quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Imagens exclusivas do Comando de Caça a Chico Buarque, o CCCB. Cenas fortes. Tirem as crianças da sala

Líderes do CCCB, Comando de Caça a Chico Buarque, examinam o conteúdo político das canções do famoso compositor. Eles...

...acham tudo uma "meurrrrda", recolhem também os livros do autor e decidem...

...queimar tudo em uma fogueira cívica. Membros da elite do Leblon fazem a Saudação Coxística em uma esquina do bairro que abriga a Divisão de Celebridades do Comando de Caça a Chico Buarque. 

Integrantes do Movimento Leblon Livre e a Brigada Coxinha Júnior, da Juventude do CCCB, aplaudem o Pelotão Gourmetizado que...
...tenta dialogar democraticamente com Chico Buarque depois de acusá-lo de ter um apartamento em Paris.

Acionada por promoters do Movimento Leblon Livre, a Brigada Internacional do Comando de Caça a Chico Buarque formada por praticantes do hipismo plus chic se encaminha ao Marais, em Paris, onde fica o apartamento do compositor brasileiro, para executar a Operação "Você é um Meurrrda" que vai transformar o apartamento do Chico no Camarote VIP Jean Marie Le Pen do CCCB francês. 

Arrastão da direita cerca Chico Buarque...

No vídeo, Chico Buarque é cercado pelo grupo. "Você é um meurrrrda", diz um deles, caprichando no erre dos coxinhas.
por Flávio Sépia
Chegou a vez de Chico Buarque. Autoridades já foram agredidas em restaurantes e hospitais, passageiro de avião já foi esculachado pelo crime de estar lendo a revista Carta Capital, vizinho já deu parte em delegacia por ter sido ameaçado por um sujeito que batia panela, um rapaz com um filho no colo foi empurrado e jogado contra uma parede por estar usando camisa vermelha. Claro que Chico Buarque não escaparia da brigada direitista. O vídeo diz tudo. Rapazes de olhar rútilo, como diria Nelson Rodrigues, partem para cima do compositor, que caminhava em uma rua do Leblon, interpelando-o como se fossem a guarda islâmica à caça de um infiel.
Foi uma espécie de arrastão ideológico dos bem-nascidos.
Um deles se identifica, quando Chico lhe pergunta o nome: é Tulio Dek. Seria um rapper (sites de celebridades dizem que é ex-namorado de Cleo Pires e sobrinho do cantor Orlando Moraes. Dek seria, também, sócio do Barzim; os outros donos da boate, em Ipanema, seriam o global Bruno de Luca, o piloto Cacá Bueno, filho de Galvão Bueno, o músico Di Ferrero, da banda NXZero e o empresário Igor Sebba). No vídeo aparece uma figura que, segundo O Globo, seria filho do empresário e dublê de apresentador Álvaro Garnero que, por sua vez, é filho de Mário Garnero que, na ditadura, foi da Comissão Nacional de Energia,  presidiu o projeto Rondon a convite do governo militar e foi, também, dono do Brasilinvest, banco de investimentos liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central em 1985.
Na roda que tentava intimidar Chico Burque havia um outro, mais agressivo, que falou que Chico era um meurrrrda, "você é um meurrrrda", disse, caprichando no erre dos coxinhas.
Melhor, ou pior, ver o vídeo, do site Glamurama, que diz muitos sobre esses tempos: clique AQUI

Jornalismo voraz: se o chefe pede, que jeito?, a coitada da repórter tem que encarar a tempestade e ainda virar meme...

Cenas de terrir em cobertura jornalística. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

A aterrorizada Thereza Mannion divertiu a web. Nesta meme, cometa abala o telejornal. 
Meme de Thereza com a cantora Adele


por Flávio Sépia
Gafes na TV se tornaram alimentadoras de memes. Os telespectadores não raro ganham gargalhadas junto com a notícia. A repórter Tereza Mannion, da TV irlandesa RTE, foi a bola da vez. Escalada para cobrir um temporal em Galway, ele seguiu à risca as instruções do chefe de reportagem e procurou mostrar o máximo de realismo, como "personagem" da notícia. As TVs brasileiras entram nessa, com frequência, repórteres arrumadinhas têm que botar o pé na lama, água de esgoto no meio da canela, só para mostrar o "realismo fantástico" no telejornalismo. Se isso acrescenta algo à notícia, vai saber... Lembro que, certa vez, um repórter brasileiro foi carregado, por alguns metros, por um tufão na Flórida. Mostrou "jornalismo-verdade" mas quase se tornou um repórter-aéreo vagando pelo Caribe.
Thereza, a repórter irlandesa, como rimaria Chacrinha, cumpriu sua dura missão mas não escapou de virar meme na web. A notícia também pode ser a melhor diversão.

 

Após rebater comentários de leitores que se incomodaram com foto, Xuxa manda moralistas pagar penitência no Google




Xuxa na capa da Manchete para a qual posou centenas de vezes. 

LEIA NO IG, CLIQUE AQUI




Da Carta Maior: "Como a linguagem da mídia controla os pensamentos"

por Lea Maria Aarão Reis (do site Carta Maior)
A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator,  reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.
 Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.
 Com os sinais trocados, a velha mídia se vale da novilíngua de Orwell. Restringe ou anula as possibilidades de raciocínio dos leitores, telespectadores/eleitores e vai além ao determinar aos seus editores, redatores, repórteres e produtores de TV o silêncio, o registro ou a ênfase de fatos, coisas e pessoas segundo parâmetros pré-determinados. Ela busca o controle do pensamento, procura abolir a reflexão crítica e tenta impedir que idéias para ela indesejáveis floresçam e dificultem o retorno de um projeto de poder que se esvaiu, porque ficou velho, há 13 anos.
 No entender de Venício Lima, professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), a  linguagem viciada da velha mídia começa a ser questionada porque sua falta de credibilidade é crescente. “A credibilidade é o seu freio,” ele diz. “A realidade dos fatos e das coisas e o cotidiano das pessoas, cada vez mais, contradizem essa linguagem criada para atender interesses específicos; mas as palavras nela usadas com insistência, conotam, sobretudo, coisas que vêm dessa ‘seletividade jornalística’, uma visão parcial dos acontecimentos - para se dizer o mínimo.”
 “As pautas negativas, por exemplo. “A especialidade dos noticiários locais que vão ao ar em três horários diários, país afora, é desgraça. Elas abastecem os telespectadores de dejetos. Quem chega ao Brasil, de repente, e escuta e vê esses jornais de TV não entende nada. Só que este jornalismo ‘vale de lágrimas’ tem um limite. As pessoas se cansam e percebem que nas suas vidas não há só desgraça; acabam não se identificando.”
 Na Av. Paulista, dia 13 passado, o apocalipse era agora. O país, destruído, não contava com fio de esperança fora do golpe. “(Foi) uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade,” escreveu o jornalista Paulo Nogueira. “Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam. Cria-se uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.”
LEIA O ARTIGO COMPLETO NA CARTA MAIOR, CLIQUE AQUI

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Com 2016 apontando na esquina, reveja o trailer dos Jogos do Rio: crianças cariocas apresentaram a cidade em vídeo promocional lançado há um ano e que foi visto em 214 países...


REVEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

NO LINK ABAIXO, VOCÊ PODE ACOMPANHAR O ANDAMENTO DAS OBRAS, QUE ESTÃO ENTRE 75% A 100% PRONTAS. 
CONFIRA AQUI

Capas notáveis...



O site Aol aponta as capas mais marcantes de 2015. No alto, três amigas poderosas; na New York, as 35 mulheres que acusam o apresentador Bill Cosby de assédio sexual. Veja mais capas AQUI

Segundo a ética jornalística, o nome disso é mentira.... mas pode chamar de "interpretação" ou "análise"

O título acima foi, em essência, replicado em vários jornais. Passa ao leitor a falsa interpretação de que o governo "venceu" quando o STF se manifestou sobre o rito do impeachment. Primeiro: o governo não "venceu" e não "ganhou". Tudo continua nas mãos do Congresso. Fora disso, difunde-se a interpretação golpista. Quando o STF decide de acordo com o que querem a mídia e a oposição, é exaltado. Se o mesmo plenário toma alguma medida que, para eles, contraria o caminho para a destituição de Dilma, alguns ministros viram alvos sofrem críticas e pressões. Coube ao colunista Jânio de Freitas, da Folha, lembrar em um trecho da sua coluna de domingo último que a Constituição define o rito do impeachment há mais de um quarto de século. O STF não inovou. O que prevaleceu no STF foi "apenas" um livrinho que estava lá sobre as mesas dos ministros: a Constituição. A maioria dos colunistas, dos editoriais, das matérias na mídia comercial, optou por difundir a versão de que o STF deu ao Senado o poder de barrar o impeachment. Pode ser uma "releitura", uma"adaptação" da verdade ao discurso político. Jornalismo, não é.     





Ainda sobre a missiva-desabafo do vice-presidente. Quem vazou a carta-mimimi?

O jornalista Jânio de Freitas desvenda o falso mistério sobre a divulgação da carta lamurienta de Michel Temer a Dilma Rousseff. O vice mimimi saiu alardeando por aí que a missiva era pessoal e não deveria vir a público. Pois bem, leia a nota abaixo reproduzida da coluna de Jânio, na Folha de São Paulo. Em tempo, o jornalista a que o colunista se refere é Jorge Bastos Moreno, do Globo.


Salvo ordens de Hefesto, incêndios não acontecem por acaso. Quem vai responder pela destruição do Museu da Língua Portuguesa, de parte da Estação da Luz e pela morte de um bombeiro?

Foto: Bombeiros do Estado de São Paulo

Foto; Bombeiros do Estado de São Paulo

Foto: Daniel Mello/Agência Brasi 
Memória: em 1946 incêndio na Estação da Luz. Reprodução de capa do Estadão.
Há muito a lamentar e muitas responsabilidades a apurar nas circunstâncias e consequências do incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, instalado no prédio histórico da Estação da Luz, em São Paulo. Só com a tragédia, que resultou em uma vítima fatal - um brigadista-bombeiro - e em enorme dano cultural, torna-se público que o museu não tinha alvará de funcionamento e nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Hefesto, deus do fogo, está fora dessa.
O Museu da Língua Portuguesa foi concebido e implantado pela Fundação Roberto Marinho em convênio com o governo do estado. É administrado por uma organização social denominada ID Brasil, Cultura, Educação e Esporte. O presidente dessa organização admitiu ao Globo que não sabia "em que pé estava a situação". Os bombeiros de São Paulo confirmam que o prédio tinha "pendências em relação à estrutura para combate a incêndio". O governador Geraldo Alckmin declarou que vai reconstruir o prédio e remontar o museu com a ajuda de parceiros privados. Isso é bom, mas isso é pouco.
Um investigação rigorosa e a identificação de eventuais responsáveis serão importantes para que o alerta seja ligado em relação a outras valiosas instalações culturais em São Paulo e em todo o Brasil. Com a política de corte de verbas, já foi noticiado que há vários museus administrados por instituições federais, estaduais, municipais ou terceirizados para "organizações sociais" em situação de alto risco.
Nos últimos 15 anos, virou moda passar instituições públicas para a administração de "organizações sociais". Há hospitais, escolas, serviços de saúde, de eventos, de apoio social a menores, idosos e portadores de necessidade especiais administrados por tais organização 'não-lucrativas". A relação dos cofres público com tais instituições é, em muitos casos, uma obscura e imensa caixa-preta.  Frequentemente, os jornais noticiam irregularidades nessas parcerias. Não se sabe, sequer, se tais convênios resultam, de fato, em menor despesa para o poder público. No caso do Museu da Língua Portuguesa não parece clara a real responsabilidade em relação ao patrimônio concedido. Por exemplo, a "organização social" que administra o museu não poderá ser responsabilizada? E se por alguma falha ou omissão foram criadas as condições para a destruição do patrimônio não será ela convidada a custear as despesas, já que dificilmente o seguro, se houver e fora pago, vai cobrir a destruição, ainda mais com uma vítima fatal? O presidente da "organização social" declarou que é "complexa' a discussão de projetos de incêndio em edifícios tombados". Como assim? Se são tombados, aí mesmo é que não podem ficar descobertos.
O Museu da Língua Portuguesa, uma elogiável iniciativa que já recebeu milhões de visitantes, foi inaugurado em 2006. Em março do ano que vem faria 10 anos.
Tempo mais do que suficiente para discussões "complexas".

Então é Natal... Na foto oficial da família real britânica, menina leva uma photoshopada de leve para ficar bem para os súditos...

Tudo certo na foto real? Clima natalino, família feliz, uns brinquedinhos merrecas para dar a impressão de que o clã não torra o dinheiro público...

...só tem um probleminha: a bebê Charlote parece ter perdido a cabeça para o photoshop e ganhado um novo e sorridente visual. Uma zona mais escura e desfocada, no lado direito do rosto dela, cabelos em estranha linha reta, anomalias no reflexos no olhos mostram, segundo especialistas, que algo estava errado com o rosto da garota e essa cabeça veio de outra foto. Fotos Reprodução Twitter Kensington Palace/Buzz Feed.
Antigamente, os nobres volta e meia perdiam as cabeças. Literalmente. Hoje, outros tempos, eles até ganha cabeças novas. Sabe-se que a família real britânica é uma instituição pública sustentada com dinheiro idem. Os Windsor recebem uma espécie de mensalão oficial mas são obrigados a dar alguns retornos em forma de imagem e relações-públicas. Fazem presença em festividades, viagens oficiais, e tornam públicas cenas de vida pessoal em nome da imagem do reino e do interesse turístico. É um marketing que, somado aos escândalos que vendem tabloides, dá sentido ainda à tal instituição. Daí que o herdeiro do trono, William, reuniu a família para uma foto tradicional natalina. O site Buzz Feed analisou a imagem e constatou que um photoshop básico trocou a cabeça da bebê Charlotte. Algo não saiu bem, talvez a menina estivesse emburrada, não sorriu, deu uma golfada na hora. O fato é que a produção transplantou uma cabeça mais adequada ao clima cor-de-rosa da cena. Pronto, a família está feliz e os súditos ingleses que ainda curtem o reality show real podem dormir ainda mais felizes.

Deu no site "Conexão Jornalismo" (notícia que você não viu na grande mídia comercial): primeira-dama tucana ganha aposentadoria pelo fatigante trabalho de... primeira-dama


(do site Conexão Jornalismo) 
A primeira dama do Estado de Goiás, Valéria Perillo, vai embolsar R$ 15.206 por mês como aposentada da função de.... mulher do governador. O que parece piada não é. Foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado que julgou legal o pedido da mulher que, de acordo com a memória dos goianos, prestava serviço habitando na casa oficial do chefe do executivo estadual. O descaso com o dinheiro público, nas hostes tucanas, teria merecido destaque na velha mídia tivesse nele envolvido algum integrante do PT. Detalhe: a sessão que garantiria a vergonhosa aposentadoria não foi transmitida pela Internet como é habitual. Saiba mais.
Na sessão que garantiu a imoralidade a procuradora de Contas Maísa Barbosa reafirmou a posição contrária à inclusão da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável (VPNI) - no valor de R$ 7.602,53 - na aposentadoria, mas os conselheiros seguiram o voto do relator Saulo Mesquita favorável à integralidade do pagamento. O blog revelou ontem o pedido e o parecer do relator.
A procuradora disse esperar a mesma celeridade do processo da primeira-dama nos demais pedidos de aposentadoria de servidores, em nome do "princípio da impessoalidade".
Jornal local, o Popular, foi servil em sua cobertura. Leia aqui:
Pela manhã, o governador Marconi Perillo (PSDB) disse em, entrevista coletiva, que o pedido de aposentadoria é "absolutamente normal". "Ela trabalha há mais de 35 anos. Começou muito cedo a trabalhar, requereu o pedido de aposentadoria porque já tem idade e tempo de serviço. O engraçado é que eu nunca vi qualquer pessoa perguntar pela aposentadoria de um desembargador, um juiz, um promotor, um delegado de Polícia, um professor, um procurador do Estado, um fiscal. É a primeira vez que vejo alguém suscitar um tipo de discussão como essa. Será que minha mulher não tem direitos como os outros? Eu faço um desafio: qual primeira-dama que mais trabalhou que Valéria Perillo? Ela construiu um Crer, já viabilizou mais de 160 mil bolsas universitárias, coordena programas extraordinários em Goiás. Ela trabalhou o tempo inteiro. Aliás ela começou a trabalhar no Bradesco com 16 anos de idade. Ela chegou à conclusão de que tinha os requisitos para se aposentar, entrou com pedido e é algo muito natural. Agora, será que todos vão perguntar por todas as aposentadorias que chegam ao Tribunal de Contas? Ou será que é uma discriminação apenas pelo fato de ela ser minha esposa?"
Áudio
No início da tarde, Maísa Barbosa enviou ofício à presidência do TCE solicitando esclarecimentos sobre a informação de que o aúdio da transmissão on-line da sessão foi cortado durante o posicionamento da procuradoria. Ela também solicitou cópia integral dos arquivos de áudio da sessão.
Na transmissão pela internet, de fato o áudio foi cortado no momento de apresentação da procuradora. Retornou logo depois com o final da votação, que durou poucos minutos.
LEIA O CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

A histórica Faculdade Nacional de Direito repudia manobras inconstitucionais para derrubar a presidente Dilma Rousseff


A Egrégia Congregação da Faculdade Nacional de Direito (FND), nesta data, aprova moção de repúdio ao processo de impeachment instaurado em face da Presidente da República no âmbito da Câmara dos Deputados.
A história desta Faculdade está associada à história de luta contra todas as formas de opressão e pela efetiva implantação do estado de direito no Brasil.
A genealogia democrática de nossa instituição de ensino superior a transformou em alvo da truculência autoritária nos períodos de ditadura civil-militar que nos afligiram no século passado. Nem por essa razão docentes, discentes e membros do corpo técnico omitiram-se em momentos críticos e não o farão agora, quando a institucionalidade democrática encontra-se novamente sob tensão.
Com efeito, instaurou-se na Câmara dos Deputados processo de impeachment da Presidente da República ao arrepio das regras constitucionais e legais, em um contexto de pressão de determinados setores políticos. Derrotados no último escrutínio, estes grupos buscam a “flexibilização do presidencialismo” por meio da “flexibilização dos mecanismos do processo político”.
Nas democracias contemporâneas não se advoga a irresponsabilidade dos dirigentes, tampouco a da Presidente da República. Não se admite, todavia, que mandatos presidenciais sejam revogados com base em juízos de conveniência, agrado ou desagrado relativamente à gestão da coisa pública.
Como sublinham os cientistas políticos, no quadro do presidencialismo “a má gestão dos dirigentes políticos tem uma clara consequência que se concretiza no custo eleitoral de suas decisões e gestões no exercício da função governativa”. E “má gestão”, nas democracias, sempre será uma questão de ponto de vista ou juízo de conveniência.
As pressões pela “flexibilização dos mandatos presidenciais” via ampliação das hipóteses de impeachment, para abranger situações não enquadráveis, taxativamente, no art. 85 da Constituição como crime de responsabilidade, como é o caso, reconhecido sobejamente por constitucionalistas, penalistas e tributaristas, atentam contra o significado da proteção constitucional ao voto direto, secreto, universal e periódico.
Trata-se de recurso inconstitucional, que no Brasil ganha contornos mais delicados dada a frequência com que se observam “atitudes ambivalentes perante a democracia”.
Por isso, a Congregação desta Faculdade sente-se no dever de manifestar em NOTA PÚBLICA seu repúdio à iniciativa de instauração do processo de impeachment, que atenta contra os princípios basilares da democracia, e espera que a Câmara dos Deputados sepulte, liminarmente, a iniciativa afrontosa à vontade política da maioria dos brasileiros, manifestada de maneira inequívoca na última eleição presidencial.
Por fim, decide ainda este Órgão pela divulgação desta nota a toda a comunidade acadêmica da FND, por meio eletrônico, para ciência de seu teor, e seu encaminhamento à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, bem como pela mais ampla divulgação, que as circunstâncias políticas delicadas estão a recomendar.
A Faculdade Nacional de Direito (FND) diz NÃO a quaisquer tentativas de usurpar o poder que, em última instância, pertence ao povo brasileiro e deve ser exercido apenas pelos mandatários legitimamente eleitos.

Sala Prof. Hermes Lima/FND, 09 de dezembro de 2015.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Deu errado: amada mestra manda "nudes" por engano para aluno



por Omelete
Mike deu sorte. Por ter o mesmo primeiro nome do namorado de uma professora, ele recebeu "nudes" da mestra. Ela ainda trocou mensagens, comentou sobre encontro à noite e mandou duas fotos convidativas antes de ser alertada de que estava falando com a pessoa errada. Ou a pessoa certa, do ponto de vista do estudante. Perplexa com o próprio erro, a professora propôs uma troca: ele deletaria as fotos e não contaria nada à universidade e ela daria um up grade na sua nota final. O aluno cumpriu a palavra, ganhou o A. Mas seguidores já haviam compartilhado o diálogo e as fotos. O site Stomp não informa se a professora foi identificada ou punida pela universidade. Há cerca de três meses, outra professora, esta de um colégio, enviou fotos sensuais para uma aluno, mas ficou provado que ela havia cometido um engano e a direção da escola arquivou o processo administrativo.

Navio Escola Sagres será a "Casa de Portugal" durante a Rio 2016

O Navio Escola Sagres, da Marinha portuguesa
Portugal já decidiu qual será sua embaixada durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. O Navio Escola "Sagres", que estará ancorado na Baía da Guanabara dará apoio aos atletas portugueses e receberá visitantes. De certa forma, o "Sagres" retornará ao seu porto. Entre 1948 e 1961, o veleiro, com o nome de Guanabara, pertenceu à Marinha do Brasil, que o vendeu a Portugal. O Brasil, por sua vez, havia adquirido o navio da Marinha americana (construído na Alemanha, em 1937, o atual "Sagres" escapara de bombardeios e tornara-se despojo de guerra) e o incorporou à Armada nacional após um criterioso trabalho de recuperação. A Marinha brasileira, atualmente, possui dois navios-escola: um veleiro, o Cisne Branco, e a moderna fragata "Brasil".
O "Sagres" pertencia à Marinha da Alemanha, onde foi construído em 1937 e recebeu o nome de "Albert Leo Schlageter" Após a Segunda Guerra, e durante treze anos, foi o navio-escola da Marinha do Brasil sobre o nome de "Guanabara". 

Conselho de Segurança aprova decisão para combater financiamento do Estado Islâmico e outros grupos

Nova decisão do Conselho de Segurança estende o mandato de deliberações anteriores, enquadrando novas situações como transferências de dinheiro a serem combatidas. Foto: ONU / Evan Schneider
Nova decisão do Conselho de Segurança estende o mandato de deliberações anteriores, enquadrando novas situações como transferências de dinheiro a serem combatidas. Foto: ONU / Evan Schneider

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta quinta-feira (17), uma nova resolução que pretende aprimorar os esforços da comunidade internacional para combater o financiamento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico (ISIL), na Síria e no Iraque. O organismo da ONU destacou que resoluções anteriores, capazes de evitar a transferência de recursos para extremistas, devem ser aplicadas também aos casos de pagamento de resgates para o salvamento de reféns, não importando como e por quem o montante for pago.

“Os terroristas são ágeis e já foram bem-sucedidos demais em adquirir recursos para seus atos hediondos”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Hoje, o Da’esh (outro nome para ISIL) comanda uma economia multimilionária de dólares em territórios sob seu controle. Os terroristas conseguem dinheiro através do comércio de petróleo, extorsão, envio de dinheiro por correspondência, sequestros, tráfico de pessoas e armas”.

De acordo com o Conselho, o setor privado e os Estados-membros devem colaborar uns com os outros, a fim de facilitar a identificação de transações suspeitas. Além de fechar brechas nos sistemas financeiros, também é necessário impedir que instituições de caridade sejam usadas por organizações extremistas para arrecadar fundos. A nova resolução deverá ampliar e atualizar a Lista de Sanções do ISIL e da Al-Qaeda, que contém indivíduos e entidades identificados como terroristas.

O organismo da ONU também solicitou aos países que reforcem a vigilância para coibir o desvio de explosivos, matérias-primas e componentes, utilizados para a fabricação de armamentos improvisados, armas químicas, venenos e detonadores.

Ban Ki-moon chamou a atenção para o uso de ferramentas digitais por parte do ISIL e outros grupos. “Mídias sociais são exploradas pelo Da’esh não apenas para a radicalização e o recrutamento, mas também para a arrecadação de verba. Outras organizações em torno do mundo – desde o Boko Haram até o Al-Shabaab e o Talibã – estão seguindo o mesmo caminho”, explicou o secretário-geral. O chefe da ONU também alertou para o tráfico de bens culturais, outra fonte de renda para terroristas e extremistas.

FONTE: ONU BR

Vídeo viraliza na web: procura-se uma reportagem honesta...

Este vídeo viralizou na web. Foi visto por milhões de pessoas. São três minutos que mostram uma das técnicas de manipulação da notícia, entre muitas praticadas na velha mídia. E não se trata de uma peça radical. É até conciliadora. Pede apenas mais honestidade: atributo em falta nas prateleiras políticas, empresarias e jornalísticas. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Revista é banida de supermercados. "Capa muito ousada", decretam os executivos da rede

por Clara S. Britto
Uma rede de supermercados da Austrália, a Coles, mandou recolher das suas lojas e prateleiras milhares de exemplares da  Harper Bazaar. Executivos da empresa reclamaram que a capa de dezembro da revista era "ousada demais" e foi considerada "inadequada". Miranda Kerr, a supermodelo australiana, é a razão da discórdia. Na capa em questão, ela usa apenas sapatos de salto alto. A diretora da revista, Kellie Hush, disse ao Sidney Mornig Herald que ficou "decepcionada". "A capa é muito bonita, uma imagem feita por um dos melhores fotógrafos da Austrália, Steven Chee. Além disso, tivemos um 'feedback' muito positivo. É uma vergonha que a integridade artística dessa foto não tenha sido reconhecida", contestou.

Corações partidos - O estilo Temer de desabafo faz escola. O blogueiro Rodrigo Constantino, abatido pelo passaralho da Veja, grava um vídeo-magoei no qual discute a relação interrompida com a revista dos Civita... Ele se queixa de que foi "jogado no lixo"


VEJA O VÍDEO-DESABAFO, CLIQUE AQUI

Mulheres negras ganham mais espaço em capas de revistas de moda... nos Estados Unidos

por Clara S. Britto
De um modo geral, mulheres negras em capas de revistas de moda ainda são exceção. Calma! Ninguém está defendendo cotas raciais para capas. Mas alguma coisa está mudando. Não aqui. Nos Estados Unidos. Segundo o New York Post, em 2015 houve um ligeiro avanço: 77,2% das revistas estamparam modelos brancas na capa; em 2014, esse número era de 82,7%. A Teen Vogue que em 2014 publicou apenas modelos brancas na capa, esse ano mostrou seis modelos negras. A Harpers Bazaar botou Rihana em uma capa, ok, é um estrela não uma modelo, mas, no ano passado, não rolou qualquer diversidade racial na mesma revista. A Vogue americana destacou cinco modelos negras, contra três no ano passado; a Vogue francesa, duas contra zero em 2014. O levantamento foi feito por The Fashion Spot  Magazine Diversity Report. Não há uma pesquisa semelhante em relação às revistas brasileiras. Contata-se, apenas, que a proporção aqui é vexatória em termos de diversidade racial. Para os editores brasileiros, o assunto ainda é tabu. Tanto que, nas poucas vezes em que destacam negras, congratulam-se por quebrar um... tabu. Modelos negras em capas de revistas nacionais são ainda, e lamentavelmente, um acontecimento, um fato relevante. Lá fora, outra boa notícia foi que algumas capas, como a da bela modelo Lupita Nyong (Harper’s Bazaar UK e Vogue U.S) desmentiram o mito de que negras não vendem revista, mito, aliás, muito usual em algumas editoras brasileiras, hoje e no passado, segundo antigos editores. Eles contam que essa era, por exemplo, uma regra não-escrita mas em vigor frequentemente sussurrada nos corredores da extinta Bloch Editores. A mesma prescrição habita até hoje as cabeças e as bolsas Prada das Anna Wintour nacionais.

O Congresso já foi? O recesso começa semana que vem mas suas excelências já estão seguindo para a balada de fim de ano...



Fotos Antônio Cruz/Agência Brasil - 18/12/2015
O repórter-fotográfico Antônio Cruz, da Agência Brasil, foi ao Congresso, há poucas horas, em busca de notícia ou de uma imagem crucial nesses momentos críticos da República. Para não voltar com o card virgem, clicou o único motivo fotográfico que encontrou: os espaços criados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Vazios. Cabia aí adaptar o bordão do locutor esportivo Waldir Amaral quando anunciava o fim de jogo e das transmissões no velho Maracanã: "Estão desertas e silenciosas as arquibancadas do Congresso..." O recesso começa na semana que vem e vai até dia 2 de fevereiro. Mas, como diz Jorge Benjor, "em fevereiiiiiiro, tem carnaval..."

Bradesco lança campanha 2016 de abraços em tempos de cólera

Um dos maiores acontecimentos do mundo tem data e hora para acontecer no Rio de Janeiro: a Olimpíada 2016. Como patrocinador dos Jogos, o Bradesco lança uma campanha em que deseja, para o Ano Novo, abraços de celebração. Taí, vale a intenção.
Na última terça-feira, dia 15, no Teatro Bradesco, em São Paulo, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, fez um pequeno discurso ao receber o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. "Vendo o exemplo de vocês, eu posso dizer que hoje é o dia em 2015 que eu senti mais orgulho de ser brasileiro. O esporte tem essa capacidade de envolver a gente, de emocionar. Eu cresci assim", disse, diante de uma platéia de atletas que estarão competindo na Rio 2016. Guga exaltou o esporte, o papel dos verdadeiros ídolos junto às crianças, a educação, a disciplina. Emocionado, pediu o fim da corrupção no país e colocou seu apelo em um plano maior, sem jogo político de poder, sem conotação partidária ou ideológica, sem ódio e sem medo. "Clamo aos nossos representantes, ao governo, a todos do poder público, que olhem para dentro desta sala, que vejam as pessoas que estão aqui e se espelhem. Por favor, sejam honestos, sejam brasileiros de verdade. Esqueçam o partido, a panelinha, lutem pelo Brasil. Nosso país merece". Guga foi aplaudido de pé.
Diretamente, nada a ver com a campanha do Bradesco, mas tudo a ver com o Brasil, que precisa de uns abraços nesses tempos de conflitos.
Veja o filme "aBRAce 2016",  clique AQUI

Governo Federal lança site "Fatos & Boatos" para rebater notícias falsas que se transformam em "correntes" na Internet


por Flávio Sépia
É uma espécie de portal para o direito de resposta on line. Só que se destina, principalmente, a desmentir as famosas "correntes" que circulam na internet e que de inocente nada têm: podem causar danos a pessoas e instituições.
Certo noticiário político - e nem entra em questão, no caso, a ideologia da mídia - falha muitos vezes por conta de fontes indeterminadas, citadas como "palacianas", "funcionário de alto escalão", "dirigente do partido tal", um "fulano ligado ao ministro", "um amigo da coluna" etc. Um colunista escreveu, certa vez, que Lula estava "pensando em demitir" tal ministro. Sem querer querendo, o colunista inaugurou um método de apuração telepática setorista junto aos neurônios do ex-presidente. O recurso da fonte não-identificada, e o caso mais famoso é o do Deep Throat, do caso Watergate, é usado com muita parcimônia por grandes jornais internacionais. Simplesmente porque serve a tudo, é adaptável a grupos e intenções, ideal para espalhar "balões de ensaio", útil para o baixo jogo entre políticos que assim "plantam" notas que lhe interessam e indispensável a quem faz jornalismo de ficção.
Notícias falsas geram boatos ainda mais fantasiosos. Esses exercícios de ficção vão parar na internet e ganham mais adereços e efeitos especiais. Por mais absurdo que seja, já houve casos em que jornais e emissoras de rádio divulgaram "fatos" - como o de um suposto confisco de poupança - extraídos de uma dessas "correntes".
Mas o novo site não está voltado para a mídia impressa. Seu alvo é a boataria espalhada na web, que alcança um número infinitamente maior de pessoas, muito mais do que a soma das mídias tradicionais, e pode até causar graves danos como provocar corridas bancárias, atropelos de aposentados, pânico por suposto confisco de poupança, como o dito acima, além das questões de ofensas à honra de uns e outros.
Não é uma missão fácil, mas pelo menos os internautas terão outra referência para checar as "correntes" que rodam na web, geralmente criadas por má fé ou com objetivos políticos ou empresariais e até como instrumento de especulação financeira.
Daí, o site "Fatos & Boatos" - lançado pelo governo e que tem espaço para receber questionamentos sobre fatos ao próprio governo - será útil para mostrar o lado escuro da lua: a outra face da notícia que você nunca vê.
CONHEÇA O SITE "FATOS & BOATOS", CLIQUE AQUI

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Autopaparazzi: celebridades divulgam seus próprios flagrantes e bombam na web...

Selena Gomez em selfie que bombou na rede. 

Carol Castro surfando abalou o Instagram
por Omelete
Entre um café e outro, smartphones à mesa, desocupados teorizavam hoje, no Starbucks, em um shopping da Zona Sul do Rio, sobre Instagram, afins, e os milhões de internautas que vasculham a rede, especialmente as contas das chamadas celebridades, em busca de notícias e fotos. Há alguns anos-luz, esse milhões eram poucos milhares e só podiam se conectar à banca mais próxima ou à sala de espera do consultório do dentista para ver em revistas impressas, como "Amiga", "Sétimo Céu", "Intervalo", "Capricho" etc, astros e estrelas na "intimidade". Dirigidas a um público, digamos, mais específico, as revistas masculinas pagavam milhões a atrizes e modelos para revelarem suas curvas em capas e em dez ou doze páginas coloridas. Dependendo do ineditismo da fotografada, tais edições tornavam-se um acontecimento nacional. Conclusão do bate-papo: essas antigas "plataformas", como dizem por aí, não têm mais a menor chance na atual conjuntura. Agora, é cada vez mais comum o autopaparazzo, algo que nem Fellini, que popularizou o termo no filme "La Dolce Vita", imaginou. Hoje, duas fotos - ainda mais em um dia em que o WhatsApp foi temporariamente desativado  - "quebraram" a web: uma da cantora Selena Gomez, evento globalizado, e a outra, da atriz brasileira Carol Castro, um "terremoto" nacional. Selena estava em casa, nada para fazer, pegou o celular e fotografou-se de biquini. Seus fãs foram à loucura cibernética. Em poucos minutos atingiu mais de um milhão de acessos e recebeu 30 mil comentários. Mal a rede tinha sua audiência acalmada, a atriz Carol Castro quis dividir com os seus admiradores e seguidores uma foto insinuante onde se mostra em ângulo especial, saudável, praticando surfe. Em minutos, as duas imagens receberam milhões de cliques. Não há revista impressa que possa concorrer com essa linha direta entre celebridades e leitores. A razão dessa pensata? É que, em pelo menos duas mesas ao lado, a foto de Selena Gomez era o assunto em iPhones e Galaxies. Ninguém falava em STF, Dilma, impeachment, Cunha, lava-jato, Moro, Renan... É melhor esse pessoal começar a fazer selfies e esquentar os respectivos Instagrams para descolar algum ibope.

Em defesa da democracia

Artistas e intelectuais entregam nesta quinta-feira 17, aos  três poderes, um manifesto em defesa da democracia e da legalidade, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Leia a íntegra do manifesto:


"MANIFESTO EM DEFESA DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS"
'O Brasil vive um momento histórico em que a legalidade e as instituições democráticas são testadas, o que exige opinião e atitude firme de todos e todas que têm compromisso com a democracia.
Desde as eleições de 2014, vivemos um grande acirramento político que permeia as mais diversas relações humanas e sociais. Essa situação ganhou novos ingredientes a partir da eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados e, de forma especial, após este ser denunciado pelo Ministério Público Federal por seu envolvimento em atos de corrupção, possuindo contas bancárias no exterior e ocultando patrimônio pessoal.
Absolutamente acuado pelas denúncias, pelas fartas provas do seu envolvimento em atos ilícitos e enfrentando manifestações em todo Brasil contra a agenda conservadora e retrógrada do ponto de vista de direitos que lidera, Cunha, que já não tem mais nenhuma legitimidade para presidir a Câmara, decidiu enfrentar o Estado Democrático de Direito. A aceitação de um pedido de impedimento da Presidenta da República no momento em que avança o processo de cassação do deputado é uma atitude revanchista que atenta contra a legalidade e desvia o foco das atenções e das investigações.
Neste sentido, viemos a público repudiar a tentativa de golpe imposta por Eduardo Cunha, por não haver elementos que fundamentem esta atitude, a não ser pelo desespero de quem não consegue explicar o seu comprovado envolvimento com esquemas espúrios de corrupção. Não se trata neste momento de aprovar ou reprovar o governo ou a forma como a Presidenta da República, mas defender a legalidade e a legitimidade das instituições do nosso país.
Por outro lado, defendemos o cumprimento do Regimento da Câmara dos Deputados e da Constituição Federal, ambos instrumentos com fartos elementos que justificam a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Caso contrário, toda a classe política e as instituições brasileiras estarão desmoralizadas, por manter no exercício do poder um tirano que utiliza seu cargo de forma irresponsável para manutenção dos seus interesses pessoais. Apelamos às e aos parlamentares, ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal, autoridades cuidadoras da sanidade da política e da salvaguarda da ordem democrática num Estado de Direito, sem a qual mergulharíamos num caos com consequências políticas imprevisíveis. O Brasil clama pela atuação corajosa e decidida de Vossas Excelências.
Não aceitamos rompimento democrático! Não aceitamos o golpe! Não aceitamos Cunha na presidência da Câmara dos Deputados!"


Artistas e intelectuais divulgam manifesto contra o impeachment

 “Carta ao Brasil"
"Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.
Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.
Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.
8 de dezembro de 2015
Afonso Borges, produtor cultural, Altamiro Borges, jornalista, André Klotzel, cineasta, André Iki Siqueira, escritor e documentarista, André Vainer, arquiteto, Anibal Massaini, produtor de cinema
Antônio Grassi, ator, Antônio Pitanga, ator, Antonio Prata, escritor, Arrigo Barnabé, compositor
Audálio Dantas, jornalista e escritor, Bete Mendes, atriz, Beto Rodrigues, cineasta, Betty Faria, atriz
Camila Pitanga, atriz, Carolina Benevides, produtora de cinema, César Callegari, sociólogo
Chico Buarque, compositor, cantor, escritor, Claudio Amaral Peixoto, diretor de arte e cenografia
Cláudio Kahns, cineasta, Clélia Bessa, produtora de cinema, Conceição Lemes, jornalista, Dacio Malta, jornalista, Daniela Thomas, cineasta, Dira Paes, atriz, Eduardo Lurnel, produtor cultural
Eliane Caffé, cineasta, Emir Sader, sociólogo, Eric Nepomuceno, escritor, Felipe Nepomuceno, documentarista, Fernando Morais, jornalista e escritor, Francisco (Ícaro Martins), cineasta, Gabriel Priolli,jornalista, Galeno Amorim, jornalista, Giba Assis Brasil, cineasta, Guiomar de Grammont, escritora e professora universitária, Hildegard Angel, jornalista, Ingra Liberato, atriz, Isa Grinspum Ferraz, cineasta, Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog, Izaías Almada, escritor
João Paulo Soares, jornalista, José de Abreu, ator, Jose Joffily, cineasta, José Miguel Wisnik, músico
José Paulo Moutinho Filho, advogado, Jose Roberto Torero, escritor, Letícia Sabatella, atriz
Lincoln Secco, professor da USP, Lira Neto, escritor, Lírio Ferreira cineasta, Lucas Figueiredo, jornalista e escritor, Lucy Barreto, produtora de cinema, Luís Fernando Emediato, editor, Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema, Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto, Marcelo Santiago, cineasta
Marcos Altberg, cineasta, Marema Valadão, poeta, Maria Rita Kehl, psicanalista
Marília Alvim, cineasta, Marina Maluf, historiadora, Marta Alencar Carvana, produtora, Martha Vianna, ceramista, Maurice Capovila, cineasta, Miguel Faria, cineasta, Murilo Salles, cineasta, Padre Ricardo Rezende, diretor da ONG Humanos Direitos, Paula Barreto, produtora de cinema, Paulo Betti, ator, Paulo Cesar Caju, jornalista, Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de direitos humanos, Paulo Thiago, cineasta, Pedro Farkas, cineasta, Renato Tapajós, cineasta, Roberto Farias, cineasta
Roberto Gervitz, cineasta, Roberto Lima, dramaturgo e gestor cultural, Roberto Muylaert, jornalista
Romulo Marinho, produtor de cinema, Rosemberg Cariri, cineasta, Sebastião Velasco e Cruz, cientista político, Sergio Muniz, cineasta, Solange Farkas, curadora,Tata Amaral, cineasta”

Nota Oficial da FENAJ: DEMOCRACIA É VALOR INALIENÁVEL

"A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) dirige-se à população brasileira para manifestar sua preocupação com os rumos que a crise política assume e para defender a democracia, duramente conquistada no passado recente da história nacional.
A FENAJ alerta para o perigo do casuísmo autoritário que setores da sociedade, sem espírito público, promovem ao propor o impeachment presidencial, com características de golpe aberto. Também lamenta que, mais uma vez, parlamentares eleitos pelo voto da população traiam seus eleitores ao apelarem à ruptura democrática para se contrapor ao resultado da eleição presidencial de 2014.
O argumento jurídico apresentado para o afastamento da presidente Dilma não se sustenta nem esconde a volúpia pelo poder a qualquer custo, manifestada pelos conservadores, desde a eleição que derrotou Aécio Neves e seu projeto neoliberal. Igualmente, são inaceitáveis as manobras políticas realizadas e que envergonham o Parlamento brasileiro.
Entidade máxima de representação dos jornalistas brasileiros, a FENAJ condena veementemente setores da mídia nacional por conspirarem contra a democracia, produzindo um clima de medo e terror e, a exemplo de 1964, propondo explicitamente o afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff.
Jornalistas brasileiros deram seu sangue e sua vida pela democracia; centenas vêm sofrendo represália e afastamento de seus trabalhos ao longo das últimas décadas, por defenderem a responsabilidade e a ética no Jornalismo.
Neste momento em que a democracia e os verdadeiros interesses da população brasileira estão novamente ameaçados, a FENAJ conclama os jornalistas brasileiros a cumprir seu dever de informar a sociedade e denunciar toda e qualquer tentativa de mascarar a realidade.
Os jornalistas brasileiros não devem se curvar a eventuais pressões de empresários autoritários ou inescrupulosos. Ao contrário, devem honrar o compromisso primeiro do Jornalismo, que é a busca da verdade.
A FENAJ conclama também as demais entidades do movimento sindical dos trabalhadores e dos movimentos sociais, academia, partidos políticos e todos os cidadãos e cidadãs brasileiros a defender, até as últimas consequências, a democracia. A sociedade brasileira, se preciso for, vai às ruas para dizer: não permitimos retrocessos à margem da legalidade e da moralidade; não aceitamos golpe!"