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| A poupança caseira do Sóstenes. Foto PF/Divulgação |
Certo. A maioria dos brasileiros costuma guardar algum troco em casa. Pra comprar pão, café, um refri para as crianças... Fica lá na lata de leite em pó em cima da geladeira. Não é crime.
O que o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti, pilar da bancada evangélica, fez foi dar a um hábito simples uma dimensão planetária. A PF flagrou em operação de busca e apreensão no apartamento do político um saco preto do tipo que guarda lixo com mais de 400 mil reais em cédulas de 100. Dinheiro que vem assim, fácil, deve ser quase luxo para esses cretinos.
É estranho ter tanto dinheiro em casa dentro do armário da dona patroa? Sóstenes diz que não. Apenas vendeu um imóvel, recebeu do suposto comprador um sacolão de dinheiro e levou pra casa. Normal, diz. Certamente numerário para as pequenas despesas domésticas, embora deputado não se preocupe com isso. A Câmara paga gasolina, refeições, o aluguel do carro para a filha, o dízimo se precisar adiantar, a conta de luz, a internet, o gás, e por aí vai.
Sóstenes declarou, tropeçando muito nas palavras, que o dinheiro estava lacrado, o que não é sinônimo de legalidade, e tem origem declarada. Mais ou menos Não mostrou documento que comprove a fala, não deu detalhes do imóvel nem abordou outros questionamentos da PF que buscam evidências de desvio de emendas parlamentares, esse trampolim que o Congresso criou para práticas corruptas desembestadas.

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