domingo, 6 de dezembro de 2020
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Brasil rejeita 5G chinesa e vai adotar a versão paraguaia. Nem tudo está perdido. Conheça o Superprojetor que transforma sua TV em cinema...
por O.V.Pochê
A geringonça acima era anunciada na Manchete nos meses anteriores à Copa de 1982, na Espanha. Os aparelhos de TV eram ainda analógicos, telas minimalistas. Um "professor Pardal" não identificado inventou o "Superprojetor da TV Gigante. Prometia a visão dos jogos - e também de filmes e novelas - como se fossem um cinema em casa. A coisa garantia projetar na parede da sala do freguês uma imagem de 4m x 3m.
O treco tinha que ser acoplado ao televisor, vinha com lentes, adaptadores e cintas que amarravam o estranho equipamento ao televisor. Infelizmente, temos apenas a reprodução do anúncio. Não há registro da experiência dos consumidores. Se o seu pai ou avô tiver adquirido o Superprojetor pergunte pra ele se a invenção funcionava.
Pode ser útil a informação. Vem aí a Copa de 2022, no Catar. A maioria dos países verá os jogos em 5G. O Brasil ainda não sabe se terá o sistema. Bolsonaro não quer a tecnologia chinesas porque é comunista. A alternativa poderia ser a Suécia, mas pode haver represália dos vikings à destruição da Amazônia, cidadãos suecos poderão fazer passeatas indignadas pedindo boicote ao Bananão (como Ivan Lessa apelidava o Brasil) e negando 5G. Os Estados Unidos terão interesse em vender sua tecnologia, mas será que Joe Biden vai topar? Afinal o novo presidente americano até agora não foi reconhecido pelo tosco presidenciano brasileiro . A alternativa é invadir os Estados Unidos com as nossas tropas e pegar a 5G na marra. Se não rolar essa "Operação Tempestade em Washington", restará a Bolsonaro comprar a 5G paraguaia, Aquela do "la garantía soy yo". Mas em último caso, se a confusão tecnológica impedir a transmissão da Copa para o Bananão, dê uma busca nos antiquários. Vai ver você encontrará um Superprojetor ainda em forma.
Sem qualquer componente chinês. .
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Maradona se vai, mas deixa a lenda inesquecível
por José Esmeraldo Gonçalves
Gil Pinheiro, da Manchete, fez essa foto de Maradona e Zico, em 1981. A presença do argentino, no Brasil, provocou matérias que comparavam os dois. Talvez, não garanto, tenha sido depois de um amistoso entre Flamengo x Boca Juniors. Maradona x Zico: quem era melhor?
Tempos depois, Maradona escalou o futebol mundial, foi campeão do mundo em 1986, e a pergunta passou a ser: Maradona x Pelé: quem foi melhor?
Nos últimos anos, nova pergunta: Maradona ou Messi? Difícil comparar épocas, no caso dos tempos de Pelé e de Maradona, dez anos mais novo, gerações diferentes. Arrisco dizer que estão empatados como craques, mas Pelé fez mais, ganhou mais títulos, fez mais gols, tinha mais recursos técnicos, mais fundamentos, como falam os treinadores. Maradona, mais arte. Como Messi, aliás.
O que ninguém duvida é que Maradona está entre os maiores.
Se o futebol reeditasse um filme dos anos 1990, onde um fazendeiro do Iowa interpretado por Kevin Kostner constrói um campo de basebol na esperança de atrair um ídolo morto havia décadas e vê-lo jogar, Maradona teria vaga garantida e entraria naquele "Campo dos Sonhos" ao lado de Di Stéfano, Cruyff, Puskás, Garrincha, Yashin, Bobby Charlton, Eusébio, George Best, Didi, Just Fontaine, Nilton Santos...
Por falar em Garrincha. Essa comparação faria mais sentido. Maradona e Garrincha, dois poetas do futebol. Iguais na bola, semelhantes no drama.
Reveja um gol histórico de Maradona contra a Inglaterra AQUI
Livro sobre a Vaza Jato expõe as tripas da grande mídia...
terça-feira, 24 de novembro de 2020
O Vilarino fechou. E dai? Sempre teremos a Spaghettilândia! • Por Roberto Muggiati
Mais um templo da boemia carioca cerrou suas portas por causa da pandemia e outras mazelas nossas: o Vilarino, o sacrossanto local do encontro de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Mas nem tudo está perdido: a Spaghettilândia segue aberta. O leitor poderá interpelar: e que diferença faz,? Qual a contribuição da Spaghettilândia (!) para o patrimônio sociocultural brasileiro? Enorme, imensa, digo eu – e tomo a liberdade de transcrever uma crônica do confrade-in-Panis Ruy Castro endossando minha opinião:
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São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011 |
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RUY CASTRO O
mistério da Spaghettilândia
RIO DE JANEIRO - Dois grandes poetas, Augusto de Campos e Ferreira Gullar, estão brigando pela Folha a respeito de Oswald de Andrade. Começou quando Gullar, na Ilustrada, mencionou um almoço com Augusto na Spaghettilândia, no Rio, em 1955, em que, segundo Gullar, Augusto teria se referido a Oswald como "irresponsável", alguém a não se levar muito a sério numa possível revolução da poesia brasileira. Em réplica, Augusto negou que tivesse havido tal encontro na Spaghettilândia. Na tréplica, Gullar confirmou o almoço e deu a localização do restaurante. Disse que era perto do jornal onde trabalhava. Ora, como os jornais do Rio ficavam no centro, só pode ser a Spaghettilândia da rua Álvaro Alvim, na Cinelândia - não a de Copacabana ou a do Largo do Machado, que eram suas filiais. Talvez isto jogue alguma luz na refrega. Gullar reforçaria seu argumento se dissesse o que comeram -se é que comeram -, mas ainda não fez isto. Como ex-cliente da Spaghettilândia, posso arriscar alguns palpites. O forte do cardápio, vide o nome, era o espaguete, ao sugo ou à bolonhesa, sempre cozido demais, ou uma lasanha cujas lâminas de massa, presunto e mozarela também não eram de deixar saudade. Augusto, como bom paulistano e desconfiado das massas cariocas, não se passaria por essas sugestões, donde esnobaria o nhoque e a goela de pato da Spaghettilândia. Se o almoço de fato aconteceu, é mais provável que ele tenha optado pelo frango a passarinho ou por um infalível strogonoff, com pudim de Leite Moça na sobremesa. E, como nenhum dos dois era de beber, devem ter regado tudo com Caxambu. Acho comovente que a humilde Spaghettilândia, de pé até hoje e no mesmo lugar, fosse cenário de um almoço tão importante para os destinos da poesia nacional. Almoço esse de repente sub judice, com o garfo a meio caminho. PS (RM)• Para
encerrar: jornalista curitibano, na minha primeira incursão ao Rio de
Janeiro, em março de 1955, hospedado no apartamento de uma tia, eu costumava
comer na Spaghettilândia de Copacabana. Como o Ruy descreve, a comida da
Spaghettilândia não era de deixar saudade – mas seus preços eram imbatíveis e
a ambiência da Capital Federal persiste em minha memória até hoje. Copacabana
era um bairro elegante, suas ruas e calçadas impecavelmente limpas, as
pessoas bem vestidas. Sua Spaghettilândia, a maior de todas, vivia cheia de
gente que ainda sabia o que era ter um emprego: lojistas, balconistas,
bancários, jornalistas, estudantes e professores, funcionários públicos (os
chamados “barnabés”). Tive uma ideia: já que a pandemia impede o presencial, acho que vou providenciar uma delivery de sabor proustiano da Spaghettilândia para o Ruy Castro no seu apê do Leblon. O que vai ser, Ruy? Spaghetti ou lasanha? Será que ainda servem a famosa goela de pato? Recortes do Vilarino na Manchete (1952, 1953 e 1975
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domingo, 22 de novembro de 2020
Dá--lhe Crivella ! Prefeito garante Covid para todos no Réveillon carioca
Crivella está de saída da prefeitura do Rio mas não deixa de impor à cidade medidas irresponsáveis e eleitoreiras. Agora, o desprefeito vai permitir que os quiosques da orla façam aglomeração no Révellon, com direito a cercadinhos para convidados e shows. É fácil saber o que vai acontecer. Se cercadinhos privados são permitidos, porque o povão não pode levar para areia a cervejinha, o frango e a farofa? A Covid vai entrar em 2021 cheia de gás.
A essa altura o G-20 virtual está torcendo para a conexão da internet cair e Bolsonaro sair do grupo
Depois de pária vem o que? Nada. Na Índia, origem da palavra, pária é a casta mais baixa. Ontem , o anormal que preside o Brasil fez o pais descer mais alguns degraus rumo à exclusão do convívio internacional, à desclassificação global. Em um grotesco pronunciamento, negou o racismo, negou o meio ambiente, negou o enfrentamento científico da pandemia, negou, enfim, a sua suposta saúde mental. Os demais líderes do G-20 só faltaram entoar o coro "pede pra sair". Hoje, em novo pronunciamento diante dos chefes de Estado, tentou consertar as idiotices de ontem. Em vão. Na sequência, a conferência virtual abordou outros assuntos talvez torcendo para cair a internet e elemento não mais voltar à live.
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Lobby ataca Mata Atlântica no Rio de Janeiro: diga não ao autódromo que destrói floresta
Quando política e interesse poderosos se juntam, a cidade perde. Como um rolo compressor, um projeto absurdo avança: a construção de um execrável autódromo na Floresta do Camboatá a custa do último reduto da Mata Atlântica em área plana da cidade.
Os lobistas e os políticos recrutados já tentaram envolver a FIA (Federação Internacional do Automobilismo) e os promotores da Fórmula 1. Aparentemente, sem sucesso. Jornais europeus e até o piloto Lewis Hamilton criticam o que pode se configurar um crime.
Ontem, a Comissão Estadual de Controle Ambiental rejeitou o pedido de licença ambiental, mas um grupo de conselheiros ligados ao governo estadual sensível ao lobby exigiu um "novo estudo". Isso significa que a pressão para a destruição de Camboatá avança, apesar do órgão de controle ambiental apontar vários locais alternativos para a construção de um autódromo sem que haja agressão à natureza. Fique atento. Você pode ajudar a evitar um delito ambiental em andamento. AQUI
Para jornalistas e não jornalistas - "No Rastro Digital do Dinheiro Público": um curso para pegar corrupto...
(Do Knight Center/LatAm Journalism Review)
Já está disponível a versão autodirigida do curso “No Rastro Digital do Dinheiro Público: Como fiscalizar gastos da União, estados e municípios". Isso significa que todos os conteúdos, como videoaulas, leituras, testes e outros materiais, estão abertos na plataforma de aprendizagem online do Knight Center, JournalismCourses.org.
É uma oportunidade a mais para jornalistas e não-jornalistas aprenderem sobre como o orçamento público funciona e como identificar potenciais casos de uso indevido do dinheiro do contribuinte.
“Capacitar e fomentar o acesso à informação em relação à fiscalização das contas públicas, amplia o controle social e contribui para o aprimoramento da qualidade e da legalidade do gasto'', disse o instrutor Gil Castello Branco, que tem uma larga experiência ensinando jornalistas a como acompanhar os gastos do governo.
A partir de exercícios práticos em bancos de dados disponíveis, o curso torna os participantes aptos a investigar a qualidade e legalidade das contas públicas e a apontar suspeitas de mau uso do dinheiro público nos diferentes níveis de governo.
“Eu gostei muito do Siga Brasil. É um banco de dados complexo, mas completo. É uma grande fonte de dados. Porém, é preciso aprender um pouco de AFO - Administração Financeira Orçamentária. O site Compara Brasil também é excelente, sendo uma importante fonte secundária” disse o jornalista e aluno do curso Carlos Eduardo Matos, baseado em Brasília.
Para o jornalista Germano Martins, as orientações sobre como navegar nos portais do governo federal e do Senado foram as mais úteis. "Eu pretendo colocar em prática apresentando pautas no meu ambiente de trabalho. O curso vai ajudar a elaborar essas pautas," disse.
Em sua versão original, o curso foi ministrado de 7 de setembro a 4 de outubro de 2020 e contou com 2.276 alunos registrados. A maior parte deles do Brasil, mas também de Angola, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, mas também de países como Argentina, Colômbia e México.
Este curso é uma parceria do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas com a Associação Contas Abertas, com apoio do Google News Initiative. Para saber mais sobre o curso e acessar seus materiais, visite a página dos cursos autodirigidos do Centro Knight.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA AQUI
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Panis EXCLUSIVO - O 5000º mergulho de um aventureiro em Manchete. Por Roberto Muggiati
Ao longo dos meus vinte e tantos anos como editor de Manchete, tive a primazia de registrar em primeira mão as façanhas de incontáveis aventureiros que saíram pelo mundo enfrentando os maiores desafios dos esportes radicais. Assim foi com o Príncipe D. João de Orleans e Bragança em seus primeiros ensaios surfísticos; com os irmãos Metsavah em suas incursões de snowboard nos Andes (Oskar se tornaria depois o criador da Osklen); com Pepê na asa delta; Rico e Ricardo Bocão brilhando nas pranchas; e com o saudoso alpinista Mozart Catão, que, depois de conquistar o Kilimanjaro e o Everest (lembro as pontas dos dedos da mão que perdeu, congeladas ao tirar a luva para fotografar o feito), morreu no Aconcágua soterrado por uma avalanche em 1998, aos 35 anos, como seu homônimo Wolfgang Amadeus.
Neste 2020 fatídico, desafiando também a pandemia, um de nossos mais ativos aventureiros, Carlos Eduardo Carvalho Lima (completa 80 anos em abril) acaba de atingir uma marca notável no ranking internacional. Fez, nas ilhas Maldivas, Oceano Índico, o mergulho número 5000 em seus mais de 40 anos de fotografia submarina, amplamente documentados pelas revistas Manchete e Geográfica.
Carlos Eduardo relatou o feito com exclusividade para o Panis Cum
Ovum:
“Os moradores de Veligandu ficaram orgulhosos por eu ter escolhido o atol para o mergulho histórico. Mergulhei com a dive master, ela preparou um cartaz comemorativo e filmou a aventura. À noite, me convidou para participar de uma cerimônia com os mergulhadores presentes exibiu partes do vídeo e me ofereceu um diploma celebrando a marca. Foi uma cerimônia que me deixou emocionado!
Mais comovente foi a paisagem submarinha que os arrumadores do meu bangalô fizeram com folhas com peixes-palhaço, arraias, tartarugas, um barquinho a vela e gaivotas. Um trabalho artístico!
Doeu o coração ter de
desmanchar o arranjo sobre a cama para podermos dormir.”
sábado, 14 de novembro de 2020
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Na capa da Vogue: Ingrid faz história
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Bruno Barbey (1941-2020): "Foi no Brasil que descobri a cor". O fotógrafo da Magnum, que trabalhou para a Manchete nos anos 1970, morreu na última segunda-feira em Vincennes , onde morava, perto de Paris.
domingo, 8 de novembro de 2020
Memórias da Manchete: O dia em que quase entrei na Geórgia por engano • Por Roberto Muggiati
O destaque da Geórgia na reta final das eleições presidenciais americanas me fez lembrar um episódio ocorrido por conta da Manchete em julho de 1984, durante a cobertura da turnê “Victory” dos Jacksons, capitaneada por Michael, então no auge do sucesso em sua fase pós-Thriller. Eu acabava de ser reconduzido à direção da revista e, como um presente de grego, Jaquito passara para mim um convite da gravadora Sony – feito na verdade à Rádio Manchete – para cobrir uma das primeiras apresentações da turnê, em Jacksonville, Flórida. Tudo bem, interessava – e muito – à revista, mas era o tipo de viagem que, com sua verve costumeira, Justino Martins batizara de “viagem-piscina”: “Tu salta, nada rápido, bate na outra borda e volta, tchê...”
Saímos
do Rio sexta-feira à noite, chegamos a Miami na manhã de sábado. Até
Jacksonville, no extremo norte do estado, era uma hora e meia de voo num
aparelho convencional. Estávamos na época dos furacões e vivemos momentos de
incerteza até ter nosso voo liberado. Fomos instalados num motel 30 quilômetros
ao norte do que seria o “centro”. Jacksonville era uma cidade estranha,
construída às margens do rio St. Johns, com 15% de sua área ocupada pela água.
Aproveitando
as mordomias da Sony, um radialista gaúcho pediu um carro para circular pela
região, que a gravadora providenciou na hora. Gentilmente, o radialista
concordou em me levar até uma loja de música que eu havia contatado por
telefone, a fim de comprar um saxofone alto – o tenor eu já tinha. Ficava a uns
20 quilômetros de distância e tivemos de atravessar umas dez “toll bridges” – pontes de pedágio – até
chegar lá. Valeu a viagem: a loja tinha um sax alto Conn praticamente novo a
preço de segunda mão, 450 dólares. Um garoto de doze anos ganhara o
instrumento, tomara duas aulas, enjoara da coisa e desistira do saxofone. Na
volta para o hotel procuramos um local para almoçar. Meu amigo gaúcho não era
muito familiarizado com o carro hidramático, nem eu. Além do mais, erramos o
caminho e de repente vimos na autoestrada uma placa anunciando Georgia 5 miles. Felizmente, achamos um
último retorno salvador e um grande restaurante de beira de estrada com cara de
churrascaria. Lá encontramos quase toda a turma convidada para a viagem,
inclusive os jovens executivos da Sony. À saída fizemos uma foto de grupo com o
saxofone em primeiro plano. Exigiram que eu “desse uma palinha”, achei que ia dar
um vexame monumental. Ainda mais com um sax alto que nunca tinha soprado.
Liguei o automático e peguei uma Wave
– não tem um dedilhado dos mais fáceis – mas não é que surfei numa boa a onda
do velho Jobim? Tocar saxofone é como andar de bicicleta, depois que você
aprende não esquece mais. Tocar bem
já é outra história...
Antes
do espetáculo saí fotografando os fãs de Michael Jackson devidamente
paramentados a caminho do estádio, cheguei atrasado ao coquetel para a imprensa
– caviar, champanha e cocaína já tinham
acabado...
O
show foi o que já se previa: Michael Jackson dando uma tremenda colher de chá
para os irmãos, que andavam mal de carreira e dinheiro e deixando de ser aquele
Michael solista genial do Thriller.
As três apresentações de Jacksonville, no Gator Bowl Stadium – receberiam um
público de 135 mil pessoas. A queima de fogos ao final agradou mais do que o
show e foi mais longa e feérica do que a do Réveillon de Copacabana.
PS • Ray Charles deve estar vibrando... Por falar em música, vale assinalar que voltou a soar nos céus da América uma das mais belas canções de Hoagy Carmichael, Georgia on My Mind, gravada em 1930 pelo autor com a banda que incluía o genial cornetista Bix Beiderbecke. Mas foi a versão gravada em 1960 por Ray Charles, nascido na Geórgia, que chegou ao número um na parada de sucessos da Billboard e seria adotada como o hino oficial do estado da Geórgia. OUÇA AQUI
https://www.youtube.com/watch?v=QL3EZwSJAh0
Memes e frases sobre a derrota de Trump
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sábado, 7 de novembro de 2020
Biden presidente. Trump se recusa a deixar a Casa Branca e parte para o golpe jurídico
Foto Democratic. org
Joe Biden e Kamala Harris eleitos!. Os Estados Unidos dão um basta na chamada era Trump.
O magnata tresloucado não aceita a derrota, atitude já esperada, e anuncia a tentativa de golpe jurídico para permanecer na Casa Branca.
O país viverá dias tensos.
O desespero e o discurso de Trump alegando fraude se espalham entre seus apoiadores, muitos deles ostensivamente armados com fuzis.
Nos próximos dias, a democracia vai ser testada, como jamais aconteceu na história dos Estados Unidos.
NBC, ABC, e MNSBC cortam discurso mentiroso de Donald Trump. É a mídia defendendo a democracia. Atitude válida para todo mundo.
O jornalismo profissional criou defesas contra o fenômeno neofascista das fake news. É a checagem de cada mentira que circula nas redes sociais. Políticos como Trump e Bolsonaro dão seguidas mostras de que isso não basta. Na cara de pau, ambos usam a mídia profissional para espalhar notícias falsas. Na última quinta-feira, Donald Trump fez o mais vergonhoso discurso já pronunciado por um candidato. Sem apresentar qualquer prova, afirmou que venceria facilmente se fossem contabilizados apenas os" votos legais" e que, se fossem incluídos os "votos ilegais", os democratas "roubariam a eleição". Diante da acusação infundada, as redes NBC, MSNBC e ABC imediatamente interromperam a transmissão do discurso, na verdade uma peça de fake news, por considerarem que o conteúdo favorecia a desinformação. O fato provoca debates entre jornalistas. Há quem apoie a decisão das redes e defenda que se torne norma ética, há quem critique e, uma terceira opinião advoga que as emissoras devem permitir que o indivíduo minta e, em seguida, devem desmascarar a mentira para os telespectadores. Assim como Goebbels usava o rádio para difundir as mentiras nazistas, a ultradireita também não tem qualquer pudor em distorcer os fatos nas redes sociais, em nome da ideologia. Do neofascismo, na prática. O problema é quando fazem isso em meios de comunicação legítimos. Devem os veículos servirem de plataforma para a ascensão no neofascismo? Quando toma posição, a grande mídia norte-americana (e aí se destacam os jornais Washington Post e New York Times, especialmente) está alguns degraus acima do seu equivalente no Brasil. Aqui, aplica-se o dogma nem sempre oportuno de "ouvir os dois lados", seja lá o que for. Também não se contesta a mentira no ato. Bolsonaro, por exemplo, diz o que quer e qualquer fake news que ele espalhe é respeitada como a "opinião" do presidente. Diante do uso massivo das redes sociais como instrumento de pregação antidemocrática, torna-se válido que a mídia profissional não dê espaço para o neofascismo. NBC, ABC e MSNBC deram uma lição ao mundo.
O tour mais ridículo da semana: a viagem da delegação da OEA que foi "observar" as eleições americanas...
A OEA (Organização dos Estados Americanos) foi criada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, depois da Segunda Guerra. O objetivo era implantar um muro continental ideológico contra o "esquerdismo". No cenário internacional, a geringonça tem mais irrelevância do que consequência. Mais de 70 anos depois de fundada continua como uma franchise de Washington. Por isso, ao viajar para "observar" as eleições norte-americanas, a OEA fez apenas o papel que lhe cabe: o do ridículo. Em pouco mais de 24 horas, os "observadores" conseguiram "observar'" que estava tudo bem. Não saiu uma linha sequer nos jornais americanos sobre as "observações' da delegação. Se tivessem optado por dar uma passada na Disney e posar com o Pateta poderiam auferir pelo menos uma notinha em um tabloide cucaracha de Orlando.
A OEA não entende de eleições, é mais ativa em referendar golpes, como os que assolam as Américas do Sul e Central.
A piada: ao se apresentar em uma seção eleitoral, a delegação devidamente engravatada e de cabelo gomalinado informou aos mesários que estava ali para "observar" se a coisa ia bem. "OEA, what?", espantou-se o voluntário enquanto folheava um maço de cédulas eleitorais.
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
Fotojornalista André Dusek lança livro que desvenda a "glória" e a decadência de Serra Pelada, a mina de ouro da ditadura...
Serra Pelada: ponte-aérea entre a miséria e a riqueza. Foto André Dusek/Divulgação
domingo, 1 de novembro de 2020
Capa da Time:chegou a hora de dar um reset no mundo
Uma capa que provoca reflexão. A ascensão da direita neonazista e a Covid-19 levam o mundo a dar um freio de arrumação: o capitalismo tem que ser reinventado. Não dá para ignorar mais temas como a desigualdade, o racismo, o meio ambiente, a fome, a redistribuição de renda, resgatar a dignidade do emprego... É isso ou a barbárie no poder em poucas décadas.
E a Veja? Pelo jeito privilegia na capa sua preferência... Vai ter que inverter a carta na semana que vem?...
Chamada de capa em inglês: Veja quer falar com quem? Avenida Paulista, Miami, Jurerê, Barra da Tijuca...
sábado, 31 de outubro de 2020
De Sean Connery para a Justino Martins: "Sensibilizado com a acolhida que a Manchete tem dado aos meus filmes"
No auge do sucesso da série 007, o ator deu pelo menos duas entrevistas a Justino Martins, exclusivas para a Manchete. Uma nos estúdios da Pinewood, a 30km de Londres, e outra em Cannes.
Em 1965, quando filmava no Caribe "007 Contra a Chantagem Atômica", Sean Connery enviou para a Manchete fotos das filmagens, entre as quais as duas acima reproduzidas: quando se preparava para uma cena de mergulho e em um momento de sorte grande, talvez até de glória, ao tirar um espinho do pezinho da Claudine Auger.
O portador do material foi Adolfo Celli, o ator e diretor italiano que morou no Brasil, dirigiu o Teatro Brasileiro de Comédia, participou da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e foi casado com a atriz Tonia Carrero.
Junto com as fotos, Sean Connery mandou um bilhete para Justino no qual elogiava a revista e prometia vir ao Brasil um dia. Promessa que, infelizmente, não se realizou. O 007 até veio ao Rio de Janeiro, mas já interpretado pelo ator Roger Moore que, em 1979, passou duas semanas na cidade filmando '007 Contra o Foguete da Morte.