quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Cheerleaders da Coréia do Norte não podem "meter a pata na poça"


A Fórmula 1 proibiu as grid girls que animavam as pistas sob a alegaçaõ de que os "novos tempos" não permitem tal exploração da mulher. As modelos protestaram contra o fim de um ativo mercado de trabalho. Já o manda-chuva Kim Jong-un não está nem aí para a onda do politicamente correto. O chefão da Coréia do Norte mandou para os Jogos Olímpicos de Inverno, na Coréia do Sul, um time de cheerleaders que tem sido atração nos estádios. São 200 jovens vestidas de vermelho que executam coreografias nas arquibancadas. São bonitas, mas, ao contrário das originais americanas, não mostram pernas e curvas e têm comportamento mais formal. Segundo a mídia portuguesa, citando o Daily Mail, elas são vigiadas, ao fim do dia devem contar aos coordenadores o que conversaram e com quem e podem até ser presas caso "metam a pata na poça", isto é, errem a coreografia. ]

VEJA O VÍDEO, 
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Gargantas profundas entregam Donald Trump


O advogado Michael Cohen, que trabalhou para Donald Trump durante anos, confessou ontem ao NY Times que pagou 130 mil dólares à atriz pornô Stephany Clifford, nome de guerra Stormy Daniels, para não revelar durante a campanha presidencial que teve um caso com o atual inquilino da Casa Branca.
De fato, quando vazaram rumores do affair a poucos dias da votação, Stormy (vista aí na capa da Penthouse) negou. Já a modelo Karen Mc Dougal, que foi capa da Playboy, vendeu ao National Enquier um depoimento no qual confirmava que também teve um relacionamento com Trump. O jornal pagou, mas não publicou a história. Durante as escapadas, Trump já estava casado com Melanie, que não comenta os casos.
Não se pode negar que o empresário acabou criando um mercado movimentado no segmento do "cala boca" ou do michê para abrir a dita cuja.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Cleo: a Leila Diniz do Século 21 é "musa do amor" no Camarote da Itaipava... e fez fotos que quebraram a internet

Foto de Cleomir Tavares

Foto de Cleomir Tavares
Foto Cleomir Tavares

O Carnaval do #eusouunicornio • Por Roberto Muggiati

Bloco de unicórnios em São Paulo. Reprodução Facebook

por Roberto Muggiati

O unicórnio – quem diria? – foi o adereço campeão do Carnaval de rua brasileiro em 2018.

Intrigado com a insólita mania, procurei os especialistas para uma explicação. Segundo eles, um dos movimentos que influenciaram mundialmente o surgimento da moda do unicórnio foi o chamado seapunk, de 2011. “É um movimento da internet, do Tumblr, em que os adolescentes passaram a fazer montagens com referências como golfinhos, sereias e também o unicórnio”, explica Lydia Caldana, analista de tendências da Box 1824.

A música "Higway Unicorn" foi a declaração de amor
de Lady Gaga ao animal mitológico 

Kesha "convidou" um unicórnio para participar do clipe Blow. E incluiu nos créditos um
alerta irônico: "nenhuma criatura mitológica foi maltratada na produção deste vídeo". 

Miley Cyrus se rendeu à mitologia em 2015 durante turnê com o Flaming Lips.
Foto Reprodução Instagram

Entre 2011 e 2012, cantoras pop como Azealia Banks, Lady Gaga, Miley Cyrus e Kesha incorporaram o unicórnio e outros elementos do seapunk em seus clipes ou shows. Cores do arco-íris em tons clarinhos, glitter e holografia – a chamada “estética unicórnio” – começaram a aparecer mais.
Com o tempo, o tema do unicórnio foi se tornando mais massificado fora do Brasil, e no ano passado chegou com tudo por aqui.

Causas possíveis do fenômeno? Cito ipsis literis da internet:

Crise econômica e fuga da realidade

Um dos motivos para a mania dos unicórnios ter pegado no Brasil, de acordo com os especialistas em tendências, é a crise econômica e a necessidade de fuga dos jovens para um mundo de fantasia. “O unicórnio, o mundo de fantasia, é um refúgio para o jovem que vive um momento complicado”, afirma Lydia Caldana.

Para Bruno Pompeu, coordenador do curso de coolhunting do Istituto Europeo di Design e sócio da Casa Semio, essa é a chave para entender a tendência de cultuar esses seres mitológicos e toda a estética “algodão doce” que os acompanha.
“Na história, sempre que ocorrem contextos muito críticos, as manifestações de fuga são muito fortes também. O que está por trás da ideia do unicórnio? É esse sentido mais infantil, mais lúdico, de pureza, de fuga, de escapar da realidade”.

Ele lembra que o apego aos símbolos de fuga vem de bastante tempo, mas com outra cara. “Há sete, oito anos, era a saga Crepúsculo, os vampiros, a noite, essa coisa mais sombria. Agora o escapismo tem outra cara, mais leve, mais doce”.

O pesquisador ressalta que, diferentemente de outras tendências, que surgem nos meios de comunicação de massa, o retorno do símbolo do unicórnio é um fenômeno digital, surgido nas redes sociais. “Por isso foi uma surpresa para algumas pessoas sairem na rua e verem tantos unicórnios juntos”.

Pessoalmente, cito três referências essenciais do unicórnio para mim:


• Uma das obras mais famosas da arte medieval francesa: a série de seis tapeçarias La Dame à la Licorne/A dama e o Unicórnio, que mostram uma mulher nobre ao lado de um unicórnio e representam os sentidos. Estima-se que tenham sido tecidas no século 15. Não me cansei de visitá-las no Museu de Cluny (hoje Museu Nacional da Idade Média), na rue de Cluny, uma transversal do Boul’ Mich (Boulevard Saint Michel), em Paris.


• O bom velho Scotch: o unicórnio é o animal oficial da Escócia e está presente no brasão de armas do Reino Unido simbolizando esse país, ao lado do leão, símbolo da Inglaterra. Se Vinícius disse que o uísque é o “cachorro engarrafado”, eu digo que o unicórnio escocês é o melhor amigo do homem.

• Last but not least, o genial miniconto de James Thurber – um clássico da literatura de humor do século 20 – O unicórnio no jardim, que transcrevo a seguir:

O unicórnio no jardim
JAMES THURBER

Numa bela manhã, um homem que tomava seu café olhou para fora da janela e viu - quem dera! - um unicórnio branco, com um chifre dourado, mascando tranquilamente as rosas do seu jardim. Esse senhor foi então acordar sua mulher e disse: "Tem um unicórnio no jardim, comendo nossas rosas". Irritada, ela retrucou: "O unicórnio é um animal mitológico". E, virando-se para o outro lado, voltou a dormir. 

Intrigado, o marido caminhou lentamente até o jardim. O unicórnio estava ali, beliscando suas tulipas. "Pssit, unicórnio", chamou ele, oferecendo um lírio, que o animal comeu solenemente.

Com o coração saltitante - obviamente, porque, afinal de contas, havia um unicórnio em seu jardim - o homem foi novamente despertar sua mulher. "O unicórnio comeu um lírio", anunciou ele. Só que agora ela ficou realmente irritada. "Você é um demente e eu vou te internar no manicômio!" O marido, que nunca apreciou muito a ideia de manicômios - especialmente num dia tão lindo, com um unicórnio em seu jardim - refletiu por um momento e disse: "Isso é o que veremos". Mas, antes de descer as escadas, completou: "E ele tem um chifre dourado no meio da testa".

Ao chegar novamente ao jardim, o unicórnio já tinha ido embora. O homem se sentou em meio às rosas e adormeceu. Sua mulher se vestiu rapidamente. Estava bastante irritada e regozijava-se por ter a chance de pegar seu ridículo marido. Ligou para a polícia e depois para o psiquiatra, instruindo-os para que chegassem logo com uma camisa-de-força. Quando chegaram, ela, já muito agitada, foi logo dizendo: "Meu marido viu um unicórnio hoje de manhã!". O policial e o psiquiatra se entreolharam, descrentes. "Ele me disse que o unicórnio havia comido um lírio", continuou ela. 

De novo, psiquiatra e policial trocaram um olhar desconfiado. "E também disse que o bicho tinha um chifre dourado no meio da testa!", insistiu mais uma vez. Subitamente, o policial e o psiquiatra levantaram de suas poltronas e a agarraram. Ela resistiu violentamente, mas no final eles conseguiram dominá-la e a enfiaram numa camisa-de-força. Foi nesse momento que o marido entrou, chegando do jardim. "Você por acaso disse a sua mulher que viu um unicórnio?", perguntou-lhe ceticamente o policial. "O unicórnio é um animal mitológico", respondeu seriamente o marido. "Isso era tudo o que precisávamos saber", replicou o psiquiatra. "Estamos internando sua mulher, ela surtou de vez." 

Chutando e berrando, ela foi levada ao manicômio para exames. E que fim teve o marido? Viveu feliz para sempre.





Manchete no Carnaval 2018: Segunda noite do Grupo Especial - Unidos da Tijuca, Portela, União da Ilha, Salgueiro. Imperatriz, Beija Flor


 UNIDOS DA TIJUCA- "Um coração urbano - Miguel Falabella, o arcanjo das artes saúda 
o povo e pede passagem"
Foto de Gabriel Monteiro/Riotur

Foto de Gabriel Monteiro/Riotur

PORTELA - "De repente de lá pra cá e dirrepente de cá pra lá"
Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Raphael David/Riotur

Foto Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto de Dhavid Normando/Riotur

Foto Riotur

UNIÃO DA ILHA - "Brasil bom de boca"
Foto de Gabriel Monteiro/Riotur

Foto de Gabriel Monteiro/Riotur
Foto de Raphael David/Riotur

SALGUEIRO - "Senhoras do ventre do mundo"
Foto de Raphael David/Riotur

Foto de Raphael David/Riotur

Foto de Gabriel Nascimento/Riotur
Viviane Araújo. Foto de Raphael David/Riotur 

Foto de Gabriel Monteiro/Riotur 


IMPERATRIZ - "Uma noite real no Museu Nacional"
Foto de Paulo Portilho/Riotur

Foto de Paulo Portilho/Riotur
Foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Foto de Paulo Portilho/Riotur
Foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Foto de Fernando Grilli/Riotur

Foto Riotur

BEIJA FLOR - "Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados 
da pátria que os pariu"

Foto de Fernando Grilli/Riotur

Foto de Dhavid Normando/Riotur

Foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Foto de Gabriel Nascimento/Riotur
Foto de Fernando Grilli/Riotur
Portela passou forte, com o talento de Rosa Magalhães e a saga dos judeus que saíram do Recife rumo a Nova York, Beija Flor surpreendeu com um enredo social que criticou a desigualdade, Salgueiro brilhou com o tributo às mulheres negras e a Imperatriz foi correta ao homenagear os 200 anos do Museu Nacional. Nessa segunda noite, a crise também não pareceu não ofuscou o luxo.

Fotomemória da redação: no Carnaval de 1995...


Cobertura do Carnaval 1995 para a revista Manchete. José Esmeraldo e Alberto Carvalho em frente aos antigos camarotes que foram demolidos para a construção das novas arquibancadas do lado par do Sambódromo. A campeã daquele ano foi a Imperatriz.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A 'saia justa' dos narradores e comentaristas da Globo: escravidão, patos da Fiesp, vampiro Temer, manifestoches e paneleiros da Tuiuti...

Reprodução Twitter
O microfone queimou nas lapelas e mãos de Fátima Bernardes, Alex Escobar e Milton Cunha.

Aparentemente, o trio da Rede Globo se assustou com a representação do Vampiro Temer, ficou com medo de levar uma bicada dos patos da Fiesp ou uma panelada dos manifestoches e coxinhas.

A passagem da Paraíso do Tuiuti com seu enredo sobre a escravidão e as referências atuais ao governo pós-golpe neoliberal gerou o silêncio mais ensurdecedor da noite.

Reprodução Twitter
Silêncio absoluto, não, às vezes, alguém balbuciava  frases inodoras ou genéricas. Nas entrevistas ao fim do desfile também foram evitados os temas incômodos.

A anomalia foi percebida e comentada nas redes sociais.

Há quem levante uma outra questão. E o júri? Também vai emudecer?

Quem disse aí que as redes sociais embarcam nos blocos e esquecem da política? Tem fantasia de palhaço bombando


Manchete no Carnaval 2018 - Primeira noite do Grupo Especial: Mocidade, Mangueira, Grande Rio, São Clemente, Tuiuti, Vila Isabel, Império

MOCIDADE - Namastê. a estrela que habita em mim saúda a que existe em você

Foto Fernando Grilli/Riotur

Foto Dhavid Normando/Riotur

Foto Gabriel Nascimento/Riotur

MANGUEIRA - Com dinheiro ou sem dinheiro
Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

GRANDE RIO - Vai para o trono ou não vai

Juliana Paes - Foto de Dhavid Normando/Riotur

Foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Foto de Dhavid Normando/Riotur

PARAÍSO DO TUIUTI - Meu Deus meu Deus, está extinta a escravidão?

Foto Dhavid Normando/Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Fernando Grilli/Riotur

VILA ISABEL - Corra que o futuro vem aí

Foto Fernando Grilli/Riotur

Foto Gabriel Nascimento/Riotur

Foto Fernando Grilli/Riotur

Sabrina Sato - Foto Gabriel Nascimento/Riotur

Foto Riotur

SÃO CLEMENTE - Academicamente popular

Foto Raphael David/Riotur

Foto Gabriel Monteiro/Riotur

Foto Gabriel Nascimento/Riotur

IMPÉRIO SERRANO - O império do samba na rota da China

Foto Dhavid Normando/Riotur

Foto Fernando Grilli/Riotur

Foto Paulo Portilho/Riotur

Foto Raphael David/Riotur

Foto Raphael David/Riotur
 O futuro tecnológico segundo a Vila, a escravidão revisitada pela Tuiuti, a crítica bem-humorada da Mangueira, a volta da Império falando de samba foram os destaques da primeira noite do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A criatividade tentou dar a volta por cima, os carnavalescos buscaram soluções, mas não passaram despercebidos alguns detalhes impostos pela falta de dinheiro. Carros aparentemente incompletos, improviso e uso de materiais que alguns carnavalescos denominaram de "alternativos" na linha do bonito e barato. O luxo não esteve ausente, mas cedeu algum espaço à originalidade e à simplicidade. O que não foi de todo ruim. Na primeira noite, a Vila saiu aclamada com os gritos de "é campeã!" das arquibancadas, mas a repercussão maior foi para o histórico desfile da Tuiuti que retratou a escravidão e fez um paralelo bem consistente com os tempos de Michel Temer e sua turma de exterminadores de direitos sociais.