Um famoso advogado carioca muito atuante dos anos 1970 em casos de homicídio de grande repercussão costumava dizer que os primeiris dias após o crime era a hora da defesa ganhar a hora de ganhar ma causa. Ele enumerava várias estratégias. Algumas: ficar atento às possíveis falhas da perícia; pinçar as contradições das testemunhas: alimentar e confundir a opinião pública com as várias versões do assassino; e, por fim, mostrar o "lado humano" do criminoso arrependido. Coincidência ou não essas lições são usadas no caso do assassinato do gari em BH. O crime foi tão gratuito e covarde, que logo impactou a opinião pública. O assassino, que já trocou de advogados três vezes, desfila uma série de versões.
- Inicialmente falou que não havia passado pela rua onde se deu o crime, que o carro visto no vídeo não era o dele.
-- Alegou que o GPS do seu carro estava à disposição para confirmar trajeto e horários.
- Revelou que ao chegar em casa ligou para a mulher, delegada, " para pedir orientação".
- Essas alegações foram, aos poucos, ladeira abaixo.
- As principais testemunhas deram relatos coerentes e seguros. Não tiveram dúvidas em reconhecer o criminoso.
- A placa do carro vista no vídeo levou ao endereço e nome da proprietária, a mulher do assassino confesso.
- As câmeras do prédio onde mora o assassino confesso mostraram o momento em que ele guarda a arma do crime em uma mochila.
- A polícia confirma que a arma que o assassino confesso portava estava registrada em nome da delegada e a perícia confirmou que foi a arma usada no crime.
- O assassino confessou o crime e, em seguida, enumerou remédios que tomava para conter a ansiedade ou algo assim.
- A última justificativa para o ato covarde foi dizer que tudo não passou de um lamentável acidente.
- Outros ezemplos de humanização certamente virão ao longo do pocesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário