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terça-feira, 23 de julho de 2013
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“Marcha das Vadias” também quer chamar a atenção do Papa
por Eli Halfoun
O Papa Francisco tem muito
para rezar em sua visita ao Rio e oficialmente sabe-se que ele rezará missas para bispos, padres, fiéis, freiras e seminaristas.
Mas no próximo dia 27 o Papa
será surpreendido pela “Marcha das Vadias”. Não é
uma marcha para aproveitar-se do momento: estava decidida antes do Papa
confirmar sua vinda ao Brasil. A “Marcha das Vadias” promete caminhar com
muitas faixas e reivindicações como, entre outras, “Tirem seus rosários de nossos
ovários”; “As católicas tem direito de decidir sobre o aborto”. Aliás, a
legalização do aborto, sexo antes do casamento, a adoção de crianças por gays e
o uso de anticoncepcional são os pedidos mais frequentes. Pedem tudo o que já existe,
mas que por hipocrisia ainda é realizado na moita. (Eli
Halfoun)
Lula falou: “É preciso recuperar as ligações com os movimentos sociais”.
por Eli Halfoun
O ex-presidente Lula
esperou a poeira baixar para falar sobre as manifestações. E falou: em artigo
publicado há dias no jornal “The New York Times”. O ex-presidente (e quem sabe
futuro) disse que “é preciso recuperar as ligações diárias com os movimentos
sociais e oferecer novas soluções para os novos problemas”. Disse mais: “As
manifestações são em grande parte resultado das implantações de medidas
sociais, econômicas e políticas no pais: na última década o Brasil dobrou o
número de estudantes universitários, muitos de famílias pobres e houve uma
redução drástica da pobreza e da desigualdade”. Será que houve mesmo?
Em seu artigo Lula discorda
dos que (e são muitos) atribuem a onda de protestos a uma rejeição política e
diz: “Eu acho que é precisamente o oposto: os manifestantes refletem um esforço
para aumentar o alcance da democracia, para incentivar as pessoas a participar
mais plenamente”. Lula escreve ainda que “a juventude quer a melhoria da
qualidade dos serviços públicos. Milhões de brasileiros, incluindo os da classe
média emergente, compraram seu primeiro carro e começaram a viajar de avião.
Agora o transporte público deve ser eficiente, tornando a vida nas grandes
cidades menos difícil”.
Lula também está atento à
importância das redes sociais e diz que os jovens querem ser ouvidos: “É
necessário pensar em novas formas de participação política e as instituições
devem usar as novas formas tecnológicas como forma de promover o diálogo com a
sociedade”.
É claro que o
ex-presidente não perdeu a oportunidade para a falar de sua pupila Dilma Roussef
e elogiou a presidente por propor um plebiscito para realizar as reformas
políticas no país e por pedir um compromisso nacional para melhorar a saúde, a
educação, o transporte público. Pedir é fácil. Importante é fazer e fazer mesmo
ninguém faz. Continuam apenas nos atropelando com palavras. (Eli Halfoun)
“Amor à Vida” bota frases na boca do povo
por Eli Halfoun
Novelas de sucesso sempre
fazem roupas, objetos e bordões caírem no gosto e na boca do povo. Com “Amor à
Vida” não é diferente: ao mesmo tempo em que o público feminino pede na Globo informações
sobre as roupas usadas pela personagem Paloma (Paolla Oliveira) dois bordões ganharam
as ruas e as conversas. Ouve-se cada vez mais a frase “eu sou inteligência
pura” usada pela personagem Valdirene (Tatá Werneck) e também “hoje eu tô
descontraída” repetida pela personagem Mulher Mangaba interpretada por Ellen
Roche, que, aliás, tem uma bela e abundante mangaba que, além da frase, também
agrada ao público masculino. Mesmo nesse tempo de “sair do armário”. (Eli Halfoun)
Manifestações fizeram bater mais forte todos os corações.
por Eli Halfoun
Não basta apenas discutir
a importância política e histórica das recentes manifestações. A voz do povo
nas ruas nos deixou vários ensinamentos e de saída confirmou o velho ditado de
que “o povo unido jamais será vencido”. Pode ser que esse grito heróico e
importante não tenha ecoado fundo nos ouvidos e corações de quem tem o dever de
fazer o país caminhar pra frente em busca de mais e maiores interesses sociais,
que esses sim é que determinam a grandeza de um país justo e bem resolvido. É
quase certo de que nem tudo o que se pediu nas ruas seja atendido e resolvido,
mas de qualquer maneira ficará para sempre em todos nós a certeza de que podemos
e precisamos gritar sempre. E nome de todas as pessoas.
As manifestações mostraram
também que embora dividido por estados o país sabe unir-se quando se faz
necessário e cantar a uma só voz por uma melhor vida para todos. Vândalos à
parte agora temos a certeza de que podemos ser cada vez mais solidários e fazer
conquistas coletivas. A grande lição das manifestações é aprender de que não é
suficiente lutar apenas por interesses individuais. Cada um de nós é
independente, mas se buscarmos o bem comum cada grito individual será o grito
maior e mais ouvido de todos. Somos um todo e só assim e coletivamente é
possível vencer obstáculos e buscar ações que beneficiem no plural e não apenas
no singular como muita gente ainda faz.
Em meio aos milhares de
jovens que se agruparam em todos os estados era possível encontrar alguns
manifestantes mais velhos e essa é também uma lição importante: a de que não
importa a idade jamais devemos perder a esperança. Os velhos gritaram como
jovens e se fizeram jovens para lutar e vencer. Ninguém nunca estará tão velho
e ultrapassado para luta. Muito menos para perder a fundamental esperança nas
pessoas e na vida. Essa é a maior de todas as manifestações: a que sai não só
da garganta, mas sim e principalmente de todos os corações. Cientificamente o
coração envelhece, mas mesmo enfrentando problemas estará sempre jovem se
estiver pulsando no ritmo do presente, mas e também em nome do futuro.
Os jovens foram sem dúvida
fundamentais nas manifestações e mostraram que podemos acreditar intensamente
na juventude e, portanto, no futuro. A verdade é que até as manifestações a
juventude continuava desacreditada mesmo depois da mobilização dos caras pintadas
que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Até as recentes
manifestações era comum ouvir dizer que “os jovens de hoje são alienados” e que
“os jovens não gostam de política” ou ainda “os jovens não gostam de ler”.
Essas eram afirmações que faziam parte de um folclore injusto em torno da nossa
atuante juventude.
A história desse país e do
mundo está repleta de participações de jovens, mas agora com as recentes
manifestações nossa saudável e atuante juventude voltou a nos mostrar que é
confiável. A juventude brasileira é nota dez. É hora de descobrir o verdadeiro
jovem que temos em casa.
Com as manifestações ficou
a certeza de que daqui pra frente ouviremos muito menos afirmações que não
correspondem plenamente à participação dos jovens em qualquer coisa. A garotada
deu uma lição e mesmo quem estava nas manifestações sem saber exatamente porque
experimentou um belo exercício de democracia e aprendeu que a verdadeira
revolução democrática e de vida se exerce com a voz do povo. A voz dos jovens. É
com eles que os mais velhos devem continuar gritando sempre em nome da
esperança. Esperança em tudo e para todos. (Eli Halfoun)
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