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terça-feira, 15 de abril de 2025

Trump: "Al Capone" no poder - Tarifas vão impulsionar a globalização do contrabando

Al Capone estaria rindo à toa se vivesse na Era Trump.


por Flávio Sépia 

Uma das consequências óbvias e ainda não comentada do tarifaço de Trump será o aumento do contrabando em nível planetário. Para fugir das barreiras fiscais e das fronteiras, o caminho ilegal é uma opção. 

Basta lembrar do que aconteceu quando uma onda moralista e hipócrita levou os Estados Unidos a adotarem a Lei Seca de 1920 a 1933. Criminalizar a bebida alcoólica abriu espaço para o crime se organizar em estruturas "corporativas". Na sua rede de bunkers lotados de dólares, Al Capone agradecia todo dia aos mentores da Lei Seca. 

É mais ou menos o que contrabandistas transnacionais farão diante das medidas tresloucadas de Donald Trump e seus oligarcas acampados na Casa Branca. 

A Lei Seca americana (que a geração you tube não confunda com a versão brasileira de blitzs e bafômetros depois das baladas) proibia fabricação, transporte e consumo de bebidas alcoólicas. Foi um desastre social e fiscal que durou 13 anos. 

As consequências da tarifação de Trump são mais sofisticadas. Por exemplo, além de incentivar o contrabando, têm impacto poderoso nas bolsas de valores e no mercado financeiro em geral. No caso de Trump, a suspeita gangorra de morde e assopra ou decreta e pausa faz  milionários no mercado. Os bem informados, claro, principalmente aqueles que investiram milhões de dólares na eleição do magnata. 

Outro exemplo de como barreiras fiscais exageradas favorecem o contrabando. Nos anos 1950, o Brasil taxava importação de carros em mais de 100%. Veículos de luxo eram ainda mais visados. Muitos carros entravam pelo litoral do Ceará, cujo recorte oferecia enseadas capazes de receber barcos de médio porte. O mesmo navio que trazia Impalas levava carregamentos de café. Dizia-se que alguns palacetes do Aldeota, bairro elegante da capital cearense, abrigavam ricos "empresários" que traziam carrões, "esquentavam" a documentação e mandavam para abonados do Rio e São Paulo. 

Se esse tempo voltar, o Paraguai vai virar um "tigre" do Cone Sul.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Sai da frente: tribunal corre na contra-mão...


foto: Reprodução Folha de São Paulo
por Gonça
Chega a ser impressionante como algumas instância intepretam as leis contra os interesses da sociedade. Foi assim na Ficha Limpa. Agora, a Lei Seca, que já demonstrou seus efeitos benéficos e diminuiu as estatísticas mortes no trânsito, sofre um grande abalo. Juízes só aceitam como provas contra motoristas embriagados o bafômetro e o exame de sangue. Ocorre que o cidadão não é obrigado a fazer provas contra ele mesmo. Isso significa que quem se recusar a fazer teste de bafômetro ou exame de sangue vai sair da blitz rindo na cara dos fiscais. Ou seja: na prática é o liberou geral. Os juízes do STJ que defendiam a validade de provas testemunhais ou de constatação efetiva da embriaguez pelos seus sinais visíveis sairam perdendo. Ganhou, mais uma vez, a impunidade.   

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A saideira que não sai

por Eli Halfoun
Todo cuidado é pouco: dezembro está na bica e com ele os tradicionais (alguns chatíssimos) encontros de confraternização, sempre uma bela desculpa para encher o pote. Aí é que mora o perigo: sempre se perde a noção da quantidade de álcool consumido e por conta disso, o que era uma festa pode terminar em desastre muitas vezes fatal. Nada contra quem bebe (já fui muito bom de copo), mas tudo a favor de quem sabe beber e beber é uma arte que precisa ser saboreada e não uma maneira descontrolada e nada prazerosa de ficar de porre.De vez em quando o porre é inevitável. É sempre ruim: tira o prazer, principalmente no dia seguinte, do que deveria ser um delicioso esporte de levantar o copo.
Depois de cada confraternização haverá vai ter muita gente reclamando ainda mais da Lei Seca, que só existe porque não aprendemos a nos impor limites (é muito chato beber com limites) na hora de tomar mais uma, outra e mais outra até a saideira que não termina nunca. Agora a vigilância da Lei Seca ficará necessariamente maior e não se pode negar que mesmo cometendo exageros (o tal do bafômetro é um vexame) tem sido muito eficiente. Desde que começou, a Lei Seca permitiu que 394 pessoas escapassem da morte, de ferimentos ou de colisões, índice que representa, segundo dados oficiais, uma queda de 26,7% no número de acidentados em relação a outubro de 2008.. Estudo realizado com base nos dados do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo pode Bombeiros revela ainda que foram contabilizadas 1.082 vítima vítimas de acidentes em outubro contra 1.476 do mesmo mês em 2008. A Lei Seca salvou, segundo cálculos oficiais, 2.800 pessoas até o último mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos oito meses da operação Lei Seca foram abordados 102.099 motoristas e mais de 96 mil foram submetidos ao teste de bafômetro. Com esse trabalho de fiscalização foram aplicadas 20.200 multas e 3.700 veículos foram rebocados, além do recolhimento de 8.195 carteiras de habilitação e mais a aplicação de 1.562 sanções administrativas e 517 criminais. Motoristas beberrões ( vale sempre lembrar que “se dirigir não beba”) tentam escapar das blitze e utilizam a internet, especialmente o twitter, para ser informar sobre os locais em que a fiscalização está atuando, o que, convenhamos, é tentar submeter-se a um risco desnecessário já que, queiramos ou não, uma blitz desse tipo pode salvar a vida do motorista (e caronas) de quem, exagerou no chopinho amigo. É preciso também levar em conta que muita gente quer fugir de uma blitz porque sabe que ela pode ser falsa (como muitas ultimamente) para facilitar assaltos. A verdade é que bêbados ou sóbrios, estamos vivendo (nesse período de esta muito mais) na cidade do “mãos ao alto”.