Foto de Eddie Adams/Associated Press/Dolph Briscoe Center |
por José Esmeraldo Gonçalves
Eddie Adams/ Acervo Dolph Briscoe Center |
A imagem dramática que mostra o chefe de polícia do Vietnã do Sul, Nguyen Ngoc Loan, executando um guerrilheiro em uma rua de Saigon foi feita no dia 1° de fevereiro de 1968, há 50 anos. Está no ranking das dez fotos mais publicadas em jornais e revistas de todo o mundo, segundo levantamento realizado por Life, The Guardian, Der Spiegel, The Pulitzer Prizes, National Geographic e World Press Photo, entre outros veículos e instituições.
Eddie cumpria sua missão como fotojornalista - trabalhava na ocasião para a Associated Press -, mas sentiu-se culpado e nunca negou isso: "Recebi dinheiro para mostrar um homem matando outro", disse um dia.
Naquele momento havia tensão em Saigon. Estava em curso a primeira fase da Ofensiva do Tet e Eddie foi escalado para acompanhar a movimentação nas ruas. Alguns policiais conduziam um prisioneiro vietcong e o fotógrafo acompanhou o grupo. Em um instante, um militar se aproximou. Ele levantou arma e Eddie ergueu a câmera. O gatilho e o obturador foram acionados no mesmo milésimo de segundo. E a foto lhe deu o Pulitzer de 1970. O prêmio que ele não queria.
Amazônia. Foto de Eddie Adams/ Dolph Briscoe Center |
Universidade do Texas guarda os arquivos de Eddie Adams
Eddie Adams veio ao Brasil no fim dos anos 1970 e fotografou tribos na Amazônia.
Reagan, Madre Teresa de Calcutá, as guerras da Coreia, Camboja, do Vietnã, do Golfo, Fidel Castro, Kennedy e Jacqueline, Louis Armstrong e centenas de personalidades e acontecimentos passaram por suas lentes.
Seu acervo pertence hoje ao Dolph Briscoe Center for American History da Universidade do Texas. Você pode visitá-lo AQUI