por José Esmeraldo Gonçalvdes
Érico Verissimo e Luís Fernando Verissimo foram próximos à Manchete, de certa forma. Érico era cunhado de Justino Martins, diretor da revista do final dos anos 1950 até 1983, quando faleceu. Talvez Verissimo, o filho, tenha herdado essa afinidade. Costumava atender os repórteres da Manchete, para a qual escreveu vários depoimentos e pelo menos duas grandes matérias: uma intitulada "Os Gaúchos", outra, "Minha Vida com Papai".
Verissimo parecia sempre manso e discreto, mas era capaz de se multiplicar em tantas e intensas versões. Uma divisão celular talvez tenha criado os Verissimos escritor, cartunista, humorista, tradutor, roteirista, dramaturgo, publicitário e saxofonista. Não é exagero dizer que Verissimo psicoanalisou o Brasil deitado no sofá esplêndido.
Não era homem de buscar conflitos. A ironia que os alvos mal percebiam era a sua arma mais poderosa. Um diálogo das Cobras de Verissimo, nos anos 1970, talvez tivesse um poder de fogo maior do que todos os artigos do irado Paulo Francis. As cobras eram um alter ego divertido e venenoso do escritor. Verissimo fará falta, aliás faz falta desde que um AVC o afastou da escrita.
Neste registro, recordamos alguns textos de Verissimo na antiga revista Manchete.
Você pode acessá-los nos links abaixo.
Um Gaúcho em Manhatan
Os Gaúchos
Luís Fernando Verissimo - Minha Vida com Papai
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/docreader.aspx?bib=004120&pesq=Lu%C3%ADs%20Fernando%20Ver%C3%ADssimo&pagfis=227058
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