sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O Brasil se distrai com a crise e a caravana de projetos bizarros desfila na Câmara dos Deputados... Agora, estão na pauta a censura na Internet, legalização da espionagem e cerco à liberdade de expressão

Enquanto o foco está na crise política, a caravana passa. Assim como quem não quer nada, a Câmara dominada vai fazendo andar projetos que podem fazer o Brasil dar passos gigantescos rumos ao atraso. Nas gavetas dos deputados, não falta munição. A bola da vez, agora, é demolir o Marco Civil da Internet que foi discutido com a sociedade, fixa direitos, deveres e garantias, foi aprovado com muito esforço, elogiado em muitos pontos e que tem servido de referência a outros países. Circula uma manifesto assinado por várias entidades denunciando a manobra.

Carta aberta de diversas entidades contra os projetos 215/2015, apresentado pelo Deputado Hildo Rocha (PMDB/MA), e seus apensos – PL 1547/2015, de autoria do Deputado Expedito Netto (SD/RO), e PL 1589/2015, da Deputada Soraya Santos (PMDB/RJ)

"Entidades da sociedade civil reunidas na Articulação Marco Civil Já repudiam as iniciativas parlamentares que atentam contra a privacidade e a liberdade de expressão.
Estão em tramitação na Câmara dos Deputados diferentes projetos que ameaçam uma das mais importantes conquistas democráticas do último período – a edição do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). O MCI trouxe garantias a direitos fundamentais para os usuários da rede, como a privacidade e a liberdade de expressão, em consonância com orientações internacionalmente aceitas de governança da Internet.
Estimulados por setores privados detentores de grande poder econômico e pelo próprio interesse de coibir manifestações de críticas respaldadas pelo direito de liberdade de expressão, deputados apresentaram na Câmara projetos de lei que alteram o MCI.
O Projeto de Lei 215/2015, apresentado pelo Deputado Hildo Rocha (PMDB/MA), e seus apensos – PL 1547/2015, de autoria do Deputado Expedito Netto (SD/RO), e PL 1589/2015, da Deputada Soraya Santos (PMDB/RJ) – propõem que se inclua no art. 48 e no art.141 do Código Penal uma punição mais dura para os crimes praticados nas redes sociais. Além disso, alteram dispositivos da Lei 12.965/2014, apresentando nova redação aos arts. 10, 13, 15, 19 e acrescentando o art. 21-A, para permitir que dados dos usuários sejam fornecidos a autoridades públicas independentemente de ordem judicial, assim como a obrigatoriedade de retirada de conteúdos postados na internet, nos casos de mera alegação de crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação –, impondo penalidades de restrição física e econômicas ao provedor de internet, comprometendo o princípio da inimputabilidade da rede. Entre os dados dos usuários que podem ser obtidos sem ordem judicial estão os conteúdos das suas comunicações na Internet – teor de e-mails, mensagens e conversas em aplicações como Skype e Whatsapp, por exemplo.
O PL 215/2015 coloca em risco o necessário equilíbrio entre a proteção do direito à privacidade e a persecução criminal, bem como a própria democracia ao permitir tais abusos.
Tais proposições já foram rejeitadas durante a tramitação do MCI. Aliás, vale destacar que os dispositivos hoje presentes no Marco Civil foram resultado de um amplo debate social e de uma intensa negociação política, o que torna esta uma das leis mais democráticas já votadas na recente história do Congresso Nacional.
Acreditamos que qualquer alteração na Lei nº 12.965/2014 deva ser precedida de uma discussão qualificada, amparada por reflexões técnicas, políticas e sociais. É necessário haver, principalmente, intensidade de participação democrática equivalente ao processo do qual se originou, com um processo de consulta pública, para que a sociedade possa fazer representar seus interesses relativos à proteção de dados pessoais e liberdade de expressão na internet.
Sabemos que uma ala bastante significativa do PMDB se opôs frontalmente à aprovação do Marco Civil da Internet, representando interesses retrógrados e de agentes econômicos poderosos. Entretanto, tais interesses não podem prevalecer sobre as garantias instituídas pelo processo legislativo democrático e sobre o interesse público tão defendido no debate do MCI.
A iniciativa dos mencionados deputados atenta contra princípios do Estado de Direito, na medida em que se revela como retaliação a direitos estabelecidos, antes mesmo de o Marco Civil estar regulamentado, com o claro objetivo de reverter a vitória que a sociedade brasileira conseguiu no Congresso Nacional.
Portanto, as entidades reunidas na Articulação Marco Civil Já repudiam a manobra artificiosa e anti-democrática levada adiante pelo PMDB, que estimula o vigilantismo arbitrário e a censura desarrazoada, atentando contra o Estado de Direito e exige que os deputados aguardem o processo democrático já estabelecido pelo Executivo quanto ao PL de Proteção de Dados Pessoais que tratará do mesmo tema, porém, com a ampla participação".

Actantes

Advogados Ativistas
Artigo 19
ASL Associação Softwarelivre.org
Baixa Cultura (baixacultura.org)
Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé
Cibercult UFRJ
Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada
Coletivo Digital
Coletivo Locomotiva Cultural
Coding Rights
FLISOL Brasil - Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre
Fora do Eixo
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)
FotoLivre.org
Fundação Blogoosfero
Instituto Bem Estar Brasil
Instituto Beta Para Internet e Democracia (IBIDEM)
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC)
Instituto Brasileiro de Políticas Digitais - Mutirão
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Labhacker
Laboratório de estudos sobre Internet e Cultura (LABIC/UFES)
Mídia Ninja
Movimento Mega
PROTESTE - Associação de Consumidores
Tie-Brasil
Transparência Hacker

Para Francisco critica na ONU traficantes de capitais financeiros...

por Flávio Sépia
O Papa Francisco criticou, na ONU, os especuladores. "Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países e não promover a submissão asfixiantes destes por sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência", disse o papa. Para ele, nenhum individuo ou grupo tem o direito de passar por cima dos outros. A suposta má gestão da economia global só é má para a economia pública de muitos países, mas para os traficantes de capitais, a situação é a ideal. Depois da crise de 2008, houve movimentos para regulamentar o mercado, impor limites. As tentativas ou naufragaram ou não passaram de um simples maquiagem no funcionamento dos carteis financeiros.
Operadores internacionais já avaliam que o Brasil está sob ataque especulativo. O país hoje dispõe de reservas - um resultado positivo da política econômica raramente destacado, é a sexta maior reserva do mundo - para enfrentar o risco. Mas não é imune. A especulação atua em um sistema infernal, globalizado, do qual as corporações de comunicação são instrumentos fundamentais. Cabe à mídia apertar o botão de pânico que leva muita gente a perder dinheiro enquanto os operadores do caos anunciado faturam milhões. O Brasil ainda vive a particularidade de uma crise política da qual os grandes grupos de comunicação são parte interessada, com clara filiação partidária. Só complica. Daí, a pressão é grande. Todo e qualquer abalo, rapidamente disseminado pela grande mídia, ou superdimensionado pelas análises feitas sob ótica política, impulsionam a especulação. Ou seja: existem os erros do governo, existe a submissão de um governo fraco às pressões neoliberais, existe a crise doméstica, a crise global é evidente e existe a retroalimentação midiática da crise. Quer um exemplo? Há quase dois anos, analistas e colunistas, em coreografia, alardeiam a alta de juros nos Estados Unidos. Invariavelmente, bolsas reagem, dólar sobe, em seguida. Dias depois,fica claro que o FED não mexerá na taxa e os indicadores sofrem queda. Para os "otários" que perderam dinheiro, tarde demais; para os 'tubarões" que emplacaram mais uma, champanhe e caviar. Dois ou três meses depois, tais comentaristas garantem que "dessa vez" os juros subirão nos Estados Unidos e o Brasil afundará mais uns metros. A alta não vem,  o que vem é mamão com abóbora na boquinha dos traficantes de capitais. Hoje, matéria informam sobre sinais de recuperação da economia americana. Pode apostar que amanhã você lerá, mais uma vez, que agora a alta de juros do FED vem aí. Claro que uma hora, consolidando-se a recuperação dos Estados Unidos, o alta de juros virá. Mas é com o chute e com a falsa previsão dos "especialistas", não com os fatos, que os especuladores riem dos manés.

Polícia americana se supera. Dessa vez, "cops" matam homem negro em cadeira de rodas...

Polícia americana fuzila mais um homem negro
A cena de policiais matando um homem negro em uma cadeira de rodas choca parte da opinião pública americana. Mais um assassinato em meio a uma longa e recente série de crimes com suspeitas de racismo. Autoridades falam em "procedimento padrão" mas as estatística não mostram o mesmo tipo de atitude de atirar antes para perguntar depois quando se trata de suspeitos brancos. O fato aconteceu em Wilmington, Delaware. A polícia diz que o suspeito estava armado e não obedeceu à ordem de erguer os braços. A mãe da vítima, um rapaz de 28 anos, chamado Jerimy McDole, diz que o vídeo não mostra a tal arma, nem que ele a teria apontado.
Reprodução

Uma boa iniciativa: Rock in Rio faz leilão de guitarras famosos com renda destinada a reflorestar margens do Rio Guandu



Um jornalista italiano que morou no Rio durante muitos anos contou, certa vez, entre um chope e outro em um quiosque de Ipanema, que identificava em muitos cariocas dois sentimentos opostos:
"falam da cidade com um orgulho típico de quem a ama; e sujam a paisagem como se tivessem ódio da terra em que vivem". E citou a Lagoa Rodrigo de Freitas, o ecossistema da Barra, as praias, a Baía... O jornalista, que hoje mora no Canadá (não que o país seja perfeito, o Canadá explora carvão, um mineral extremamente poluidor em todas as etapas, tem áreas imensas contaminadas, e é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo) está cercado de muito lagos e rios límpidos. Não há como contestar o colega milanês quando critica nossa compulsão poluidora. E vale acrescentar que, nesse item, as classes sociais se equivalem. Pobres, remediados, médios e ricos emporcalham a cidade "democraticamente". Os "emergentes" da Barra, a partir de condomínios de luxo (muitos com estações de tratamento desligadas), lançam dejetos in natura nas lagoas do bairro. Uma sujeira que "emerge" ao lado das suas casas. Do outro lado da cidade, na Baixada, os fluminenses não ficam atrás: nas bacias do rios que deságuam na Baía, muito esgoto ainda é lançado em canais e o lixo (com as garrafas pet que formam represas durante a chuvas e potencializam alagamentos nas suas próprias casas) entope cursos d'água.
O poder público tem culpa - até porque dinheiro não faltou no tal projeto fracassado de 1 bilhão de dólares para construir esgotos e despoluir rios, canais que até hoje levam lixo e esgotos não-tratados direto para o mar - mas o cidadão está longe de ser inocente, claro.
Uma grande vítima desse processo é o Rio Guandu, que fornece água para milhões de pessoas. Quer dizer, depois de emporcalhar a água do lazer, na praia e cachoeiras, sujamos a água de beber. Inteligente isso.
Por isso, é bem-vinda a promoção do Rock in Rio. Há muita coisa que pode ser feita pela sociedade enquanto aguarda e pressiona para que os governos se mexam. Ao participar de um leilão de guitarras históricas, você estará dando uma importante contribuição ao Rio. Que agradece.
Veja no link, Aqui


ATUALIZAÇÃO em 26/9/2015 - Não se pode elogiar. Tudo bem que uma coisa não tem muito a ver com a outra mas pegou mal para a organização do Rock in Rio a denúncia da fiscalização do Ministério do Trabalho, que encontrou trabalhadores dormindo em "colchões" de papelão em meio à sujeira e produtos químicos. Segundo reportagem do jornal O Dia, o MT flagrou trabalhadores dobrando os turnos de serviço, sem intervalo e local apropriado para descanso. Os trabalhadores, como é comum nesses casos, são terceirizados. Como se sabe, o contratante não é isento de responsabilidade nas operações das empresas contratadas. Segundo o jornal, a organização do festival foi procurada mas não deu retorno. É surpreendente que um contratante, ainda mais com forte apoio do poder público, não fiscalize devidamente seus contratados, em prejuízo para a própria imagem do seu investimento no evento. LEIA A MATÉRIA NO JORNAL O DIA, CLIQUE AQUI
Nem tudo é rock'n roll; a pauleira dos bastidores. Divulgação/O Dia










quinta-feira, 24 de setembro de 2015

AULA DE PRECONCEITO. A reportagem é do jornal O Dia. Professora da Hélio Alonso debocha de portadores de Síndrome de Down mas direção da faculdade pune aluna que denunciou o fato


LEIA NO JORNAL O DIA, CLIQUE AQUI

Do Sensacionalista: "Sediada em Cláudio-MG, a Air Écio entra em atividade cobrindo os trechos Belo Horizonte-Rio, Belo Horizonte-Búzios e Belo Horizonte-Angra dos Reis. O comandante e dono da Air Écio já fez o trecho pelo menos umas 124 vezes para garantir a qualidade e o bom atendimento aos passageiros que optarem pela companhia".


LEIA SOBRE A AIR ÉCIO, CLIQUE AQUI

Dólar furado: o outro lado da notícia...


Um dos vícios mais recorrentes dos jornais é a síndrome do "maior desastre". Consiste em comparar um indicador ruim com o pior indicador anterior. Tipo: foi o pior desempenho desde o ano tal.
Não há receita para a manchete. Ás vezes se submete o indicador à tortura das comparações irrelevantes. Tipo, é o pior indicador desde 2012, ou mais negativo dos últimos 6 meses, períodos estatisticamente irrelevantes.
Outra impropriedade frequente são as manchetes sobre as cotações do dólar, comparando com outros períodos sem deflacionar. Manchetes tipo "o dólar atinge a maior cotação da era do real" tem tanto valor quanto dizer que os automóveis de hoje têm preços nominais muito mais altos do que 20 anos atrás. Comparar a cotação atual do dólar com o valor nominal do dólar em períodos passados tem o mesmo significado que comparar preços de geladeira, do feijão ou qualquer outro produto de consumo.
O indexador utilizado para calcular a cotação efetiva do dólar é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). Corrige-se o real pela IPCA, o dólar pela inflação dos EUA e faz-se a conversão para se chegar ao câmbio efetivo.
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Decote de apresentadora de TV garante audiência...

por Omelete
Não parece, mas essa é uma consequência da crise. A Grécia abriga muito imigrantes albaneses. Com Atenas endividada e pressionada pelos especuladores do mercado financeiro, cerca de um terço, - 180 mil - desses imigrantes retornou à Albânia. Daí, falta emprego. Quando TV Zjarr abriu vaga de apresentadora, era grande a fila de concorrentes. Nos testes, uma menina deu o pula da gata: desabotoou a blusa e garantiu o emprego. O canal resolveu incorporar o decote e o telejornal ganhou audiência. Enki Brajcaj tem 21 anos e admite que só conseguiu a vaga por que ofereceu "algo diferente. A dúvida é saber se alguém presta atenção nas notícias. Quer dizer; se a Albânia for igual ao Brasil, onde o noticiário da TV anda chato pra caramba, a distração vai ser melhor do que a enrolação.
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Carros inteligentes, hackers idem. Teste da revista Wired mostra que invasores podem controlar à distância os sistemas de direção dos veículos autônomos...

Hackers invadem sistemas e desviam rota de carro inteligente. Reprodução da Wired (vídeo em link abaixo)
Carros inteligentes já estão no radar dos consumidores. Várias fábricas desenvolvem veículos que poderão trafegar com segurança e sem motoristas. Mas há questões técnicas e dispositivos legais a resolver. A revista especializada Wired fez recentemente um teste mostrando que veículos inteligentes podem ter seus sistemas de operação e direção invadidos por "hackers", através de uma simples conexão de internet. Isso significa que o "invasor" terá acesso a freios, direção e acelerador e poderá levar o carro para um destino diferente do que o seu condutor programou.
Em geral, os legisladores de todos os países andam bastante atrasados em relação à inovações da Internet. Daí, os conflitos que surgem em torno de aplicativos como Uber (bombardeado pelo lobby de empresas de táxi), Netflix (sob pressão, em vários países, por parte dos carteis de TV aberta e pagos), sistemas de hospedagem de viajantes em apartamentos particulares (estes, sob ameaças da indústria hoteleira). Em vez de admiti-los, já que a curto prazo são inovações irresistíveis, tentam proibi-los.
No caso dos carros inteligentes, a vulnerabilidade também tem potencial para gerar conflitos entre usuários e "hackers'. Só há poucos dias, um senador americano apresentou um projeto sobre normas de segurança pública e exigência de defesa digital para veículos autônomos. No teste da Wired, hackers posicionados a 15km de distância assumiram o controle de um carro. Segundo a revista, ao lado da seriedade do experimento, houve até momentos de bom humor: os "hackers" ligaram o ar condicionado do carro na potência máxima, acionaram limpadores de para-brisas, travaram portas e mudaram estações de rádio. Foram bem no controle de freios, aceleradores e câmbio mas tiveram alguma dificuldade inicial em fazer girar a direção, falha que corrigiram ao longo do teste. A revista provou que a indústria terá que pensar seriamente em acabar com a virtual vulnerabilidade dos carros inteligentes.  Ou o usuário se programa para ir à casa da amante e vai acabar estacionando na frente da casa da sogra.
VEJA O VÍDEO NO SITE DA WIRED, CLIQUE AQUI




TAM LANÇA NOVO SISTEMA DE ENTRETENIMENTO DE BORDO... VOCÊ PODERÁ VER FILMES, SÉRIES E CANAIS DO YOU TUBE EM TABLET, NOTEBOOK OU SMARTPHONE


(DO SITE DA TAM)
"O TAM Entertainment é o novo sistema de entretenimento a bordo que estamos implementado em nossa frota. Com ele, você pode assistir a conteúdos exclusivos como séries, filmes e canais do YouTube em seu próprio smartphone, tablet ou notebook.
Todo o conteúdo fica armazenado no servidor do sistema, ou seja, você não precisa se preocupar com a memória dos seus aparelhos. É relaxar e curtir a viagem.
Ao embarcar, procure o ícone do aplicativo TAM Entertainment para saber se a sua aeronave já conta com o novo sistema".
ASSISTA AO VÍDEO ABAIXO NO SITE DA TAM, CLIQUE http://www.tam.com.br/b2c/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=42f090011db7d410VgnVCM1000009508020aRCRD

Já viu? Nota 10 esse filme da Adidas com o ginasta Arthur Zanetti...



VEJA  O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Liga dos Campões: a polêmica continua. Operadoras de TV paga impedem acesso ao Esporte Interativo e o canal esclarece no Facebook que direitos de transmissão não serão divididos...


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

COMISSÃO DOS EX-EMPREGADOS DA BLOCH EDITORES INFORMA: NESTA SEXTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO, HAVERÁ NOVA ASSEMBLEIA NO SJPMRJ

Os trabalhadores habilitados à Massa Falida da Bloch Editores estão convidados para mais uma Assembléia no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Rua Evaristo da Veiga, 16/17° Andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Na pauta, assuntos de interesse de todos. 
Compareça. Reforce a nossa luta. 
DATA: SEXTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO 
HORÁRIO: 11 HORAS. 


Revista publica lista de mulheres infiéis...

por Clara S. Britto
Por falar na Panorama, a revista italiana publica nessa semana uma matéria na rubrica Livros e, na primeira linha do texto, adverte. "Antes de dar um livro para esposas ou namoradas cuidado: a história da literatura está cheia de esposas infiéis". E, a seguir, coleta as maiores traidoras, protagonistas de contos e romances que perpetuaram épicos "cornuti". Não há dúvida de que as personagens infiéis seduzem os cineastas: quase todas foram parar na tele em filmes memorávei. Estão lá, entre outras, Anna Karenina (Tolstoi); Madame Bovary (por Gustave Flaubert); Helena (Homero); Lady Chatterley (D.H. Lawrence); e a nossa Dona Flor (Jorge Amado). A Panorama reconhece que a lista é longa e pede ao leitores que acrescentem mais cornuti nos comentários da edição digital.  VEJA MAIS NA PANORAMA, CLIQUE AQUI
Sylvia Khrystel em uma das versões de Lady Chatterley. 

Sonia Braga como Dona Flor




terça-feira, 22 de setembro de 2015

Animais invadem o Palácio Niemeyer




Fotos Marco Covi/Mondadori
O grupo Cracking Art, que há mais de vinte anos promove exposições ao ar livre com esculturas de animais gigantes em plástico reciclável, está com uma grande mostra nos jardins do Palácio Niemeyer, em Segrate, Milão. O prédio projetado pelo arquiteto brasileiro é a sede da editora Mondadori. VEJA NO SITE DA REVISTA PANORAMA, CLIQUE AQUI

Governo neoliberal mete a mão no dinheiro de aposentados e trabalhadores, anuncia aumento de impostos mas alivia o caixa de empresas que deixaram de pagar tributos. Assim, fica difícil. A pesquisa do blog: Você ainda aprova o financiamento de campanhas eleitorais por pessoa jurídica?


As grandes empresas que contestam dívidas com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ganharam um mês para aderir ao Programa de Redução de Litígio (Prorelit). A Medida Provisória 692, publicada hoje (22) em edição extraordinária do Diário Oficial da União, prorroga de 30 de setembro para 30 de outubro o prazo de adesão ao programa.

O Prorelit permite a quitação de débitos com o uso de créditos tributários em troca de as companhias desistirem de questionar as dívidas na Justiça ou na esfera administrativa.

A medida provisória também reduziu a parcela inicial do Prorelit. Inicialmente, o contribuinte poderia quitar 43% do débito à vista e pagar o restante com créditos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que representam o direito de empresas que tiveram prejuízo em um ano de conseguirem desconto no pagamento dos dois tributos no ano seguinte. Agora, a parcela inicial caiu para 30% a 36% da dívida total.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO JORNAL DO BRASIL, CLIQUE AQUI

Cuidado! Foto 'selfie' pode matar...


Segundo o site Mashable, morre mais gente tirando foto selfie do que mordida por tubarão. Clique AQUI

Uma jornalista na capa da Sexy...

por Omelete
A jornalista e apresentadora Fernanda Alves está na Sexy de outubro. Ex-âncora de telejornal, ao lado de Ney Gonçalves Dias, ela já foi modelo em campanha publicitárias de cerveja. Tem atualmente 40 anos, mas ao 19 anos circulou nos corredores da antiga editora Bloch, na Rua do Russell. No início da carreira, apresentou um programa da Rede Manchete, dirigido por Roberto Talma. Chamava-se Trupe e foi pioneiro na cobertura de esportes radicais.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Rock in Rio: a sinfônica de Rod Stewart... Tem mais proteína em cada perna das instrumentistas e vocalistas do roqueiro do que na população inteira de muito país do Terceiro Mundo...

A linha atacante da trupe de Rod Stewart. 

As vocalistas dão um show de...

...som e imagem.

A instrumentista...

foi uma das mais...

...focalizadas.

Solo de metais para...

...os críticos não acharem que elas são apenas decorativas.
E esse naipe de cordas? 

Rod Stewart em um dos raros momentos em que não aparecia colado na ala feminina da banda.  
Chegou uma hora em que ele pediu colo. Tá bom, o cara faz 71 anos em janeiro, alguém pode critícá-lo? Fotos: Reprodução You Tube
por Omelete
O público do Rock in Rio deve agradecer a Rod Stewart não apenas pelo bom show mas por uma agradável circunstância. O cara já tem quase 71 anos, não se deve esperar dele a energia e o fôlego de 30 anos atrás. Por isso, embora tenha mandado bem, ele fez um revezamento no palco com uma trupe de belas vocalistas e instrumentistas. Deu um jeito de encaixar uma respirada na set list. Canta, levanta a plateia, dá uma paradinha, sai pra trocar de roupa, e deixa o palco com as garotas e os demais músicos. Daí a pouco, volta, canta mais três músicas, chuta umas bolas de futebol pros fãs, e volta a colocar as meninas na frente do palco. Bem pensado. Para que não o acusem de escalar modelos para simular sons, ele valoriza as instrumentistas, destaca seus solos, chama a atenção do público para vozes e performances. Mas que devem ter sido escolhidas pelo talento musical, primeiro, e pelos acordes e tons anatômicos, juntos, lá isso foi. Melhor pro público.
VEJA A PERFORMANCE DAS MENINAS, CLIQUE AQUI

Rio esculachado ...


por Omelete
O verão nem chegou ainda e a pivetada toca o horror no Rio de Janeiro. Até aí, nada tão surpreendente. A diferença agora é que a Justiça passou a impedir o trabalho preventivo da polícia. Só pode botar a mão no arrastão se houver flagrante. Não pode parar "bonde", só se houver flagrante. Não pode correr atrás dos bandidos que levam celulares, dinheiro, cordão de ouro, assediam meninas, a não ser que o policial tenha visto e comprovado o flagrante. Não pode entrar em ônibus para mandar descer e revistar os bandidos armados, - sim, armados, já houve tiro, com vítima - sem que o flagrante seja devidamente caracterizado. Não pode levar grupos para a delegacia, embora arrastão signifique grupo, mas individualizar cada ocorrência. Claro que a pivetada, sabendo disso, deitou e rolou. Na prática, na dura realidade das ruas, os arrastões ganharam uma espécie de tosca "legalização". Pelo jeito, foi assim que o bandidos interpretaram o engessamento da polícia. Com o policiamento na praia, esperando tal flagrante, a galera atacou em Botafogo e nas ruas de dentro de Copacabana.  Segundo O Globo, os bandidos descem dos ônibus, atacam quem estiver passando, debocham e vão juntando os "ganhos".
A essa altura, os jovens honestos que têm o direito de ir à praia e dão o azar de serem vizinhos dos bandidos, até perdem esse direito já que não vão se arriscar a entrar nesses ônibus que se transformam em "bondes". São vítimas. Em vez de protegê-los, a ordem da Justiça os discrimina. Os bandido ficam muito mais à vontade para ir à praia do que os jovens trabalhadores.
Como consequência da decisão que imobiliza a polícia, surge a reação também indesejável: moradores dos bairros esculachados formam grupos para parar ônibus e tentar dar o troco na "terra-de-ninguém". O secretário de Segurança diz que decisão da Justiça não se discute, deve ser cumprida. O fim de semana foi de roubos a assaltos promovidos por essa turma. Mas como não houve flagrante, fique sabendo que oficialmente nada aconteceu. As cenas de correria e pessoas sendo assaltadas e agredidas foram apenas uma espécie de ficção? Aparentemente, teremos o  verão do "salve-se quem puder", do "cada um por sí". Por enquanto, do ponto de vista de quem está nas ruas e não no ar condicionado dos gabinetes, o "flagrante" é um só: os arrastões se multiplicam. Não quero nem falar de Olimpíada. desse jeito vai ser mamão-com açúcar" pros bandidos. Vão acabar subindo ao pódio.

Giovanna Ewbank desestabiliza a web...

Giovan Ewbank compartilha no Instagram foto que "quebrou" a rede. r legenda
por Omelete
Os famosos usam o instagram como uma ponte eficiente e direta com os seus fãs, postando fotos informais, comentários sobre fatos do dia, momentos pessoais etc. É assim aqui e em todo o mundo. E não é raro, ao contrário, é cada vez mais comum, a rede social das celebridades pautar a mídia especializada e, antes disso, fazer fotos e fatos bombarem na internet. No jargão comum, isso se chama "quebrar" ou 'desestabilizar" a internet. Foi o que fez a atriz e modelo Giovanna Ewbank, no fim de semana, ao postar na sua conta do Instagram uma foto sugestiva, em casa, como qualquer menina carioca no calor do Rio. Mas o conjunto da obra, a pose e a beleza da atriz, desestabilizaram a web.

domingo, 20 de setembro de 2015

Hoje é dia de rock, baby


por Flávio Sépia
O Extra noticiou que vereadores cariocas ganharam R$ 71 mil em ingressos para o Rock in Rio. Cada um dos 51 "roqueiros legislativos" representantes do povo, recebeu quatro ingressos da organização do festival. O jornal registra que vereadores do PSOL devolveram os seus, oficialmente, à presidência, que os distribuiu a funcionários da casa.
O STF acaba de proibir o financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas. Sabe-se que nada vem de graça e que quem dá costuma, um dia, cobrar o "favor". Esse tipo de gentileza vindo de um evento que tem naturais implicações com o funcionamento e as chamadas posturas da cidade é, no mínimo, inadequado.
Por parte de quem convida e por parte de quem aceita o crachá. Mas vai você tentar "passar o Brasil a limpo". Haja detergente.

Cadê a campanha publicitária que estava aqui? Sumiu? Era pra inglês ver...

por Flávio Sépia
A cada ano, você em sites seções especializados de jornais e revistas noticiam que o Brasil ganhou toneladas de Leões de Ouro, no festival de filmes publicitários, em Cannes. Saiba que, curiosamente, a maioria dos tais filmes não é veiculada nas TVs. Trata-se, no caso, de peças, digamos, experimentais, espécie de exercício criativo. Alguns desses premiados mostram ousadias que não passariam no crivo, por exemplo, do Conar. Outros, nem seriam aprovados pelo cliente conservador por considerá-los não adequados ao público-alvo, especialmente na atual fase de caretice dos comercias brasileiros. Para o público não-especializado, o de fora do meio, a coisa é meio "fake" mas os publicitários a consideram normal. E a divulgação dos prêmios acaba sendo um bom marketing.
Recentemente, imagens de uma campanha para a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, dirigida a mulheres grávidas e alertando sobre os efeitos de comidas e bebidas indevidas sobre a saúde do bebê repercutiram na mídia britânica. Uma ONG local, a Baby Milk Action, que defende alimentação saudável e denuncia produtos que podem ser prejudiciais aos bebês, achou estranho que a campanha estivesse em inglês. Simples, segundo o Daily Mail: a ONG descobriu que o comercial não foi veiculado no Brasil. A ONG inglesa também constatou que a Nestlê patrocina a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. E ainda considerou dúbia a mensagem do comercial por, supostamente, ser destinado a alertar pediatras brasileiros para os danos causados ​​por junk food mas, infelizmente, diz a ONG, escolheu o aleitamento materno como o veículo para expor os riscos. Segundo a Baby Milk , a mensagem pode confundir muitas mães que deixam de amamentar por temer que determinados alimentos (produtos lácteos, folhas verdes, alimentos condimentados etc.) afetem o comportamento de seus bebês. Uma mãe procurou a ONG para saber se devia parar de amamentar porque havia ingerido junk food e pensou que esse alimento fosse direto para seu leite. Muitas mulheres - dizem médicos da ONG, não entendem como o alimento é digerido na corrente sanguínea. Ou seja, a tal campanha poderia até, indiretamente, desestimular a amamentação.
O tema é mesmo complexo por aqui. Projetos de leis para disciplinar comerciais dirigidos a crianças, por exemplo, costumam ser detonados por bancadas parlamentares e motivam editoriais irados em jornais sobre a suposta "liberdade de expressão" da publicidade, inclusive para propagar produtos não recomendáveis para um público em formação.
O comercial inédito no Brasil e que chamou a atenção na Inglaterra mostra bebês sendo amamentados em seios com desenhos de refrigerantes e doces em meio a frases como “Seu filho é o que você come” ou "Seus hábitos nos primeiros mil dias de vida de seu filho podem impedir que ele desenvolva doenças graves".
SAIBA MAIS NO SITE DA BABY MILK ACTION, CLIQUE 

L'Espresso, 60 anos: revista italiana faz retrospectiva histórica


"Quem era a garota corajosa colocada na cruz"? É a pergunta que abre o texto da edição comemorativa da "Espresso". A capa em questão foi mesmo uma das mais polêmicas da revista e chocou as tradições católicas da Itália em 19 de janeiro de 1975.
O Vaticano insurgiu-se contra o direito das mulheres de escapar do aborto ilegal, de não ter que cometer um crime e ver reconhecida a soberania sobre seus próprios corpos. Uma batalha, a propósito, ainda travada pela sociedade brasileira contra facções fundamentalistas-fanáticas do país. A famosa foto da capa da Espresso foi feita pelo fotógrafo Dante Vacchi. Três anos depois, impulsionada por uma grande campanha, a Itália legalizou o aborto.
Há outros momentos memoráveis na história de uma revista que teve entre seus colaboradores Umberto Eco, Pier Paolo Pasolini, André Glucksmann e Eric Hobsbawm. Basta dizer que quem fez a cobertura da missão Apollo 11, deslocando-se até Houston, foi o romancista Alberto Moravia. Quem tiver a sorte de visitar Roma por esses dias, pode ver uma completa exposição do acervo da Espresso. A mostra ocupará salas do complexo Vittoriano e estará aberta a partir de 2 de outubro.
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As "viúvas" da ditadura estão ficando histéricas...


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Repórter de TV é assediada e apalpada ao vivo



por Clara S. Britto
Um vídeo bomba no You Tube Portugal e repercute na web. Segundo o Diário de Notícias da Madeira, "a vida de quem faz directos está cada vez mais difícil, sobretudo para as mulheres". Ora, pois. Uma repórter da TVI, de Portugal, fazia, ao vivo, o relato de uma greve de transportes, no Barreiro, em Lisboa, quando foi "apalpada" por um homem com gestos certeiros mas cara de perturbado. O sujeito passa a mão nos cabelos da jornalista, dá um "confere", e se posiciona atrás da menina, no cangote ou cachaço, como se diz na terrinha. A repórter se mantém concentrada na câmera mas tem que dar dois passos para escapar assédio do gajo.   VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI


Disputa subterrânea, pressão e suspeita de cartel impedem que a maioria dos torcedores veja , no Brasil, a Liga dos Campeões,


A primeira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, com jogos na terça-feira (13) e quarta (14) foi acompanhada apenas por uma pequena fração (cerca de 12%) dos assinantes de TV paga no Brasil.
Isso porque o Esporte Interativo, que detém os direitos de transmissão do evento desde outubro de 2014, está presente somente nas operadoras Oi, GVT e TV Alphaville, além de outras regionais.
A emissora e as maiores operadoras de televisão por assinatura do Brasil, NET e Sky (que detêm cerca de 80% dos assinantes do país), vivem um imbróglio e o Esporte Interativo não consegue espaço nessas grades de programação.
Em entrevista à reportagem, o ex-presidente e atual vice-presidente sênior de conteúdo esportivo do Esporte Interativo, Edgar Diniz, explica os motivos que ele acredita terem causado o impasse que limitou a penetração do canal nas maiores operadoras.
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Memórias da noite carioca segundo a câmera de Ronaldo Zanon

por José Esmeraldo Gonçalves (*)
Em tempos de câmeras digitais, celulares e selfies, a cena, na madrugada de Copacabana, é quase inimaginável. Em um apartamento da rua Bolívar, depois de mais uma noite de trabalho, um fotógrafo se debruça sobre tanques de revelação de filmes em preto e branco. Aos poucos, vão se fixando no papel as imagens que ilustrarão as colunas sociais dos principais jornais do país. Pode-se dizer que o varal de secagem das ampliações naquela câmara escura era a última escala das socialites, dos casais do momento, dos mega empresários, das mais belas modelos, atrizes e cantores, antes de chegarem à mesa dos colunistas sociais Zózimo Barroso do Amaral, Ibrahim Sued, Fernando Zerlottini, Fred Suter, Daniel Más, Hildegard Angel, 65, e Ricardo Boechat. 63.
Entre 1984 e 2001, o fotógrafo Ronaldo Zanon, 64, cumpriu o ritual diário descrito acima. Seu local de trabalho era o mítico Hippopotamus, em Ipanema, onde chegava às dez da noite e de onde não saía antes das quatro da madrugada. “Uma vez fiquei até o dia amanhecer só para tirar uma foto do ator Robert de Niro”, recorda Zanon, na ampla sala da sua cobertura, em Copacabana, onde guarda centenas de fotos e negativos. O fotógrafo se divertiu ao tirar do armário um paletó anos 80, ostentando a etiqueta Tories-London, e uma gravata da grife Vichy Davis-NY, com o qual posou para a foto.
Zanon parou de fotografar há dez anos. Motivo? “O ciclo fechou. Era um trabalho que me dava prazer e onde fiz muitos amigos, mas parei em função do fim das colunas sociais. Ibrahim (Sued) e Zózimo (Barroso do Amaral) já haviam morrido, (Ricardo) Boechat não estava mais no Globo, o Hippopotamus não existia mais, a própria noite já não era a mesma. Não fazia mais sentido”, explica. Nas últimas semanas, o próprio fotógrafo, que hoje se dedica a projetos de hotelaria, reabriu, de certa forma, aquele ciclo da noite carioca. Sem grandes pretensões,  passou a postar no Facebook fotos dos seus arquivos. Surpreendeu-se com a repercussão. Entre curtidas e comentários, sua página tornou-se um ponto de encontro virtual das musas que reinaram no Hippopotamus. Incentivado pelos amigos, Zanon planeja agora uma exposição. Capixaba, de Colatina, ele chegou ao Rio no começo de 1970. Conseguiu um trabalho em uma grande fábrica de doces. “Era office boy, fazia serviços externos. Mas sempre fui muito interessado e, ao voltar da rua, sentava perto do contador ou do rapaz do departamento de pessoal e via como funcionavam aqueles setores. Um dia, o presidente da empresa precisou de uma fatura, não tinha na hora quem fizesse o documento, eu me apresentei e resolvi o problema. Um ano e pouco depois, já cuidava do estoque, do setor de compras, fazia balanço e controle de custos. Passei quase dez anos na empresa”, conta. Apesar de ganhar bem, Zanon buscava outros caminhos. “Através de um amigo, soube do curso de teatro do ator Jaime Barcelos. Um dos professores era o também ator Luís de Lima. Resolvi tentar. Glória Pires, que devia ter uns 12 anos, era uma das alunas do curso. Eu queria ser ator, mas não podia me afastar do trabalho. Morava com a minha família, todos trabalhando e dividindo as contas. Mas concluí o curso”, diz Zanon, que devia ter algum talento, pois Luís de Lima o convidou para atuar em um espetáculo. “Mas você vai ter que sair do emprego” – ele me disse, avisando que ensaios, produção, tudo isso exigia tempo integral. “Era coisa para o futuro, eu não ganharia nada. E eu tinha um bom salário, dois carros, um deles, um Puma, que eu adorava, uma moto CB400, a responsabilidade com a minha família”.  
Se o teatro ficou para trás, a estabilidade do emprego foi, alguns anos depois, trocada pela fotografia, sem hesitação. “Eu nunca havia usado uma máquina na vida. Uma turma resolveu promover um torneio feminino de futebol na praia. Peguei uma câmera emprestada, era uma Zenith, muito simples, de plástico, e comprei três filmes. Fiz as fotos e me apaixonei. Procurei um curso de fotografia, já certo do que queria. Ainda fiquei um tempo na empresa, mas já com a decisão tomada”, diz Zanon, que aprendeu a revelar filmes no estúdio de um amigo, o fotógrafo Ricardo Cânfora. “Depois, fui trabalhar com o Rogério Ehrlich, outro fotógrafo, que editava uma revista social chamada Momentos, mas ainda na revelação”, recorda. O passo seguinte foi incomum. Zanon deve ser único fotógrafo do mundo cujo primeiro trabalho profissional foi feito com uma câmera sem filme. “Aqui perto tinha uma boate chamada Studio C e, uma noite, peguei uma câmera Nikon que eu havia comprado e pedi para entrar na boate. Fiquei lá, num canto. Passei a ir lá toda noite. Ninguém me olhava, mas eu estava lá, não bebia nada, nem água. Pensava que em algum momento alguém me pediria para fazer uma foto. Naquela fase, eu já havia vendido o Puma e a moto. Estava ‘quebrado’. Em uma noite, fiquei sem filme - tinha usado os últimos em exercícios e testes -, e sem dinheiro”, recorda Zanon, rindo do “destino”, pois exatamente naquele dia, um rapaz se aproximou e lhe pediu que fotografasse um show que ia acontecer na boate. “Tive que aceitar. Se eu falasse que não tinha filme, o proprietário da boate não ia entender o que eu fazia ali toda noite e proibiria a minha entrada. Era um show inspirado em Carmen Miranda.  Saí de lá arrasado. No dia seguinte, liguei para o rapaz que me contratou e contei toda a história. Expliquei que não tinha como recusar. Ele agradeceu a franqueza, falou que não tinha problema e que eles fariam outro espetáculo”.
Logo depois, Zanon foi contratado para um evento em um hotel. Aos poucos, ampliou seus contatos no meio. “Um dia, me ligaram da Contigo! e passei a fazer velório, aniversário, matérias com artistas, muita coisa. Era o começo dos anos 1980. Foi trabalhando para a revista que entrei no Hippo pela primeira vez. Se não me engano, para cobrir um aniversário de Lucinha Araújo, a mãe do cantor Cazuza”, diz ele, que naquela missão provocou literalmente uma “saia justa”. “Ninguém me conhecia lá e eu procurava um flagrante, alguma coisa mais quente. Aí vi a Paula Lavigne em uma mesa com o Caetano Veloso e amigos. Percebi que estava aparecendo a calcinha dela. Nada de mais, só uma pontinha. Me abaixei e fiz a foto, que foi publicada. Depois, soube que a Lucinha Araújo procurou saber no Hippo quem tinha tirado aquela foto. Mas não deu problema”, revela.
Foi um convite de Michael Koellreutter, que na época era colunista e repórter especial da Interview, que abriu para Zanon, definitivamente, as portas do Hippopotamus. “Michael me convidou para ir lá e me apresentou o Júlio Canto, que era o braço-direito do proprietário Ricardo Amaral. Ficamos conversando no barzinho. De repente, o Julio falou que estava precisando de um fotógrafo e me pediu que fosse lá no dia seguinte. Assim virei o fotógrafo fixo do Hippopotamus”, conta. A casa do Amaral, aberta em 1977, era um clube fechado. Só entrava quem tinha cartão. As exceções eram as pessoas de prestígio. Gente muito bonita tinha chance, mas aí precisava passar pelo crivo digno de um scanner das promoters que cuidavam da frequência da casa. E, claro, recebia as estrelas internacionais em visita ao Rio. O território de Zanon eram os três ambientes do Hippo – o bar, a discoteca e, no andar superior, o restaurante, além de um jardim interno com cascata e luzes rosa e laranja-amarelo – onde era possível cruzar com Odile Rubirosa, 77, ex-mulher do playboy Porfírio Rubirosa, Emerson Fittipaldi, 68, Paulo Marcondes Ferraz, 77, Baby Monteiro de Carvalho, Carmen Mayrink Veiga, 86, Florinda Bolkan, 74, com condessa Marina Cicogna, 81, Pelé, 74, com Xuxa Meneghel, 52, Walter Clark, Amy Irving, 64, Roman Polanski, 84, Lili de Carvalho antes de se tornar senhora Roberto Marinho, Aparecida Marinho, 58, Vera Fischer, 64, Lúcia Veríssimo, 56, Gérard Depardieu, 66,  e tantos outros personagens das colunas sociais ou do jet set da época. “Era um manancial de gente maravilhosa. Fui fazendo relacionamentos, passei a privar da intimidade das pessoas, muitos viraram amigos e me chamavam para fotografar jantares e eventos”, recorda. A abordagem amigável de Zanon o levou a conseguir a única foto autorizada do roqueiro Axl Rose, 53, da banda Guns n’ Roses, no Brasil. “Achei que ia ter problema, o cara vinha de São Paulo, onde tinha quebrando móveis e agredido fotógrafos. Quando ele se levantou pra ir embora, me aproximei e pedi uma foto. Temi que ele desse um tapa na minha máquina, mas ele olhou pra mim, relaxou, e posou”. Zanon também fotografou a princesa Diana. “Foi no Copacabana Palace, fiz uma foto dela e do príncipe Charles ao lado de um amigo do casal, Ronaldo Xavier de Lima. Fotografei a Lady Di com uma bebezinha no colo, era a Maria, filha da Maitê Proença e do Paulo Marinho. Levei para o Ibrahim e ele com aquele vozeirão dizia: ‘quero exclusivo, não dá pra mais ninguém’. E publicou meu material do casal real durante três dias”.
Discreto e seguido suas próprias regras, Zanon via e ouvia mas apenas fotografava. Suas fotos chegavam aos jornais com os personagens identificados. E só. Os enredos eram preservados. E olha que, ao longo de duas décadas, o Hippopotamus construiu um folclore de casos-verdade. Como o do colunista que achava que toalete era motel e o lugar ideal para namorar a mulher do amigo; ou do “herói” carioca que, em um fim de noite, levou para casa um troféu: a jovem Demi Moore (a atriz, iniciante, filmava Blame It on Rio); ou do jornalista americano que pediu “coke” e se irritou quando lhe deram uma simples coca-cola; ou, ainda, o caso do embaixador que se empolgou por uma jovem, saiu com ela e, no dia seguinte, voltou contando que a noite havia sido maravilhosa. A jovem era um travesti que um dos ilustres frequentadores do Hippo costumava levar lá para se divertir, como entrega Ricardo Amaral nas suas memórias intituladas Vaudeville.  Ronaldo Zanon guarda, por trás das fotos e nos seus arquivos, a memória de uma das casas que mais marcaram a noite carioca. É inevitável que a época lhe traga tantas lembranças. Foi no circuito elegante do Rio dos anos 1980 que ele conheceu a gaúcha Cristina Kloske, 46, frequentadora do Hippo, com quem foi casado. “Vivi 12 anos com Cristina, que é minha amiga até hoje e mãe da minha filha, Anna Carolina Zanon Kloske, ainda estudante, e que tem 22 anos”, orgulha-se. Entre a memorabilia, ele preserva uma coluna assinada por Hildegarde Angel, com a cobertura de uma festa na boate Horse Neck, em meados dos anos 2000. E uma página inteira no Jornal do Brasil. Suas últimas fotos, antes de guardar a câmera.
(*) Matéria publicada originalmente na revista Contigo e reproduzida neste blog com trechos extras