por Gonça
Entre outros veículos, como O Globo e Correio da Manhã, o repórter Luiz Carlos Sarmento trabalhou na Manchete e Fatos&Fotos. Tinha alma e coração de repórter. Eu o conheci em 1985 na Fatos, publicação dirigida por Carlos Heitor Cony. Na época, Sarmento, com a garra que o caracterizava, cobriu a doença e morte de Tancredo Neves, o caso Baumgarten e outros. Era um jornalista de ação, acho que não buscava os fatos, os fatos o procuravam. Deve estar de plantão nas nuvens, para onde um infarto o levou em 2005. Em 2008, José Amaral Argolo e Gabriel Colares Barbosa lançaram "Luiz Carlos Sarmento, Crônicas de uma Cidade Maravilhosa", pela E-papers Serviços Editoriais (o livro, que é uma merecida homenagem ao nosso caro Sarmento, está à venda no site da E-papers em versão impressa e eletrônica (clique AQUI). Um dos episódios narrados pelos autores é justamente sobre o repórter Marcelo Escobar e o fotógrafo José Avelino, citados no post abaixo. Sarmento estava escalado para ir à Bolívia no lugar do Escobar. Mas os dois resolveram disputar no cara ou coroa. Escobar ganhou e partiu para a sua derradeira cobertura. Durante anos, Sarmento não se perdoou, sentia-se culpado pela morte do amigo já que a missão era inicialmente sua. Esta e outras histórias estão no livro que tem depoimentos de jornalistas que trabalharam com Sarmento, como Carlos Heitor Cony e Zevi Ghivelder.