O programa de nossa chapa - que é apoiada pela atual direção do SJPMRJ e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) -, está baseado na necessidade de darmos respostas à conjuntura atual, de retrocessos políticos, econômicos e sociais. De ataques à classe trabalhadora e às suas organizações sindicais. De ameaças diretas às liberdades de expressão e de imprensa e ao Estado Democrático de Direito.
Como em outros estados, os jornalistas cariocas vivem imensas dificuldades, com o fechamento de redações, grande número de demissões e forte precarização nas relações de trabalho, envolvendo “multifunções” e assédios de toda ordem. A valorização profissional, nesse contexto,
é um dos nossos maiores desafios e pretendemos enfrentá-lo com firmeza e em conjunto com toda a categoria. Mantemos a defesa de uma entidade plural, autônoma, apartidária, transparente, aberta à categoria em todas as suas vertentes, atenta às novas tecnologias de informação, às mídias sociais, ao novo fazer jornalístico e à formação de novos profissionais, hoje nas universidades ou iniciando carreira, conscientes da necessária luta em defesa da comunicação pública e da democratização da
comunicação.
Retomamos as Convenções Coletivas de Trabalho
Nos últimos três anos, o Sindicato, respeitando decisões soberanas de assembleias gerais, liderou a
retomada das Convenções Coletivas de Trabalho no setor de radiodifusão e nos veículos impressos, que foram aprovadas sem perdas em termos inflacionários. Vale lembrar que, em virtude da falta de ação da gestão anterior, a categoria penou por anos sem acordos coletivos e não avançou em seus direitos trabalhistas. Temos enfrentado muitos obstáculos na representação dos assessores de imprensa, dada à intransigência das empresas de comunicação e à conivência da Justiça do Trabalho em questões relacionadas ao reconhecimento desses profissionais como jornalistas. Não é uma luta
simples, mas precisamos enfrentá-la coletivamente. Há muito a avançar nas campanhas salariais, que
também envolvem pleitos sociais, assistenciais e questões relacionadas à segurança dos jornalistas; muito a fazer na política de proteção aos postos de trabalho e na garantia de direitos trabalhistas no emprego e no pós-emprego; muito a caminhar na proteção aos jornalistas no seu exercício profissional em um país violento e desigual.
Vivemos uma conjuntura complicada, com crise econômica, alto desemprego e nova legislação baseada na retirada de direitos dos trabalhadores. A reforma trabalhista feriu gravemente o movimento sindical, com o fim da cobrança automática do imposto sindical. Com isso, os sindicatos perderam sua principal fonte de receita, e a nossa entidade, em crise financeira profunda, não contava com os recursos necessários para se adequar aos novos tempos. Formada em busca da unidade na luta, nossa chapa traz novos companheiros dispostos a trabalhar pelos
jornalistas cariocas!