domingo, 26 de junho de 2016
"Carioquíssima na Roça": nova Av. Rodrigues Alves em dia de festa...
sábado, 25 de junho de 2016
Repórter assediada pelo cantor Biel divulga nota. E o portal IG, depois de demitir a vítima, manda embora a editora que a defendeu. É o passaralho da intolerância
O RH do IG tomou providências rápidas depois que uma das repórteres do portal foi assediada pelo cantor Biel. Demitiu não só a vítima como, agora, a editora que considerou ético defender a colega.
A repórter assediada e depois demitida divulgou ontem um nota. Leia a seguir:
"Ex-repórter do IG, por seus advogados, vem apresentar nota de esclarecimento sobre os últimos acontecimentos: Após a divulgação pela mídia, dia 03/06, do episódio envolvendo a repórter e o MC Biel, o portal IG determinou que a mesma se licenciasse de suas atividades por tempo indefinido. A jornalista optou por voltar ao trabalho poucos dias depois. Neste momento, diante de sua demissão no dia 17/06, busca entender o porquê desta atitude e os possíveis reflexos em sua carreira. Seu objetivo sempre será o de defender a sua honra como mulher e também de sua classe profissional. A jornalista agradece todo o apoio que tem recebido e a mobilização de diversos grupos indignados com o ocorrido, reiterando sua vontade de ter todos os fatos esclarecidos ao público no momento oportuno."
Segundo o Portal Imprensa, o IG demitiu também a editora Patrícia Moraes, que assinou a reportagem que denunciou a má conduta do cantor e teria sido impedida de noticiar novamente o caso. O IG não dá maiores explicações. As demissões foram atribuídas a “corte de despesas”.
A repórter assediada e depois demitida divulgou ontem um nota. Leia a seguir:
"Ex-repórter do IG, por seus advogados, vem apresentar nota de esclarecimento sobre os últimos acontecimentos: Após a divulgação pela mídia, dia 03/06, do episódio envolvendo a repórter e o MC Biel, o portal IG determinou que a mesma se licenciasse de suas atividades por tempo indefinido. A jornalista optou por voltar ao trabalho poucos dias depois. Neste momento, diante de sua demissão no dia 17/06, busca entender o porquê desta atitude e os possíveis reflexos em sua carreira. Seu objetivo sempre será o de defender a sua honra como mulher e também de sua classe profissional. A jornalista agradece todo o apoio que tem recebido e a mobilização de diversos grupos indignados com o ocorrido, reiterando sua vontade de ter todos os fatos esclarecidos ao público no momento oportuno."
Segundo o Portal Imprensa, o IG demitiu também a editora Patrícia Moraes, que assinou a reportagem que denunciou a má conduta do cantor e teria sido impedida de noticiar novamente o caso. O IG não dá maiores explicações. As demissões foram atribuídas a “corte de despesas”.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
União Europeia prepara retaliação contra fish-and-chips, chá-das-cinco, rainha, english team, James Bond...
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Uma estrela cai... Reprodução Instagram |
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A capa do Mirror, que apoiava a permanência do Reino Unido na UE, não sensibilizou os eleitores. |
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A rainha não tem muito ideia do que está rolando e mandou avisar que "quer que se f***". (Reprodução Facebook) |
por Jean-Paul Lagarride
Em pleno impacto da votação que faz o Reino Unido pular fora da União Europeia, também há espaço hoje, na mídia e nas redes sociais da Europa, para humor, ironias e sarcasmo.
Veja 10 sugestões que rolam no Velho Continente para uma retaliação contra a debandada britânica.
1) UE vai reconhecer que o gol da Inglaterra contra a Alemanha, em 1966, foi irregular. Naquele jogo, uma bola bateu no travessão e não entrou. Mas o juiz validou o gol que deu a Copa à Inglaterra. Agora, a Fifa cassa o título.
2) UE reconhece que as Malvinas são argentinas
3) Todos os vilões dos filmes de James Bond serão homenageados nos festivais de Cannes e Veneza.
4) Se quiser visitar a Europa, a rainha Elizabeth terá que ir para a Turquia e embarcar em um bote.
5) A Inglaterra importa batata, ingrediente óbvio do prato fish-and-chips. UE e países que a apoiam vão taxar essa importação.
6) Na rota Londres-Paris, o Euro Trem vai passar a transportar apenas carga.
7) Para entrar na Europa inglês vai ter que tomar vacina, provar que tem euros suficientes, fazer entrevista no consulado e mostrar passagem de volta para Londres.
8) Essa é a última EuroCopa de futebol com a participação da seleção inglesa. O English Team vai passar a jogar torneios da Concafaf e das ligas de soccer de Miami.
9) Gibraltar vai virar um resort para imigrantes
10) Acaba o intervalo: ingleses que trabalham na Europa só vão poder tomar o chá das cinco a partir de nove da noite.
Memória da redação: o dia em que a revista EleEla acorrentou três mulheres...
Nos primórdios da revista EleEla, a censura da ditadura não permitia nudez explícita. Os fotógrafos se viravam para mostrar sem mostrar. Quando a tesoura oficial foi acometida de um mínimo de liberalidade, passou a permitir a exibição de um seio de cada vez. E as páginas da revista lembravam relevos gregos que retratavam guerreiras amazonas. Estas, segundo a mitologia, amputavam um seio para não prejudicar o manejo do arco e flecha.
O anúncio reproduzido acima fez parte de uma das campanhas promocionais da EleEla. A censura da ditadura nem se incomodou com a cena.
Hoje, curiosamente, seria impensável utilizar esse tipo de mensagem para conquistar leitores. Primeiro porque a mensagem machista - "Uma receita que está fazendo sucesso no mundo inteiro. Prenda, no mínimo, três mulheres, para ter mais ou menos a certeza de que não acabará sozinho" - é claramente ofensiva e remeteria, hoje, a uma realidade de violência contra a mulher. Segundo, as redes sociais, um oráculo que nem sonhava existir na época, iam cair de pau na revista.
Talvez fossem tempos incorretos, inocentes mas nem tanto, culturalmente machistas, sei lá.
Vale lembrar que nos anos 60/70, Carlos Imperial não chamava mulheres de gatas, mas de lebres. E conjugava o apelido com o verbo abater. E nem por isso deu-se mal, ao contrário. O livro “Dez, nota dez! Eu sou Carlos Imperial”, de Denilson Monteiro, conta que ele chegou a morar com dez "lebres" em um apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana. Não se sabe se conseguia "abater" tantas leporídeas.
Em outubro, o Brasil vai ver o "Inferno". No cinema
por Ed Sá
Já tem data para estrear no Brasil - 13 de outubro, - "Inferno", uma nova adaptação do livro homônimo de Dan Brown e que completa uma trilogia com "O Código Da Vinci" e "Anjos e Demónios". No filme, que tem locações em Veneza, Florença e Istambul, entre outras, Tom Hanks, no papel do professor Robert Langdon, sofre amnésia. Dele depende tentar impedir uma praga mundial. Para isso, precisa desvendar enigmas da obra de Dante. No elenco, Felicity Jones, Irrfan Khan, Omar Sy, Sidse Babett Knudsen e Ben Foster.
VEJA O TRAILER DE "INFERNO". CLIQUE AQUI
Tatá Werneck na VIP. Dessa vez, a musa da capa não reclama do Photoshop
por Clara S. Britto
A capa da Vip de junho provocou polêmica porque a cantora Manu Gavassi se incomodou com as mudanças que o aplicativo Photoshop fez no seu ensaio de capa e protestou publicamente.
A edição de julho da mesma revista parece que vai escapar de qualquer protesto do gênero. A atriz e apresentadora Tatá Werneck é a musa da vez.
A humorista mostra seu lado sensual e já declarou que não se incomoda que façam retoques.
Dessa vez o diretor de Arte da Vip vai escapar da zoação nas redes sociais.
A capa da Vip de junho provocou polêmica porque a cantora Manu Gavassi se incomodou com as mudanças que o aplicativo Photoshop fez no seu ensaio de capa e protestou publicamente.
A edição de julho da mesma revista parece que vai escapar de qualquer protesto do gênero. A atriz e apresentadora Tatá Werneck é a musa da vez.
A humorista mostra seu lado sensual e já declarou que não se incomoda que façam retoques.
Dessa vez o diretor de Arte da Vip vai escapar da zoação nas redes sociais.
Guina Ramos lança livro "Personagem Cabal" na Feira Cultural de fotografia
O escritor e fotojornalista Aguinaldo Ramos, o Guina Ramos, lança o livro "Personagem Cabal" na Feira Cultural da Fotografia, no próximo domingo, dia 26, nos jardins do Museu da República, no Catete. No livro, 100 fotos e textos fracionados constroem e unificam a trajetória do "Personagem"
Já há seis anos, sempre no último domingo de cada mês, o espaço embaixo das palmeiras do histórico Palácio do Catete recebe a Feira onde fotógrafos montam barracas e painéis para expor seus trabalhos. "Apareçam! Não só por 'Personagem Cabal", também para curtir um dos lugares mais simpáticos e tradicionais do Rio de Janeiro, um daqueles que não queremos perder jamais! Estarei lá das 11h às 15h, e talvez um pouco mais, tendo como ponto de referência o espaço do Buriti Sebo Literário, com seu precioso acervo de livros de Fotografia, uma das especialidades do parceiro fotógrafo-livreiro Marcos Cunha", avisa o ex-Manchete Guina Ramos.
EM VÍDEO, GUINA RAMOS APRESENTA SEU "PERSONAGEM CABAL". CLIQUE AQUI
DURANTE A RECENTE FEIRA LITERÁRIA DE SANTA TERESA (FLIST), GUINA RAMOS FEZ UMA PALESTRA SOBRE O FOCO LITERÁRIO DO SEU TRABALHO. CLIQUE AQUI
quinta-feira, 23 de junho de 2016
Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores adia assembleia que estava marcada para amanhã, dia 24 de junho, e em breve distribuirá comunicado sobre a nova data.
A Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores informa que a assembleia marcada para amanhã, 24, foi cancelada por questões práticas. O presidente da CEEBE, José Carlos Jesus, compareceu, hoje, a uma audiência com a Meritíssima Juiza da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Dra. Maria da Penha Nobre Mauro. A reunião foi produtiva e esclarecedora quanto aos interesses do credores trabalhistas da Massa Falida. Por considerar que é prudente aguardar o andamento de algumas questões colocadas por ambas as partes durante a audiência, a CEEBE optou por transferir para data a ser ainda marcada uma próxima assembleia que poderá ser mais produtiva e capaz de ter informações relevantes a fornecer aos colegas ex-funcionários da Bloch. .
Notícia para deixar você ainda mais aflito - Universitário cria capas de revistas para mostrar o que é ter ansiedade...
por Flávio Sépia
Inspirado em jornais e revistas, um estudante americano criou capas fictícias para demonstrar o que sente um ansioso e como os fatos impactam as vítimas do transtorno a partir de preocupação reais.
Tudo bem que lá nos Estados Unidos o astral não anda bem - e se Trump for eleito?
Mas não dá nem para imaginar o que faria o estudante se morasse no agoniado Brasil de hoje, onde o jornalismo por si já anda mais do que aflito..
A matéria original está no site Insider, clique AQUI
Viu isso? Tubarão volta ao cinema agora para lutar com a sereia Blake Lively. Veja o trailer...
por Ed Sá
A crítica americana diz que The Shallows ("Águas Rasas", no Brasil) - que estreia no verão americano - é ruim mas você vai adorar cada um dos seus 87 minutos. Deve ser por causa da protagonista. Um deles chega a dizer que o filme deveria ser The Blake Lively Movie.
Uma estudante de medicina e surfista é atacada por um tubarão. Ferida, ela se abriga em uma ilha que fica submersa na maré alta. O tubarão vai atrás para terminar o serviço.
VEJA O TRAILER DE THE SHALLOWS, CLIQUE AQUI
Piada golpista...
Na tarde/noite do Planalto Central, o interino se dedica ao Twitter. Nos últimos, dia, bombou. A rede gostou especialmente de uma frase. A galera se divertiu com exercícios sobre o Temer, quero dizer, o tema.
LEIA MAIS 12 VARIAÇÕES SOBRE A FRASE ANTOLÓGICA NO SITE SURREALISTA, CLIQUE AQUI
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Do Global Witness: Brasil é o país que mais mata ambientalistas no mundo
Mais um triste título para o Brasil colecionar: é o país que mais assassina ativistas do meio ambiente. Um chocante relatório da ONG internacional Global Witness mostra que em 2015 foram mortos 50 pessoas que tentaram proteger matas, rios e terras. O Brasil marca quase o dobro do segundo colocado. Apenas casos mais notórios como o de Chico Mendes e o da freiras Dorothy Stang ganham repercussão na mídia. Por trás dos assassinatos estão jagunços geralmente contratados por operadores do comércio de madeira ilegal, grileiros, invasores de terras indígenas, políticos e ruralistas. A maioria dos crimes permanece impune.
LEIA A MATÉRIA DO GLOBAL WITNESS, CLIQUE AQUI
Então é isso, agora é oficial: "e ademais isso", Temer denuncia o golpe no seu próprio twitter...
terça-feira, 21 de junho de 2016
Começa a Era Tite na seleção brasileira. Vamos torcer. Uma boa ideia seria levar os futuros convocados para ver de perto a histórica sala de troféus da CBF. Alguns podem morrer de vergonha. Mas a maioria vai ganhar moral para, quem sabe, botar mais uma taça naquelas estantes...
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Tite no Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF. Foto de Rafael Ribeiro/CBF |
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Diante da taça do Penta, que já vai longe... Foto de Rafael Ribeiro/CBF |
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A Jules Rimet é réplica, mas um símbolo histórico que Tite reverenciou. Foto de Rafael Ribeiro/CBF |
Vai começar a Era Tite. O gaúcho Adenor Leonardo Bacchi é, oficialmente, o novo treinador da seleção brasileira.
O ex-técnico do Corinthians, campeão brasileiro de 2015, é qualificado, ninguém duvida. E é oportuna a renovação em um momento crítico, com o Brasil ameaçado de não ir a Moscou 2018. Mas Tite vai ter que se superar para resolver o maior problema dos treinadores que assumem as seleção: encontrar tempo para treinar.
O novo treinador deu pistas de que vai tentar novos caminhos. Sinalizou que gostaria de assistir a treinos de clubes brasileiros. Tudo mundo sabe que é avassaladora a ofensiva de empresários e clubes estrangeiros sobre jogadores de base no Brasil. Muitos seguem para a Europa sem sequer serem percebidos pelos nossos clubes. Outros o são, claro e, muitas vezes, ainda adolescentes se rendem à força dos euros.
Equações difíceis para a prancheta do professor resolver.
Mas a sua intenção de olhar mais para promessas em ação no Brasil é elogiável. Daí talvez saia, quem sabe, um fórmula para treinar alguns convocados fora do calendário europeu restrito. Tite tocou, nos últimos dias, em um ponto sensível: os amistosos inúteis que, por contrato, patrocinadores armam para a seleção. Se as oportunidades para treinar o grupo já são raras que, pelo menos, sejam decentes os adversários nesses amistosos e não apenas frutos de jogadas de marketing.
Tite já fez uma espécie de estágio no Real Madri, observou o futebol europeu, mas voltou convencido de que o futebol brasileiro deve recuperar suas características, absorver evoluções e desenvolver seu próprio modo de jogar. Demonstrou, também, que quer escapar da armadilha de montar um time que seja Neymar+dez. Pretende igualar tratamentos, citou Philippe Coutinho como um jogador que terá especial interesse em treinar. No fundo, pode neutralizar o discurso da mídia de "seleção de um craque só" que desvaloriza outros jogadores e nem é real: Neymar mais faltou do que compareceu a momentos decisivos da seleção nos últimos anos.
Uma tarefa inadiável para Tite é fazer com que os jogadores, especialmente aqueles que atuam no futebol europeu, voltem a ter prazer em jogar pela seleção. Nos últimos anos, fossem quais fossem os treinadores, vestir a camisa pentacampeã passou a ser, por incrível que pareça, uma "roubada" para vários deles levados a trocar os times ajustados em que jogam por uma seleção que muitas vezes parecia estava mais perdida em campo do que chinelo de bêbado.
Mais significativos do que a opinião de jornalistas, que é sabidamente volúvel e pode mudar em poucos meses, Tite ganhou, ontem, apoio e incentivo de alguns craques campeões. Deve ter pensado neles quando percorreu a sala de troféus do Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF. Aquelas centenas de taças ali enfileiradas foram conquistadas por algumas lendas do futebol brasileiro, de várias gerações, que sabiam o que fazer em campo e sabem do que estão falando.
Taí, uma boa ideia seria Tite levar os próximos convocados para ver de perto aquela sala.
Por trás daqueles canecos há sangue, suor e lágrimas.
Para uns e outros, o risco é morrer de vergonha. Mas a maioria vai ganhar moral ao ver o que bola pode proporcionar quando é bem tratada.
"Senzala" de grife em São Paulo: marca de roupas chiques é flagrada explorando trabalho escravo
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MTE/Divulgação |
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BBCBrasil/Reprodução |
Os frequentes flagrantes incomodam alguns grupos de construção civil, do agronegócio (incluindo políticos proprietários de fazendas, segundo inquéritos existentes) e de confecções, que estão entre os exploradores de mão de obra irregular em condições desumanas.
Ontem, em São Paulo, foi "estourado" mais um desses esquemas infames. De acordo com o relatório da inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Brooksfield Donna (Via Veneto) é a real "empregadora" dos trabalhadores escravizados e é responsável "pelos ilícitos trabalhistas constatados".
LEIA A MATÉRIA DA BBC BRASIL, CLIQUE AQUI
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Eleições para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro - 2016 - Conheça as chapas e os candidatos à Diretoria, ao Conselho Fiscal e à Comissão de Ética
Confira abaixo a nominata das chapas em disputa pela Diretoria Colegiada do Sindicato e os candidatos ao Conselho Fiscal e ao Conselho de Ética. As eleições para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) serão realizadas entre os dias 19 e 21 de julho.
Para votar, é preciso estar sindicalizado e em dia com as mensalidades até o dia 7 de julho.
CANDIDATOS À DIRETORIA COLEGIADA:
Chapa 3: Nenhum Direito a Menos!
Diretoria de Administração e Finanças
Membro da Executiva: Edison Corrêa
1º Suplente: Isabela Vieira
2º Suplente: Vladimir Platonow
Diretoria do Jurídico
Membro da Executiva: Paulo Araújo
1º Suplente: Clarice Basso
2º Suplente: Pedro Martins
Diretoria de Comunicação
Membro da Executiva: Silvana Sá
1º Suplente: Vitor Machado
2º Suplente: Bruno Marinoni Ribeiro de Sousa
Diretoria de Formação
Membro da Executiva: Carol Barreto
1º Suplente: Elisa Monteiro
2º Suplente: Lara Abib
Diretoria de Relações Institucionais e Combate às Opressões nas Relações de Trabalho
Membro da Executiva: Gizele Martins
1º Suplente: Flávio Rosa
2º Suplente: Martha Neiva Moreira
Chapa 4: Plural – em defesa do jornalista profissional
Diretoria de Administração e Finanças
Membro da Executiva: Márcio Leal
1º Suplente: Jorge Antonio Barros
2º Suplente: Washington Santos
Diretoria do Jurídico
Membro da Executiva: Bruno Quintella
1º Suplente: Sonia Fassini
2º Suplente: Vanessa Andrade
Diretoria de Comunicação
Membro da Executiva: Tania de Athayde
1º Suplente: Lucia Guerra
2º Suplente: Maria Cristina Miguez
Diretoria de Formação
Membro da Executiva: Carmen Pereira
1º Suplente: Fábio Tubino
2º Suplente: Cláudia Freitas
Diretoria de Relações Institucionais e Combate às Opressões nas Relações de Trabalho
Membro da Executiva: Marcos Pereira
1º Suplente: Douglas Pereira da Silva
2º Suplente: Françoise Vernot
CANDIDATOS AO CONSELHO FISCAL:
Alberto Jacob Filho
Beth Costa
Cecília de Moraes
Iara Cruz
Malu Fernandes
Paula Máiran
Viviane Tavares
CANDIDATOS À COMISSÃO DE ÉTICA:
Ana Costabile
Angelica Basthi
Cátia Guimarães
Celso de Castro Barbosa
Cláudio Tostes
Gilberto Severo
Marco Antonio Narvaez
Renata Souza
Fonte: Site do SJPMRJ
Glenn Greenwald, do Intercept: Enquanto a corrupção assombra o Temer, caem as máscaras dos movimentos pró-impeachment
por Glenn Greenwald (do Intercept)
O IMPEACHMENT DA PRESIDENTE do Brasil democraticamente eleita, Dilma Rousseff, foi inicialmente conduzido por grandes protestos de cidadãos que demandavam seu afastamento. Embora a mídia dominante do país glorificasse incessantemente (e incitasse) estes protestos de figurino verde-e-amarelo como um movimento orgânico de cidadania, surgiram, recentemente, evidências de que os líderes dos protestos foram secretamente pagos e financiados por partidos da oposição. Ainda assim, não há dúvidas de que milhões de brasileiros participaram nas marchas que reivindicavam a saída de Dilma, afirmando que eram motivados pela indignação com a presidente e com a corrupção de seu partido.
Mas desde o início, havia inúmeras razões para duvidar desta história e perceber que estes manifestantes, na verdade, não eram (em sua maioria) opositores da corrupção, mas simplesmente dedicados a retirar do poder o partido de centro-esquerda que ganhou quatro eleições consecutivas.
Como reportado pelos meios de mídia internacionais, pesquisas mostraram que os manifestantes não eram representativos da sociedade brasileira mas, ao invés disso, eram desproporcionalmente brancos e ricos: em outras palavras, as mesmas pessoas que sempre odiaram e votaram contra o PT. Como dito pelo The Guardian, sobre o maior protesto no Rio: “a multidão era predominantemente branca, de classe média e predisposta a apoiar a oposição”. Certamente, muitos dos antigos apoiadores do PT se viraram contra Dilma – com boas razões – e o próprio PT tem estado, de fato, cheio de corrupção. Mas os protestos eram majoritariamente compostos pelos mesmos grupos que sempre se opuseram ao PT.
É esse o motivo pelo qual uma foto – de uma família rica e branca num protesto anti-Dilma seguida por sua babá de fim de semana negra, vestida com o uniforme branco que muitos ricos no Brasil fazem seus empregados usarem – se tornou viral: porque ela captura o que foram estes protestos. E enquanto esses manifestantes corretamente denunciavam os escândalos de corrupção no interior do PT – e há muitos deles – ignoravam amplamente os políticos de direita que se afogavam em escândalos muitos piores que as acusações contra Dilma.
Claramente, essas marchas não eram contra a corrupção, mas contra a democracia: conduzidas por pessoas cujas visões políticas são minoritárias e cujos políticos preferidos perdem quando as eleições determinam quem comanda o Brasil. E, como pretendido, o novo governo tenta agora impor uma agenda de austeridade e privatização que jamais seria ratificado se a população tivesse sua voz ouvida (a própria Dilma impôs medidas de austeridade depois de sua reeleição em 2014, após ter concorrido contra eles).
Depois das enormes notícias de ontem sobre o Brasil, as evidências de que estes protestos foram uma farsa são agora irrefutáveis. Um executivo do petróleo e ex-senador do partido conservador de oposição, o PSDB, Sérgio Machado, declarou em seu acordo de delação premiada que Michel Temer – presidente interino do Brasil que conspirou para remover Dilma – exigiu R$1,5 milhões em propinas para a campanha do candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo (Temer nega a informação). Isso vem se somar a vários outros escândalos de corrupção nos quais Temer está envolvido, bem como sua inelegibilidade se candidatar a qualquer cargo (incluindo o que por ora ocupa) por 8 anos, imposta pelo TRE por conta de violações da lei sobre os gastos de campanha.
E tudo isso independentemente de como dois dos novos ministros de Temer foram forçados a renunciar depois que gravações revelaram que eles estavam conspirando para barrar a investigação na qual eram alvos, incluindo o que era seu ministro anticorrupção e outro – Romero Jucá, um de seus aliados mais próximos em Brasília – que agora foi acusado por Machado de receber milhões em subornos. Em suma, a pessoa cujas elites brasileiras – em nome da “anticorrupção” – instalaram para substituir a presidente democraticamente eleita está sufocando entre diversos e esmagadores escândalos de corrupção.
Mas os efeitos da notícia bombástica de ontem foram muito além de Temer, envolvendo inúmeros outros políticos que estiveram liderando a luta pelo impeachment contra Dilma. Talvez o mais significante seja Aécio Neves, o candidato de centro-direita do PSDB derrotado por Dilma em 2014 e quem, como Senador, é um dos líderes entre os defensores do impeachment. Machado alegou que Aécio – que também já havia estado envolvido em escândalos de corrupção – recebeu e controlou R$ 1 milhão em doações ilegais de campanha. Descrever Aécio como figura central para a visão política dos manifestantes é subestimar sua importância. Por cerca de um ano, eles popularizaram a frase “Não é minha culpa: eu votei no Aécio”; chegaram a fazer camisetas e adesivos que orgulhosamente proclamavam isso:
Evidências de corrupção generalizada entre a classe política brasileira – não só no PT mas muito além dele – continuam a surgir, agora envolvendo aqueles que antidemocraticamente tomaram o poder em nome do combate a ela. Mas desde o impeachment de Dilma, o movimento de protestos desapareceu. Por alguma razão, o pessoal do “Vem Pra Rua” não está mais nas ruas exigindo o impeachment de Temer, ou a remoção de Aécio, ou a prisão de Jucá. Porque será? Para onde eles foram?
Podemos procurar, em vão, em seu website e sua página no Facebook por qualquer denúncia, ou ainda organização de protestos, voltados para a profunda e generalizada corrupção do governo “interino” ou qualquer dos inúmeros políticos que não sejam da esquerda. Eles ainda estão promovendo o que esperam que seja uma marcha massiva no dia 31 de julho, mas que é focada no impeachment de Dilma, e não no de Temer ou de qualquer líder da oposição cuja profunda corrupção já tenha sido provada. Sua suposta indignação com a corrupção parece começar – e terminar – com a Dilma e o PT.
Neste sentido, esse movimento é de fato representativo do próprio impeachment: usou a corrupção como pretexto para os fins antidemocráticos que logrou atingir. Para além de outras questões, qualquer processo que resulte no empoderamento de alguém como Michel Temer, Romero Jucá e Aécio Neves tem muitos objetivos: a luta contra a corrupção nunca foi um deles.
LEIA NO INTERCEPT, CLIQUE AQUI
JORNALISTAS DO ESPORTE INTERATIVO SOFREM ATAQUE VIOLENTO EM PARIS DURANTE A EURO.
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Bibiana Bolson e Isabela Pagliari. Reprodução Instagram |
Bibiana postou em seu Facebook e Instagram, compartilhado por Isabela, um desabafo do que passaram na França, onde relata que torcedores foram para cima delas: “Enquanto gravávamos nosso material, uma MANADA de torcedores nos atacou, saímos correndo e um deles inclusive puxou o lenço que eu usava, para que pudesse me livrar do monstro, tive que usar a força física, uma violência absurda, um constrangimento terrível e um pânico de ser obrigada a fazer algo”, comenta a Jornalista.
E ainda fala sobre o total despreparo da polícia local: “Como de costume, eles esvaziam a área ao final do evento e nem quiseram ouvir o que havia acontecido, nos tiraram praticamente a força, com palavras em tom agressivo e já segurando nosso material. De um jeito violento, seguiu segurando nosso material, abusando do poder que tinha no momento e aproveitando o fato de sermos duas ESTRANGEIRAS E MULHERES”, afirma.
Demorei um tempo para processar tudo que vivemos (eu e Isabela Pagliari) na noite de ontem aqui na França. Estávamos na fanzone, local reservado para torcedores com inúmeras programações para acompanhar a Eurocopa). Durante toda a cobertura que estamos fazendo, tentamos sempre manter distância da grande massa, estar atentas a qualquer movimentação que possa nos colocar em risco. Mas ontem vivemos algo que vai ser difícil esquecer, nos sentimos humilhadas, impotentes e CRIMINOSAS.
Enquanto gravávamos nosso material, uma MANADA de torcedores nos atacou, saímos correndo e um deles inclusive puxou o lenço que eu usava, para que pudesse me livrar do monstro, tive que usar a força física, uma violência absurda, um constrangimento terrível e um pânico de ser obrigada a fazer algo. NINGUÉM AJUDOU, NINGUÉM PROTEGEU! ONDE ESTAVAM OS SEGURANÇAS? Pois poucos minutos depois, quando conseguimos nos livrar desses monstros, estávamos nos recuperando para regravar o material e pedimos ajuda para a segurança.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE TORCEDORES.COM CLIQUE AQUI
O fim do jornalismo romântico
por Francini Vergari
(para o Comunique-se)
É possível dizer que a fase para os jornalistas não é das melhores, ou que, por outro lado, nunca esteve tão boa.
Com as mudanças que aconteceram na área, sobreviveram aqueles que souberam se adaptar ao mercado. Do contrário, os mais antigos sofreram desde a tentativa de adaptação das redações até agora, em sua maioria desempregados, tentando se recolocar no mercado digital sem ter os pré-requisitos para manter-se nele — ainda insistem no jornalismo romântico. Este artigo busca trazer um panorama das principais mudanças que aconteceram no jornalismo do ponto de vista prático, de publicações, mensuração de resultados, demanda, passando pela morte dos títulos fantasia com a chegada do SEO, a agilidade que tirou da redação figuras como o pauteiro e o revisor (e, em algumas, o fechamento) e a “buzzfeedização”, que transformou reportagens em listas de apelo sentimental.
Introdução
Voltando um pouco no tempo (mas não muito) e fazendo uma breve recapitulação do que aconteceu com o jornalismo nos últimos anos (desconsiderando vários avanços tecnológicos e sociais, com o intuito de abreviar a análise, realmente), podemos começar por 2001, quando o Google lançou o que viria a ser o Google News: a seção de “últimas notícias”, alimentada com conteúdo de mais de 100 jornais on-line de língua inglesa. Surge, a partir de então, certo desconforto com relação às novas formas de produção e propagação de notícias.
Em 2005 o diário americano The New York Times anunciou a integração das redações impressas e on-line. Em 2006, o UOL, um dos primeiros portais de conteúdo brasileiro, completou uma década de existência e tornou o modelo de portal comum no Brasil. Paralelamente, o diário inglês Daily Telegraph lançou um manual de estilo para blogs, com objetivo de capacitar repórteres para escreverem nos blogs do veículo. Podemos dizer que nesse momento foi legitimada a existência do que viria a incomodar bastante a vida de alguns jornalistas: a figura do “blogueiro”. Com isso, entrou em discussão o exercício da profissão e, em seguida, no Brasil, colocou-se em questão inclusive a obrigatoriedade do diploma para a prática do jornalismo.
Enquanto isso, o Guardian adotou o modelo “Web first”, no qual notícias de correspondentes estrangeiros e de jornalistas de negócios eram publicadas primeiro na internet. A partir de 2008 inúmeros cases de manifestações e grandes eventos transmitidos em tempo real (boa parte via Twitter) trouxeram essa necessidade à tona. No mesmo ano, o NYTimes.com anunciou que apostaria na opinião de especialistas para anexar pontos de vistas às notícias quase que instantaneamente.
A palavra “fim”, um tanto apocalíptica, foi escolhida propositalmente para este artigo porque acompanha o drama e o sentimento com que as pessoas costumam lidar com o surgimento de novos meios. Um bom exemplo sempre recorrente é o de quando falava-se em “fim do rádio” com a chegada da televisão — e, no entanto, isso demorou mais para se aproximar do fim do que imaginavam (se é que chegou a esse “fim”). A questão precisa ser vista com um olhar mais otimista de renovação, movimento e adaptação — e menos pessimista de “fim”. Novas formas de consumo e novas formas de demanda pedem por novas formas de pensar o jornalismo a cada dia.
A “buzzfeedização” do jornalismo
Criado em 2006 por Jonah Peretti, ex-Huffington Post, o BuzzFeed chamou atenção logo em seus primeiros anos por popularizar notícias em formato de listas, testes, GIFs e memes — de gatos, principalmente. Modelos esses que foram depois adaptados pelos concorrentes, mas não com o mesmo sucesso porque não adotaram como cultura de empresa o jornalismo inovador, estratégico e participativo que atende às necessidades de cada ambiente e público digital.
Ao contrário do pensamento por trás do “Se tiver sangue, é manchete”, as pessoas demonstram querer matérias mais construtivas e otimistas. Isso é sabido graças a pesquisas e observações feitas a partir de compartilhamentos de notícias na maior rede social atualmente, o Facebook. Pesquisadores[1] acompanharam a lista das matérias do New York Times mais compartilhadas por e-mail durante seis meses de 2013 e descobriram que as pessoas tinham uma tendência muito maior de compartilhar matérias que despertavam sentimentos positivos. “O que é notícia, então?” é o questionamento que paira sobre os comunicadores. Os extremos devem ser equilibrados. Nem tanto o vídeo de gatinho que é sucesso de compartilhamento; nem tanto o enfoque em violência e desastres. Nem tanto o “caça-clique” com fofocas da vida de celebridades; nem tanto o sensacionalismo em cima da morte deles. Essa linha tênue do jornalismo é que precisa ser trabalhada por todo mundo, inclusive pelos leitores.
Listas, gifs e vídeos remetem às novas formas de consumir conteúdo. Com menos tempo e mais opções e recursos tecnológicos, é raro conseguir manter uma pessoa com uma leitura longa por muito tempo na mesma aba do navegador. Multitasks, as pessoas realizam várias atividades ao mesmo tempo. Conseguir levar alguém à página é um desafio; mantê-la lá é outro. Com as listas, a reportagem fica mais rápida e objetiva, sendo possível, ainda assim, manter o nível de grandes reportagens, mudando somente a formatação da notícia, ressaltando que não é preciso cair o nível do jornalismo.
Anúncios são (boas) notícias
Os anúncios também são notícias e as marcas aprenderam a usar a internet muito bem a seu favor. Há muito tempo os publieditoriais (ou posts patrocinados) são a principal fonte de renda dos blogueiros e alvo de discussões sobre ética. Um caso emblemático é o da blogueira fitness Gabriela Pugliesi, denunciada por consumidores em 2014 porque estaria promovendo conteúdo publicitário sem anunciá-lo como tal. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) abriu um processo para investigar seu blog, Tips4Life, que também tem um perfil com milhares de seguidores no Instagram e no Facebook.
A suspeita é de que ela estaria elogiando produtos e divulgando marcas que pagaram pela propaganda positiva sem explicitar a parceria. Os chamados influenciadores (pessoas que transmitem uma mensagem e que geram impacto nas práticas de outras pessoas) passaram a competir com portais e outros veículos por oferecerem a possibilidade de resultados mais assertivos, já que falam para um público alvo bastante específico e que confia na opinião do influenciador em questão. Em alguns casos, apesar de a audiência ser até menor em números, o resultado é mais fácil de ser medido. E há de se considerar que muitos vloggers já ultrapassaram, em números, circulações de grandes revistas de nicho no Brasil.
Colaboração do leitor
Não é mais preciso ter um repórter em cada bairro da cidade de plantão. Com o mais simples dos smartphones, os leitores podem colaborar enviando texto, áudio e vídeo, contribuindo em tempo real para noticiar alguma ocorrência e manter a redação informada até a chegada da equipe de reportagem no local. Isso tem sido ampliado a aplicativos de colaboração para trânsito, alagamentos e outros serviços. Os equipamentos para gravar um vídeo, por exemplo, já são mais baratos e acessíveis. Em alguns telejornais, como o SPTV, da Rede Globo, os telespectadores enviam seus vídeos, que vão ao ar durante o programa e até fazem entradas ao vivo usando aplicativos de celular.
O SEO matou o título fantasia e os sinônimos
O SEO (Search Engine Optimization) é a prática de otimização, seguindo um conjunto de estratégias e regras, para melhorar o posicionamento nos buscadores especializados em busca por palavras-chave, que ganharam muita força no final dos anos 90 com o intuito de ajudar os usuários a encontrar informações rapidamente e sem custo algum. O SEO começou a ser adotado em grandes redações no Brasil, como na Editora Abril, a partir de 2007, aproximadamente. No SEO, quem manda é a palavra-chave do texto — o que elimina os românticos e criativos títulos-fantasia, substituídos por títulos diretos e objetivos, com a palavra-chave no começo, no “olho”, na url, na meta descrição e repetida algumas vezes ao longo do texto (levando em conta vários fatores, a média de densidade da palavra-chave recomendada no texto é de, geralmente, 5%). Ou seja, também é o fim da caça por sinônimos. “Cabelos” eram “cabeleira”, “madeixas”, “fios” e agora são só “cabelos” várias vezes para fortalecer a palavra-chave. Esses minutos de brainstorm
para títulos e sinônimos foram canalizados para pesquisar a busca pelo termo em questão, concorrência, melhor termo, títulos objetivos e atrativos.
O Google e o Google News
Enquanto este artigo era escrito, o Google anunciou uma parceria com oito veículos europeus para inovar o jornalismo on-line. A DNI, Digital News Initiative, mostra que o Google tem forte interesse na indústria de notícias e tem entendido que o jornalismo melhora a experiência para os usuários. Antes disso, a empresa tinha sido acusada de não proteger os direitos dos autores e, desta vez formalmente, por concorrência desleal, chegando a ficar fora do ar na Espanha depois de pressionado a pagar direitos autorais. Essa seria, então, uma maneira de garantir o bom relacionamento com a imprensa. Sobre o assunto, Caio Túlio Costa, jornalista e executivo na área de comunicação digital, escreveu:
Os jornais, no mundo inteiro, não têm conseguido quebrar a resistência do Google quanto a pagar diretamente pelo uso de seu conteúdo, seja nos resultados da busca seja nos resultados do Google News. Aliar-se ao Google, contudo, pode ser uma solução desde que os jornais tenham seus direitos protegidos e as contas mostrem que vale a pena dar as mãos para a mais poderosa empresa de mídia do planeta. A quebra da assimetria tem de se dar pela força que as publicações conseguem ao se unirem. Pelo tamanho do inventário possível de páginas para receber publicidade em direta proporção à qualidade, e contemporaneidade, do conteúdo jornalístico oferecido (Costa, 2014).
Facebook e o “instant articles”
Simultaneamente à produção deste artigo, o Facebook também anunciou uma novidade: o Instant Articles, em português, Artigos Instantâneos — ferramenta para oferecer uma experiência mais fluida e agradável para a leitura de notícias dentro da própria rede social. Não há nenhum tempo a perder: o tempo médio entre um usuário clicar em um link de notícias e começar a ler o texto é de oito segundos e, segundo a rede social, é tempo demais. Além da velocidade, a empresa garante que alterará seu esquema publicitário, permitindo que os anunciantes mantenham a receita total dos anúncios vendidos dentro da rede e vendendo publicidade para as empresas, neste caso mantendo 30% do dinheiro recebido. O alvo são grandes sites como BuzzFeed, The New York Times e National Geographic.
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É possível dizer que a fase para os jornalistas não é das melhores, ou que, por outro lado, nunca esteve tão boa.
Com as mudanças que aconteceram na área, sobreviveram aqueles que souberam se adaptar ao mercado. Do contrário, os mais antigos sofreram desde a tentativa de adaptação das redações até agora, em sua maioria desempregados, tentando se recolocar no mercado digital sem ter os pré-requisitos para manter-se nele — ainda insistem no jornalismo romântico. Este artigo busca trazer um panorama das principais mudanças que aconteceram no jornalismo do ponto de vista prático, de publicações, mensuração de resultados, demanda, passando pela morte dos títulos fantasia com a chegada do SEO, a agilidade que tirou da redação figuras como o pauteiro e o revisor (e, em algumas, o fechamento) e a “buzzfeedização”, que transformou reportagens em listas de apelo sentimental.
Introdução
Voltando um pouco no tempo (mas não muito) e fazendo uma breve recapitulação do que aconteceu com o jornalismo nos últimos anos (desconsiderando vários avanços tecnológicos e sociais, com o intuito de abreviar a análise, realmente), podemos começar por 2001, quando o Google lançou o que viria a ser o Google News: a seção de “últimas notícias”, alimentada com conteúdo de mais de 100 jornais on-line de língua inglesa. Surge, a partir de então, certo desconforto com relação às novas formas de produção e propagação de notícias.
Em 2005 o diário americano The New York Times anunciou a integração das redações impressas e on-line. Em 2006, o UOL, um dos primeiros portais de conteúdo brasileiro, completou uma década de existência e tornou o modelo de portal comum no Brasil. Paralelamente, o diário inglês Daily Telegraph lançou um manual de estilo para blogs, com objetivo de capacitar repórteres para escreverem nos blogs do veículo. Podemos dizer que nesse momento foi legitimada a existência do que viria a incomodar bastante a vida de alguns jornalistas: a figura do “blogueiro”. Com isso, entrou em discussão o exercício da profissão e, em seguida, no Brasil, colocou-se em questão inclusive a obrigatoriedade do diploma para a prática do jornalismo.
Enquanto isso, o Guardian adotou o modelo “Web first”, no qual notícias de correspondentes estrangeiros e de jornalistas de negócios eram publicadas primeiro na internet. A partir de 2008 inúmeros cases de manifestações e grandes eventos transmitidos em tempo real (boa parte via Twitter) trouxeram essa necessidade à tona. No mesmo ano, o NYTimes.com anunciou que apostaria na opinião de especialistas para anexar pontos de vistas às notícias quase que instantaneamente.
A palavra “fim”, um tanto apocalíptica, foi escolhida propositalmente para este artigo porque acompanha o drama e o sentimento com que as pessoas costumam lidar com o surgimento de novos meios. Um bom exemplo sempre recorrente é o de quando falava-se em “fim do rádio” com a chegada da televisão — e, no entanto, isso demorou mais para se aproximar do fim do que imaginavam (se é que chegou a esse “fim”). A questão precisa ser vista com um olhar mais otimista de renovação, movimento e adaptação — e menos pessimista de “fim”. Novas formas de consumo e novas formas de demanda pedem por novas formas de pensar o jornalismo a cada dia.
A “buzzfeedização” do jornalismo
Criado em 2006 por Jonah Peretti, ex-Huffington Post, o BuzzFeed chamou atenção logo em seus primeiros anos por popularizar notícias em formato de listas, testes, GIFs e memes — de gatos, principalmente. Modelos esses que foram depois adaptados pelos concorrentes, mas não com o mesmo sucesso porque não adotaram como cultura de empresa o jornalismo inovador, estratégico e participativo que atende às necessidades de cada ambiente e público digital.
Ao contrário do pensamento por trás do “Se tiver sangue, é manchete”, as pessoas demonstram querer matérias mais construtivas e otimistas. Isso é sabido graças a pesquisas e observações feitas a partir de compartilhamentos de notícias na maior rede social atualmente, o Facebook. Pesquisadores[1] acompanharam a lista das matérias do New York Times mais compartilhadas por e-mail durante seis meses de 2013 e descobriram que as pessoas tinham uma tendência muito maior de compartilhar matérias que despertavam sentimentos positivos. “O que é notícia, então?” é o questionamento que paira sobre os comunicadores. Os extremos devem ser equilibrados. Nem tanto o vídeo de gatinho que é sucesso de compartilhamento; nem tanto o enfoque em violência e desastres. Nem tanto o “caça-clique” com fofocas da vida de celebridades; nem tanto o sensacionalismo em cima da morte deles. Essa linha tênue do jornalismo é que precisa ser trabalhada por todo mundo, inclusive pelos leitores.
Listas, gifs e vídeos remetem às novas formas de consumir conteúdo. Com menos tempo e mais opções e recursos tecnológicos, é raro conseguir manter uma pessoa com uma leitura longa por muito tempo na mesma aba do navegador. Multitasks, as pessoas realizam várias atividades ao mesmo tempo. Conseguir levar alguém à página é um desafio; mantê-la lá é outro. Com as listas, a reportagem fica mais rápida e objetiva, sendo possível, ainda assim, manter o nível de grandes reportagens, mudando somente a formatação da notícia, ressaltando que não é preciso cair o nível do jornalismo.
Anúncios são (boas) notícias
Os anúncios também são notícias e as marcas aprenderam a usar a internet muito bem a seu favor. Há muito tempo os publieditoriais (ou posts patrocinados) são a principal fonte de renda dos blogueiros e alvo de discussões sobre ética. Um caso emblemático é o da blogueira fitness Gabriela Pugliesi, denunciada por consumidores em 2014 porque estaria promovendo conteúdo publicitário sem anunciá-lo como tal. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) abriu um processo para investigar seu blog, Tips4Life, que também tem um perfil com milhares de seguidores no Instagram e no Facebook.
A suspeita é de que ela estaria elogiando produtos e divulgando marcas que pagaram pela propaganda positiva sem explicitar a parceria. Os chamados influenciadores (pessoas que transmitem uma mensagem e que geram impacto nas práticas de outras pessoas) passaram a competir com portais e outros veículos por oferecerem a possibilidade de resultados mais assertivos, já que falam para um público alvo bastante específico e que confia na opinião do influenciador em questão. Em alguns casos, apesar de a audiência ser até menor em números, o resultado é mais fácil de ser medido. E há de se considerar que muitos vloggers já ultrapassaram, em números, circulações de grandes revistas de nicho no Brasil.
Colaboração do leitor
Não é mais preciso ter um repórter em cada bairro da cidade de plantão. Com o mais simples dos smartphones, os leitores podem colaborar enviando texto, áudio e vídeo, contribuindo em tempo real para noticiar alguma ocorrência e manter a redação informada até a chegada da equipe de reportagem no local. Isso tem sido ampliado a aplicativos de colaboração para trânsito, alagamentos e outros serviços. Os equipamentos para gravar um vídeo, por exemplo, já são mais baratos e acessíveis. Em alguns telejornais, como o SPTV, da Rede Globo, os telespectadores enviam seus vídeos, que vão ao ar durante o programa e até fazem entradas ao vivo usando aplicativos de celular.
O SEO matou o título fantasia e os sinônimos
O SEO (Search Engine Optimization) é a prática de otimização, seguindo um conjunto de estratégias e regras, para melhorar o posicionamento nos buscadores especializados em busca por palavras-chave, que ganharam muita força no final dos anos 90 com o intuito de ajudar os usuários a encontrar informações rapidamente e sem custo algum. O SEO começou a ser adotado em grandes redações no Brasil, como na Editora Abril, a partir de 2007, aproximadamente. No SEO, quem manda é a palavra-chave do texto — o que elimina os românticos e criativos títulos-fantasia, substituídos por títulos diretos e objetivos, com a palavra-chave no começo, no “olho”, na url, na meta descrição e repetida algumas vezes ao longo do texto (levando em conta vários fatores, a média de densidade da palavra-chave recomendada no texto é de, geralmente, 5%). Ou seja, também é o fim da caça por sinônimos. “Cabelos” eram “cabeleira”, “madeixas”, “fios” e agora são só “cabelos” várias vezes para fortalecer a palavra-chave. Esses minutos de brainstorm
para títulos e sinônimos foram canalizados para pesquisar a busca pelo termo em questão, concorrência, melhor termo, títulos objetivos e atrativos.
O Google e o Google News
Enquanto este artigo era escrito, o Google anunciou uma parceria com oito veículos europeus para inovar o jornalismo on-line. A DNI, Digital News Initiative, mostra que o Google tem forte interesse na indústria de notícias e tem entendido que o jornalismo melhora a experiência para os usuários. Antes disso, a empresa tinha sido acusada de não proteger os direitos dos autores e, desta vez formalmente, por concorrência desleal, chegando a ficar fora do ar na Espanha depois de pressionado a pagar direitos autorais. Essa seria, então, uma maneira de garantir o bom relacionamento com a imprensa. Sobre o assunto, Caio Túlio Costa, jornalista e executivo na área de comunicação digital, escreveu:
Os jornais, no mundo inteiro, não têm conseguido quebrar a resistência do Google quanto a pagar diretamente pelo uso de seu conteúdo, seja nos resultados da busca seja nos resultados do Google News. Aliar-se ao Google, contudo, pode ser uma solução desde que os jornais tenham seus direitos protegidos e as contas mostrem que vale a pena dar as mãos para a mais poderosa empresa de mídia do planeta. A quebra da assimetria tem de se dar pela força que as publicações conseguem ao se unirem. Pelo tamanho do inventário possível de páginas para receber publicidade em direta proporção à qualidade, e contemporaneidade, do conteúdo jornalístico oferecido (Costa, 2014).
Facebook e o “instant articles”
Simultaneamente à produção deste artigo, o Facebook também anunciou uma novidade: o Instant Articles, em português, Artigos Instantâneos — ferramenta para oferecer uma experiência mais fluida e agradável para a leitura de notícias dentro da própria rede social. Não há nenhum tempo a perder: o tempo médio entre um usuário clicar em um link de notícias e começar a ler o texto é de oito segundos e, segundo a rede social, é tempo demais. Além da velocidade, a empresa garante que alterará seu esquema publicitário, permitindo que os anunciantes mantenham a receita total dos anúncios vendidos dentro da rede e vendendo publicidade para as empresas, neste caso mantendo 30% do dinheiro recebido. O alvo são grandes sites como BuzzFeed, The New York Times e National Geographic.
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A crise econômica saiu dos jornais. Agora, ela é "do lar"
por Fernando Brito
(do site Tijolaço)
Uma febre renitente me tirou as forças, ontem, para chamar atenção para um artigo muito interessante publicado ontem pela professora de Economia da USP, Laura Carvalho, na Folha de S.Paulo.
No entanto, a denúncia gravíssima do Diário do Centro do Mundo. de que a direção do jornal Valor Econômico “baixou uma ordem aos seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa” acaba de criar o “gancho para voltar ao tema.
“Agora há grande tolerância com o deficit elevado, o índice inflacionário do mês passado, os reajustes no salário de magistrados e mesmo com as pedaladas fiscais, hoje consideradas uma forma legítima de redução da dívida. A ausência de qualquer proposta para a retomada do crescimento não desafina o coro dos contentes”, diz Laura.
A rubrica “país em crise” saiu das páginas. “O pior desde o ano tal, também”. A Bolsa e o dólar, que chacoalhavam com qualquer notícia no campo político resistem estoicamente às quedas de ministros e até à denúncia de que Temer esteve metido nas “doações” de Sérgio Machado.
Foi precisa a “sacada” publicitária do “não fale em crise, trabalha”. Foi só do que se falou e, agora, “não existe mais”
Sustentaram – e sustentam, agora mais discretamente, a versão de que a inflação está em queda – e os preços no varejo,sobretudo nos alimentos in natura, que haviam subido muito, de fato dão um “refresco” Mas não tratam senão com enorme discrição o pulo dos preços no atacado.
Hoje, a Fundação Getúlio Vargas divulgou a segunda prévia do Índice Geral de Preços, que mede a variação de preços entre 21 de maio e 10 de junto. Foi de 1,33%, simplesmente o dobro do registrado 30 dias antes. 0,68%. E o grosso deste aumento veio dos preços do atacado, que vão, adiante, bater no varejo: o IPA passou de 0,75% para 1,81%.
Mas você não lerá os famosos “é o pior desta o ano tal”, porque a crise econômica já cumpriu o papel que Laura Carvalho lhe atribui:
” A crise econômica brasileira também se mostrou uma oportunidade de ouro para bloquear agendas democráticas crescentes –das mulheres, dos movimentos sociais, das minorias e da juventude– e viabilizar uma agenda ideológica de redução do tamanho do Estado.”
Cumprido seu papel político-ideológico, diz ela, o noticiário sobre economia já pode “descansar nestas últimas páginas de jornal”.
A economia e sua crise “sai das ruas para voltar a ser bela, recatada e do lar”.
LEIA NO TIJOLAÇO, CLIQUE AQUI
domingo, 19 de junho de 2016
Depois de fazer um "jogo de cena" de "solidariedade" portal IG demite repórter que foi assediada pelo cantor Biel. E cantor é alvo de nova denúncia por parte de outra jornalista
por Ed Sá
No dia 3 de junho, segundo registrado em vídeo, uma repórter do IG revelou que sofreu assédio ao entrevistar um certo cantor Biel. A acusação repercutiu e o vídeo viralizou na web. O IG chegou a publicar matéria em solidariedade à repórter. Quinze dias depois, a repórter é novamente vítima. Segundo o HuffPost Brassil, ela, dessa vez, perdeu o emprego. Sem maiores explicações do portal IG até agora.
O Portal Imprensa, que lançou a campanha #SemAssédionaimprensa, publica hoje que o cantor é alvo de nova denúncia. Leia a matéria, clique AQUI
No dia 3 de junho, segundo registrado em vídeo, uma repórter do IG revelou que sofreu assédio ao entrevistar um certo cantor Biel. A acusação repercutiu e o vídeo viralizou na web. O IG chegou a publicar matéria em solidariedade à repórter. Quinze dias depois, a repórter é novamente vítima. Segundo o HuffPost Brassil, ela, dessa vez, perdeu o emprego. Sem maiores explicações do portal IG até agora.
O Portal Imprensa, que lançou a campanha #SemAssédionaimprensa, publica hoje que o cantor é alvo de nova denúncia. Leia a matéria, clique AQUI
"Tchau, querida"! - Miss perde título e contrato por fazer sexo ao vivo na TV...
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O momento em que Zara Holland, ainda confinada em uma ilha, cenário do programa,, foi informada de que perdera o título de Miss Grã-Bretanha. |
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Reprodução iTV2 |
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Reprodução iTV2 |
A modelo Zara Holland, 20 anos, fez sexo ao vivo no programa "Love Island", da iTV2 inglesa e, por isso, perdeu o título de Miss Grã-Bretanha. Na verdade, o público teve uma participação ao escolher o casal em votação on line para passar uma noite junto. Sexo não estava previsto nem era imposição, mas o clima esquentou e a performance foi ao ar. A TV e a organização do Miss GB receberam mensagens de telespectadores indignados. Os responsáveis pelo concurso de miss soltaram uma nota oficial: ."Após os recentes acontecimentos no Love Island, é com grande pesar que nós, a organização do Miss Grã-Bretanha, anunciamos que Zara Holland foi formalmente destituída do título. A resposta que recebemos do público não nos possibilita promovermos Zara como um modelo positivo a ser seguido. Entendemos que todos cometem erros, mas Zara, como uma embaixadora do Miss Grã-Bretanha, simplesmente não abraçou a responsabilidade exigida para quem detém o título".
Se o BBB Brasil seguisse essas regras, não tinha BBB Brasil. E corria o risco de não ter concurso de miss.
Zara chorou ao saber que tinha perdido o título: "Por que nós simplesmente não fomos dormir?"
sábado, 18 de junho de 2016
Em decisão inédita na história das Olimpíadas, 4 mil atletas russos são proibidos de participar dos Jogos. A bicampeã Yelena Isinbayeva, que não está envolvida em uso de substâncias proibidas, desabafa: "Deixem-me competir no Rio"
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No Twitter, Isinbayeva pede para competir no Rio e apela para não ser punida pelo fato de outros atletas russos terem usado substâncias proibidas. |
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Reprodução twitter.com/yelenaisinbaeva |
Doping é uma prática que deve ser rigorosamente combatida. Ninguém discorda. Atinge diretamente o espírito competitivo do esporte e falsifica resultados. Um atleta treina e se aperfeiçoa durante anos, chega ao ponto de alto rendimento, e vê sua medalha escapar para o adversário que pegou o atalho químico para subir ao pódio. Itália, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, França, Turquia e Brasil estão entre os países que têm registrado casos de doping.
Há casos emblemáticos no esporte olímpico norte-americano como o de Florence Griffith Joyner, ganhadora de três medalhas de ouro no atletismo e que foi flagrada usando substâncias proibidas. Morreu de ataque cardíaco provavelmente em consequência de doping. O jamaicano Usain Bolt denunciou em entrevista recente à revista FHM casos de doping no atletismo dos Estados Unidos.
Em novembro do ano passado, a Rússia foi denunciada em um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) por supostamente ter implantado no atletismo "um esquema de doping generalizado".
A Federação Internacional de Atletismo (IAFF) abriu uma investigação e, na ocasião, suspendeu a Rússia e estabeleceu condições para a volta do país às competições oficiais. Ontem, a IAFF anunciou que o atletismo da Rússia está fora da Rio 2016. Alega que o país "não deu provas suficientes de combate ao uso de substâncias proibidas".
Com isso, quatro mil atletas russos - tenham ou não feito uso do alegado doping-, estão impedidos de competir.
A decisão é inédita e repercutiu no mundo inteiro.
Há quem levante suspeitas de interferência política extra-esporte em torno do assunto. A Rússia tem atualmente um contencioso em várias frentes com os Estados Unidos e algumas potências ocidentais que seguem as ações diplomáticas e comercias emanadas do Departamento de Estado, em Washington.
A história mostra que após a queda do comunismo houve uma intensa aproximação de países da Europa Ocidental e dos próprios americanos com a Rússia estagnada nos anos 1990. A partir da virada do milênio, a antiga URSS começou a se recuperar, reequipar suas forças armadas e sua indústria de alta tecnologia e a retomar um papel na geopolítica mundial. O Ocidente, que parecia preferir o conforto de dialogar com o fraco e maleável Bóris Yéltsin, esfriou as relações.
Entrou política nas provetas dos laboratórios?
(si non è vero è bene trovato).
Para ficar no campo do esporte, a Copa do Mundo de 2018 também está no alvo dos Estados Unidos no rastro das investigações sobre a Fifa. Setores mais radicais de Washington já acenaram com a proposta de um possível boicote a Moscou como um gesto a se somar aos embargos econômicos em vigor desde a crise da Ucrânia e a decisão da Crimeia, em plebiscito, de voltar a fazer parte da Rússia. Houve um interesse em relacionar a escolha de Moscou para sediar a próxima Copa com as irregularidades investigadas na cúpula da Fifa. Ocorre que, sob a mesma cúpula, o Catar, um aliado estratégico dos Estados Unidos, ganhou a votação para receber a Copa de 2022. Mesmo se levantadas provas de irregularidades, ficaria mais complicado investir contra um e poupar o outro. Provavelmente, nos próximos meses, essa ofensiva voltará a campo. Mas o foco agora são os Jogos Olímpicos. O Departamento de Justiça americano, segundo revelou o New York Times, participou de investigações sobre o doping de atletas russos e tais apurações continuam.
Ontem, a atleta Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica e recordista no salto com vara, considerou a generalização da punição "absurdamente injusta". Ela, como a grande maioria dos atletas atingidos pela medida drástica e não individualizada, não está envolvida na investigação e já passou limpa por centenas de exames ao longo da carreira. "Vou provar para IAAF e Agência Mundial Antidoping que eles tomaram a decisão errada", disse ela, em entrevista coletiva, acrescentando que considera a decisão uma violação aos direitos humanos. Ela prometeu recorrer à Corte Arbitral do Esporte. A IAAF admitiu que a Rússia fez progressos no combate ao doping mas preferiu manter a decisão. Em nota, o Ministério de Esportes da Rússia protestou: "Os sonhos de atletas limpos estão sendo destruídos por causa do comportamento repreensível de outros atletas e dirigentes. Eles sacrificaram anos de suas vidas se esforçando para competir nos Jogos Olímpicos, e agora esse sacrifício será desperdiçado".
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Em fins do ano passado, a IAFF homenageou Isinbayeva. Reprodução Instagram |
"Estou muito satisfeita por me tornar um membro da Comissão dos Atletas da IAAF" (...) " O Esporte deu-me muito e me fez quem eu sou. É hora de prestar homenagem ao esporte. Estou pronta para partilhar a minha experiência com a geração mais jovem", escreveu ela na sua conta no Instagram ao noticiar a homenagem.
Com a decisão da IAFF, a Rio 2016 também foi punida com o bloqueio a uma força do atletismo e, em especial, com a ausência de Yelena Isinbayeva que, aos 34 anos, faria do Brasil o seu palco de despedida.
Jornalismo transparente: calcinha de apresentadora de TV bomba na web.
por Clara S. Britto
A Fox News tem ângulos e posições conhecidas e todos pendem para a extrema direita. Daí, a direção do canal e a audiência conservadora não devem ter gostado nem um pouco da perspectiva radical que a apresentadora Alina Moire exibiu nessa semana. Talvez porque falasse da Rio 2006 e da ensolarada Cidade Maravilhosa, ela se empolgou e, aparentemente sem querer, levantou a barra do vaporoso vestido. Pagou calcinha olimpicamente. Demorou a perceber (não bate vento ali?) e ainda tentou segurar o vestido, mas já era. A rede adorou.
A Fox News tem ângulos e posições conhecidas e todos pendem para a extrema direita. Daí, a direção do canal e a audiência conservadora não devem ter gostado nem um pouco da perspectiva radical que a apresentadora Alina Moire exibiu nessa semana. Talvez porque falasse da Rio 2006 e da ensolarada Cidade Maravilhosa, ela se empolgou e, aparentemente sem querer, levantou a barra do vaporoso vestido. Pagou calcinha olimpicamente. Demorou a perceber (não bate vento ali?) e ainda tentou segurar o vestido, mas já era. A rede adorou.
VEJA O VIDEO, CLIQUE AQUI
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Quando um antigo escândalo imobiliário vira arte - Exposição ocupa torre inacabada da Barra da Tijuca...
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A torre inacabada, parte de um projeto que lesou centenas de pessoas, recebe a exposição "Permanências e Destruições. Foto: Cristina Lacerda/Divulgação |
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Vista do interior de um dos aprtamentos. Foto Cristina Lacerda/Divulgação |
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Uma das intervenções artísticas de Daniel Albuquerque transforma uma coluna em um "cigarro''. Foto Cristina Lacerda/Divulgação |
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A oca de Anton Steenbock. Foto de Cristina Lacerda/Divulgação |
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O anúncio do lançamento das torres nos anos 70 iludiu compradores. |
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O governo da Guanabara apoiava o projeto que se transformou em um grande escândalo imobiliário. No anúncio, o slogan "Brasil Grande", da ditadura. |
por Flávio Sépia
Durante as Olimpíadas, a Barra da Tijuca vai receber milhares de turistas. Muitos destes que virão ao Rio talvez tenham interesse em arquitetura e incluam nos seus roteiros obras de Oscar Niemeyer na cidade e em Niterói conhecidas internacionalmente.
Mas só um guia muito senior vai lembrar de indicar uma obra do famoso arquiteto plantada bem no caminho da Cidade Olímpica.
Os cariocas estão cansados de ver aquelas torres que, há mais de 40 anos, fazem parte do cenário da Avenida das Américas. Muitos nem nascidos eram quando Mucio Athayde, político mineiro, deputado que passou pela UDN, PTB e PMDB, contratou o projeto urbanístico de Lúcio Costa e a prancheta de Niemeyer para erguer 70 imensas torres redondas de apartamentos. Apenas três saíram do papel, duas ficaram prontas, depois de anos e anos, e uma é ainda pouco mais do que um esqueleto.
Ao longo de décadas, o que o empresário construiu foi um dos maiores escândalos imobiliários do país. Muitas pessoas que compararam unidades na planta foram lesadas, tiveram prejuízo irrecuperáveis e a maior parte do terreno que abrigaria o conjunto Athaydeville que, no lançamento chamava-se Centro da Barra, foi vendida.
Quem tiver curiosidade em conhecer o projeto de Niemeyer que já era sem nunca ter sido pode ir lá, até domingo, 19, conferir a exposição "Permanências e Destruições" (Projeto de Arte Pública da Oi Futuro, com trabalhos de Daniel Albuquerque, Anton Steenbock, Igor Vidor, Angelo Venosa, Janaina Wagner, entre outros), que reúne obras de artistas plásticos que reinterpretam o espaço.
Em 37 andares, pinturas, inscrições, túneis de pano, oca, cama elástica no terraço, projeção de vídeo ocupam a torre. O caos da construção inacabada faz parte do exercício artístico.
O grandioso "Centro da Barra" virou um incômoda lembrança urbana.
Eles devem e não pagam. E ai, político? Vai encarar
por Flávio Sépia
Em qualquer país, uma informação dessas seria um escândalo com consequências imediatas. Aqui, é um fato conhecido que esporadicamente vira notícia de jornal.
A Folha publica hoje matéria em que mostra que apenas 135 pessoas físicas e empresas devem 272 bi de impostos. Todas as notícias alarmantes que você lê sobre o déficit fiscal do governo se referem a um desequilíbrio de cerca de 100 bilhões. Em função desse déficit, o governo pós-golpe vai cortar verbas de educação, saúde, meio ambiente, segurança, previdência, vai vender ativos na bacia das almas, frear políticas sociais etc. Só não corta salários de marajás, como ficou demonstrado nos recentes aumentos para setores privilegiados. E também não vai cobrar pra valer o imposto sonegado dessa turma. É mais fácil arrochar a população.
Você também deve ver com frequência nos jornais e TV uma badalação das Fiesp da vida sobre um painel caricato de impostos, o Impostômetro. Geralmente, alardeiam cifras acima do trilhão. Esquecem, contudo, de colocar ao lado o painel do Sonegômetro.
Os trabalhadores, os pequenos comerciantes, pequenos industriais, os profissionais liberais, pequenas empresas do setor de serviço, esses estão entre as estatísticas de sonegação mínima. Trabalhadores de carteira assinada nem têm a chance de sonegar já que são descontados na fonte.
Os número acima se referem na maioria a 135 tubarões que têm poderosos departamentos jurídicos para encontrar brechas para não pagar impostos. E quando não encontram essas brechas, deixam de pagar assim mesmo, ou "pagam pra ver", já que existe o Refis, que é um maná para os devedores e joga a dívida parcelada para as próximas décadas.
Especialistas afirmam que o Brasil não está entre os países que mais arrecadam impostos do mundo, Mas é o que tem a malha fiscal mais injusta do planeta e o que menos dá retorno à população em formas de serviços públicos.
O topo da pirâmide surfa na tabuleta do Impostômetro. Deve e não paga. E daí. Vai encarar?
Extrema direita cristã comemora atentado de Orlando
por Clara S. Britto
Além da tragédia em si, dos mortos e feridos, os ataques terroristas atingem as liberdades individuais. O 11 de Setembro resultou e leis que vitimaram a privacidade e restringiram direitos; os recentes atentados na Europa idem. Sem falar no medo, um componente que passa a fazer parte dos grandes eventos, dos shows ou do simples ato de ir a uma discoteca ou restaurante, casos de Paris, Orlando, Tel Aviv e tantos outros.
Diz-se que o atentado na Flórida vai servir para revigorar o discurso radical de Donald Trump, candidato à Casa Branca. Mas não só Trump vai surfar na onda de sangue que vem de Orlando. A edição brasileira do HuffPost conta que o atentado que matou 49 pessoas foi comemorado por uma parcela de cristãos de extrema direita dos Estados Unidos. Pastores afirmaram que a carnificina foi uma "obra divina" para eliminar "pecadores" e que "Deus enviou o atirador para tirar vidas de sodomitas. "Então você está triste pelos 50 sodomitas que foram mortos hoje? Não... Eu acho ótimo. Eu acho que isso ajuda a sociedade. Eu acho que Orlando e a Flórida está um pouco mais segura esta noite", disse um pastor. Outro disse suspeitar que o ataque faz parte de uma estratégia para promover o controle de armas nos Estados Unidos e deixar os cristãos desprotegidos.
O Brasil não ficou de fora desse lamentável discurso. O pastor Marco Feliciano disse no Twitter que grupos LGTB estão usando a tragédia para "se promover".
Além da tragédia em si, dos mortos e feridos, os ataques terroristas atingem as liberdades individuais. O 11 de Setembro resultou e leis que vitimaram a privacidade e restringiram direitos; os recentes atentados na Europa idem. Sem falar no medo, um componente que passa a fazer parte dos grandes eventos, dos shows ou do simples ato de ir a uma discoteca ou restaurante, casos de Paris, Orlando, Tel Aviv e tantos outros.
Diz-se que o atentado na Flórida vai servir para revigorar o discurso radical de Donald Trump, candidato à Casa Branca. Mas não só Trump vai surfar na onda de sangue que vem de Orlando. A edição brasileira do HuffPost conta que o atentado que matou 49 pessoas foi comemorado por uma parcela de cristãos de extrema direita dos Estados Unidos. Pastores afirmaram que a carnificina foi uma "obra divina" para eliminar "pecadores" e que "Deus enviou o atirador para tirar vidas de sodomitas. "Então você está triste pelos 50 sodomitas que foram mortos hoje? Não... Eu acho ótimo. Eu acho que isso ajuda a sociedade. Eu acho que Orlando e a Flórida está um pouco mais segura esta noite", disse um pastor. Outro disse suspeitar que o ataque faz parte de uma estratégia para promover o controle de armas nos Estados Unidos e deixar os cristãos desprotegidos.
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O Brasil não ficou de fora desse lamentável discurso. O pastor Marco Feliciano disse no Twitter que grupos LGTB estão usando a tragédia para "se promover".
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