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Nos últimos dias, as redes sociais da Austrália não falavam em outra coisa.
Daphne, a pata inflável que é sócia honorária do Cockburn Masters Swimming Club na Austrália e deveria ser a estrela de uma competição anual de natação, soltou-se das amarras em noite de ventos fortes e se perdeu no Oceano Índico.
Através do Facebook, o clube pediu ajuda a navegantes e pescadores. Daphne seria a principal boia da prova e havia sido vista pela última vez no dia 11 de março.
No último domingo, 18, internautas revelaram o destino da pata de borracha, que tem o tamanho de um carro pequeno. Um pescador encontrou Daphne perto do litoral de Perth e rebocou-a pra casa. Depois de esvaziar, manteve-a a mascote na garagem durante uma semana.
Informado da procedência da pata ou sensibilizado com a campanha para encontrá-la, o pescador Tony Gibb a devolveu hoje ao clube.
Se Daphne é festejada na Austrália, a imitação brasileira virou um símbolo histórico do ridículo. Durante as manifestações pré-golpe, a Fiesp (um dos motores da conspiração, o que não surpreende, o bunker do empresariado paulista também participou do golpe de 1964 e financiou centro de torturas, de acordo com documentos revelados pela Comissão da Verdade) usou um inflável gigante como parte da campanha "Não vou pagar o pato".
A entidade acabou cometendo uma espécie de estelionato autoral, além de levar ao poder o "honesto" PMDB e ter seu presidente, Paulo Skaff, hoje investigado pela Polícia Federal e citado na delação de Marcelo Odebrecht.
Simbolicamente, o pato da Fiesp, como seu padrinho Skaff, também está indiciado na Lava Jato.
Na época, o artista plástico holandês Florentijn Hofman acusou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo de plagiar sua obra, chamada de Rubber Duck e criada em 2008. Segundo Hofman, o uso da sua criação foi ilegal e a Fiesp feriu leis internacionais. Típico.