grosso, foi expulsa de um evento do qual participava o elemento Jair Bolsonaro, vulgo "presidente'. As vítimas foram conduzidos à saída por seguranças e sob ameaça de prisão. Jornalistas de outros veículos permaneceram no local. Se não se retiraram em solidariedade aos colegas foi por dois motivos: ou são bolsonaristas ou se acovardaram mesmo.
Aparentemente é uma demonstração - e fatos semelhantes já ocorreram em outras ocasiões e locais - de que o indivíduo em questão, branco, cabelos oleosos, dentes inferiores irregulares e aparentemente agressivo, atualmente investigado pela justiça, já tem os seus "tontons macoutes". Para os mais novos, Tonton Macoute era o nome da violenta milícia pessoal de François Duvalier, antigo ditador do Haiti, e depois mantida pelo filho, Jean-Claude Duvalier, até 1986. Tonton Macoute é também uma expressão haitiana equivalente, no Brasil, ao bicho-papão. Era uma força paramilitar inspirada no fascismo.
No incidente em Mato Grosso, um major do exército, pago pelo povo e que deveria proteger o direito à informação garantido pela Constituição, ajudou os seguranças levarem a repórter Mel Marizzi e o cinegrafista Idemar Marcato, sob condução coercitiva, à saída da performance eleitoral do elemento em questão.
As vítimas passam bem. Já a liberdade de expressão está em coma induzida.
Um comentário:
Bolsonara tem sua base militar e paramilitar. Criveça tem seus guardiõea. O bolsonarismo tem seu milicianos. O Brasil está de volta á era dos jagunços
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