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A capa do novo livro sobre Brigitte Bardot |
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A atriz no filme "E Deus Criou a Mulher", quando popularizou o biquini. Foto:Divulgação |
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Brigitte, aos 17 anos, no filme Le "Trou Normand" |
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No cartaz do filme que marcou sduas estréia no cinema. |
por Eli Halfoun
Brigitte Bardot já inspirou muitas crônicas, reportagens, estudos e livros, Agora, aos 78 anos, e atuando como ativista em defesa dos animais, a mais famosa musa do cinema francês é protagonista de mais uma obra literária. BB é o tema da jornalista francesa Dominique Lelièvre no livro "Brigitte Bardot, plein la vue" (Flammarion), ou "Brigitte Bardot para Encher os Olhos". A autora revisita a vida da atriz e destaca os motivos de sua voluntária fuga do mundo das celebridades reconhecendo que “Bardot é uma rainha. Pode-se abandoná-la, mas nunca destroná-la”. Descoberta pelo diretor Roger Vadim com quem depois viria a se casar, BB estreou no cinema aos 17 anos (em 1952) com o filme “Le Trou Normand”. Sua carreira foi marcada por uma presença ao mesmo tempo singela e sensual e, entre outras coisas, ela ajudou a popularizar o biquíni, peça que usou em seus filmes com uma sensual elegância que nenhuma outra atriz conseguiu repetir. BB também foi uma espécie de pioneira do markerting pessoal e mostrou esse seu outro talento quando esteve no Brasil, em janeiro de 1964 acompanhada de Bob Zaguri. Desde seu desembarque no então aeroporto do Galeão ela brincou de esconde-esconde com a imprensa e assim ganhou todos os dias as primeiras páginas dos jornais.
Escalado pelo jornal Ultima Hora (sem dúvida a maior escola prática do jornalismo brasileiro) permaneci de plantão vários dias na portaria do edifício da Avenida Atlântica no qual se hospedou. Aprecia raramente na janela para alegria dos muitos repórteres que ali ficam todo o tempo. Depois persegui BB até Búzios (onde acabou ganhando uma estátua por popularizar e valorizar mundialmente o até então desconhecido local que era apenas uma pobre aldeia de pescadores). A brincadeira de esconde-esconde terminou quando ela deu sua primeira entrevista coletiva. Daí em diante perdeu a graça continuar seguindo BB: ela virou figurinha fácil e pouco interessante a ponto de em uma noite no restaurante La Fiorentina alguém anunciou que ela estava chegando para jantar. Cansado de tanto persegui-la minha reação foi gritar para os companheiros: “Pessoal vamos embora porque lá vem aquela chata”. Durante toda sua vida e carreira Brigitte Bardot provocou todo o tipo de reação. Foi por isso que se transformou na rainha que como diz o livro jamais será destronada. (Eli Halfoun)