sexta-feira, 24 de março de 2017
Caso Eduardo Guimarães: o juiz Moro tirou a escada e deixou Eliane Cantanhêde pendurada na broxa.
Há quem prefira um Brasil "cordial", omisso e submisso. De uns tempos para cá, sociólogos de consultorias e antropólogos da Casa Grande dizem que o Brasil está dividido, rachado. E acham lamentável que a "outra metade" se manifeste.
Ora, desde que a caravela apontou no Sul da Bahia, o país está dividido. E porque não? Temos todos os motivos, incluindo uma das piores distribuições de renda do mundo, o preconceito, a corrupção, um Congresso ocupado por empresários e fazendeiros, uma mídia dominante atrelada ao topo da pirâmide. O "Brasil dividido" e o racha amplificado pelas redes sociais tem utilidades. Uma delas, tirar do armário a direita hidrófoba. A divisão permite que cada um saiba com quem está lidando. É a era da transparência comunitária, captou?
O caso do jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, alvo de condução coercitiva por ordem do juiz Sergio Moro, foi mais um desses episódios plenos da didática que lançam um facho de luz nas trevas políticas. De um lado, vieram críticas e deboches de jornalistas pendurados no main system. Do outro, organizações de classe, nacionais e internacionais, divulgaram notas classificando o caso como uma grave ameaça à liberdade de expressão.
A comentarista Eliane Cantanhêde publicou o post acima e recebeu muitas críticas. Entre outras coisas, por desconhecer a Constituição. Eduardo Guimarães, que foi defendido pela maioria da classe, até da grande imprensa, teve sua função jornalística reconhecida pela Fenaj e pelos Repórteres Sem Fronteira. É jornalista. Mas, mesmo que não fosse, o sigilo de fonte não é prerrogativa de jornalista mas de qualquer cidadão. Advogados, por exemplo. Juristas informam aos navegantes que o sigilo pode proteger médicos, executivos de corporações com ações em bolsas de valores, juízes, diplomatas ou qualquer pessoa, quando for necessário ao exercício profissional.
Muitos internautas rebateram a Cantanhêde. Houve até quem colocasse em dúvida sua condição de jornalista com base na famosa e folclórica entrevista coletiva-privê de Temer para o Roda Viva, da qual participou ao lado de outras figuras da "estatuaria de presépio", como diria Nelson Rodrigues, e que virou uma espécie de "case" de deslumbramento e submissão com nível de chá de panela travestido de "jornalismo". Eduardo Guimarães também respondeu ao post que o chamava de "aventureiro". Mas a melhor resposta acabou vindo de onde ela não esperava: o próprio juiz Sérgio Moro recuou e decidiu não mais investigar o jornalista Eduardo Guimarães. E a Cantânhede ficou literalmente pendurada na brocha sem a escada que esperava manter.
A arrogância virou mico.
Ora, desde que a caravela apontou no Sul da Bahia, o país está dividido. E porque não? Temos todos os motivos, incluindo uma das piores distribuições de renda do mundo, o preconceito, a corrupção, um Congresso ocupado por empresários e fazendeiros, uma mídia dominante atrelada ao topo da pirâmide. O "Brasil dividido" e o racha amplificado pelas redes sociais tem utilidades. Uma delas, tirar do armário a direita hidrófoba. A divisão permite que cada um saiba com quem está lidando. É a era da transparência comunitária, captou?
O caso do jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, alvo de condução coercitiva por ordem do juiz Sergio Moro, foi mais um desses episódios plenos da didática que lançam um facho de luz nas trevas políticas. De um lado, vieram críticas e deboches de jornalistas pendurados no main system. Do outro, organizações de classe, nacionais e internacionais, divulgaram notas classificando o caso como uma grave ameaça à liberdade de expressão.
A comentarista Eliane Cantanhêde publicou o post acima e recebeu muitas críticas. Entre outras coisas, por desconhecer a Constituição. Eduardo Guimarães, que foi defendido pela maioria da classe, até da grande imprensa, teve sua função jornalística reconhecida pela Fenaj e pelos Repórteres Sem Fronteira. É jornalista. Mas, mesmo que não fosse, o sigilo de fonte não é prerrogativa de jornalista mas de qualquer cidadão. Advogados, por exemplo. Juristas informam aos navegantes que o sigilo pode proteger médicos, executivos de corporações com ações em bolsas de valores, juízes, diplomatas ou qualquer pessoa, quando for necessário ao exercício profissional.
Muitos internautas rebateram a Cantanhêde. Houve até quem colocasse em dúvida sua condição de jornalista com base na famosa e folclórica entrevista coletiva-privê de Temer para o Roda Viva, da qual participou ao lado de outras figuras da "estatuaria de presépio", como diria Nelson Rodrigues, e que virou uma espécie de "case" de deslumbramento e submissão com nível de chá de panela travestido de "jornalismo". Eduardo Guimarães também respondeu ao post que o chamava de "aventureiro". Mas a melhor resposta acabou vindo de onde ela não esperava: o próprio juiz Sérgio Moro recuou e decidiu não mais investigar o jornalista Eduardo Guimarães. E a Cantânhede ficou literalmente pendurada na brocha sem a escada que esperava manter.
A arrogância virou mico.
ONU no Brasil divulga comunicado sobre assassinatos de defensores de direitos humanos
(do site ONUBr)
O Sistema das Nações Unidas no Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota sobre os assassinatos de dois defensores de direitos humanos no Brasil. Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Ele estava internado depois de ter sido baleado três dias antes durante invasão do sítio dele, próximo de Eldorado do Carajás.
Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Segue a íntegra da nota:
“O Sistema das Nações Unidas no Brasil recebeu com preocupação as notícias dos assassinatos de Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do Cacique Antonio Mig Claudino, defensores de direitos humanos, que ocorreram no último dia 20 de março, em Parauapebas, Pará, e na Terra Indígena Serrinha, Rio Grande do Sul.
O Sistema das Nações Unidas no Brasil insta as autoridades brasileiras a investigar, processar e punir os autores dos assassinatos e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas.
É importante fortalecer os esforços para proteger defensores e defensoras de direitos humanos no país. As Nações Unidas no Brasil se colocam à disposição para apoiar as ações nessa temática.”
O Sistema das Nações Unidas no Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota sobre os assassinatos de dois defensores de direitos humanos no Brasil. Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Ele estava internado depois de ter sido baleado três dias antes durante invasão do sítio dele, próximo de Eldorado do Carajás.
Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Segue a íntegra da nota:
“O Sistema das Nações Unidas no Brasil recebeu com preocupação as notícias dos assassinatos de Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do Cacique Antonio Mig Claudino, defensores de direitos humanos, que ocorreram no último dia 20 de março, em Parauapebas, Pará, e na Terra Indígena Serrinha, Rio Grande do Sul.
O Sistema das Nações Unidas no Brasil insta as autoridades brasileiras a investigar, processar e punir os autores dos assassinatos e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas.
É importante fortalecer os esforços para proteger defensores e defensoras de direitos humanos no país. As Nações Unidas no Brasil se colocam à disposição para apoiar as ações nessa temática.”
Atentado em Londres: a foto que gerou polêmica nas redes sociais...
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Londres, Potde de Westminster, logo após o atentado da última quarta-feira. A cena que lançou controvérsias e viralizou na rede. Foto de Jamie Lorriman. Reprodução |
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Reprodução The Guardian |
O autor da foto esclareceu que outros cliques da sequência deixam claro que ela estava horrorizada e angustiada. "Ela não foi a única a passar por pessoas feridas e a caminhar o mais rapidamente possível para sair dali", contou ao Guardian. Alguns leitores argumentaram que ela poderia estar simplesmente ligando para casa e avisando à família, como muitas outras pessoas fizeram. De qualquer forma, a reação das redes sociais reflete o clima em várias cidades da Europa. O terror que mata também lança estilhaços de preconceito, ódio e desconfiança.
OK, celebridades não recusam publicidade. Mas agora descobriram que junto com o cachê também podem receber críticas das redes sociais... Nem sempre o dindin cobre eventuais danos à imagem
por Niko Bolontrin
O site RD1 levantou a polêmica ao reproduzir o post, acima, de Carolina Dieckman, que divulgou na sua página no Instagram, há dois dias, uma foto com três latas de refrigerante para ilustrar uma mensagem patrocinada.
Vários internautas replicaram a atriz. Um deles foi o apresentador da Globo, Evaristo Costa, que mandou um recado: “Prefira sempre suco natural, refrigerante não faz bem. Fica a dica”.
Segundo o RD1, o comentário de âncora do Jornal hoje foi depois retirado da página. Mas a polêmica já estava viralizada. Na mesma semana em que Roberto Carlos, Tony Ramos e Fátima Bernardes foram criticados na web por garantirem em comerciais a qualidade da carne da Friboi, envolvida em rumoroso escândalo, Carolina Dieckman também é alvo de críticas por referendar produtos. Isso quer dizer que a publicidade, como o jornalismo, já não tem mão única, perdeu a imunidade. Os canais das redes sociais quebram o antigo silêncio e agora questionam credibilidades. É do novo jogo. E isso é bom.
Rio, 1966: a ditadura light e a esquerda festiva
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Foto de Camilo Calazans/AJB/Divulgação/Geração Paissandu |
por Roberto Muggiati
Esmeraldo e eu empreendemos uma incansável e obsessiva caçada à memória fotográfica da Manchete. Mais precisamente, procurando levantar a quantidade de profissionais que trabalharam nas revistas da Bloch. Outro dia me veio à lembrança a paraguaia Zulema Rida, casada atualmente com o importante designer Karlheinz Bergmüller. De um casamento anterior, Zulema teve um filha Julia, que se casou em 1980 com o cônsul da Alemanha no Rio, Michael Geier, amigo dos jornalistas de esquerda cariocas – Ziraldo cantou boleros na festa do seu casamento.
Mas, voltando à Zulema, de breve passagem pela fotografia na Bloch. Em 1966, ela foi escalada para fotografar uma reportagem da Fatos&Fotos sobre a esquerda festiva carioca. Ora, as grandes cagadas na Bloch sempre aconteciam com a pobrezinha da F&F. . .
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Foto de Luiz Carlos David/AJB/Divulgação/Geração Paissandu |
Introduzo na história um personagem-chave que vinha sendo monitorado pessoalmente pelo Jaquito. A embaixada americana continuava funcionando no Rio de Janeiro – só pensaria em se mudar para Brasília depois do sequestro do embaixador em 1969. E fazia um trabalho importante de manutenção no pós-golpe militar de 1964. O assessor de imprensa da embaixada no Rio era Jack Wyant, que atuava também como porta-voz junto à imprensa, televisão e rádio. Curiosamente, Wyant nasceu em São Paulo, em 1929, de pais americanos que faziam trabalho missionário no Brasil. Depois de se formar em jornalismo em Seattle – e de servir o exército americano entre 1951 e 1953, Wyant entrou para a USIA (United States Information Agency). Para a Bloch era importante ter um bom relacionamento com a embaixada dos EUA e Pedro Jack (Kapeller) e Jack (Wyant) logo ficaram amigos inseparáveis. Coincidiam até nas datas de nascimento: Jack era de 7 de outubro, Jaquito de 10 de outubro.
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Livro Geração Paissandu, do saudoso Rogério Durst: biografia de um point. |
Quando Fatos&Fotos foi às bancas, veio logo o telefonema fatídico da embaixada e a chapa esquentou em Frei Caneca, onde ficavam as redações da Bloch. A coisa ficou preta para os envolvidos na reportagem, a responsabilidade maior era do repórter e não do fotógrafo, mas sobrou também para a paraguaia – talvez por isso mesmo ela não tenha ficado muito tempo na Manchete. Quanto a Jack Wyant, fiquei sabendo que ele morreu há poucas semanas, aos 87 anos, no dia de São Sebastião do Rio de Janeiro.
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Zulema Rida
quinta-feira, 23 de março de 2017
Autor do atentado contra Ronald Reagan é fotografado em liberdade
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Reprodução Daily Mail |
Um homem de 61 anos sai de uma lanchonete Subway. Rechonchudo, de boné de beisebol, se encaminha para um carro. As fotos foram feitas por um paparazzo - Jae Donnely - no subúrbio de Williamsburg, Virgínia, nos Estados Unidos, e publicadas no Daily Mail, hoje. O homem é John Hinkley Jr.
Em 30 de março de 1981, com 25 anos, ele tentou matar o então presidente Ronald Reagan, em Washington. Pouco mais de um ano depois, um júri o inocentou por ser mentalmente incapaz e o enviou para um hospital psiquiátrico.
Há alguns meses, Hinkley - que disse ter praticado o atentado para impressionar a atriz Jodie Foster, após vê-la em 15 sessões do filme Taxi Driver - deixou o hospital, livre e declarado reabilitado. Ele vive com a mãe, de 91 anos, toma fortes remédios para depressão e psicose, mas apesar disso dirige uma Toyota e circula normalmente pela cidade. A Justiça o liberou sob várias restrições, entre as quais ter que morar com a mãe, não viajar, navegar na internet mas sem ver pornografia, não pode ter contato com Jodie Foster nem com membros da família Reagan, não pode ter Facebook, Twitter ou qualquer outra página em rede social. No começo da semana, a New York Magazine mostrou John Hinkley Jr em outra lanchonete, Burger King, também degustando um sanduíche e saindo de um shopping.
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Reprodução Manchete |
quarta-feira, 22 de março de 2017
Vui isso? Pesquisadores criam um Museu de Memes
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Reprodução Museu de Memes |
Partindo do princípio de que memes já fazem parte do universo da cultura pop e expressam opiniões e ilustram críticas bem-humoradas nas redes sociais, um grupo de alunos de mestrado, bolsistas e mestres da Universidade Cultural Fluminense criou o Museu de Memes. Se você acha que o fenômeno é irrelevante, saiba que algumas memes alcançam mais de 10 milhões de leitores, formam opinião e influenciam até eleições.
O site já está no ar. Clique AQUI
Do jornal O Dia: Novas leis de Donald Trump barram entrada da Mulher Melão nos Estados Unidos
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Foto de Patrick Brito/Divulgação |
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Foto Rede Social |
Brasileiro que embarca hoje em um avião rumo aos Estados Unidos sabe que vai mas não sabe se chega lá. Donald Trump baixou inúmeras novas regras, seja para impedir a entrada de terroristas ou vetar imigrantes em potencial.
Só que para turistas e para quem vai a negócio o bicho também tá pegando.
Na semana passada, segundo matéria do jornal O Dia, Renata Frisson, mais conhecida como a funkeira Mulher Melão, foi barrara no aeroporto de Miami por não conseguir responder a um questionário em inglês. E isso apesar de já ter ido aos States várias vezes a trabalho. A funkeira foi detida por uma noite - segundo ela ficou em um "quartinho da polícia" - e, segundo o Brazilian Times, jornal da comunidade brasileira local, teria sido embarcada de volta ao Brasil.
A Mulher Melão seguia para uma turnê em Porto Rico.
ATUALIZAÇÃO EM 23/3/2017
Em post, a Mulher Melão comenta o episódio:
JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO DIVULGA REGRAS PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS
(do site do Jardim Botânico)
"A atividade de fotografia profissional no Jardim Botânico do Rio de Janeiro está agora normatizada pelas portarias 030/2017 e 031/2017. Os fotógrafos profissionais, ou seja, que exercem trabalho remunerado, devem se cadastrar no Centro de Visitantes e receberão um crachá para poder atuar dentro do JBRJ. O fotógrafo pagará uma taxa de R$ 100,00 pelo cadastramento, que é válido por dois anos. Para se cadastrar, o profissional deverá tomar conhecimento do Regulamento de Uso Público e da norma para atividade de fotografia profissional no JBRJ, ambos disponíveis na página www.jbrj.gov.br/institucional/normas. Também foi estabelecido o valor de R$ 20,00 como taxa de diária para os fotógrafos atuarem dentro do JBRJ, a ser paga na Bilheteria. Os clientes dos fotógrafos continuam a pagar uma entrada normal, no valor de R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Além disso, a atividade de fotografia profissional não é permitida aos domingos e feriados. Fotógrafos profissionais que venham ao JBRJ para realizar trabalho de fotografia jornalística ou publicitária/institucional contratado por empresas não estão sujeitos a esta norma, mas as empresas devem se dirigir previamente à Assessoria de Comunicação ou à Assessoria de Permissão de Uso, respectivamente, para conhecer suas normas específicas." -
VEJA OS DETALHES DAS NOVAS REGRAS EM DUAS PORTARIAS DA DIREÇÃO DO JARDIM BOTÂNICO, CLIQUE AQUI e AQUI
Nota oficial da FENAJ e do SJSP – condução coercitiva de Eduardo Guimarães é censura e ataque à liberdade de expressão
"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) protestam contra a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, levado de sua residência na capital paulista, na manhã desta terça-feira (21), para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lava Jato.
Guimarães teve seu apartamento vasculhado, foram apreendidos seu celular, notebook e um pen drive de uso pessoal e o blogueiro foi conduzido à Superintendência da PF no bairro da Lapa, zona oeste paulistana.
A Polícia Federal, em mais uma demonstração de arbitrariedade e violação de direitos inspirada na época da ditadura militar no país, quer violar o sigilo de fonte por Guimarães ter vazado a informação de que o ex-presidente Lula seria conduzido coercitivamente pela PF, o que forçou o adiamento da ação no ano passado.
Além da arbitrariedade da condução coercitiva, sem que qualquer intimação prévia tenha sido feita ao blogueiro, a PF devassa dados pessoais e desrespeita o sigilo de fonte garantido pela Constituição Federal em seu Artigo 5º, parágrafo XIV, em que define que ´“é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.
A Polícia Federal ataca, ainda, a liberdade de imprensa e de expressão do blogueiro – a mesma PF que tem vazado informações seletivamente de acordo com os próprios interesses, sem levar em consideração os interesses da sociedade.
O SJSP e a Fenaj expressam seu veemente repúdio à arbitrariedade da Polícia Federal, pois a condução coercitiva do blogueiro também representa um terrível precedente, que coloca em risco um dos mais importantes princípios do jornalismo – garantir o direito da população à informação.
O Sindicato e a Federação também se colocam à disposição de Eduardo Guimarães para lutar contra mais esse ato de lamentável autoritarismo e censura, além de prestar solidariedade e apoio na adoção de todas as medidas legais cabíveis."
São Paulo, 21 de março de 2017.
Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj
Guimarães teve seu apartamento vasculhado, foram apreendidos seu celular, notebook e um pen drive de uso pessoal e o blogueiro foi conduzido à Superintendência da PF no bairro da Lapa, zona oeste paulistana.
A Polícia Federal, em mais uma demonstração de arbitrariedade e violação de direitos inspirada na época da ditadura militar no país, quer violar o sigilo de fonte por Guimarães ter vazado a informação de que o ex-presidente Lula seria conduzido coercitivamente pela PF, o que forçou o adiamento da ação no ano passado.
Além da arbitrariedade da condução coercitiva, sem que qualquer intimação prévia tenha sido feita ao blogueiro, a PF devassa dados pessoais e desrespeita o sigilo de fonte garantido pela Constituição Federal em seu Artigo 5º, parágrafo XIV, em que define que ´“é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.
A Polícia Federal ataca, ainda, a liberdade de imprensa e de expressão do blogueiro – a mesma PF que tem vazado informações seletivamente de acordo com os próprios interesses, sem levar em consideração os interesses da sociedade.
O SJSP e a Fenaj expressam seu veemente repúdio à arbitrariedade da Polícia Federal, pois a condução coercitiva do blogueiro também representa um terrível precedente, que coloca em risco um dos mais importantes princípios do jornalismo – garantir o direito da população à informação.
O Sindicato e a Federação também se colocam à disposição de Eduardo Guimarães para lutar contra mais esse ato de lamentável autoritarismo e censura, além de prestar solidariedade e apoio na adoção de todas as medidas legais cabíveis."
São Paulo, 21 de março de 2017.
Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj
terça-feira, 21 de março de 2017
Em nome do deboche e do prazer, livro tira a pornochanchada do armário acadêmico
por Ed Sá
Quando moralistas emplacam suas teses em um país, o resultado é autoritarismo, preconceito, restrições e perseguições. Um vento desses varre o Brasil com impactos na mídia e nos meios acadêmicos.
Assim como, nos tempos da ditadura, o pensamento conservador impôs às escolas a esdrúxula disciplina de "Moral e Cívica", a onda direitista atual plantou uma reforma do ensino médio segundo a qual é proibido pensar. A onda moralista é, agora, acelerada pela influência das religiões fundamentalistas a caminho de um talibanismo tropical.
Pesquisadores paulistas acabam de lançar uma coletânea sobre um fenômeno de comunicação que desafiou alguns padrões da época da ditadura: a Pornochanchada. No escurinho do cinema, a temática erótica a atraia multidões. Na vida real, os jornais divulgavam casos como o de um deputado mineiro que incomodado com as saias curtas das estudantes subiu à tribuna da Assembleia e fez um longo discurso pedindo duras leis, multas e até prisão para quem exibisse coxas em praça pública. A frase final do pronunciamento, dita a berros patrióticos, foi um brado de moralismo: "Ninguém levanta a saia da mulher mineira".
Claudio Bertolli Filho e Muriel Emídio P. do Amaral, da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
abordam no livro"Pornochanchando: em nome da moral, do prazer e do deboche", que conta com 15 artigos de pesquisadores das áreas da Ciência e Comunicação o que chamam de o "confronto esquecido: pornochanchada x moral e civismo. Apesar de celebrar a transgressão, os textos não deixam de apontar os estereótipos de filmes, sejam de classe ou de gênero.
O livro "Pornochanchando: em nome da moral, do prazer e do deboche" pode ser acessado gratuitamente no site da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), da Unesp (link abaixo). Para quem preferir a versão impressa, é só aguardar: a Cultura Acadêmica vai lançar o livro nos próximos dias. CLIQUE AQUI PARA LER GRATUITAMENTE
Brasil, urgente, a Playboy divulga fotos da filha do apresentador Datena e promete pelos pubianos de Claudia Ohana
por O.V. Pochê
A Playboy, agora trimestral, acaba de divulgar fotos da sua próxima capa. Leticia Wierman Datena, 30, filha do apresentador José Luiz Datena, é a estrela nua da edição de março.
Também chama a atenção uma matéria com Claudia Ohana. Como se sabe, em 1985, a atriz fez um ensaio para a revista e revelou uma área de preservação de pelos pubianos que ficou conhecida como um dos maiores ecossistemas nacionais.
Chamadas de capa são recursos para "vender" a matéria no miolo da revista. Ficamos sabendo que a nova edição tem como assuntos, além da Letícia, Arte de Rua, entrevista com Oscar Schmidt e 20 Perguntas para Alinne Rosa.
A Playboy promete também, vejam acima, algo como "Claudia Ohana - Pelos Pubianos". Isso desperta uma dúvida. É uma reportagem investigativa sobre os pelos pubianos, do DNA à espessura, brilhos e índice de encaracolagem? É uma entrevista ficcional com os famosos pelos? A atriz vai reapresentar seus pelos atuais e compará-los com a versão vintage?
O que se diz é que Claudia Ohana vai estrear como cronista da revista e seu primeiro texto seria sobre a vida e a trajetória da mais famosa APA (Área de Preservação Ambiental) do Brasil.
Pensando bem, chamadas de capa devem ajudar a vender revista e essa aí é uma boa técnica: só comprando a Playboy você vai saber.
A nova conta do golpe... Instituições de Previdência Privada querem o FGTS
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Reprodução o Globo |
A mídia dominante e os colunistas de direita costumam criticar o FGTS por, segundo a visão neoliberal, onerar as empresas. Antes da criação do fundo, nos anos 1960, o trabalhador tinha apenas uma garantia: a estabilidade apos dez anos de vínculo com uma mesma empresa. Na prática, poucos alcançavam esse benefício. Os patrões costumavam despedir empregados, sem qualquer indenização, às vésperas da data que asseguraria a estabilidade.
A mídia como linha auxiliar do mercado financeiro costuma tratar o FGTS apenas como um "investimento" do trabalhador e cobra mais rentabilidade, o que seria até justo não fosse a má intenção sempre alardeada de transferir o montate do FGTS às instituições privadas.
Mas o FGTS tem função social, além da proteção contra demissões injustificadas. O Fundo é a mais importante fonte de financiamento habitacional em benefício, principalmente, dos brasileiros de menor renda e também destina recursos para o saneamento básico.
Historicamente, o mercado sempre quis meter a mão nos recursos do FGTS. Várias brechas foram criadas. Em 2008, sob pressão de políticos, foi parido o Fundo de Investimento FGTS, o Fi-Fgts, que passou a financiar rodovias, portos, ferrovias, hidrovias, transferindo recursos do fundo para concessionários de setores privatizados.
Agora, como mais um item da pesada conta do golpe - a contrapartida do atual governo ao sistema jurídico-legislativo-empresarial que se apossou do poder -, surge uma iniciativa para transferir o montante do FGTS às instituições de previdência privada. Segundo a nota publicada no Globo, o Banco Mundial enviou um economista ao Brasil para apresentar a medida à Comissão da Reforma da Previdência.
O interesse deve ser grande porque não é comum uma instituição multilateral, como o Banco Mundial, interferir diretamente e com tanta desenvoltura no Congresso de um país. O FGTS é regido por dispositivos constitucionais. Mas afinal, o que é a Constituição para uma milicia de interesses da qual fazem parte figuras delatadas em esquemas de corrupção e que acaba implodir a Carta ao destituir uma presidente legitimamente eleita?
Crivella: de prefeito a assessor de passaralho
(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)
Mais de 30 pessoas se reuniram nesta segunda-feira na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio, em ato de protesto contra as demissões de vários jornalistas e, principalmente, do repórter Caio Barbosa – dispensado do jornal ‘O Dia’ na semana passada. Ao Sindicato, Barbosa admitiu que sua demissão foi provocada por pressão da Prefeitura do Rio sobre a empresa. A prefeitura nega.
Empunhando cartazes com críticas à demissão, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas do Centro até a sede de ‘O Dia’. Lá, a diretoria do Sindicato entregou à direção da empresa um documento em que pede, com urgência, uma reunião para tratar não só das demissões ocorridas, como também do plano de reestruturação anunciado neste domingo pelo jornal.
LEIA NO SITE DO SJPMRJ, CLIQUE AQUI
Deu no The Intercept: jornalistas protestam contra agressão de Marcelo Crivella à liberdade de imprensa
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Foto: Reprodução The Intercept |
por Cecilia Olliveira ( para o site The Intercept)
ERA NOITE DE sábado quando começaram a circular as primeiras informações sobre a demissão do jornalista do jornal carioca O Dia Caio Barbosa, que era repórter especial desde 2012. A primeira delas foi dada pelo jornalista e escritor Cid Benjamin, irmão de César Benjamin, secretário de Educação, Esporte e Lazer do prefeito Marcelo Crivella (PRB-RJ).
“Foi pedido do bispo da Universal que ocupa a prefeitura da cidade”, afirmou Benjamin em seu perfil no Facebook, e reiterou: “Pra mim isso não é surpresa”. Segundo ele, o que teria motivado a demissão seria a reportagem “Febre amarela: População critica filas e falta de informações em postos”. Publicada no dia 16 de fevereiro, ela falava sobre o mau atendimento nos postos de saúde, principalmente sobre a falta de informações para quem procurava vacinação contra a febre amarela. Em entrevista a The Intercept Brasil, Cid Benjamin classificou a demissão como um “atentado gravíssimo à democracia e à liberdade de imprensa”.
O texto foi reeditado no mesmo dia, e foi retirada a assinatura do repórter. A reportagem original pode ser lida aqui e a reeditada, aqui. São matérias completamente diferentes. Uma narra as dificuldades de conseguir a vacina e informações e contém críticas duras ao prefeito. A reeditada parece um release da prefeitura do Rio, com informações sobre postos de saúde e muitas aspas do prefeito. Apenas críticas pontuais foram mantidas.
O depoimento – “Não era essa a gestão que prometeu cuidar das pessoas? Bem, pelo que a gente está vendo até agora, parece mais humilhar as pessoas”, criticou a professora Luiza Souza Gomes – foi um dos que sumiram na nova edição.
Descaradamente, a imagem que ilustra a matéria reeditada é do Sana, que fica na cidade de Macaé, feita pela prefeitura local, e com fila menor e ambiente mais amigável. A matéria original era ilustrada com uma foto feita pela Agência O Dia, de um posto de saúde da Tijuca.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO INTERCEPT, CLIQUE AQUI
segunda-feira, 20 de março de 2017
Documentário “Brasil Negro: escravidão e preconceito” terá pré-estreia no Sindicato dos Jornalistas
(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)
No dia 27 de março, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, em uma promoção de sua Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), exibirá, em pré-estréia, o documentário “Brasil Negro: escravidão e preconceito”. Com direção e roteiro da jornalista Iara Cruz, o filme relata a importância de negras e negros na formação histórica e econômica do país, incluindo o período do regime escravocrata entre os séculos 16 e 19.
O documentário será exibido às 19 horas, no auditório do sindicato e segundo a documentarista “foram ouvidos diversos historiadores que contam como a presença dos africanos contribuiu para a formação da língua, costumes e cultura no Brasil. Mostra também de que forma o comportamento da sociedade escravista se repete nos dias atuais.” Após a exibição participarão dos debates os historiadores e mestres em Educação e História, Carla Lopes e Claudio Honorato, respectivamente.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI
É isso mesmo? Um museu-galpão vai substituir as antigas Docas da Alfândega?
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Reprodução/O Globo |
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Foto Alexandre Macieira/Riotur |
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Foto Alexandre Macieira/Riotur |
A missão da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) é “preservar e divulgar o patrimônio histórico e cultural da Marinha, contribuindo para a conservação de sua memória e para o desenvolvimento da consciência marítima brasileira”.
Por isso, o projeto divulgado hoje na coluna de Ancelmo Gois, no Globo, é surpreendente. Trata-se de um museu a ser construído no Espaço Cultural da Marinha.
Um legado da Olimpíada amplamente aprovado por cariocas e visitantes foi a reintegração ao Rio do trecho da orla entre a Praça XV e a Praça Mauá que há mais de 200 anos era interditado a civis. A Marinha - que mantém na região, há alguns anos, o seu Espaço Cultural, iniciativa também elogiada, que atrai muitos visitantes -, colaborou com a Prefeitura e tornou possível a abertura total da via, o que fez o Centro da cidade reencontrar o mar.
O Complexo Cultural da Marinha é um circuito de enorme valor para a memória nacional. A Ilha Fiscal, o Museu Naval, documentos e peças históricas, navio, helicóptero, submarino, a galeota de D. João VI estão entre as atrações. Em todo aquele entorno que o público pode apreciar, hoje, respira-se história.
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Na imagem, em segundo plano, as Docas da Alfândega. Reprodução |
Na reprodução da nota do Globo e nas fotos, vê-se que o futuro museu será construído no pier das antigas Docas da Alfândega, aterradas no século 19. As docas foram construídas em 1871 por ordem do Imperador D. Pedro II para atender ao até então precário porto do Rio.
É isso mesmo? Os antigos prédios, como mostra a ilustração do jornal, serão destruídos?
O projeto do futuro museu não está muito claro. Visualmente lembra um tapume. Melhor seria se o fosse. Assim, sinalizaria a restauração e não a destruição de um valioso patrimônio histórico.
É algo que merece urgente discussão do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional, da própria DPHDM, do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e dos cariocas a quem, de resto, pertence a cidade..
ATUALIZAÇÃO EM 22/03/2017
A mesma coluna publica hoje uma explicação motivada, segundo a nota abaixo, pela manifestação de leitores preocupados com a construção do futuro Museu Marítimo do Brasil. A Marinha informou ao Globo que as construções em estilo colonial são de 1996 e que não são tombadas.
A título de informação, milhares de construções foram demolidas na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive igrejas, mosteiros e palácios milenares. Muitas foram reconstruídas nas décadas de 1960 e 1970 e nem por isso são consideradas de menor valor e nem se permitiu que fossem erguidos no local espigões ou prédios de escritórios. A foto antiga reproduzida acima mostra, de qualquer forma, construções no local. Pode haver controvérsias, como diz um personagem da Escolinha do Professor Raimundo. O argumento oficial não anula, contudo, o absurdo de se erguer um paredão que interfere em todo aquele ambiente histórico..
Além disso, não fará mal uma transparência e abertura de mais detalhes sobre o futuro museu. A nota original diz que o projeto será apresentado no dia 5 de abril. Aguarde-se informações sobre verbas, custos, apoio e participação de grupos privados, demais parcerias, acompanhamento de instituições culturais federais, quem vai operar o Museu, prioridade etc.
Há esperanças de um voz sensata se erguer na tropa. Destaque-se que muito do patrimônio histórico e cultural do Brasil, como fortes e quarteis, por exemplo, não foi destruído por estar sob guarda das três Forças. Há áreas ambientais, como a belíssima Restinga de Marambaia, no Rio, que já não existiria se não fosse administrada pela Marinha e Exército. Há muito resorts já teria ocupado a região. Até o Geddel já teria um apê no pedaço. Duvida?
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Reprodução |
Boca-livre presidencial: ninguém segura a picanha brasileira...
por Omelete
Há algo de Trump na assessoria de comunicação e administração da imagem de Temer. O atual morador do Jaburu acumula tantas pisadas na bola quando o inquilino da Casa Branca. Só nos últimos meses, o sujeito irritou as mulheres ao dizer que elas são boas em cuidar da casa e ir ao supermercado, divulgou pós-verdade ao dizer que o ator Wagner Moura recebeu dinheiro para fazer um vídeo no You Tube contra a reforma das Previdência, "inaugurou" uma obra - a transposição do São Francisco - que não sabia nem onde ficava e em discurso disse que esperava "uma enchentezinha" (e que voltaria lá para ver a região "inundada"), definiu mortes em prisões como "acidente" e já falou ao telefone com um radialista argentino pensando que era o presidente Macri.
Enfim, o homem só abre a boca quando não tem certeza.
Depois do escândalo da carne podre, os marqueteiros de Temer logo bolaram um grande churrasco para mostrar ao mundo que ninguém segura a picanha brasileira.
Embaixadores de países que importam carne do Brasil foram obrigados, claro que por questões diplomáticas, a aceitar o convite e perder um domingão no rodízio boca-livre. Tudo armado para um show de comunicação, mas esqueceram de combinar com o gerente da casa.
Segundo o Estadão, o gerente revelou que o restaurante Steak Bull, que recebeu a pajelança carnívora, só trabalha com carne importada. E aí a jogada de marketing virou indigestão.
O Planalto e o restaurante cumpriram a dolorosa missão de desmentir o gerente. A casa se orgulha de oferecer - e divulga isso - cortes de carne de origem australiana, argentina e norte-americana. Até dizem discretamente que também têm carnes brasileiras, mas exaltam mesmo é o menu de Beef Red Angus e Ribs Barbecue.
Em tempo: Faustão, que recentemente pagou a conta do almoço de Temer, em São Paulo, não estava no Steak Bull, infelizmente, e a conta sobrou para o contribuinte brasileiro.
E as redes sociais caíram de boca no churrascão oficial. A página do restaurante no Facebook recebeu um rodízio de "elogios".
A MEME SINISTRA
E A "FELICIDADE" DO EMBAIXADOR CONVIDADO...
Ô COITADO!
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Reproduções Facebook |
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