quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Mídia - o caso do gari assassinado e a campanha para "humanizar" o assassino confesso

Um famoso advogado carioca muito atuante dos anos 1970 em casos de homicídio de grande repercussão costumava dizer que os primeiris dias após o crime era a hora da defesa ganhar a hora de ganhar ma causa. Ele enumerava várias estratégias. Algumas: ficar atento às possíveis falhas da perícia;  pinçar as contradições das testemunhas: alimentar e confundir a opinião pública com as várias versões do assassino; e, por fim, mostrar o "lado humano" do criminoso arrependido. Coincidência ou não essas lições são usadas no caso do assassinato do gari em BH. O crime foi tão gratuito e covarde, que logo impactou a opinião pública. O assassino, que já trocou de advogados três vezes, desfila uma série de versões.

- Inicialmente falou que não havia passado pela rua onde se deu o crime, que o carro visto no vídeo não era o dele.

-- Alegou que o GPS do seu carro estava à disposição para confirmar trajeto e horários.

- Revelou que ao chegar em casa ligou para a mulher, delegada, " para pedir orientação".

- Essas alegações foram, aos poucos, ladeira abaixo.

- As principais testemunhas deram relatos coerentes e seguros. Não tiveram dúvidas em reconhecer o criminoso.

- A placa do carro vista no vídeo levou ao endereço e nome da proprietária, a mulher do assassino confesso. 

- As câmeras do prédio onde mora o assassino confesso mostraram o momento em que ele guarda a arma do crime em uma mochila.

- A polícia confirma que a arma que o assassino confesso portava estava registrada em nome da delegada e a perícia confirmou que foi a arma usada no crime.

- O assassino confessou o crime e, em seguida, enumerou remédios que tomava para conter a ansiedade ou algo assim. 

- A última justificativa para o ato covarde foi dizer que tudo não passou de um lamentável acidente. 

- Outros ezemplos de humanização certamente virão ao longo do pocesso.

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