sábado, 14 de abril de 2018

Carmen Lúcia na Presidência: audiência com o deputado Só na Bença

Corrente pra frente. Temer transfere o cargo a Carmen Lúcia. Foto de Marcos Correa/Presidência da República

por O. V. Pochê

No ano passado, havia quem indicasse Carmen Lúcia como candidata a presidente da República.
A "bolha" informativa não vingou. Mas isso não impediu que a mineira chegasse lá. Na ausência de Temer, a presidente do STF assumiu o Planalto.

A assessoria da Presidência divulgou a agenda da dona Carmen, quase sem compromissos. Ontem, estava previsto que ela receberia empresários do setor de transportes, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli e uma comitiva de políticos de Rondônia. Um dos encontros era com um representante daquela unidade federativa, o deputado estadual Só na Bença (MDB).

Em entrevista ao Diário da Amazônia, em 2015, Só na Bença fez uma estanha analogia para explicar porque foi a grande surpresa das eleições de 2014. "Me colocaram para encher linguiça na chapa do PMDB, para ajudar na eleição de outros candidatos, mas a linguiça preta cresceu, cresceu e devorou as linguiças brancas”, disse ele.

Só na Bença é evangélico e, na mesma entrevista, revelou a origem do apelido. "Era a minha forma de cumprimentar as pessoas. Eu encontrava você e dizia “só na benção” e a coisa foi pegando".

Não se sabe o que Só na Bença conversou com dona Carmen. Apenas que dificilmente o Brasil será o mesmo após o proveitoso encontro. 

Candice Swanepoel: anjo (da Victoria Secret) também engravida... e quebra a internet

Reprodução Instagram
por Clara S. Britto
A modelo Candice Swanepoel, 29, uma das "angels" da grife Victoria Secret, postou essa foto há dois dias no Instagram e a internet enlouqueceu. Aos seis meses de gravidez, a modelo espera seu segundo filho. “O corpo desabrochando entre o espiritual e o físico… as mulheres não são incríveis ?! # 6 meses ”, escreveu Swanepoel. O pai é o modelo brasileiro Hermann Nicoli.

Viralizou! Identificada bactéria que ataca alguns políticos...


Marielle: tuitaço daqui a pouco, @anistiabrasil. Participe...


Deu no Paris Match... Enquanto Tite espera...



A MATÉRIA COMPLETA COM GALERIA DE 
FOTOS (BACKGRID USA/BESTIMAGE) ESTÁ NA PARIS MATCH. 
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Chico Anysio, a graça do dia - por Guina Ramos

Chico Anysio, 1978. Foto de Guina Araújo Ramos
Chico Anysio no Canecão. Fatos & Fotos, Agosto de 1978. Fotos de Guina Araújo Ramos


por Guina Ramos (para o blog Bonecos e Pretinhas)

De repente, falam no Vídeo Show que 12 de Abril é o Dia do Humorista. Fui dar uma olhada na Internet e conferi: realmente, a data é oficial.

O engraçado foi encontrar dezenas de sites que repetiam o mesmo texto, sobre comediantes e humorismo, mas aos poucos vi que a coisa era séria: o Dia do Humorista é uma homenagem a Chico Anysio (e, não por acaso, marca o seu aniversário).

Durante a comoção internacional pelo ataque terrorista à revista francesa Charlie Hebdo, em Janeiro de 2015, a ex-presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei, proposta, em 2008, pelo deputado José Airton Cirilo (PT-CE), que instituía o dia 12 de abril como o Dia do Humorista. A data já se tornara oficial no Estado do Ceará desde julho de 2003, passando então o Dia do Nacional do Humorista a ser comemorado, a partir de 2015, em todo o Brasil.

Chico Anysio nasceu em 1931 e faleceu em 23 de março de 2012. Criou mais de 200 personagens diferentes, que se apresentavam nas mais diversas situações. Entre os personagens clássicos estão o Professor Raimundo, Bento Carneiro, o vampiro brasileiro e o repórter Alberto Roberto. Chico é referência no humor, não só pelo talento de criar tantos personagens, mas por escrever os próprios roteiros durante os 40 anos em que trabalhou na televisão brasileira.

Fotografei Chico Anysio dezenas, quiçá centenas de vezes, em produções de filmes, em palcos de teatro, em shows individuais, mas, na grande maioria das vezes, nos estúdios de TV, gravando os programas que apresentava na TV Globo. À época, antes da construção do Projac, que centralizou os estúdios, essas fotos aconteciam, conforme a época, na própria sede da Globo, no Jardim Botânico, ou nos estúdios Herbert Richers, na Usina, ou mais frequentemente nos estúdios da Cinédia, na Taquara, em Jacarepaguá.

Das poucas fotos que me restaram, esta foto (no alto) me parece a mais interessante, e pelo simples detalhe de que Chico Anysio está quase sério...

E gosto especialmente desta edição da revista Fatos & Fotos (# 888, Agosto de 1978), de uma série de entrevistas feitas por Renato Sérgio, em que, por artes do pessoal da Bloch e numa improvisada colagem de recortes, Chico Anysio, como ele muito bem sabia fazer, mais uma vez se multiplica!

Fonte: Guina Araújo Ramos trabalhou na Manchete e na Fatos & Fotos, é autor dos livros "O Jogo do Resta um", "Personagem Cabal", "A Outra Face das Fotos", "2112... é o fim", "Rio Só de Amores" e (O dos) Bonecos e (a das) Pretinhas", mantém a editora Guina Edita e o blog Bonecos e Pretinhas que você pode conhecer AQUI 

sexta-feira, 13 de abril de 2018

É capa da Boa Forma! Fátima Bernardes libera as curvas que a bancada do JN escondia...


Reprodução Instagram

Reprodução O Globo

Governo toxico de Donald Trump esquenta mercado de abrigos nucleares nos Estados Unidos

Um dos novos abrigos nucleares, versão 2018, vendidos pela Atlas Survival Shelters. Abaixo, a instalação
no quintal de casa. Fotos:Divulgação




por Flávio Sépia

A Terceira (e última) Guerra Mundial deverá ser anunciada pelo Twitter. Precisamente, no @realDonaldTrump. Pelo menos, é o que pensa um número expressivo de americanos.

Nos anos 1960, a Guerra Fria fez disparar a paranoia de um ataque nuclear aos Estados Unidos por parte da antiga União Soviética. Centenas de abrigos públicos foram construídos. E muitos mais as empresas privadas, que viram no medo uma oportunidade de negócio, ofereceram ao mercado.

Pois o supermercado para proteção nuclear está reaberto e em promoção nesse 2018 desgovernado.

Nos anos 1960, abrigos nucleares eram capa da Life.

Em 1961, os americanos instalaram mísseis nucleares na Inglaterra, Itália e Turquia. Os soviéticos responderam pouco depois com a montagem de plataformas de foguetes em Cuba. No auge da crise cubana, em 1962, famílias de red necks instalaram refúgios em porões e se obrigavam a fazer simulações e treinamento semanais, da vovó ao bebê.

Já a União Soviética, que ao longo da história foi vítima de invasões e bombardeios, adaptou antigos abrigos da Segunda Guerra escavados em cidades como Moscou e São Petersburgo. A economia socialista não tinha espaço para uma industria privada de proteção anti-atômica, que para os americanos mais ricos era objeto de consumo.


Reprodução Flickr
A cidade de Nova York, achando que o perigo não voltaria, retirou das ruas apenas há pouco tempo as placas (foto ao lado) que informavam a localização de abrigos subterrâneos construídos há mais de 50 anos. Só as placas, os complexos para refúgio estão lá, cheios de ratos e vazamento de esgotos, mas ainda em pé. Quem acessa as ameaças do @realDonalTrump já defende faxina e reforma nas dezenas de abrigos espalhados pela cidade.

Em pouco mais de um ano de governo tóxico, Trump trouxe de volta a Guerra Fria, a corrida armamentista, estimulou novos conflitos e militarizou a política externa. Além da corda esticando nas relações com a Rússia, focos de tensão se multiplicam, casos da Coreia do Norte, Ucrânia e outros países do Leste Europeu, China, Irã, Síria, Venezuela, Iémen, e da interrupção da aproximação com Cuba.

Em dois casos, o risco de confronto nuclear está presente: Coréia do Norte, onde do outro lado do míssil está o imprevisível Kim Jong-un, e, agora, Irã e Síria, sendo que esta tem, no momento, tropas americanas e russas no seu territórios e bases navais e aéreas de ambos os lados. Assim como a Ucrânia, Síria e Irã são países estratégicos para a Rússia, o que potencializa o risco de um confronto direto entre as duas superpotências. Disputas territoriais no Mar da China também colocam perigosamente próximas forças navais americanas e chinesas.

Tudo isso junto reabriu o mercado de abrigos nucleares nos Estados Unidos, agora mais modernos, confortáveis e sofisticados. O problema é saber se os eventuais sobreviventes terão para onde ir após deixarem os tais abrigos. O arsenal atual varrerá do mapa as 100 maiores cidades do mundo e produzirá poeira e fumaça suficientes para ocultar a luz do sol por anos. Quem não morrer na hora vai encarar o "inverno nuclear". É o quadro que está na mesa do falcões de guerra.

Em tempo: o Brasil está fora da corrida por abrigo nuclear. Boa parte da população, aqui, ainda está a procura de casa para morar. Em todo caso, juízes e políticos com direito a auxílio-moradia podem, se o desejarem, comprar abrigos pela internet no site da Atlas Survival. O contribuinte paga.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Sabia disso? Biblioteca Pública de Nova York guarda acervos de fotógrafos brasileiros



O trabalho de milhares de fotógrafos e variadas coleções digitalizadas podem ser acessados na Biblioteca Pública de Nova York.  E o Brasil está representado lá, com vários fotógrafos. Há normas e condições para se incluir fotos no acervo.
Mais informações no site oficial da NPL. AQUI

Já viu? Marcelo Adnet faz uma hilária "homenagem" aos reaças...


PARA VER O CLIPE, CLIQUE AQUI

Pesquisa mostra que leitores dos meios impressos e digitais estão mais desconfiados do que leem


Pesquisa global divulgada pela Edelman Trust Barometer 2018, que ouviu 33 mil pessoas em 28 países, indica que a mídia é, pela primeira vez desde estudo de 2003, a instituição menos confiável no mundo.

O Brasil está entre os 22 países que registram expressiva queda de confiança em relação ao ano anterior, menos 5 pontos percentuais. A confiança nos meios digitais, que inclui redes sociais, sites e aplicativos de busca também não vai bem, perdeu os mesmos 5% em relação a 2017. O fenômeno das fake news nas redes sociais é apontado como o principal responsável pela queda de credibilidade nas plataformas digitais.

Na caso do Brasil, a desconfiança nas instituições e nos políticos, por exemplo, se reflete no noticiário: ao publicar a fala das "suas excelências" - das quais a maioria do público duvida - o leitor certamente anexa a suspeita ao meio que divulga tais conteúdos. A atual polarização da opinião pública também pesa nas respostas. O levantamento constata que 67% dos brasileiros avaliam que os veículos apoiam uma ideologia em detrimento da informação confiável e isenta.

O estudo é extenso e não traz apenas más notícias. A palavra dos especialistas, jornalistas, economistas, diretores de empresas recuperou credibilidade em relação a 2017. Os jornalistas, individualmente, aí incluídos profissionais da mídia impressa e plataformas digitais, ganharam 12 pontos percentuais em confiança.

A pessoa comum - parente, vizinho, colega de trabalho e amigos adicionados nas redes sociais - perdeu alguma credibilidade mas ainda é a fonte mais confiável para 70% dos entrevistados.

A pesquisa completa pode ser acessada AQUI



Justiça é para todos? Voa, tucano, voa...

Imagem reproduzida do Globo 12/4/2018
Da Lava Jato para a Lava Urna: suspeito de ter recebido R$10 milhões da Odebrecht, segundo delação da empresa, o governador tucano Geraldo Alckmin (SP) é o Messi dos tribunais. Bate um bolão. O STF despachou seu caso para a Justiça Eleitoral de São Paulo. Apesar do tamanho da bufunfa, será julgado apenas, se for, por "falsidade ideológica eleitoral", segundo a Procuradoria Geral da República.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

O ator David Schwimmer mostra em série baseada em histórias reais que o assédio sexual pode ser sutil, mas não deixa de ser assédio...


David Schwimmer produziu seis vídeos curtos sobre assédio sexual em ambientes profissionais. A edição da Esquire, de abril, publica uma entrevista com ator e mostra dois episódios ("O chefe" e "O médico") de "That’s Harassment". São situações baseadas em histórias reais que deixam claro que o assédio não necessariamente é grosseiro, vulgar, pode ser sutil, encoberto por uma falsa capa de delicadeza, disfarçado por amabilidades e nem por isso deixa de ser opressivo ou fruto de uma condenável demonstração de poder a partir do momento em que a mulher diz "Não!".
Veja os dois vídeos e uma entrevista com David Schwimmer no site da Esquire, Clique AQUI

Em nota oficial, Fenaj repudia agressões a jornalistas

"A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) mais uma vez vem a público repudiar toda e qualquer forma de violência contra jornalistas. Na noite de ontem, 5 de abril, mais de um profissional foi agredido e/ou hostilizado e/ou ameaçado, enquanto estava no exercício de sua profissão.

Em Brasília (DF), equipes do jornal Correio Braziliense e do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) foram vítimas de manifestantes que participavam de ato em frente à sede da Central Única dos Trabalhadores. Cerca de 30 manifestantes avançaram sobre o carro do Correio Braziliense e quebraram os vidros do veículo. Ninguém da equipe ficou ferido. Manifestantes também ameaçaram uma equipe do SBT e um repórter fotográfico da Agência Reuters, que estavam no local.

Em São Bernardo do Campo (SP), o jornalista Nilton Fukuda, repórter da Agência Estadão Conteúdo, e a jornalista Sônia Blota, da Band, foram agredidos ao registrarem manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ambos foram atingidos por ovos jogados pelos manifestantes.

A FENAJ reitera que agressões a jornalistas são injustificáveis. Também reafirma sua defesa das liberdades de expressão e de imprensa e do Jornalismo como atividade essencial à democracia e à constituição da cidadania.

Não há verdadeira democracia sem Jornalismo e não há Jornalismo sem jornalistas."


"Lei da mordaça" nas redes sociais particulares dos jornalistas é pra valer ou é seletiva?

No ano passado, o New York Times criou diretrizes para a atuação dos seus jornalistas nas redes sociais. Um dos trechos do documento é enfático: "Em postagens nas redes sociais, nossos jornalistas não devem expressar opiniões partidárias, promover visões políticas, apoiar candidatos, fazer comentários ofensivos ou dizer algo que mine a reputação jornalística do Times".

Em outro tópico, o jornal questiona: "Você talvez pense que sua página no Facebook, Twitter, Instagram ou Snapchat são zonas privadas, separadas do seu papel no Times, mas tudo o que nós postamos ou curtimos é público e provavelmente será associado ao Times".

Também no ano passado, em comunicado interno, a Folha de São Paulo, orientou seus jornalistas a não expressarem opiniões políticas nas redes sociais. "Parcela do público pode pôr em dúvida a isenção daquele que, na internet, manifesta opiniões sobre assuntos direta ou indiretamente associados a sua área de cobertura, especialmente as opiniões de cunho político-partidário e em áreas de cobertura de tópicos controversos”, diz a Folha em manual de conduta.

A Rede Globo, vê-se nos twitts de vários dos seus âncoras, não é tão explícita quanto a isso. Talvez porque os comentários dos empregados expressem geralmente opiniões perfeitamente ancoradas na atuação política do veículo. Até foi possível observar recentemente um fenômeno curioso a comprovar isso. No ano passado, quando o grupo Globo pediu em editorial agudo a cabeça de Michel Temer, as redes sociais dos âncoras imediatamente passaram a dançar conforme aquela música. Aos poucos, a Globo esfriou a cabeça, tomou o remédio que havia esquecido, refez alianças, Temer segurou duas denúncias no Congresso e voltou a ser poupado. Os âncoras, alguns mais rápidos do que outros, acertaram o passo na mesma coreografia.

A polêmica volta agora à pauta com o vazamento no Whatapp de um áudio pró-Lula atribuído a Chico Pinheiro. Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, soltou a nota abaixo divulgada em primeira mão pelo site Notícias da TV. O alerta não cita Chico Pinheiro, mas foi dado logo após o vazamento do áudio.


Vários âncoras fazem política em suas contas privadas. Resta saber se a determinação é seletiva e  expressar opinião política é permitido, desde que escorada na viga mestra das posições políticas do patrão, ou se, ainda mais em ano eleitoral, vale para todos e todas. Aparentemente, não

OUÇA O ÁUDIO VAZADO, CLIQUE AQUI

Leia a nota da Globo 

"Em e-mail no ano passado, eu alertei para o uso de redes sociais. Na ocasião, lembrei que jornalistas, de forma não proposital, publicavam fotos em que marcas apareciam. Eu alertei então para aquilo que todos nós sabemos: jornalistas não fazem publicidade e que todo cuidado é pouco para evitar que nossos espectadores equivocadamente pensem que se descumpre esse preceito.

Hoje, volto a falar sobre o uso de redes sociais. O maior patrimônio do jornalista é a isenção. Na vida privada, como cidadão, pode-se acreditar em qualquer tese, pode-se ter preferências partidárias, pode-se aderir a qualquer ideologia. Mas tudo isso deve ser posto de lado no trabalho jornalístico. É como agimos.

Daí porque não se pode expressar essas preferências publicamente nas redes sociais, mesmo aquelas voltadas para grupos de supostos amigos. Pois, uma vez que se tornem públicas pela ação de um desses amigos, é impossível que os espectadores acreditem que tais preferências não contaminam o próprio trabalho jornalístico, que deve ser correto e isento.

Como entrevistar candidatos, se preferências são reveladas, às vezes de forma apaixonada? O mais grave é que, quando os vazamentos acontecem, as vítimas, com toda a minha solidariedade, dizem que foram mal interpretadas. Não importa, o dano está feito.

A Globo é apartidária, independente, isenta e correta. Cada vez que isso acontece, o dano não é apenas de quem se comportou de forma inapropriada nas redes sociais. O dano atinge a Globo. E minha missão é zelar para que isso não aconteça. Portanto, peço a todos que respeitem o que está em nossos Princípios Editoriais (e nos dos jornais sérios de todo o mundo):

'A participação de jornalistas do Grupo Globo em plataformas da internet como blogs pessoais, redes sociais e sites colaborativos deve levar em conta três pressupostos:

[…] 3– os jornalistas são em grande medida responsáveis pela imagem dos veículos para os quais trabalham e devem levar isso em conta em suas atividades públicas, evitando tudo aquilo que possa comprometer a percepção de que exercem a profissão com isenção e correção.'

É com isso em mente que envio esse e-mail.

Ali"

terça-feira, 10 de abril de 2018

Durante um rápido "Fora Temer", Carmen Lúcia pode assumir a Presidência na próxima sexta-feira, dia 13. Tá bom pra você?

Foto de Antonio Cruz. Agência Brasil

por O.V. Pochê

Aproveitando que estão com os passaportes válidos, Michel Temer vai para o Peru, Rodrigo Maia para o Panamá e Eunicio Oliveira para o Japão.

Se confirmadas as três ausências simultâneas, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, assume a Presidência da República.

O Brasil está tão esquisito que a data é, apropriadamente, uma sexta-feira, 13.



Memória da propaganda: quando o Brasil sonhou com o american way of life...

O carrão Nash.


O brasileiro queria ser o "Howard Hughes" dos trópicos e...


...aposentar a navalha. 


Enlatados para as crianças e...


...o fabuloso Studebaker para o pai.


As mulheres se livraram das toalinhas e...


... as mamães tinham gelo em casa e congelavam alimentos.


Contra o calor do Rio, Crush importado de Chicago. (Reproduções bqvMANCHETE)
por Pedro Juan Bettencourt 

O Brasil anda deprê. Mas há 70 anos, o país acelerava a urbanização e ensaiava momentos de euforia. A industrialização patinava com carência de energia elétrica, estradas e mão de obras especializada, grande parte da população ainda vivia em áreas rurais.

Apesar disso, com os cofres cheios de divisas acumuladas desde o boom de exportações de minério, borracha, madeira, açúcar etc, motivado pela Segunda Guerra, o governo do militar Eurico Gaspar Dutra implantou política econômica liberal, manteve o câmbio valorizado, facilitou pagamentos ao exterior e abriu os portões da alfândega.

Com as economias destroçadas pela guerra, a Europa e o Japão perderam relevância no comércio mundial. Os Estados Unidos, que não tiveram o parque industrial afetado por bombardeios, ao contrário, cresceram no período, eram os grandes fornecedores de bens de consumo para o mundo. Eles tinham o que vender e Dutra queria comprar. Carrofs, eletrodomésticos, produtos de beleza, alimentos enlatados, viagens aéreas, roupas, aparelho de barba, canetas, máquinas de costura, produtos farmacêuticos, brinquedos de plástico lotavam navios rumo aos trópicos.

Foi um breve surto, o Brasil acabou torrando as divisas e voltou ao pendura.

Enquanto a festa durou, as revistas ganharam páginas de anúncios.

E incipiente classe média das capitais a ilusão do american way of life.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Protesto, sim. Violência contra jornalista, não.

por José Esmeraldo Gonçalves

Violência contra repórteres, fotógrafos e cinegrafistas é inadmissível.

Os profissionais estão em campo cobrindo os fatos. Tais equipes não merecem se tornar alvos da revolta dos manifestantes contra a orientação política da grande mídia.

Não há dúvida de que tudo isso resulta de um acirramento de ânimos estimulado há muito tempo. As lideranças responsáveis dos partidos e dos movimentos sociais condenam as agressões. Mas assim como a mídia tem os seus comentaristas e colunistas que escrevem ou falam com sangue nas teclas e ódio no aúdio, os protestos abertos, nas ruas, recebem a adesão dos mais revoltados, com um potencial de inconsequência que explode com vigor ainda maior diante da repressão policial violenta que transforma a praça em zona de guerra.

Aliás, os jornalistas também acabam vítimas dos excessos e do despreparo das forças de segurança e não raro, no exercício do seu trabalho, são agredidos por políticos, juízes, autoridades e empresários eventualmente questionados e até por torcedores em jogos de futebol.

Os mesmos jornais que publicam matérias em que entidades criticam com razão agressões a jornalistas destacam colunistas que adotam a linguagem hater comum nas redes sociais e, infelizmente, replicada em análises provocativas que deveriam ser mais racionais e menos emocionais. Alguns postam como vândalos que atiram baldes de tinta. Ironicamente, articulistas e colunistas podem lançar suas pedras sem qualquer risco, suas trincheiras têm carpete e ar condicionado. Quem fica exposto às agressões da polícia e dos manifestantes de todos os lados é o repórter de campo, é ele o profissional que carrega o logo do veículo para a terra de ninguém.

Em discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula avaliou que sua prisão provocaria orgasmos múltiplos nos meios do jornalismo de guerra. Lula errou. Antes fosse. Orgasmo é coisa de Eros. Quem comentou os últimos fatos na grande mídia foi Tânatos.

domingo, 8 de abril de 2018

Revista Time está à venda: de novo. Pensa que está fácil arrumar comprador?

Quem dá mais? Time Magazine, Fortune e Sports Illustrated estão à venda. A Meredith Corporation, havia comprado à Time Warner no ano passado. Agora, os executivos do grupo avaliam que os  títulos, que custaram US $ 1,8 bilhão, são excessivamente masculinos e não se encaixam com os títulos femininos tradicionais do grupo (Better Homes and Gardens, Family Circle e Martha Stewart Living).

Das revistas que faziam parte do pacote adquirido da Time Warner, a Meredith ficará com  People, Entertainment Weekly e InStyle. O Citigroup está encarregado de encontrar compradores.

A propósito do anúncio da venda, o New York Times publica um artigo bem-humorado onde lista nove razões para não comprar a Time. Analistas do mercado indicam, segundo o jornal, que a revista Time não vale mais de 10 milhões de dólares. Por esse valor, diz a autora do artigo, Sara Barret, dá para comprar um apartamento de luxo no Upper East Side, em Nova York, o quadro “Study for Peace Through Chemistry” de Roy Lichtenstein, mandar gravar um episódio particular do "Game of Thrones" ou botar na garagem um Rolls-Royce Phantom VIII, entre outros investimento melhores, segundo o NY Times.

Lula: a linha do tempo


As atenções do Brasil se concentraram até ontem no Sindicato do Metalúrgicos do ABC. Milhares de imagens foram feitas, helicópteros sobrevoaram o local, mas a foto que viralizou nas redes sociais é essa acima reproduzida. Foi feita por um jovem fotógrafo, de 18 anos, Francisco Proner Ramos, e mostra o ex-presidente cercado por manifestantes. Uma imagem destinada a entrar para a história...

...como a antológica e famosa foto do então presidente do Sindicato quando liderava assembleia de grevistas
no Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo, em plena ditadura militar. Entre 1978 e 1980, os metalúrgicos desafiaram o regime militar que, em resposta, prendeu Lula. Foto de Fernando Pereira/Memorial da Democracia

Da janela do Sindicato dos Metalúrgicos, Lula acena para a multidão. Foro de Filipe Araújo/Fotos Públicas

A vigília antes da prisão. Foto PT

Após discursar, Lula é levado de volta ao prédio do Sindicato por militantes que pediam que o ex-presidente resistisse à prisão. Foto de Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula chega à sede da Polícia Federal, em Curitiba. Foto de Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Cena simbólica: no seu último discurso no Sindicato do Metalúrgicos, Lula falou especialmente para Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol): "Eu acho um motivo de orgulho e perspectiva de esperança deste país ter gente nova disposta a enfrentar a negação da política e dizendo 'nós queremos ser presidentes da República para mudar a história do pais". Reprodução de imagem da TVT (TV dos Trabalhadores).

É fato ou fake? Nostalgia dos "voos da morte"...



por Flávio Sépia 
O Blog do Rovai revela que circula desde ontem no whatsapp um áudio em que alguém diz supostamente ao piloto do avião que levou Lula para Curitiba para lançar "esse lixo" pela janela. A veracidade da transmissão ainda está sendo apurada. De qualquer forma, fato ou fake, o autor da "sugestão" é certamente um saudoso da prática de lançar ao mar, de aviões, oponentes das ditaduras da Argentina, Brasil Uruguai e Chile. Eram os "voos da morte"  da Operação Condor.
Leia a matéria e ouça os diálogos, clique AQUI

ATUALIZAÇÃO EM 09/4/2018 - Em nota oficial distribuída à imprensa, a FAB confirma a autenticidade do áudio divulgado com exclusividade pela Fórum/Blog do Rovai (com origem no controle de voo que orientava a aterrissagem em Curitiba). 
Ontem, o portal R7 revelou outro áudio, que você pode ouvir no link (AQUI), onde uma voz entra no sistema de controle de vôo de Congonhas, na hora da decolagem do avião que levava Lula para Curitiba, e fala: "leva e não traz nunca mais". Mais do que ofensa ou agressão ao ex-presidente, as falas representam ameaça à segurança de voo e dos passageiros já que interferem em canais oficiais que orientam pousos e decolagens de aviões.


Drone vai à missa...



por Ed Sá 
Os drones já chegaram. A invasão desse objetos voadores identificados voa até onde a imaginação levar. Os minicópteros já foram flagrados transportando celulares e drogas para presídios, já são experimentados na entrega de pizzas, encomendas e correspondências, já foram manejados por voyeurs em dormitórios de universidades, outro piloto fez um drone levar um cachorro pra passear.

Tudo isso, além do uso mais formal em fotografia aérea, mapeamento e operações de vigilância.

Há quem diga que está em curso o Fedroapá (Festival de Drones que Assola o País).

Uma católica antenada acaba de estrear o drone que dá comunhão. A cena que viralizou na internet aconteceu no Santuário São Geraldo Majela, em Sorocaba (SP). Fiéis que estavam na igreja aplaudiram a performance tecnológica, mas a Arquidiocese não gostou da inovação e nas redes sociais muitos católicos criticaram a heresia. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

sábado, 7 de abril de 2018

Flashes de Edla • Por Roberto Muggiati

Edla van Steen. Foto: Divulgação


por Roberto Muggiati 

Conheci Edla Lucy van Steen – morta na sexta-feira, 6 de abril, em São Paulo – ao longo das últimas sete décadas. Nascida em Florianópolis – o pai era cônsul honorário da Bélgica, a mãe era de origem alemã – ainda adolescente foi estudar num colégio de freiras em Curitiba. Eu a conheci no começo dos anos 1950, nos programas de auditório do Clube Curitibano, nas manhãs de domingo. O apresentador era o futuro jornalista José Augusto Ribeiro e Edla (um ano mais velha que eu) se apresentava lendo contos seus, atividade que prenunciava sua carreira de escritora, com mais de 25 livros publicados.

Odete Lara e Edla van Steen no filme "Na Garganta do Diabo"

Tinha uma irmã mais moça, da qual não lembro nada, nem o nome; a estrela era Edla, que em 1959, aos 23 anos, estreou no cinema, ao lado de Odete Lara, no filme de Walter Hugo Khouri, Na garganta do diabo, com tomadas espetaculares nas Cataratas do Iguaçu. A esta altura, Edla já estava em seu primeiro casamento, com o pintor mineiro Loio Pérsio, que morava em Curitiba. Teve com ele seu primeiro filho, Ricardo van Steen – o nome foi homenagem ao melhor amigo do casal, o designer de móveis Ricardo Fasanello.

Os seis meses que passei no Brasil, de fevereiro a agosto de 1962 – entre dois anos de Paris e três anos de Londres – me levaram muitas vezes a São Paulo. Foi lá que reencontrei Edla, através de um amigo comum, o jornalista e escritor Nelson Coelho, um dos maiores divulgadores do zen-budismo no país. Edla já tinha separado de Loio Pérsio, uma briga de casal com uma vidraça estourada lhe valeu uma cicatriz no rosto. Estava feliz e de bem com a vida, casada com um dos arquitetos mais conceituados de São Paulo.

Edla constava do caderno de endereços que levei para Londres, onde trabalhei por três anos no Serviço Brasileiro da BBC: morava na Rua São Carlos do Pinhal, 345/1401, eu lhe mandava cartões postais das minhas viagens. Tendo renovado meu contrato, tudo indicava que eu me deixaria ficar na Velha Albion.  Acabaria me tornando um daqueles “móveis e utensílios” brasileiros da BBC (não eram poucos) e estaria vivendo hoje como um aposentado do Brexit. Foi quando casei e minha mulher disse logo a que veio, mudando toda a minha vida. Desfiz o trato para continuar na BBC e viemos para o Rio em junho de 1965. Ela decretou que eu entraria para a carreira diplomática e faria dela – ou ela mesma se faria – uma embaixatriz de sucesso. Na viagem de volta paramos em Paris, onde encontramos com o Loio Persio, que morava lá, e acertamos o aluguel do seu ateliê em Santa Tereza, onde eu estudaria para os exames do Itamaraty. Estava muito em cima da hora, passei nas primeiras quatro provas, mas fui reprovado na quinta. Uma praga de camundongos nos expulsou da Rua Aprazível e descemos correndo para o Leblon. Um dia meu amigo Narceu de Almeida, me levou para almoçar na Frei Caneca e me jogou praticamente nos braços dos Bloch. Comecei a trabalhar como repórter especial da Manchete logo depois do feriado de 15 de novembro de 1965.

Minha primeira mulher, Lina, quando era casada com um grande doleiro, costumava hospedar Loio e Edla em seu apartamento. Depois da ruptura do casal, depreendi que ela fazia parte da torcida do Loio e, na verdade, sempre mantivera com a Edla uma relação de amor-e-ódio.

Segundo casamento: vou com a nova mulher, Lena, a uma grande feijoada de sábado na casa do Cícero Sandroni, no Cosme Velho. Lá reencontro Edla van Steen e colocamos a conversa em dia sobre os dezessete anos que havíamos passado sem nos ver. A vida é feita cada vez mais de saltos e de relações fragmentadas. A última vez que vi e falei com Edla foi há cinco, seis anos, no aniversário de nosso amigo Carlos Leal, na Avenida Atlântica; estava acompanhada do último marido, o crítico teatral Sábato Magaldi.

Rever a Edla, agora, só mesmo através das belas imagens de sua juventude no filme de Walter Hugo Khouri.

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sexta-feira, 6 de abril de 2018

SBT demite repórter que chamou guarda municipal de "babaca"

"A repórter do SBT está me chamando de babaca", diz o guarda municipal que gravou em vídeo a reação da jornalista a uma multa por estacionamento em local proibido, ontem, no Centro do Rio de Janeiro.

O vídeo foi postado nas redes sociais e o SBT demitiu a repórter

Melissa Munhoz, que teria ferido "o código de conduta da empresa".

Em nota publicada ontem, o Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro denuncia "constrangimento à repórter" e critica a divulgação do vídeo. Até às 14h de hoje, o site do SJPMRJ mostrava dois comentários condenando o apoio da entidade ao comportamento da profissional.
Segundo a nota do sindicato, Melissa Munhoz alega que "o vídeo foi editado".  Em entrevista ao UOL, a repórter argumentou com o guarda que ele deveria advertir antes de multar, mas este respondeu que ia multar ("Porque não gosto da imprensa", teria falado).
O caso foi parar na delegacia onde Melissa Munhoz assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência por Desacato. Ela ainda se queixou, segundo o UOL, que o SBT não mandou ninguém acompanhá-la à delegacia e ouviu apenas um lado da polêmica.
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