por Eli Halfoun
O Cacique de Ramos, um dos maiores, mais tradicionais e mais animados blocos do Rio e que entre muitas outras coisas nos deu o grupo Fundo de Quintal (o único realmente de pagode entre os muitos que se aproveitam dessa onda) ainda não está completo, apesar de ter mais de três mil componentes: falta uma rainha, mas não por muito tempo: no próximo sábado, dia 7, o bloco elege sua nova rainha e princesa. A escolha acontece na quadra do bloco (Rua Uranos, 136, Olaria) a partir das 19 horas com, é claro, muita alegria e muito samba. Mulher bonita não falta, mas nunca é demais no carnaval e as que quiserem reinar no Cacique ainda podem fazer inscrição para o concurso na Rua 13 de Maio, 33/2913. As inscrições serão aceitas nos próximos dias 3, 4 e 5. Além da possibilidade de reinar no bloco, as vencedoras ainda podem aumentar a popança (a do banco evidentemente, que as da anatomia já estão perfeitas) com prêmios de R$ 500,00 para a rainha e de R$ 200,00 para a princesa e o que é melhor: é grana viva, ou seja, nada de cheque (sempre um perigo) ou cesta básica, mesmo porque a cesta básica do carnaval só precisa de alegria, samba no pé e uma graninha para o “combustível”.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Marta está desempregada
por Gonça
A jogadora Marta perdeu o emprego. O Los Angeles Sol, clube da brasileira, fechou as portas. Com razão, as atletas do futebiol feminino se queixam da falta de apoio. Mas até que apoio há: Fifa, CBF e federações organizam torneios e estimulam seleções. O problema é que a conta comercial não fecha e os direitos de transmissão pela TV e de venda de ingressos não tornam o feminino autônomo. Não há continuidade, nem aqui, nem no exterior. Vários clubes brasileiros, como o Santos recentemente, tentaram investir na modalidade. Aparentemente, o futebol feminino é visto como uma curiosidade, algo ainda exótico, não forma torcidas, apenas admiradores ocasionais e só sobrevive se for subsidiado. Transformá-lo em esporte de massa parece ser tarefa para décadas e para muitas Martas.
A jogadora Marta perdeu o emprego. O Los Angeles Sol, clube da brasileira, fechou as portas. Com razão, as atletas do futebiol feminino se queixam da falta de apoio. Mas até que apoio há: Fifa, CBF e federações organizam torneios e estimulam seleções. O problema é que a conta comercial não fecha e os direitos de transmissão pela TV e de venda de ingressos não tornam o feminino autônomo. Não há continuidade, nem aqui, nem no exterior. Vários clubes brasileiros, como o Santos recentemente, tentaram investir na modalidade. Aparentemente, o futebol feminino é visto como uma curiosidade, algo ainda exótico, não forma torcidas, apenas admiradores ocasionais e só sobrevive se for subsidiado. Transformá-lo em esporte de massa parece ser tarefa para décadas e para muitas Martas.
Palhaçômetro
por Gonça
São Paulo tem um Impostômetro montado por empresários e que a imprensa divulga todo mês. A geringonça registra o quanto os brasileiros pagam de impostos. Ótimo. Mas para que o painel não vire um Palhaçômetro e perca credibilidade por mostrar apenas um lado da questão, seria bom que instalassem ao lado o Taxômetro que numerasse os bilhões que os brasileiros pagam de taxas privadas especialmente após a onda neo-liberal dos anos 90 de FHC. Taxas bancárias, taxas de telefone, pedágio, taxas de matrícula, taxas de utilização de banheiros em rodoviárias sob concessão, taxas de cartões de crédito. Proponho esses dois paineis: de um lado o que os governos municipais, estaduais e federal levam e do outro o que empresas privadas embolsam até em taxas que foram herdadas de antigas estatais, como no caso da absurda cobrança de "taxa de assinatura" em contas de telefone. Tudo é Custo Brasil.
São Paulo tem um Impostômetro montado por empresários e que a imprensa divulga todo mês. A geringonça registra o quanto os brasileiros pagam de impostos. Ótimo. Mas para que o painel não vire um Palhaçômetro e perca credibilidade por mostrar apenas um lado da questão, seria bom que instalassem ao lado o Taxômetro que numerasse os bilhões que os brasileiros pagam de taxas privadas especialmente após a onda neo-liberal dos anos 90 de FHC. Taxas bancárias, taxas de telefone, pedágio, taxas de matrícula, taxas de utilização de banheiros em rodoviárias sob concessão, taxas de cartões de crédito. Proponho esses dois paineis: de um lado o que os governos municipais, estaduais e federal levam e do outro o que empresas privadas embolsam até em taxas que foram herdadas de antigas estatais, como no caso da absurda cobrança de "taxa de assinatura" em contas de telefone. Tudo é Custo Brasil.
Até os “globais” acham o BBB 10 muito chato
por Eli Halfoun
O competente jornalista, escritor e novelista Aguinaldo Silva é, como tem mostrado ao longo de sua carreira, um cidadão e um profissional comprometido com suas opiniões, que costuma expressar sem medo. Mesmo sendo contratado da Rede Globo (é um dos seus principais autores), Aguinaldo não poupa a programação da emissora de suas contundentes e irreverentes criticas. Agora mesmo, por exemplo, usou seu Twitter, para dizer o que na verdade muita gente na própria Globo está achando desse Big Brother 10. Ele com a apalavra: “Esse BBB atual é muito chato! Aquelas mulheres absolutamente iguais, dois gays paspalhões e os supostos machos... Cruzes”.
O competente jornalista, escritor e novelista Aguinaldo Silva é, como tem mostrado ao longo de sua carreira, um cidadão e um profissional comprometido com suas opiniões, que costuma expressar sem medo. Mesmo sendo contratado da Rede Globo (é um dos seus principais autores), Aguinaldo não poupa a programação da emissora de suas contundentes e irreverentes criticas. Agora mesmo, por exemplo, usou seu Twitter, para dizer o que na verdade muita gente na própria Globo está achando desse Big Brother 10. Ele com a apalavra: “Esse BBB atual é muito chato! Aquelas mulheres absolutamente iguais, dois gays paspalhões e os supostos machos... Cruzes”.
Natureza mostra a impotência de líderes mundiais. Até quando
por Eli Halfoun
Todo mundo (o mundo mesmo) ficou sabendo que a recente reunião de 44 representantes mundiais realizada em Copenhague para discutir o Meio Ambiente ficou só no papo e nenhuma medida concreta foi tomada ou realmente decidida: serviu apenas para muita gente tentar ficar bem na fita e ganhar espaço na mídia mundial. Agora a senadora Marina Silva, uma das participantes brasileiras, confirma o que praticamente já se sabia. Em entrevista à revista JB Ecológico, Marina Silva soltou o verbo: “Todo mundo saiu de fininho da reunião de Copenhague porque o que estava em jogo era uma guerra muito maior do que o controle de poços de petróleo. O que estava em jogo era a defesa da vida em processo de destruição, que se agrava paulatinamente e quase ninguém percebe. Nem a foto oficial dos chefes de Estado, foi feita. Todos se comportaram como convidados. Queriam tirar o microfone da lapela e voltar achando que faturaram politicamente. Quando se depararam com um problema muito maior do que imaginaram, cada um voltou silenciosamente para casa, deixando os cidadãos do mundo inteiro perplexos diante da impotência que seus líderes demonstraram para resolver um problema dessa magnitude.”
A engravatada turma dos discursos e sorrisos fotográficos parece não ter percebido ainda o mais simples: para que o homem, inclusive eles, viva, é preciso que a natureza esteja viva.
Todo mundo (o mundo mesmo) ficou sabendo que a recente reunião de 44 representantes mundiais realizada em Copenhague para discutir o Meio Ambiente ficou só no papo e nenhuma medida concreta foi tomada ou realmente decidida: serviu apenas para muita gente tentar ficar bem na fita e ganhar espaço na mídia mundial. Agora a senadora Marina Silva, uma das participantes brasileiras, confirma o que praticamente já se sabia. Em entrevista à revista JB Ecológico, Marina Silva soltou o verbo: “Todo mundo saiu de fininho da reunião de Copenhague porque o que estava em jogo era uma guerra muito maior do que o controle de poços de petróleo. O que estava em jogo era a defesa da vida em processo de destruição, que se agrava paulatinamente e quase ninguém percebe. Nem a foto oficial dos chefes de Estado, foi feita. Todos se comportaram como convidados. Queriam tirar o microfone da lapela e voltar achando que faturaram politicamente. Quando se depararam com um problema muito maior do que imaginaram, cada um voltou silenciosamente para casa, deixando os cidadãos do mundo inteiro perplexos diante da impotência que seus líderes demonstraram para resolver um problema dessa magnitude.”
A engravatada turma dos discursos e sorrisos fotográficos parece não ter percebido ainda o mais simples: para que o homem, inclusive eles, viva, é preciso que a natureza esteja viva.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Mike Tyson, um documentário, uma história...
por Gonça
Estreou ontem, em SP, o documentário "Tyson", do diretor James Toback. O filme, que foi prermiado em Cannes, em 2008, com o Coup de Coeur da mostra Un Certain Regard, traça um completo perfil do boxeador. Tyson é uma figura notoriamente complexa. Por ser amigo do ex-campeão mundial, Toback teve sua tarefa facilitada e viu, diante da sua câmera, um Tyson franco, de peito aberto, que fala das suas crises, da infância de menino pobre, da carreira. É inegável que Tyson tinha seus problemas - e tem até hoje - mas o filme mostra também como, jovem, foi explorado pela máquina do boxe, a mesma, contudo, que o tiroui do caminho do crime.
Meio por acaso, conheci Mike Tyson. Em 1998, fui enviado a Mônaco, pela revista Caras, para cobrir a premiação do cantor brasileiro Alexandre Pires no World Music Award. A Salle des Etoilles, onde aconteciam os shows com os maiores vendedores de disco do mundo em vários gêneros musicais, estava lotada de celebirdades: Mariah Carey, Karen Mulder, Monica Belucci, Steven Seagall, Mickey Rourke, Luis Miguel e, naturalmente, o Príncipe Albert. Mas ninguém chamava tanta atenção quanto Tyson. Era muito assediado pela imprensa que, ao mesmo tempo, estava, digamos, cautelosa. Poucos dias antes, em Paris, Tyson agredira um jornalista. Se o boxeador tivesse um Colt para fazer uma marquinha, provavelmente, o repórter parisiense seria o milésimo a levar umas porradas. Tyson participou da coletiva, posou para fotos, foi irônico em algumas respostas, mas estava simpático. Durante uma festa, um dia antes da noite de gala do WMA, fomos, eu o o fotógrafo Marcelo Tabach, apresentados ao Tyson. O campeão deixou-se fotografar, respondeu a algumas perguntas, estava tão acessível que ainda fez fotos com a dupla de repórter e fotógrafo brasileiros.
Antes da cerimônia de premiação, enquanto o Tabach clicava aquele lote de estrelas na platéia, fui aos bastidores tentar falar com alguns vencedores, além do Alexandre Pires, e com o Tyson, que entregaria um dos prêmios. Cheguei lá, consegui algumas frases de uns e outros já apressados para subirem ao palco, e voltava para o platéia quando vi o Tyson sentado em um banco, aguardando a sua vez de subir ao palco, diante de um aparelho de TV que transmitia o espetáculo. Aproximei-me e me identifiquei como o jornalista brasileiro que o encontrara na noite anterior. Como Tyson retirou a perna de um segundo banquinho, aproveitei a deixa e me sentei ao lado. Ele passou a falar do Brasil, como gostaria de conhecer o país, e elogiou o Alexandre e o swing do grupo Só Prá Contrariar, que conhecera nos ensaios. Contou que o Juliano, um dos integrantes do grupo, só o chamava de "Maguilla", divertia-se com isso. Falou que era a sua primeira viagem internacional depois que deixara a prisão após uma rumorosa acusação de ter estuprado de uma namorada, coisa que ele negava. Foram apenas alguns minutos de conversa. Logo chegou um produtor avisando que estrava quase na hora da sua subida ao palco. Tyson se despediu, desejei-lhe boa sorte e voltei ao teatro. Cheguei a tempo de vê-lo aplaudido pela platéia de celebridades. Um detalhe: fizemos fotos do Tyson com o Alexandre Pires, como esta aí da capa da Caras, mas não obtivemos imagens dele com outras estrelas. Ou por precaução ou por temer a fama e a imagem de encrenca do lutador ou, ainda, por puro preconceito, Tyson, no jantar, era relegado à mesa com a namorada, na época, uma bela morena chamada Monica Turner, e seu pequeno staff.
Estreou ontem, em SP, o documentário "Tyson", do diretor James Toback. O filme, que foi prermiado em Cannes, em 2008, com o Coup de Coeur da mostra Un Certain Regard, traça um completo perfil do boxeador. Tyson é uma figura notoriamente complexa. Por ser amigo do ex-campeão mundial, Toback teve sua tarefa facilitada e viu, diante da sua câmera, um Tyson franco, de peito aberto, que fala das suas crises, da infância de menino pobre, da carreira. É inegável que Tyson tinha seus problemas - e tem até hoje - mas o filme mostra também como, jovem, foi explorado pela máquina do boxe, a mesma, contudo, que o tiroui do caminho do crime.
Meio por acaso, conheci Mike Tyson. Em 1998, fui enviado a Mônaco, pela revista Caras, para cobrir a premiação do cantor brasileiro Alexandre Pires no World Music Award. A Salle des Etoilles, onde aconteciam os shows com os maiores vendedores de disco do mundo em vários gêneros musicais, estava lotada de celebirdades: Mariah Carey, Karen Mulder, Monica Belucci, Steven Seagall, Mickey Rourke, Luis Miguel e, naturalmente, o Príncipe Albert. Mas ninguém chamava tanta atenção quanto Tyson. Era muito assediado pela imprensa que, ao mesmo tempo, estava, digamos, cautelosa. Poucos dias antes, em Paris, Tyson agredira um jornalista. Se o boxeador tivesse um Colt para fazer uma marquinha, provavelmente, o repórter parisiense seria o milésimo a levar umas porradas. Tyson participou da coletiva, posou para fotos, foi irônico em algumas respostas, mas estava simpático. Durante uma festa, um dia antes da noite de gala do WMA, fomos, eu o o fotógrafo Marcelo Tabach, apresentados ao Tyson. O campeão deixou-se fotografar, respondeu a algumas perguntas, estava tão acessível que ainda fez fotos com a dupla de repórter e fotógrafo brasileiros.
Antes da cerimônia de premiação, enquanto o Tabach clicava aquele lote de estrelas na platéia, fui aos bastidores tentar falar com alguns vencedores, além do Alexandre Pires, e com o Tyson, que entregaria um dos prêmios. Cheguei lá, consegui algumas frases de uns e outros já apressados para subirem ao palco, e voltava para o platéia quando vi o Tyson sentado em um banco, aguardando a sua vez de subir ao palco, diante de um aparelho de TV que transmitia o espetáculo. Aproximei-me e me identifiquei como o jornalista brasileiro que o encontrara na noite anterior. Como Tyson retirou a perna de um segundo banquinho, aproveitei a deixa e me sentei ao lado. Ele passou a falar do Brasil, como gostaria de conhecer o país, e elogiou o Alexandre e o swing do grupo Só Prá Contrariar, que conhecera nos ensaios. Contou que o Juliano, um dos integrantes do grupo, só o chamava de "Maguilla", divertia-se com isso. Falou que era a sua primeira viagem internacional depois que deixara a prisão após uma rumorosa acusação de ter estuprado de uma namorada, coisa que ele negava. Foram apenas alguns minutos de conversa. Logo chegou um produtor avisando que estrava quase na hora da sua subida ao palco. Tyson se despediu, desejei-lhe boa sorte e voltei ao teatro. Cheguei a tempo de vê-lo aplaudido pela platéia de celebridades. Um detalhe: fizemos fotos do Tyson com o Alexandre Pires, como esta aí da capa da Caras, mas não obtivemos imagens dele com outras estrelas. Ou por precaução ou por temer a fama e a imagem de encrenca do lutador ou, ainda, por puro preconceito, Tyson, no jantar, era relegado à mesa com a namorada, na época, uma bela morena chamada Monica Turner, e seu pequeno staff.
Paris Hilton já cria confusão no carnaval do Rio
por Eli Halfoun
A provável vinda de Paris Hilton para o carnaval no Rio está causando um quase rebuliço antes mesmo de seu desembarque por aqui. As especulações garantindo que Paris receberá, além de passagem e hospedagem de luxo, um cachê de R$ 500 mil para frequentar o camarote famoso de uma cervejaria está fazendo nossas celebridades reverem seus cachês e elaborarem uma nova, digamos, tabela de preços: os mais famosos querem um cachê de no mínimo R$ 100 mil, os a caminho da fama se contentam com R$ 20 mil e os que só querem aparecer aceitam receber apenas comida, bebida e a possibilidade de serem fotografados ao lado de famosos, especialmente Paris Hilton. Carnaval já foi só festa e alegria. Hoje é comércio total.
A provável vinda de Paris Hilton para o carnaval no Rio está causando um quase rebuliço antes mesmo de seu desembarque por aqui. As especulações garantindo que Paris receberá, além de passagem e hospedagem de luxo, um cachê de R$ 500 mil para frequentar o camarote famoso de uma cervejaria está fazendo nossas celebridades reverem seus cachês e elaborarem uma nova, digamos, tabela de preços: os mais famosos querem um cachê de no mínimo R$ 100 mil, os a caminho da fama se contentam com R$ 20 mil e os que só querem aparecer aceitam receber apenas comida, bebida e a possibilidade de serem fotografados ao lado de famosos, especialmente Paris Hilton. Carnaval já foi só festa e alegria. Hoje é comércio total.
Em Sergipe, o crime do 190 terceirizado
por Gonça
Nada contra a terceirização. Se uma empresa privada que fabrica colchões terceiriza serviços de limpeza, segurança, alimentação, problema dela e do seu contador avaliar se os custos caem com essa política. e nada contra empresa privada, claro, que gera emprego, faz o país prosperar, principalmente quando usa recursos próprios e não se pendura no cofre da Viúva. Agora, para terceirizar serviço público é preciso um mínimo, ou melhor, um máximo, de responsabilidade.
Nos anos 90, a política neo-liberal do PSDB decretou que a terceirização seria a salvação do Estado. Estado, dizia o bico dos tucanos, quanto menor, melhor. A política se espalhou por estados e municípios sob a administração de qualquer partido (a propósito, o governador do Sergipe é do PT). Virou mina de ouro. E, para piorar, são muitas as ações na Justiça contra terceirizadas que não pagam seus empregados e, depois, jogam a conta em dobro para o contratante público. Mas esse terrível caso de Aracaju é emblemático. Alguma figura inteligente de Sergipe resolveu terceirizar o 190, o serviço que aciona a polícia em emergências. Essa estúpida política pública custou a vida do comerciante Heraldo de Jesus Santos, que tentou convencer a atendente do 190 de que suspeitos assediavam seu depósito. Por mais de cinco minutos, Santos tenta explicar que dois motoqueiros estavam parados, “só de olho”, diz. Ele denuncia que não são moradores da rua e não tiram os capacetes da cabeça. Mesmo após ouvir isso, a atendente insiste para que ele descreva as caracteristicas dos sujeitos. Santos tente, tenta, mas acaba desistindo: "Está certo. Está bom. Tchau”. Três horas depois, é assassinado pelos motoqueiros com vários tiros. O objetivo do assaltantes era o dinheiro arrecadado durante um evento do qual a loja de Santos participou.
É isso: o 190 em Aracaju está por conta de uma empresa de telemarketing. O Secretário de Segurança de Sergipe defende o sistema e diz que uma providência foi tomada: demitiu a atendente. Se a terceirzação do serviço público é tão boa, por que não terceirizar logo a cadeira do Secretário e, junto com ele, a do governador? Bom que os administradores públicos aprendam que empresa privada busca lucro. Se o dono de uma dessas empresas não tem alguma consciência social ou honestidade - e esse atributos não dão em árvore - é isso que ele vai buscar a qualquer custo seja dirigindo um hospital, uma escola, uma concessão de transportes, energia elétrica, de telefone.
Um adendo: ontem, no Rio, houve uma apagão "privado": telefones mudos, bairros sem energia e um vagão do Metrô, que anda caótico, se soltou do trem. Rendeu apenas uma notinha no jornal de hoje.
Nada contra a terceirização. Se uma empresa privada que fabrica colchões terceiriza serviços de limpeza, segurança, alimentação, problema dela e do seu contador avaliar se os custos caem com essa política. e nada contra empresa privada, claro, que gera emprego, faz o país prosperar, principalmente quando usa recursos próprios e não se pendura no cofre da Viúva. Agora, para terceirizar serviço público é preciso um mínimo, ou melhor, um máximo, de responsabilidade.
Nos anos 90, a política neo-liberal do PSDB decretou que a terceirização seria a salvação do Estado. Estado, dizia o bico dos tucanos, quanto menor, melhor. A política se espalhou por estados e municípios sob a administração de qualquer partido (a propósito, o governador do Sergipe é do PT). Virou mina de ouro. E, para piorar, são muitas as ações na Justiça contra terceirizadas que não pagam seus empregados e, depois, jogam a conta em dobro para o contratante público. Mas esse terrível caso de Aracaju é emblemático. Alguma figura inteligente de Sergipe resolveu terceirizar o 190, o serviço que aciona a polícia em emergências. Essa estúpida política pública custou a vida do comerciante Heraldo de Jesus Santos, que tentou convencer a atendente do 190 de que suspeitos assediavam seu depósito. Por mais de cinco minutos, Santos tenta explicar que dois motoqueiros estavam parados, “só de olho”, diz. Ele denuncia que não são moradores da rua e não tiram os capacetes da cabeça. Mesmo após ouvir isso, a atendente insiste para que ele descreva as caracteristicas dos sujeitos. Santos tente, tenta, mas acaba desistindo: "Está certo. Está bom. Tchau”. Três horas depois, é assassinado pelos motoqueiros com vários tiros. O objetivo do assaltantes era o dinheiro arrecadado durante um evento do qual a loja de Santos participou.
É isso: o 190 em Aracaju está por conta de uma empresa de telemarketing. O Secretário de Segurança de Sergipe defende o sistema e diz que uma providência foi tomada: demitiu a atendente. Se a terceirzação do serviço público é tão boa, por que não terceirizar logo a cadeira do Secretário e, junto com ele, a do governador? Bom que os administradores públicos aprendam que empresa privada busca lucro. Se o dono de uma dessas empresas não tem alguma consciência social ou honestidade - e esse atributos não dão em árvore - é isso que ele vai buscar a qualquer custo seja dirigindo um hospital, uma escola, uma concessão de transportes, energia elétrica, de telefone.
Um adendo: ontem, no Rio, houve uma apagão "privado": telefones mudos, bairros sem energia e um vagão do Metrô, que anda caótico, se soltou do trem. Rendeu apenas uma notinha no jornal de hoje.
Pressão de Lula ajuda a alertar o povo
por Eli Halfoun
A crise hipertensiva que assustou o presidente Lula e, em conseqüência, o país, será capitalizada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão: aproveitando a repercussão do noticiário, a SBH desenvolverá mais uma campanha de alerta para aquele que é um dos graves problemas de saúde que a população enfrenta. A hipertensão, responsável por problemas cardiovasculares e por AVC, entre outros males na maioria das vezes fatais, já atinge 30 milhões de brasileiros. De saída, os médicos alertam que algumas precauções são necessárias, entre as quais medir a pressão pelo menos uma vez por ano e praticar atividades físicas pelo menos três dias por semana. Outro conselho comum dado pelos médicos é evitar comidas gordurosas, especialmente carne de porco e, portanto, a saborosa feijoada. Só que agora abrir mão de uma “emporcalhada” feijoada ficará mais difícil se os homens decidirem seguir a recente orientação da presidente argentina Cristina Kirchner que declarou: “Comer carne de porco melhora a atividade sexual. É melhor do que Viagra, não custa provar”. Difícil opção: ou o homem cuida do coração ou deixa outro órgão tinindo.
A crise hipertensiva que assustou o presidente Lula e, em conseqüência, o país, será capitalizada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão: aproveitando a repercussão do noticiário, a SBH desenvolverá mais uma campanha de alerta para aquele que é um dos graves problemas de saúde que a população enfrenta. A hipertensão, responsável por problemas cardiovasculares e por AVC, entre outros males na maioria das vezes fatais, já atinge 30 milhões de brasileiros. De saída, os médicos alertam que algumas precauções são necessárias, entre as quais medir a pressão pelo menos uma vez por ano e praticar atividades físicas pelo menos três dias por semana. Outro conselho comum dado pelos médicos é evitar comidas gordurosas, especialmente carne de porco e, portanto, a saborosa feijoada. Só que agora abrir mão de uma “emporcalhada” feijoada ficará mais difícil se os homens decidirem seguir a recente orientação da presidente argentina Cristina Kirchner que declarou: “Comer carne de porco melhora a atividade sexual. É melhor do que Viagra, não custa provar”. Difícil opção: ou o homem cuida do coração ou deixa outro órgão tinindo.
Empresário quer parte do Rio no esgoto
por Eli Halfoun
Nem só de doação para a cantora Madonna e de negócios ligados ao lazer, como os projetados para a Marina da Glória, no Rio, vive o empresário Eike Batista, que, agora, decidiu investir também em esgotos. Através da EBX, uma de suas empresas, assinou parceria com Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) comprometendo-se a investir R$ 11 milhões na construção de uma galeria de cintura (tubulação) que impedirá que o esgoto e as águas pluviais (que com as enchentes estão virando a mesma coisa) sejam despejados nas praias do Rio. A tubulação terá 12 quilômetros e abrangerá desde a enseada da Marina da Glória até a praia de Copacabana. Assim evita que seus investimentos em áreas de lazer na Marina da Glória não sejam literalmente uma merda.
Nem só de doação para a cantora Madonna e de negócios ligados ao lazer, como os projetados para a Marina da Glória, no Rio, vive o empresário Eike Batista, que, agora, decidiu investir também em esgotos. Através da EBX, uma de suas empresas, assinou parceria com Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) comprometendo-se a investir R$ 11 milhões na construção de uma galeria de cintura (tubulação) que impedirá que o esgoto e as águas pluviais (que com as enchentes estão virando a mesma coisa) sejam despejados nas praias do Rio. A tubulação terá 12 quilômetros e abrangerá desde a enseada da Marina da Glória até a praia de Copacabana. Assim evita que seus investimentos em áreas de lazer na Marina da Glória não sejam literalmente uma merda.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Previsões e chutômetro...
É sempre assim: o "mercado" prevê que a economia americana vai pro brejo, derruba a Bolsa e depois se surpreende com os números "inesperados". Parece adivinhação. Diria que esses analistas podem sofrer um ataque cardíaco a qualquer momento de tanto que se "assustam" e se "surpreendem", tal qual aconteceu com a crise do ano passado, com as consequências da crise do ano passado (diziam que ia durar dois anos e que a China, grande motor da economia mundial e dos Estados Unidos em particular, arrastaria o mundo para o buraco ao pratrcamente parar de crescer. E a Achina está aí, disparada...E muito stress.
Deu na mídia (literalmente)
por JJcomunic
A chefe de reportagem do jornal The Royal Borough Observer's está leiloando encontros românticos em troca de doações para o Haiti. Mas atenção: o cachê mínimo é de 20 libras. Tô falando... tem neguinho se aproveitando dessa coisa do Haiti pra tirar a própria barriga da miséria.
A chefe de reportagem do jornal The Royal Borough Observer's está leiloando encontros românticos em troca de doações para o Haiti. Mas atenção: o cachê mínimo é de 20 libras. Tô falando... tem neguinho se aproveitando dessa coisa do Haiti pra tirar a própria barriga da miséria.
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