terça-feira, 19 de junho de 2012

Jornalão diz que plano de saúde não é coisa pra empreguete


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por JJcomunic
O Globo publicou há dias um inacreditável editorial. No texto, o jornalão defende a tese de que os problemas dos planos de saúde (filas, péssimo atendimento, recusa de atendimento, falta de médicos, mensalidades extorsivas, clientes recorrendo à justiça para obter serviços previstos em contratos etc) são culpa dos milhões de brasileiros que foram obrigados a contratar tais planos. Para refrescar a memória: nos anos 90, sob a bandeira neoliberal, o governo da época, com apoio entusiasmado da mídia, deixou de investir o suficiente em saúde pública e abriu espaço para a multiplicação de empresas privadas e a ocupação predatória do setor. Era a era do 'mercado". Liberou a legislação e transformou o  usuário em peça de um sistema cruel. Recentemente, os mesmos políticos, de novo com o apoio da mídia, se mobilizaram para retirar da saúde pública bilhões de reais que o setor recebia via CPMF. E o objetivo - acabar com mais um imposto - levou pro brejo o importante mecanismo de controle de transações financeiras embutido no desconto, que  flagrava notórias práticas de "lavagem de dinheiro" ou de "troca de empréstimos" em empresas de um mesmo grupo, tática comum para enganar o 'leão'. Teria sido este o verdadeiro objetivo das campanha, mas essa é outra história. Com a saúde pública comprometida - apesar dos avanços de programas com o do SUS e da queda, por exemplo, da mortalidade infantil -, e a melhoria de renda de milhões de brasileiros nos últimos anos, a população recorre aos planos. Com as empresas de saúde sob pressão dos médicos, que reclamam dos preços das consultas, e dos usuários, que mofam em filas ou aguardam data de atendimento por meses, o editorial vai buscar um argumento cínico: os planos estão em crise poruqe a saúde pública não tem condições de atender aos consumidores, especialmente aqueles da recém-chegada Classe C. Os planos, sugere o editorial, não são pra esse pessoal que teve a audácia de melhorar de renda e contratar um serviço. Estão atrapalhando o atendimento da elite. Devem ser atendidos exclusivamente pelo governo. Curioso é que no caso das crises dos aeroportos e das companhias, o chamado "caos aéreo", esse falso argumento - o de que os pobres passaram a lotar os aviões e o setor não estava preparado para isso - não foi considerado. A situação é semelhante, não? A procura é maior do que a oferta.
O editorial tem razão em um ponto: governos devem investir em saúde pública, melhorar a remuneração de médicos e enfermeiros,impedir que planos privados ocupem leitos públicos sem pagar por isso, fiscalizar o setor e não terceirizar a vigilância para uma das tais agências de (des) regulamentação e impedir a evasão de recursos da saúde na onda de certas Ongs e "organizações sociais" que ocupam instituições públicas.  Só que tudo isso é ferozmente criticado e combatido. Enquanto as inovações não vêm ou até mesmo quando vierem, não vá na onda desse tipo de argumentação casa-grande-e-senzala: todo e qualquer brasileiro tem direito a adquirir um plano de saúde e cobrar atendimento decente de acordo com o contrato assinado.
Ou o Brasil com apartheid vem aí?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Romário contrata 'avião'

É para atender a imprensa. Segundo a coluna Radar, da Veja, Romário nomeou a curitibana Márcia Magalhães, que foi Garota Furacão, do Atlético PR, para a nobre missão de fazer a ponte (aérea, claro) entre o seu gabinete e os inquietos coleguinhas que cobrem o Congresso.

Cachê milionário para Carolina Ferraz posar nua é só especulação

por Eli Halfoun
O noticiário garante que a atriz Carolina Ferraz recusou cachê de R$3 milhões que lhe teria sido oferecido pela Playboy para protagonizar o principal ensaio fotográfico de seu número de aniversário em agosto. Oficialmente a revista não confirma essa ou qualquer outra proposta, o que não significa que conversas não existiram. A nudez de Carolina Ferraz é um velho sonho da Playboy e evidentemente de seus leitores. Na bem sucedida trajetória da edição brasileira da Playboy não há registro ou hipótese da publicação ter oferecido para qualquer atriz ou modelo cachê tão milionário. Mesmo considerando os altíssimos cachês (que nem chegam perto de um milhão de reais) geralmente anunciados (nunca oficialmente) jamais existiu proposta tão digamos extravagante. O que a Playboy costuma oferecer é uma boa quantia em dinheiro, participação na venda da revista em bancas e permutas publicitárias. Portanto, tudo o que se disser em torno do provável convite feito para Carolina Ferraz é especulação. Não sei se a revista ofereceria em nenhuma circunstância cachê tão milionário e nem sei se Carolina Ferraz recusaria tanto dinheiro para mostrar honestamente o que tem de mais sensual e bonito: seu corpo. (Eli Halfoun)

CPI do Cachoeira precisa ser pressionada pelo povo

por Eli Halfoun
Existe uma quase certeza no povo e na mídia de que, como tantas outras, a CPI do escândalo Cachoeira não punirá ninguém e também como tantas outras será apenas um "trabalho de vitrine" que os políticos usam para mostrar serviço. Sobre a CPI, o experiente e bem informado jornalista Kennedy Alencar diz em artigo na "Folha de São Paulo": "A punição do escândalo Cachoeira pode ficar resumido à cassação de Demóstenes Torres, desde que o Senado não caia na tentação de usar o anacrônico voto secreto para salvar o político goiano. Voto secreto no Senado é um risco". Diz mais o jornalista: "Só a pressão da opinião pública aliada a um bom senso de responsabilidade dos integrantes da CPI tem chance de impedir um desfecho que puna apenas Demóstenes. Se ficar só nisso, seria pouco". Como não podemos esperar bom senso dos políticos o negócio é pressioná-los. (Eli Halfoun)

Informações desencontradas da meteorologia confundem até o sol e a chuva

por Eli Halfoun
Existem coisas difíceis de entender e uma das mais complicadas é a informação meteorológica. Quem busca esse tipo de informação nos sites especializados fica muito mais confuso de que se simplesmente olhasse para o céu. Cada site dá uma temperatura e uma previsão (de chuva ou sol) completamente diferente, o que também acontece nos jornais e nos noticiosos de rádio e televisão. Ora se o estudo da meteorologia, assim como o céu, é idêntico para todos os meteorologistas como é que enxergam coisas diferentes que variam desde o anúncio de muito sol e no mesmo dia e hora de muita chuva. Não é de hoje que as informações meteorológicas estão mais desacreditas do que promessas de políticos. Assim não dá mesmo para acreditar em ninguém: nem nos meteorologistas e nem nos políticos, quer sempre nos deixam sujeitos a pancadas e trovoadas. No caso da meteorologia a "trovoadas esparsas", como se anuncia quase sempre. No caso dos políticos nem tão esparsas assim. (Eli Halfoun)

Luana Piovanni: a verdade em poucas palavras no Twitter

por Eli Halfoun
O fato de Luana Piovanni ser considerada grossa e mal educada nos comentários que posta em seu Twitter (seguido por 220 mil pessoas) pode até antipatizar a atriz com grande parte do público, mas de forma nenhuma lhe diminui o talento. Luana já mostrou no cinema, no teatro e na televisão que é uma excelente atriz, especialmente como comediante. Pode ser que algumas vezes a atriz até exagere em seus comentários, mas em nenhum momento os cria propositalmente para fazer efeito e repercutir. Ela diz (posta) o que realmente pensa e o faz com a mais absoluta verdade com a qual podemos ou não concordar. Luana Piovanni incomoda justamente porque não tem medo da verdade (a verdade dela), ao contrário do que costuma acontecer com a maioria da sociedade que em nome de uma ética geralmente falsa e de uma educação que não é exatamente real, se esconde atrás da hipocrisia e do medo. Luana não: ela bate e da cara para bater, sempre corajosamente. Não é preciso simpatizar com Luana Piovanni para reconhecer o seu talento - talento que, aliás, voltará a mostrar no elenco do remake da novela "Guerra dos Sexos", na Globo. O elenco da novela que se prepare para os azedos comentários que certamente Luana postará. Nesse caso o melhor é levar tudo na esportiva. Como, aliás, ela leva, mesmo que na maioria das vezes esteja falando sério. (Eli Halfoun)

domingo, 17 de junho de 2012

Brasil campeão do mundo de 1962: 50 anos, hoje

Mauro ergue a Jules Rimet. Reprodução O Cruzeiro
Messi não encara isso. Vavá, a caminho do gol, cercado por oito mexicanos. Reprodução O Cruzeiro
O presidente João Goulart recebe os bicampeões. Repropdução O Cruzeiro
O capitão Mauro na capa da edição especial do Cruzeiro
Garrincha, o gênio da Copa de 62, na capa
O cartaz oficial da Copa do Mundo de 1962
por Gonça
Em 1962, União Soviética e Estados Unidos impressionavam o mundo com a corrida espacial. Não por acaso, o cartaz da Copa de 1962 mostrava uma bola de futebol orbitando a Terra. A Era do Cosmo estava na moda mas foi um cometa terrestre que incendiou o mundo nos gramados do Chile. Era a Copa do Garrincha. Claro, estavam lá Amarildo, Pelé (que se contundiu), Gilmar, Vavá, Didi, Nilton Santos e outros astrounautas da bola, mas foi o Mané que fez dançar a fila de "joão", cada um com uma camisa diferente: México, Tchecoslováquia, Espanha, Inglaterra, Chile e, na grande final, novamente a Tchecoslováquia. No dia 17 de junho de 1962, Amarildo, aos 17 minutos, Zito aos 69 e Vavá aos 78 sacramentaram o bi. Até o Papa mandou uma longa mensagem para a Seleção Brasileira. Falava em "ideais superiores da perfeição", "beleza interior, da disciplina" e "domínio de si mesmos". Foi a única vez em que Sua Santidade se rendeu oficialmente aos deuses do futebol. Era mesmo uma questão transcendental a merecer uma encíclica. Pudera, no Chile, Mané foi deus e o diabo na terra da Copa. A mídia não deu, literalmente, muita bola pra data. Eu, pelo menos, não vi. O Globo, por exemplo, preferiu dar a capa de hoje do caderno de esporte para os 40 anos da Olimpíada de Munique (que, aliás, foi em 1972, mas em setembro).
Não importa, Garrincha e seus companheiros estão na memória dos torcedores que testemunharam ou conheceram suas lendas. 

Reconheceu?

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Publicidade na internet avança e ameaça impressos

Reprodução O Globo
A polêmica sobre o fim do meio impresso ainda é teórica, muitas gerações ainda vão folhear jornais, rervistas e livros, mas os números mostram que na publicidade a mídia tradicional perde a cada dia espaço para a internet. À frente da rede, em faturamento, só a TV.

Lei Rouanet cai na folia... olha o Ministério da Cultura aí, gente!!!!

A Lei Rouanet, também conhecida como Lei Roubanet (o Ministério Púiblico denuncia, em muitos caso, como noticiado, ausência de prestação de contas) bota o bloco na rua. É o dinheiro público se chegando na dispersão. Tudo é carnaval...

Ex-ministro dos Esportes é absolvido, mas mídia não toma conhecimento

por Eli Halfoun

Quando ex-ministro dos Esportes Orlando Silva (hoje candidato a vereador em São Paulo pelo PCdoB) foi acusado de estar envolvido em um punhado de maracutaias a mídia abriu bastante espaço para divulgar as acusações, mas agora e estranhamente a mesma mídia silencia diante da notícia (ou seja, um fato) de que A Comissão de Ética da Presidência da República presidida pelo ex-ministro do Supremo Sepúlveda Pertence absolveu Orlando Silva de envolvimento em supostas irregularidades. Só para lembrar: foi a Comissão de Ética da Presidência da República que recomendou a demissão do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi que ainda não conseguiu ser absolvido e, portanto, provar sua inocência. (Eli Halfoun)

Julgamento do mensalão pode demorar mais do que o povo espera

por Eli Halfoun

Com a aproximação do início (até que enfim) do julgamento do mensalão, o que os muitos acusados mais andam fazendo é contar (dessa vez não é dinheiro) o tempo que terão para escaparem de uma esperada condenação. Os acusados estão menos nervosos do que deveriam porque têm sido tranquilizados por seus advogados de que se a sentença for cadeia demorará muito. Vejam só os cálculos feitos por advogados: se todos forem condenados por todos os crimes as penas mínimas superariam 800 anos e as máximas 3.700 anos. Mais números: as sessões de julgamento terão cinco horas (mais do que isso prejudicaria os ministros que seriam vencidos pelo cansaço); o procurador geral da República, Roberto Gurgel, terá cinco hortas para fazer a acusação. Em caso de condenação as penas começariam a ser cumpridas em outubro (antes das eleições) se o julgamento terminar em setembro. O julgamento pode estender-se já que em caso de condenação cabem recursos para que os réus respondam em liberdade. Esses são os judicialmente chamados embargos de declaração que não tem prazo para serem julgados pelo Superior Tribunal Federal. Pelo visto será mais uma grande perda de tempo no país da pizza política. (Eli Halfoun)

Novela promete mudar o rumo de Nina em “Avenida Brasil” que tem Carminha como destaque

por Eli Halfoun
A novela Avenida Brasil está acertando em cheio no alvo: desenvolve sua trajetória proporcionando ao público noveleiro uma trama repleta de emoções e tem permitido ao elenco excelentes interpretações como foram, por exemplo, as de Adriana Esteves (impecável como a Carminha e vivendo sem dúvida o seu melhor momento na televisão) e Vera Holtz também em grande fase como a sofrida mãe Lucinda, que guarda um segredo que mobiliza ainda mais a curiosidade dos telespectadores. Entre os melhores trabalhos da novela destacam-se também os de Marcos Caruso interpretando de forma excelente o suburbano Leleco, Cauã Raymond como Jorginho, Ailton Graça como Silas e José de Abreu como Nilo. Muita água ainda vai rolar pra empossar também essa "Avenida Brasil" e nos bastidores o que se comenta agora é que o autor João Emanuel Carneiro prepara uma reviravolta na história que fará com que a suposta mocinha Nina (Deborah Falabella) passe a ser odiada pelo público. Talvez até seja o momento de Deborah regatar na novela o talento que tem, mas que ainda não conseguiu mostrar. (Eli Halfoun)

Gisele Bundchen é novamente a modelo de maior faturamento mundial

por Eli Halfoun

Apesar de, no mercado publicitário, muitos profissionais acharem que Gisele Bundchen não tem mais tantas força assim para garantir principalmente a venda de moda e cosméticos, ela continua sendo a modelo financeiramente mais bem sucedida do mundo, segundo recente levantamento da respeitada revista Forbes. Pela sexta vez consecutiva, Gisele lidera a relação das mais bem pagas modelos do mundo. A Forbes revela que entre maio de 2011 e maio de 2012 Gisele faturou US$ 45 milhões (90 milhões de reais) com contratos publicitários de grifes e cosméticos. Gisele deixa bem para trás a segunda colocada: a modelo britânica Kate Moss aparece com faturamento de US$ 9,2 milhões (18,4 milhões de reais). Alista inclui mais duas modelos brasileiras (Adriana Lima e Alessandra Ambrosio) entre as dez de maior faturamento. Juntas as dez modelos mais bem pagas do mundo acumularam US$ 100 milhões (200 milhões de reais). É por isso que em todo mundo muitas jovens querem ser modelos. Agora inclusive as gordinhas. (Eli Halfoun)

sábado, 16 de junho de 2012

Eco-92: foi ontem, mas não parece...

Capa do livro. Reprodução

Página de rosto do livro "Rio 92". Reprodução

Livro "Rio 92", página dupla de abertura. Reprodução

A cidade recebia o mundo e Cony escreveu sobre ele, o carioca, no livro "Rio-92.Um trecho:  "Para uso comum, o carioca é simpático e superficial. É devoto de qualquer santo de qualquer religião mas não leva a sério nenhuma delas. Folgazão para uso externo, facilmente cai em depressão mas sem passar recibo: utiliza a eventual fossa para descolar qualquer coisa de útil, seja um empréstimo ou uma namorada. Seus sonhos, em linhas gerais, podem ser satisfeitos com um milhar acertado no jogo do bicho, uma nova paixão ou coisa equivalente. É capaz de aproveitar o velório da própria mãe para iniciar um namoro com a mulher do vizinho".


Lima Barreto


"Rio 92" - Reprodução

Corcovado com o Pão de Açúcar em perspectiva. "Rio 92". Reprodução

Placa em alto-relevo de Bruno Segalla. Reprodução do livro "Rio 92"

O expediente do livro "Rio 92"

O crachá e a credencial da Eco-92


A repórter Maria Alice Maria cobriu a Eco-92 para a Manchete
por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1992, o Rio foi capital do planeta.Milhares de visitantes, 116 chefes de estado circulando pela cidade - quem não lembra das sirenes estridentes de centenas de batedores fechando cruzamentos e abrindo caminho para comitivas -, ecologistas acampados no Aterro, tanques e blindados do Exército nas ruas. Eam dez mil soldados, além de outros milhares de policiais nas esquinas. Fazia sentido. A cidade vivia sob o domínio do tráfico, em conflitos abertos, com direito a show de balas traçantes das facções criminosas que ocupavam os morros das Zonas Sul, Norte e subúrbio. Em junho daquele ano, o Brasil tentava chutar o presidente Fernando Collor, em meio a um amplo esquema de corrupção (iria botá-lo para correr apenas em setembro). Três anos antes, apoiado e empurrado pela mídia como o "caçador de marajás", Collor havia havia derrotado Lula, que, a propósito, esteve na Eco-92, em meio ao povão, no Aterro (nas voltas que o mundo dá, coube a Lula, no seu governo, levar à ONU a idéia de fazer a Rio+20 e tentar obter acordos que não foram possíveis na Eco-92).
Apesar da crise "collorida", o Brasil estava otimista quanto ao resultado daquela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. A festa foi boa, pá. Mas os resultados... Das reuniões de 1992, sobraram a Agenda 21 e as convenções de controle da desertificação, da diversidade biológica e o estudo de medidas para combater a deterioração do clima. Pouco, e pouco menos foi posto em prática. Vinte anos depois, com a resistência muitos países desenvolvidos ou em desenvolvimento - posições que se repetem neste histórico encontro Rio+20 - o mundo segue destruindo o planeta. Se a consciência ambientalista das populações, especialmente das novas gerações, se acentua, a cabeça dos líderes e grandes empresas permanece poluída.
O planeta corre contra o relógio. Por falar em relógio, que tal atrasá-lo e voltar à rua do Russell, redação da Manchete, 1992? Das janelas envidraçadas do bunker que abrigava as revistas de Adolpho Bloch dava para ver a movimentação no Aterro - que, aliás, era o point mais festivo da Rio-92. Enquanto os chefes de Estado se reuniam no Riocentro, na Barra, milhares de jovens ecologistas de todo o mundo, Ongs, índios, músicos e artesãos transformavam o Parque do Flamengo em uma aldeia global. Participavam da Cúpula dos Povos, uma espécie de Eco-92 do B, que provocou ameaça de boicote da China por trazer o líder religioso Dalai Lama.
Agitação lá fora, agitação dentro da redação. Além da intensa cobertura da Rio-92, que mobilizou várias equipes, foram lançadas edições especiais. Semanas antes, ainda no "esquenta" da Conferência, Manchete publicou uma revista exclusiva sobre a Amazônia. À medida em que os líderes desembarcavam no Galeão, a vida dos repórteres e fotógrafos se complicava. Mas ninguém deu mais trabalho à turma do que um par de inimigos históricos: George Bush, o pai, então presidente, e Fidel Castro. A segurança dos dois estava especialmente estressada. Maurice Strong, o canadense que comandava a Eco-92 (já está no Rio para participar da Rio+20), fazia o contraponto:era acessível e simpático. E, certamente, ajudou muitos repórteres ilhados nos cordões de isolamento a conseguir alguma notícia para fechar páginas de jornais ou preencher segundos na TV. O que não ajudava era a tecnologia. Mas isso, os jornalistas da época pouco imaginavam. Não é possível sentir falta do que não se conhece, certo? Anote aí, garoto: não havia celular, nem google, muito menos portais ou sites oficiais, câmeras digitais, transmissão de matérias e fotos on line. Nada de notebooks ou tablets. O kit de sobrevivência era bloquinho, caneta, gravador analógico, aquele de fita cassete que você não conhece, e olha lá. Os press-releases eram distribuidos por fax e, a maioria, entregue pelas assessorias de imprensa nos locais das coberturas. Mas apesar disso, as revistas especiais chegavam às bancas em velocidade admirável. Nisso, a velha Bloch era imbatível. Suas equipes, incluindo aí gráficos, redações, fotografia, diagramadores, arte-finalistas, produtores, revisores, laboratoristas etc, faziam as edições regulares, as extras e ainda viabilizavam projetos surgidos de última hora, saidos direto da cabeça insondável do próprio Adolpho Bloch. Como o ideia de fazer em poucos dias um livro de 200 páginas, em cores, capa dura, papel couchê, dedicado à Eco-92. Em um fim de tarde, ao sair da sala do Adolpho, Carlos Heitor Cony, que criou e editou o livro comemorativo da Conferência, montou uma equipe de 18 desavisados e passou-lhes a tarefa pra-ontem de entregar o projeto "Rio 92"" à gráfica em pouco mais de uma semana.
Como diz o Capitão Nascimento, de "Tropa de Elite", "missão dada, missão cumprida".
Foi há vinte anos.      

“Cheias de Charme”: uma bem sucedida aposta em novos talentos

por Eli Halfoun
Apostar em novos talentos, mas sem esquecer a experiência e competência dos mais antigos, é sempre um grande negócio. Foi o que a Globo fez ao produzir a novela "Cheias de Charme", primeira experiência no gênero da ótima dupla Filipe Miguez e Izabel Oliveira. Resultado: a divertida e criativa trama é uma campeã que aumentou muito a audiência do horário para emissora. Como novela, é um trabalho coletivo (na vida tudo o que se faz coletivamente é sempre melhor e mais forte) não se pode (seria injusto) atribuir o sucesso da novela apenas aos autores, embora eles sejam os mais importantes. "Cheias de Charme" se fez uma novela inteira na escolha do elenco, na direção acertada, no bem desenvolvido roteiro, na cenografia e em quase todos os detalhes fundamentais para completar um texto leve, engraçado, despretensioso e por isso mesmo quase perfeito.

São muitos os motivos que, quando unidos, garantem o bom caminho de qualquer novela. Não tenho dúvidas que a aceitação de "Cheias de Charme" está no fato de ser de certa forma uma novela musical. São poucas as coisas que mobilizam tanto o brasileiro quanto a música. Somos um país extremamente musical e o fato de a novela ter um segmento (o principal) musical é sem dúvida uma poderosa "arma" para a conquista de audiência. Se a Globo estiver atenta (sempre está) perceberá que reside no ritmo musical um novo caminho a ser percorrido pelas novelas chamadas água-com-açúcar. Musicais costumam ser leves e, portanto, de fácil digestão: tem sido essa a garantia do sucesso dos grandes musicais que percorrem o mundo (agora tem também no teatro brasileiro um porto seguro). Além do mais "Cheias de Charme" alimenta o sonho de muitos brasileiros de ser artista famoso e renova essa esperança ao transformar três empregadas domésticas (fundamentais no nosso cotidiano) em um sucesso pessoal e profissional que nasceu praticamente do acaso. O Brasil é um país cheio de charme que mesmo enfrentando dificuldades tem um povo quer gosta (e como gosta) de compor e de cantar. Afinal, a música é o mais completo alimento da esperança. (Eli Halfoun)

Aulas de dança ajudaram Anderson Silva a imitar Michael Jackson

por Eli Halfoun
Em entrevista para a nova edição da revista Rolling Stones, o lutador Anderson Silva confirma quer é metrossexual (usa cremes antes de dormir) e faz uma nova relação: fez aulas de balé e sapateado na adolescência. Foi graças a essas aulas que desenvolveu habilidade para imitar as coreografias de Michael Jackson nas festinhas. Na escola, ele era o, digamos, cover oficial do rei do pop e acredita que a desenvoltura para dançar pode aumentar a possibilidade de seguir (como pretende) a carreira artística como ator. Será sem dúvida a sua luta mais difícil. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Faculdades brasileiras são as melhores da América Latina

por Eli Halfoun
A educação no Brasil deixa muito a desejar, especialmente quando se trata de oferecer vagas nas escolas, mas quem consegue chegar até à Universidade não pode reclamar tanto em matéria de qualidade de ensino, pelo menos em comparação a faculdades dos países latino-americanos. Estudo realizado pelo site TopUniversiti, que analisa a qualidade do ensino superior na América Latina, colocou o Brasil em primeiro lugar listando nada mais nada menos do que 31 faculdades brasileiras entre as melhores da América Latins, o que pode até não ser uma grande vantagem, mas já é alguma coisa. A melhor faculdade da América Latina é, segundo análise do site, a USP (Universidade São Paulo). O Brasil também ocupa a terceira posição com outra paulista: a UNICAMP (Universidade de Campinas) e aparece em 8º lugar com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A inclusão de 31 faculdades brasileiras entre as 100 melhores da América Latina é considerada "um número impressionante" segundo o editor do site.  Portanto é hora de melhorar e facilitar o acesso também o ensino do segundo grau. Afinal, sem ele ninguém chega até a universidade.  (Eli Halfoun)

Financial Times alerta a economia dos países emergentes

por Eli Halfoun
A recente recomendação do Banco Mundial feita aos países emergentes para que se preparem para "um longo período de volatilidade na economia global" mereceu atenção especial do "Financial Times" que publicou grande reportagem (com direito a comentários) sobre o assunto. No texto o FT adverte que existe muita desconfiança em se dar "mais munição" a esses países e que a tendência é de que essa desconfiança aumente. O Banco Mundial acha que esses países gastaram munição em 2008 e 2009 e agora terão de enfrentar quadros complicados. Mas certamente não mais complicados do que a instabilidade nos países europeus de alta renda. No momento nem tão alta assim. (Eli Halfoun)

“Avenida Brasil” reflete o comportamento da atual sociedade”. Quem diz é um psicanalista

por Eli Halfoun
Será que as novelas exageram mesmo no duvidoso comportamento de seus personagens? O médico e psicanalista Carlos Vieira acha que não. Para ele, pelo menos em "Avenida Brasil", os personagens refletem o comportamento da atual sociedade. Em analisa publicada no blog de Jorge Bastos Moreno, em O Globo, o dr. Carlos Vieira vai fundo e diz: "A novela é o atual retrato fiel da crise que atravessa a nossa família brasileira e os grupos humanos que deveriam representar modelos de identidade pessoal e social. Mentir, sonegar, trapacear, tirar proveito do engodo, corromper, matar, comprar as pessoas para obter benefícios próprios - todos esses comportamentos compõem a crise ética dos tempos atuais. "A arte para ser arte precisa ter uma ação social e a novela está cumprindo essa missão e denunciando à população aspectos patológicos da família brasileira. Oxalá sirva para que as pessoas tomem mais consciência dos direitos humanos e da necessidade de uma ordem individual, social e ética". O dr. Carlos Vieira falou e disse. Digo mais: ou a gente muda ou fará (estamos fazendo) uma realidade muito mais cruel do que a ficção pode imaginar. (Eli Halfoun)

"O samba é nosso"

por de Barros
A crônica de hoje do escritor Carlos Heitor Cony no jornal  “Folha de São Paulo, na última página do caderno “Ilustrada”, falando sobre um musical na Broadway, “Porgy and Bess”, além de lembrar o nome de Gershwin como seu autor e como um dos seu preferidos, faz referencia a outros músicos compositores como Nacio Herb Brown, Cole Porter, Jerome Kern e Irving Berlin. Está magistral. E veio reafirmar a minha opinião sobre a música norte-americana. Por que estou trazendo a opinião de um escritor brasileiro sobre a música dos EUA? Há alguns anos tive uma enorme discussão com um jornalista “progressista” porque ele comentava, enraivecido, contra músicos americanos, que, na sua opinião vinham ao Brasil visitar as Escolas de Samba para "roubarem" as nossas músicas. Na verdade, ele queria dizer que roubavam o nosso samba. “Os progressistas” criavam assim um novo “slogan” patriótico com a frase: “O Samba é Nosso". A idéia desse jornalista me pareceu tão ridícula e tão sem estrutura lógica que parti para cima dele – não com socos e ponta-pés – mas com tal virulência verbal que depois de ficar mais calmo me arrependi de tanta agressividade. Até porque ele não teve nenhuma reação agressiva. Abaixou a cabeça  e em silêncio permaneceu. Não sei se por me dar razão ou por achar que não deveria dar continuidade a esse atrito de opinião e resolveu não polemizar. Anos depois, Carlos Heitor Cony, na sua crônica, veio dar razão à minha opinião sobre a música americana, que considero realmente muito boa. Diante de compositores da qualidade dos citados pelo escritor porque os americanos viriam ao Brasil roubar o samba que é tão identificado com nosso país?  Diante da atitude desse jornalista ”progressista” entendi que esse pode ser o pensamento políticos deles, mas que chega ao absurdo e algum momento ele deve ser contestado. Será que “Moonlight Serenade” foi roubado de algum samba ou  mesmo “Rapsody in Blue”? Sem precisar lembrar “Night and Day”? Será que roubaram  “Aquarela do Brasil”?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Palmas que ele merece: sucesso de Tiago Abravanel não usou o prestígio do vovô Silvio Santos

por Eli Halfoun
O sucesso do ator-cantor Tiago Abravanel como o Tim Maia do musical de mesmo nome é mais uma prova de que não é preciso estar constantemente na mídia (geralmente envolvido em fofocas e badalações) para ter o talento reconhecido por produtores, diretores, crítica e principalmente o público. O que mais chama atenção na ascensão de Tiago é o fato de em nenhum momento de sua carreira ele ter utilizado a chave-mestre que lhe abriria praticamente todas as portas. Tiago nunca usou o fato de ser neto de Silvio para conseguir qualquer trabalho. Preparou-se para aprimorar seu desenvolvimento artístico, participou normalmente de testes como qualquer outro ator e insistiu mesmo depois de ter recusado várias nos testes, como acontece com qualquer ator. Queria vencer pelo talento e venceu. Só agora o orgulhoso vovô foi ver o neto em ação. Certamente não foi a falta de interesse que impediu Silvio de ir ver o neto no início da temporada do bem sucedido musical. Mesmo que não tenha sido intencional a ausência de Silvio foi estratégica: só deu as caras quando o neto já tinha conquistado espaço graças ao próprio esforço e talento. Na recente presença de Silvio na platéia do espetáculo em São Paulo ficou evidente o orgulho que o vovô sentia do neto. Relação de avô com netos é tão ou mais intensamente carinhosa quanto a que se tem com os filhos, mas sabiamente em nenhum momento o vovô Silvio deixou que seu carinho interferisse na careira do neto. Tiago Abravanel pode orgulhar-se duplamente, ou seja, pelo sucesso como estrela do musical Tim Maia e por ter encontrado seu caminho sem precisar trilhar o caminho influente do avô famoso. (Eli Halfoun)

Sandy é a mulher mais desejada pelos brasileiros

por Eli Halfoun
A cantora Sandy, 28 anos, é mais desejada do que Angelina Jolie. Pode ser difícil de acreditar, mas é o que está no ranking organizado, através de pesquisa, pela revista Vip. Desde que resolveu deixar para trás a imagem de aluna de internato e passou a falar abertamente sobre vários assuntos, incluindo tabus sexuais, Sandy conquistou mais olhares (e cobiça) masculinos. Ela lidera o ranking da revista Vip que tem como segunda colocada outra brasileira: a apimentada baiana Ivete Sangalo. Na relação, que inclui brasileiras e estrangeiras, Angelina Jolie, que é uma das mulheres mais cobiçadas do mundo, aparece em terceiro lugar na preferência dos brasileiros que garantiram para Adriane Galisteu a colocação. Em matéria de mulher, os brasileiros não têm do que reclamar. Pelo menos no quesito beleza. (Eli Halfoun)

Brasil recebe a mulher quer venceu na vida vencendo a morte

por Eli Halfoun
As mulheres estão profissionalmente incansáveis, além de cada vez mais competentes. Vejam só o fôlego da Ana Paula Padrão: além de dedicar-se ao jornalismo do SBT, ela está liderando a organização do 1º Fórum Internacional Tempo de Mulher, que acontecerá em São Paulo, no próximo mês. Ana Paula acaba de acertar a vinda da política e ativista Fawzia Koofi, primeira vice-presidente do parlamento afegão. Fawzia desembarca por aqui no dia 1º de julho com um importante cartão de visitas: já foi nomeada uma das 150 mulheres mais corajosas do mundo este ano em eleição feita pelo site americano The Daily Best. Em 2014, Fawzia deverá concorrer à presidências de seu país e lançará seu livro (em fase de criação) no qual contará a dificuldade de crescer em uma nação conhecida "como o pior lugar do planeta para ser uma mulher". Fawzia é uma heroína sobrevivente: quando nasceu foi deixada exposta ao sol pela própria mãe para morrer. Sobreviveu, cresceu, venceu e se fez uma das mulheres mais importantes e admiradas do mundo. Coisa de macho como diriam os ainda muitos machistas espalhados pelo mundo. (Eli Halfoun)

 

 

 

Dá-lhe Brasil: São Paulo pode ser a sede da Expo 2020

por Eli Halfoun
O Brasil está mesmo em alta como país pronto para sediar grandes eventos. O próximo pode ser a Expo 2020, um dos mais importantes eventos do mundo. Quem disputa a preferência é São Paulo. A Expo 2020 terá como tema "Força da Diversidade - Harmonia para o crescimento". De todos. (Eli Halfoun)

SBT empolgado já pensa em mais um “Carrossel”

por Eli Halfoun
Há muito tempo o SBT, que atravessou fases bastante complicadas, não vivia um clima tão entusiasmado como o que vem acontecendo desde que a novela "Carrossel" se transformou no maior sucesso da emissora, surpreendendo até Silvio Santos, que foi quem mais apostou no remake do velho folhetim. Íris Abravanel (mulher de Silvio Santos e autora da novela) está sendo considerada uma nova Ivani Ribeiro e já recebeu do marido a incumbência de escrever "Carrossel 2". Calma gente: empolgação demais atrapalha. (Eli Halfoun)

Presidente do Banco Central está em alta no Planalto

por Eli Halfoun
Pelo menos um nome da área econômica está com o prestígio cada vez mais alto com a presidente Dilma Roussef. O prestigiado (no caso não é prestigiado como técnico de futebol que é demitido imediatamente após o anúncio de que está prestigiado) é Alexandre Tombini, presidente do Banco Central. No Planalto, ele é considerado um homem de números frios, ou seja, reais e verdadeiros, além de estar e sempre atento a todos os movimentos econômicos. Os maiores elogios ficam por conta de Tombini não misturar política com economia, o que faz com que suas análises sejam cada vez mais acreditadas. Outro ponto elogiado são suas previsões, como por exemplo, a de que os juros cairiam (estão caindo). As previsões do ministro da Fazenda Guido Mantega não têm sido tão acertadas assim. E não é de hoje. (Eli Halfoun)

Pesquisadores brasileiros ligam ônibus na tomada

Foto Divulgação
O turminha de mentalidade colonizada neo-liberal deve está inquieta com a informação de que o Brasil - que investiu em pesquisa, nos últimos dez anos, mais do que nos 500 anteriores - desenvolveu uma vacina inédita contra esquistossomose. Como assim?  Não é melhor pagar royalties ao laboratório de primeiro mundo e deixar que o Brasil se preocupe em produzir cocares mais coloridos? Assim pensa a triste quadrilha empresarial e política que combate qualquer avanço social ou econômico como se fosse uma ameaça aos seus feudos. Mais inquieta ainda ficará a gangue com a notícia de que o Brasil é um dos poucos países que já dispõe de tecnologia viável, não é ficção científica, para o ônibus elétrico. Uma parceria entre a Coppe/UFRJ, que "horror", diriam, "uma instituição pública???-  e a empresa brasileira Tracel desenvolveu um ônibus híbrido movido a hidrogênio e energia elétrica, com capacidade para 70 passageiros. Mais silencioso que os movidos a diesel, o ônibus tem autonomia para 500km, dispõe de internet sem fio e tomadas para que passageiros possam carregar seus aparelhos eletrônicos. O protótipo é uma atualização de um modelo lançado pela Coppe em 2010. De acordo com o diretor-executivo da Tracel, José Lavaquial, a tecnologia já está pronta para ser vendida para empresas de transporte urbano ou fabricantes de ônibus.

Já é uma pizza

por deBarros
Um desembargador proferiu nulidade das escutas e ilegais todas as provas do caso Carlinho Cachoeiras. Seguindo essa linha jurídica,  se o TFR anular aa gravações, a Operação Monte Carlos acaba. Em razão disso, Carlinhos Cachoeira e os demais presos seriam soltos e, em consequência, tudo que envolve a operação Monte Carlo – ação penal contra o grupo, inquérito contra o senador Demóstenes Torres e a CPI - seria considerada nulo. Esse desembargador, então juiz, se não me falha a memória, foi quem anulou as provas recolhidas em um escritório do marido da filha do senador Sarney, Roseana Sarney, onde fora encontrado – em dinheiro vivo – mais de 1 milhão de reais.  Ainda hoje, no jornal a Folha de São Paulo, o ex-ministro da Justiça no governo do ex-presidente Lula da Silva, Marcio Thomaz Bastos, no momento advogado do senhor Carlinho Cachoeiras, escreve um laudatório artigo na defesa  de seu cliente, com o título da matéria: “Serei eu o juiz do meu cliente"? Pelo marchar do caso Carlinho Cachoeiras e a operação Monte Carlo, vamos chegar a conclusão de que, na verdade, os grandes culpados – não diria criminosos – seriam o povo brasileiro ou aqueles que ousaram levantar provas e acusar pessoas envolvidas em atos criminosos contra a sociedade. Isso quer dizer, que no Brasil de hoje, o Brasil do PT e seus militantes e líderes, os contraventores, agentes corruptores, estelionatários e demais foras-da-lei não serão mais considerados criminosos e como tal podem continuar a exercer essas funções – antes consideradas ilegais – porque estarão protegidos por aqueles que tomaram a lei em suas mãos. Não afirmam que o “mensalão”  não existe, ou que não existiu?  E  que o instrumento ilegal contábil, reconhecido como “Caixa 2”, é uma praxe no processo político brasileiro? E transportar mais de 1 milhão e quinhentos mil reais em bolsas a tiracolo pelas ruas de São Paulo para comprar um falso dossiê contra um político da oposição seria válido dentro desse processo político petista que está sendo implantado no país? Ás favas a legalidade, a honestidade, o cumprimento do dever porque um valor mais alto se levanta: os interesses e a política desonesta e infame do partido que governa o Brasil se impõe.

Advogado de Cachoeira não muda de beca para não perder a sorte

por Eli Halfoun

Considerado o mais bem pago advogado do país, Márcio Thomaz Bastos, que hoje tem a difícil tarefa de defender Carlinhos Cachoeira, tem suas manias, como revelou em recente entrevista para a revista Poder. Aos 56 anos, o ex-ministro da Justiça jamais pronuncia a palavra azar e no tribunal usa há 30 anos a mesma beca porque acredita que ela lhe dá sorte. O advogado tem outra beca de plantão, mas está esquecida no armário: "Comprei uma em Paris, mas nunca usei. A antiga sempre me dá muita sorte". Vai precisar mesmo. Agora mais do que nunca. (Eli Halfoun)

Corinthians registra o nome Itaquerão para não perder dinheiro

por Eli Halfoun

Jogada de mestre: como não estava conseguindo associar o nome de nenhum produto ao seu novo estádio, que ficou conhecido mesmo como Itaquerão, o departamento de marketing do Corinthians resolveu mudar a tática e registrou o nome Itaquerão e agora o está comercializando com todos as empresas que quiserem associar seus produtos ao Corinthians. Com o nome Itaquerão registrado e devidamente ligado ao Corinthians, o clube entra em campo vendendo a expressão para clientes de todos os tipos que queiram usar ou rotular novos produtos com ou sem o símbolo do Corinthians. Uma justa opção: não é todo mundo que quer seu produtor marcado pela torcida corintiana. (Eli Halfoun)

Aposentadoria de ministros pode retardar julgamento do mensalão

por Eli Halfoun

O julgamento do mensalão começará com alguns, digamos, problemas técnicos. Um deles é que no dia 3 de setembro, ou seja, um mês após o início do tão esperado julgamento, o ministro Cezar Peluso completa 70 anos e não poderá escapar da aposentadoria: como será, queira ou não queira, substituído Peluso só terá uma alternativa que é votar antecipadamente. Se não declarar seu voto o novo ministro indicado pela presidente Dilma Roussef votará em seu lugar e para isso precisará ler todo o processo de mais de 50 mil páginas para poder dar seu parecer e voto. Como outros ministros também estão na bica da idade de aposentadoria obrigatória o julgamento do mensalão corre o risco de ser prolongado mais do que deveria o que não aconteceria se o julgamento tivesse sido iniciado antes de tanta enrolação. (Eli Halfoun)

O passado passou. Povo só lembra do presente

por Eli Halfoun
Barretão, ou melhor, o cineasta Luiz Carlos Barreto, que tanto fez e faz pelo cinema nacional, publicou na coluna de Ancelmo Gois em O Globo artigo no qual faz uma espécie de defesa de José Dirceu, acusado de ser o cabeça do mensalão. Barreto acha estranho que tudo o que se fala de Dirceu se atém aos fatos ligados ao mensalão, como se ele tivesse nascido com o escândalo. Antes de qualquer julgamento, Dirceu foi praticamente condenado pela maior parte da mídia e população. Só a justiça dirá se mídia e povo erraram e se precipitaram. O passado heróico de José Dirceu, que lutou incansavelmente pela democracia, parece realmente não ter existido desde que ele virou um dos principais acusados do mensalão - acusado, mas até agora inocente já que não foi legalmente julgado e condenado. É sempre assim: qualquer criminoso (a palavra é forte, mas é só para exemplificar) só é lembrado pelo crime que cometeu. Se tudo o que se tem dito e publicado for realmente provado a conclusão é simples: foi o próprio Dirceu quem enterrou o seu passado trocando-o por um presente que não honra aquele passado de luta com mo qual ele deveria ser lembrado e reverenciado para sempre, se ele mesmo não tivesse estragado tudo, o que é realmente uma pena. Dirceu merecia destino melhor. O Brasil também. (Eli Halfoun)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Os salários que humilham o salário mínimo do país

por Eli Halfoun
Quase todo brasileiro de classe média tem inevitavelmente dois sonhos fundamentais: o da casa própria e o de conseguir um seguro e bem pago emprego público no qual geralmente trabalha (quando trabalha) bem menos do que deveria. A garantia de um bem remunerado emprego público sempre esteve presente no desejo-esperança da maioria do povo. Esse desejo certamente aumentou muito e virou tábua de salvação desde que começaram a se disponibilizados na internet os salários que os funcionários das Câmaras de Vereadores, de Deputados e do Senado ganham. São salários milionários quer até ofendem os miseráveis que ainda dependem de um mínimo salário mínimo. Nada contra um bom funcionário ser bem pago (não é exatamente o caso dos chamados servidores públicos) desde que produzam o suficiente. Os salários públicos que a transparência (muita coisa ficará escondida, ou seja, nada aparente) está disponibilizando para que o povão (que é quem paga a conta) saiba agora são mais do que uma fortuna mal aplicada. É uma agressão contra a maioria da população que carrega esse país – e não é de hoje – nas costas. (Eli Halfoun)

Carminha e Nina: quem é a verdadeira vilã de “Avenida Brasil”?

por Eli Halfoun
Em princípio a vilã da novela "Avenida Brasil" é a personagem Carminha (excelente interpretação de Adriana Esteves), mas pensando bem a suposta mocinha Rita-Nina (Deborah Falabella) também é uma espécie de megera disfarçada em sua sede de vingança que ela chama erroneamente de justiça. Nina tem os mesmos desvios de conduta e caráter de Carminha: mente, engana, é dissimulada e só não comete as mesmas maldades certamente por falta de oportunidade, embora não deixa ser uma tremenda maldade esconder a verdade de alguém que está sofrendo como Jorginho (bom trabalho de Cauã Raymomnd) e de quem ela supostamente quer salvar, ou seja, o pacato Tufão (Murilo Benício). O comportamento de Carminha e Nina é praticamente semelhante e fica difícil saber qual delas representa o "bem" e o "mal". Aliás, essa "Avenida Brasil" está recheada de personagens de caráter duvidoso, assim como a Avenida Brasil de verdade está repleta de buracos. Silas (Aílton Graça) engana Monalisa (Heloísa Pérrisse e os amigos; Diógenes (Otávio Augusto) engana o filho escondendo a mãe), Max é um mau-caráter oportunista; Cadinho é um mau caráter afetivo e divertido (haja dinheiro para ter vidas tão paralelas) e por aí vai. Não sobra quase ninguém que realmente preste (as exceções talvez sejam Tessália, Adauto e uma das outras empregadas da "pensão" do Tufão). O resultado é que a boa trama, embora às vezes confusa, de "Avenida Brasil" está traçando mesmo sem quer um perfil da sociedade moderna interesseira. (Eli Halfoun)

Em tempo: estou doido para achar um emprego como o da Nina em que eu possa sair e mentir na hora que bem entender, largar o serviço pela metade ficar ouvindo atrás das portas e ainda por cima ser adorado e elogiado pelo patrão. Parece até emprego público. (E. H.)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Torcedor com mais de 70 anos, que viu jogar Pelé, Garrincha e Maradona, afirma: Messi é melhor!

por Nelio Barbosa Horta              
Aprendi que existem experiências que levamos para o resto de nossas vidas. Entre  minhas paixões, o futebol sempre se mostrou em destaque, como prioridade. Quando eu tinha 13 anos, fui jogar no infanto-juvenil do Vasco da Gama, clube pelo qual tenho a maior admiração, embora  torça pelo Flamengo. Naquela época, eu estava no ginásio e meu pai, enfrentava grandes dificuldades para custear meus estudos (ele era crupiê em um cassino que tinha sido fechado). Joguei no juvenil do Vasco, que pagou, durante um tempo, os meus estudos, como fazia com todos os jovens que vinham do interior para se aventurar no esporte. Isto significa que eu acompanho o futebol, com grande interesse, há mais de 60 anos! Vi grandes jogadores, craques de todos os estilos e que marcaram a minha vida como que compensando a minha grande frustração de não ter seguido no futebol.  Entre os grandes jogadores, em todas as épocas, estava Pelé, que juntamente com Garrincha foram considerados os maiores do mundo. Recentemente, houve uma discussão de quem teria sido melhor: Pelé ou Maradona?  Difícil dizer, pois os dois foram grandes, cada um em sua época. Aí é que está a questão: a  época, a forma de jogar, a marcação, hoje infinitamente mais dura, à base do preparo físico e do conjunto.
O Barcelona, como se pôde ver no jogo contra o Santos, e a seleção da Argentina, no jogo com o Brasil, não têm atacante fixo, parado lá na frente, esperando a bola chegar até ele. Dominam todas as partes do campo, saem em bloco e voltam todos com a mesma velocidade com que atacam. Aí é que aparece a genialidade do Messi, encontrando espaços para  dar os passes precisos e correndo para receber em condições de marcar, como fez contra o Brasil. Na seleção brasileira, sobram ingenuidade e um esquema inteiramente superado: a colocação dos zagueiros pelos lados, em linha, facilita o lançamento em profundidade pelo meio, onde deveria haver um líbero que as equipes européias ainda usam com perfeição. Só quem já jogou futebol conhece a malandragem da Argentina. Eles esperam os nossos garotos correrem feito uns desesperados, ficam observando, tocam a bola e marcam só em contra-ataques, onde a categoria do Messi está sempre presente.
Na época do Pelé e Garrincha, os defensores esperavam, esperavam... e davam tempo de se fazer uma grande jogada ou até de parar com a bola como fez o Garrincha com a defesa da seleção da Rússia, há alguns anos.  Por isso acho que, no futebol jogado hoje, é muito mais difícil alguém se destacar como vem fazendo o Messi, verdadeiro gênio, que se preparou desde os 13 anos para mostrar que a sua genialidade é superior à de Pelé, Garrincha e Maradona, que, nas suas épocas foram grandes, mas indiscutivelmente, sem enfrentar os obstáculos e a marcação de hoje. Com relação à seleção brasileira que se prepara para as Olimpíadas, uma advertência: o goleiro Rafael é bom... para o Santos. É preciso um goleiro mais experiente. Temos que modernizar a maneira de jogar. Todos têm que atacar e defender, com um pouco mais de calma, exatamente como fazia a seleção do Brasil quando era dirigida pelo Zagalo. Aquela seleção parecia estar sendo dominada e saia nos contra-ataques, arma mortal no futebol, atualmente. Aí, pode ser que apareça, em destaque, algum jogador como o argentino Messi. Os argentinos, cuja seleção não é das melhores, devem achar que fazem gol contra o Brasil à hora em que quiserem, sem se preocupar com a defesa brasileira, fraca  e  ingênua. Nos treinos da seleção do Brasil, os garotos exibem grandes dotes circences: jogam a bola sobre a cabeça, dão cambalhotas, uma, duas, três vezes, fazem malabarismos dignos de um artista, mas na hora do jogo, o que se vê é um grupo de maratonistas, sem comando. Nesta jovem seleção, com idade olímpica, salvam-se o Marcelo e o Hulk. O resto da equipe seria derrotada facilmente pelo Rosita Sofia, que os mais velhos devem se lembrar.. (Nelio Barbosa Horta)

domingo, 10 de junho de 2012

Ivan Lessa: mais um nome riscado do caderninho

por Eli Halfoun

Envelhecer é inevitável e, portanto, não adianta procurar a tão sonhada fonte da juventude eterna porque ela não existe. Ficar velho, mas não necessariamente ultrapassado traz, como tudo na vida, muitas vantagens e desvantagens. Entre as vantagens a mais importante é, sem dúvida, a experiência que, no caso, é também um sinônimo de sabedoria. Entre as desvantagens, que também são naturais porque, afinal, a vida é feita muito mais de desvantagens do que de vantagens, a mais cruel é a de a cada mês ou menos ter de riscar do caderno de telefones o nome de mais um amigo, conhecido ou profissional sempre admirado. Tive pouco contato com o recém falecido escritor e jornalista Ivan Lessa, um profissional da melhor qualidade e um papo sempre esclarecedor e animado. No texto que a "Folha de São Paulo" publicou o que mais me chamou a atenção foi a lembrança de que Ivan Lessa foi um dos criadores do "Pasquim" ao lado de Millor Fernandes, Paulo Francis, Tarso de Castro e Sergio Cabral.  Do grupo só Sergio Cabral está aí firme e forte (tomara que cada vez mais) escrevendo livros, criando espetáculos e pontificando cada vez mais como um ser humano fantástico e um profissional exemplar e apaixonado por seu trabalho. Na verdade, uma missão. Ivan Lessa deixa também, entre muitas outras coisas, esse apaixonado exercício de escrever. Mesmo muito doente fez questão de escrever suas crônicas até o fim. Se pudesse, certamente Ivan Lessa escreveria agora a crônica de sua morte, que não seria, tenho certeza, um texto de despedida. Simplesmente porque Ivan estará definitivamente vivo através de seus textos. Como permanecem vivos seus pais, os escritores Orígenes Lessa e Elsie Lessa. Ivan é apenas mais um nome riscado do caderninho de telefones, mas não da memória, que é o grande arquivo da vida de quem teve e tem competência para chegar até a velhice. (Eli Halfoun)

sábado, 9 de junho de 2012

Impostos podem deixar namorados sem presentes

por Eli Halfoun
Além de abraços e beijos apaixonados, o Dia dos Namorados reserva também uma gulosa mordida tributária. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os impostos farão uma festa com cobranças de fazer terminar qualquer namoro. Quem estiver pensando em presentear o namorado com um relógio perderá a hora levando uma mordida de 51,14% em tributos. Para as jóias de uma maneira geral os tributos serão de 50,44%. As taxas de impostos variam de presente para presente: aparelho MP3 será tributado em 49.45% , o DVD em 44,20% e as câmeras fotográficas em 44,75%. Até os presentes mais simples não escaparão do feroz apetite tributário. Para uma caixa de bombom, o tributo é de 37,61%, as sempre românticas flores terão taxa de 17,71 enquanto um ursinho de pelúcia receberá acréscimo de 29,92%. Se a idéia é apenas sair para jantar a noite de comilança ficará bem mais cara com tributos de 32,31%. A sugestão é terminar o namoro um ou dois dias antes do Dia dos Namorados e reatar um mês depois. Assim você não ficará livre de dar um presente no momento de reatar o namoro, mas certamente não precisar cair nas absurdas e nada amorosas garras do "leão" federal, estadual e municipal. (Eli Halfoun)

Com uma canetada, agência de (des) regulamentação causa prejuízo ao governo de 320 milhões de reais

por Gonça
Que as agências de (des) regulamentação criadas pelo neoliberalismo tucano são, digamos, mais suscetíveis às reivindicações das empresas privadas do que à preservaç]ão do interesse publico, quanto a isso a trajetória desses nichos ao estilo raposa-tomando-conta-do galinheiro é didática. Mas, agora, exageraram. Matéria publicada na Folha de hoje denuncia que uma simples canetada vai gerar um prejuízo de 320 milhões de reais aos cofres públicos. Em 2003, relata a reportagem, a Polícia Federal consultou a Anatel sobre a disponibilidade de frequência de rádio entre 300 e 400mhz - mesma faixa que muitos países reservam para a  segurança pública. Apesar disso, a agência de (des) regulamentação indicou a faixa de 460mhz. A PF comprou os equipamentos adequados à  frequência reservada. Todo o sistema, que começou a se instalado para o Pan 2007, ficou pronto em 2010. Agora, a des-agência destina a frequência de 460mhz para a telefonia rural (haverá leilões milionários)  e passa a PF para  380mhz. Se a faixa de 460mhz é mais indicada para a telefonia rural, por que, há nove anos,  foi destinada à PF? A Folha acrescenta que o sistema, que duraria 20 anos, deverá ser trocado. A pergunta que não quer calar: o que é melhor jogar no lixo? Os milhões do contribuinte ou essa tal agência de herança tucana? 

Uma péssima jogada de Luxemburgo no caso Ronaldinho X Fla

por Eli Halfoun
Leio que o técnico Wanderley Luxemburgo se ofereceu para depor contra Ronaldinho Gaúcho na novela policial que envolve o jogador e o Flamengo. Pelo que sei e toda a torcida também sabe, Luxemburgo não quer prestar nenhum bom serviço ao futebol e muito menos ao Flamengo: ele só quer vingança porque Ronaldinho teria sido o motivo maior de sua dispensa como técnico rubro-negro. Está parecendo coisa de vizinha ofendida, além de ser uma "trairagem" desnecessária e negativa. Que atleta sob seu comando acreditará em um técnico que trai a confiança dos atletas e como uma velha fofoqueira vem a público lavar a roupa suja que deveria ser mantida no próprio clube? Luxemburgo já passou por maus momentos pessoais e profissionais e na época saiu atirando pra todo lado criticando mídia e dirigentes. Não me lembro de nenhum atleta ter se oferecido para depor contra o técnico. Só isso seria motivo suficiente para Luxemburgo ficar na dele até porque com a atitude que ameaça tomar a torcida ficará contra ele (o povo não gosta de traidores) e não contra Ronaldinho que por mais que venha sendo rejeitado ainda é inegavelmente um craque - um craque que todos os que gostam de bom futebol, esperam se reencontre no Atlético Mineiro.
Publicidade também está com um, pé atrás

Ronaldinho não está sendo rejeitado só pelas torcidas: está perdendo contratos publicitários porque nenhum maqueteiro acha conveniente pelo menos por enquanto associar seu produto a imagem do "dentuço". O próximo problema que o jogador pode enfrentar é com a Coca-Cola, que o tem como contratado até 2014. Ocorre que quando foi apresentado pelo Atlético, Ronaldinho apareceu na entrevista coletiva e, portanto, nos programas de televisão com duas latinhas da Pepsi e a Coca evidentemente não gostou. A primeira rejeição publicitária feita a Ronaldinho foi do banco BMG que embora seja parceiro do Atlético não quis envolver-se na contratação de Ronaldinho. Agora que a conta bancária começará a diminuir talvez Ronaldinho tome jeito. Falta de dinheiro (no caso dele apenas um pouco menos) é sempre um santo remédio para várias situações e com Ronaldinho não será diferente. (Eli Halfoun)