domingo, 2 de março de 2014

Rio: Na segunda divisão da samba, uma competição de primeira

O toque "impressionista" das baianas da Alegria da Zona Sul. Foto de Jussara Razzé

O Sambódromo: 30 anos esta noite. Foto de Jussara Razzé

A bateria da Tradição. Foto de Jussara Razzé

Tradição. Foto de Jussara Razzé

Tradição. Foto de Jussara Razzé

por Eli Halfoun
Cabe sempre uma comparação entre o futebol e as escolas de samba: a preparação é a mesma, o entusiasmo dos torcedores é só um pouco menor e a condução técnica e administrativa das escolas é tão séria e cansativa quanto a de um clube de futebol. Nesse aspecto podemos dizer tranquilamente que o chamado grupo A, o que desfilou na sexta-feira e no sábado, no Rio, é a segunda divisão das escolas de samba, o que significa dizer que também é uma competição que reúne bons times e garante ótimo espetáculo. Esse é o ponto: o desfile das escolas do grupo A não é menos animado e nem menos luxuoso do que o desfile do grupo especial, como se todas as escolas não fossem especiais para o samba e a platéia. Quem acompanhou as duas noites de desfile do grupo A aplaudiu um bom espetáculo - um espetáculo rico, colorido, repleto de gente bonita e, o que é mais importante, com o samba no pé e no coração.

Como no futebol também na segunda divisão do samba a muitas vezes a competição é mais emocionante até porque reúne alguns “times” que já fizeram a alegria de torcedores de times da hoje primeira (como nas escolas) para a qual sempre querem voltar Aí é um sobe e desce dos mesmos times chamados grandes, que caem um ano e no ano seguinte sobem. É só uma questão de competência. (Eli Halfoun)

Feriado bom é feriado em casa sem a tortura dos engarrafamentos

por Eli Halfoun
Depois de ver pela televisão a tortura dos engarrafamentos nas estradas (no Rio, São Paulo e certamente em todo o Brasil) só existe uma e inevitável conclusão: o melhor lugar para ficar no carnaval é em casa, onde estamos livres do desconforto de passar horas e mais horas dentro de um carro apertado e depois de horas quando chegamos às supostas cidades do prazer de descansar quatro dias o feriadão já terá indo para o espaço e a tortura será passar o resto dos dias pensando nos sacrifícios do retorno. Sempre foi uma dificuldade sair, por exemplo, do Rio para a região dos Lagos ou Serrana no carnaval, mas ultimamente virou um desafio quase intransponível.

 É claro que essa saída em massa está diretamente ligada a um melhor poder aquisitivo e ao aumento do número de carros (hoje só não tem carro e telefone celular quem não quer). Ficar em casa é aí sim descansar e passear sem maiores dificuldades: basta sair das áreas reservadas para a festa que estaremos em paz: restaurantes vazios, calçadas facilmente transitáveis que é a paz que procuramos quando viajamos para curtir o feriado em chamadas cidades de veraneio (e exploração). Para mim está decidido: feriadão bom é o que podemos passar em casa longe dos engarrafamentos monstruosos e de uma tortura irracional. Sabemos que será assim (e sabemos faz muito tempo). Então, o que nos leva a querer cometer esse sacrifício e enfrentar a tortura? (Eli Halfoun) 

sábado, 1 de março de 2014

Após os Jogos de Inverno, a atleta Jackie Chamoun enfrenta investigação ministerial no Líbano. Motivo: fotos que vazaram durante as competições em Sochi

Jackie Chamoun, atleta libanesa desafiou moralismo. Foto Reprodução Facebook

Essa foto, considerada mais ousada, resultou em investigação ministerial no Líbano. Foto Reprodução Facebook

Jackie Chamoun ao sol. Foto Reprodução Facebook
(da redação da JJcomunic)
A esquiadora libanesa Jackie Chamoun, 22 anos, não ganhou medalhas mas protagonizou uma das maiores  polêmicas nos recentes Jogos de Inverno de Sochi. É que durante as competições vazaram na internet fotos que a bela atleta fez para um calendário posando nas montanhas nevadas do seu país. Durante a Olimpíada, dirigentes chegaram a proibir que Jackie falasse com a imprensa em função da repercussão das fotos. Na época, ela pediu desculpas e avisou que estava focada na competição. De volta ao Líbano, fala-se que a atleta ainda é alvo de uma investigação ministerial. Embora seja um dos país mais liberais da região, o Líbano sofre a "patrulha" do conservadorismo religioso árabe. Jackie Chamoun tem recebeu apoio de fãs de todo o mundo.  

Leva esse Friboi pra lá... O diretor Fernando Meireles entrega: Roberto Carlos não tocou no bifão, continua vegetariano... Deu no Blue Bus

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Dica do Omelete: Sharon Stone, aos 56 e Kate Moss aos 40... capa não tem idade

Quase sessentinha, a atriz Sharon Stone é capa da Shape, um revista de boa forma. 
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Kate Moss fotografada por Terry Richardson para a Lui
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Dica do Omelete: Leticia Santiago, do BBB14, no Paparazzo

Letícia, do BBB14, no Paparazzo fotografada por Marcos Serra Lima
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O outro lado - Para entender Joaquim Barbosa - 1

por Paulo Moreira Leite para a Istoé - LEIA MAIS, CLIQUE AQUI

O outro lado - Para entender Joaquim Barbosa -2

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O outro lado - Para entender Joaquim Barbosa - 3


(do GGN)
Segundo o repórter Felipe Racondo, setorista do Estadão no STF, na época Joaquim Barbosa criticou o relatório do Procurador Geral da República Roberto Gurgel, considerando-o falho e inconsistente, e sem provas contra José Dirceu. E disse temer que, se a pena por formação de quadrilha fosse pequena, ocorreria a prescrição do crime.
Essa foi a razão de não ter desmentido Luís Roberto Barroso, quando este denunciou a manobra, limitando-se a ofendê-lo.
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O outro lado - Para entender Joaquim Barbosa - 4


(do Diário do Centro do Mundo)
por Paulo Nogueira
As palavras de JB depois da espetacular – e merecida – derrota na questão da quadrilha mostram alguma coisa que está entre dois extremos.
Ou ele foi muito calculista ou sucumbiu a uma explosão patética ao insultar os colegas do Supremo que ousaram não acompanhá-lo em sua louca cavalgada.Ele ofendeu também Dilma, por sugerir que ela colocou Barroso e Teori no SFT para mudar as coisas no julgamento.Um dia os pósteros olharão para o destempero de JB e pensarão: como um presidente do STF pôde descer a tal abismo de infâmia?Se havia sinais de que o grupo de ministros do Supremo é uma orquestra completamente desafinada, agora ficou claro. E isto é uma tragédia para o país.
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Deu no Observatório da Imprensa: "Mancheteiros e Explicadores"



Mancheteiros’ e ‘explicadores’
por Carlos Castilho (do Observatório da Imprensa)
Uma nova migração de grandes nomes do jornalismo norte-americano sinaliza uma tendência inovadora, alimentada pela internet, no mercado da notícia. Trata-se de uma segmentação das prioridades editoriais em duas áreas diferentes: a da noticia dura (números, fatos ou eventos), base de manchetes que atraem o público; e a dos “explicadores”, profissionais experientes que acumularam conhecimentos em temas específicos.
Nos últimos meses, pelo menos doze grandes nomes do jornalismo impresso nos Estados Unidos migraram para projetos nascidos na internet, trocando salários altos e estabilidade por risco e liberdade de criação. A troca de emprego pode ter sido determinada por interesses puramente pessoais, mas ela revela uma mudança mais profunda e que altera o panorama da imprensa tradicional pré-internet.
O fenômeno dos “explicadores” resulta da combinação da crescente complexidade dos fatos noticiados em manchetes e com a frustração de profissionais capazes de explicar o contexto ampliado do que anunciamos nos veículos de comunicação jornalística. Perplexo e desorientado pelo bombardeio diário de notícias, o público começa agora a procurar referências capazes de ajudá-lo a entender o caos informativo da era digital.
Trata-se de um novo nicho de mercado surgindo na área jornalística que, curiosamente, está sendo mais explorado por independentes e por empresas de base tecnológica do que pela imprensa convencional. Os explicadores, em sua quase totalidade, foram formados nas redações de grandes jornais, revistas ou emissoras de televisão.

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Duas mulheres comandam o Jornal Nacional no dia da mulher

por Eli Halfoun
O Jornal Nacional do próximo dia 8 dedicará atenção especial ao Dia Internacional da Mulher e pela primeira vez terá duas apresentadoras e nenhum apresentador na bancada. O JN será apresentado por Patrícia Poeta e Sandra Annenberg. Da mesma forma que a Globo fará justiça à sua melhor apresentadora, é o momento de fazer justiça com muitas outras mulheres competentes e que estão a merecer melhores chances no mercado de trabalho. É verdade que as mulheres já conquistaram um enorme e merecido reconhecimento, mas ainda é pouco para quem tem a maior responsabilidade do mundo: gerar vidas e construir famílias felizes. (Eli Halfoun)

Gabi perde programa e deixa de ser quase proibida

por Eli Halfoun
A programação que o SBT exibirá esse ano não inclui o programa “Gabi Quase Proibida” em que a apresentadora de boas e respeitadas entrevistas conversava quase abertamente com seus convidados sobre sexo. Era um programa com o mesmo formato de todos os que Marilia Gabriela apresenta ou apresentou na televisão, ou seja, ela com competentes perguntas de um lado da mesa e o entrevistado do outro lado e nem sempre competente nas respostas. Não se pode dizer que o programa (Gabi negocia horário em uma emissora por assinatura) foi um grande sucesso, e muito menos inovador. De qualquer forma, abriu o diálogo para que a televisão converse mais e com seriedade sobre sexo. Não houve em nenhum momento a pretensão de ser um programa didático sobre o assunto que ainda é um tabu, mas deixou uma porta entreaberta para que a diversidade sexual entre de cabeça erguida para uma ainda e cada vez mais necessária discussão e aceitação. (Eli Halfoun)

Um festival de mesmice nos finais de noite da televisão

por Eli Halfoun
A partir desse mês de março, a televisão terá três programas idênticos (como se tudo não fosse sempre igual na TV) nos finais de noite: Jô Soares volta com seu esquema na Globo, Danilo Gentili estréia no SBT e Rafinha Bastos passa a comandar o novo “Agora é Tarde” na Bandeirantes. A audiência desse show de mesmice está nas mãos dos digamos entrevistadores que farão a diferença como condutores do esquema que resiste há anos nos Estados Unidos. Não se pode esperar muito de nenhuma das três, digamos, novas atrações. A melhor definição desse esquema simples é a da repórter Isabella Moreira Lima em reportagem na Folha de São Paulo. Fala Isabella: “A banda toca. O apresentador egresso dos palcos de humor saúda a platéia e inicia um discurso cheio de gracinhas. Vai à mesa e chama o convidado. O auditório aplaude. Ele inicia uma conversa amistosa. De novo gracinhas e por saí vai. A descrição é do “Late show with David Latterman”, um dos mais célebres talk shows americanos. Sim também serve para Jô Soares, Danilo Gentili e Rafinha Bastos”. Se encaixa como uma luva. (Eli Halfoun)

“A Grande Família” diz adeus, mas fica eterna na memória do público

por Eli Halfoun
Até o que é bom precisa dar um tempo para não enjoar. É o que acontecerá com o programa “A Grande Família”. Depois de 30 anos como uma das mais bem sucedidas atrações da Globo o programa terá esse ano sua última temporada. Sai do ar fazendo história na televisão. Não duvido nada se daqui a uns dois ou três anos a ótima criação de Oduvaldo Vianna Filho e Armando Costa recupere espaço até porque o público jamais esquecerá de “A Grande Família”. O que é bom pode até enjoar um pouquinho, mas é definitivo. (Eli Halfoun) 

2014: um ano que vai começar sem acabar

por Eli Halfoun
Se não estivéssemos em um ano atípico poderíamos dizer que, como sempre, o ano começará efetivamente depois do carnaval. Dessa vez não será assim: depois do carnaval vem Copa do Mundo, em seguida eleições e aí novamente Natal e Ano Novo, de onde se conclui que 2014 só começará mesmo em 2015. Esse aglomerado de feriados é muito bom para o trabalhador (às vezes, não, porque nos faz gastar o que nem temos), mas representa enorme prejuízo para o país que deixa de produzir e perde muito tempo e dinheiro. Aí o azar e é nosso. Como sempre. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um show de imagens que faz de “Em Família” um belo filme

por Eli Halfoun
Se outras virtudes não tivesse (e tem várias) seria recomendável acompanhar ”Em Família” apenas pelas imagens que o diretor Jayme Monjardim e sua equipe nos oferecem diariamente. Monjardim tem formação de cinema (é ótimo diretor) e sabe utilizar como ninguém os recursos cinematográficos que a televisão também permite e exige, até porque televisão é acima de tudo imagem. As recentes cenas de Giovana Antonelli (Clara) e Tainá Muller (Marina) em Angra dos Reis foram um show de plasticidade e de iluminação, assim como foram as cenas em que a personagem Marina fotografou modelos artisticamente engaioladas. A direção de Monjardim e equipe permite que se assista a novela até sem som: não é preciso ficar atento ao que está sendo dito. Basta olhar as imagens para ter um lindo e verdadeiro espetáculo de televisão. (Eli Halfoun) 

Paulo José mostra que talento dos grandes atores está na cara

por Eli Halfoun
Como é bom ver Paulo José entrar em cena. Sua primeira participação na novela “Em Família” foi um momento de pura emoção e não só para o público: os atores que atuavam na cena estavam evidentemente emocionados com a presença do grande ator. Paulo José é um grande ator (e diretor) que sabe que um bom ator não precisa emitir nenhum som para enriquecer qualquer trabalho: ele sabe bem e ensina melhor (vê-lo atuar é uma aula) que um bom ator fala com a expressão, com os gestos, diz com o olhar e com o sorriso singelo. Em outras palavras: Paulo José sabe que o talento de um grande ator está na cara. Bom diálogo é obrigação de autor. A chegada de Paulo Jose na novela “Em Família” será mais importante do que se pensa: através dele a novela mostrará o que é, como funciona e como deve ser tratado o Parkinson, doença que Paulo José carrega na vida real. Não há dúvida de que Paulo José será o responsável por muitos, bons e importantes momentos de “Em Família”, que tem mostrado até agora características humanas que residem m qualquer família. As famílias da novela não são nem um pouquinho diferentes das famílias da vida real. Humanas e confusas. (Eli Halfoun)

STF não sabe se dança ou não dança quadrilha em pleno carnaval

por Eli Halfoun
É carnaval, mas parece que os ministros do STF resolveram dançar quadrilha com uma nova e inesperada coreografia. O fato é que na discussão diminuíram ou acabaram com penas do mensalão, o que provoca uma nova e dolorida decepção no povo: quando se acreditava que enfim a Justiça estava sendo feita punindo malfeitores de colarinho branco entra na em cena o bloco do “eu não disse”, “eu não ouvi” “eu não falei isso”, “eu absolvo”. No enredo “esqueça o que eu disse: fica o dito pelo não dito” o que se ouve é um samba repetido e desafinado normal no país da impunidade. O que era uma quadrilha virou um bloco (ou seria um bando) que parecia saber desde o início do julgamento que ficaria livre de várias acusações e não demora muito da cadeia. Fica claro uma vez mais que Justiça nesse país só vale para bandido mixuruca que não tem as costas quentes e não usa colarinho branco. Na maioria das vezes desbotado. (Eli Halfoun)

Cara de quem não tem culpa é mais um jeitinho do político brasileiro

por Eli Halfoun
Do jeito que foi preso mostrando altivez e cara de quem não tem culpa no cartório (político quase sempre tem) o ex-deputado Roberto Jefferson devia estar se achando o salvador da pátria. Alguns brasileiros menos informados até acreditam nisso porque entendem que ele denunciou o esquema do mensalão no qual também esteve envolvido como esteve em outros procedimentos com o dinheiro público. Se não estivesse não teria sido preso. Por mais que até por defesa emocional e política, tenha mostrado altivez e até certo orgulho besta, Jefferson deve ter sofrido um enorme baque: jamais esperou ficar atrás das grades, mesmo que só para dormir (se é que consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.) A pose de Jefferson ao ser preso era como se ele fosse um mártir que se sacrificou pelo povo e pelo país. Não fez e jamais pensou fazer isso. Portanto, se existe mártir nessa vergonhosa história é o povão que é quem sempre paga a conta da roubalheira que políticos sempre garantem ser uma roubalheira feita com honestidade. Dae roubalheira eles entendem bem, já de honestidade... (Eli Halfoun)