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quinta-feira, 8 de maio de 2025

O Brasil na 2ª Guerra: “Sacanagem do Tio Sam” • Por Roberto Muggiati


Cais do Porto do Rio de Janeiro. Primeiro escalão da FEB pouco antes do embarque para a Itáliaa em 28 de junho de 1944. Foto National Archives. 

A frase é de Getúlio Vargas, anunciando a entrada do país na luta contra as forças do Eixo: “ O Brasil acaba de fazer um grande negócio, troquei com os americanos a instalação da siderúrgica de Volta Redonda pelo envio de uma tropa simbólica para a Europa. Trabalhadores do Brasil! Tive que aceitar essa barganha do Presidente Roosevelt senão ele jura que afunda todos os nossos navios mercantes. Sacanagem do Tio Sam... Deus salve a América!”

A sacanagem não foi só do Tio Sam, mas também do Pai dos Trabalhadores, que mandou implacavelmente para a morte uma tropa nada “simbólica”, mas milhares de indivíduos de carne e osso que sucumbiram ao frio e às balas inimigas. Despreparados, sem treinamento e equipamento (fuzis obsoletos e uniformes de soldados mortos, cheios de furos de balas), aqueles brasileiros inocentes de classes sociais menos favorecidas, foram servir – para a dor e o desespero de suas famílias – como bucha de canhão para os americanos. É o que mostra esse documentário pungente e chocante, Rádio Auriverde (1990), de Sylvio Back, um de nossos cineastas mais polêmicos, que Panis Cum Ovum, autorizado pelo diretor, oferece aos seus leitores nos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

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