segunda-feira, 25 de maio de 2020
A líder que o Brasil inveja faz a Nova Zelândia vencer a Covid-19 e não perde o charme nem diante de um terremoto...
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que é uma das personalidades mundiais que melhor conduz um país durante a pandemia e, antes disso, enfrentou com habilidade as consequências do ataque terrorista de Christchurch, mostra , mais uma vez, do que é feita. Ela dava uma entrevista por meio de vídeochamada quando um terremoto atingiu o prédios do Parlamento, Zelândia, em Wellington, quando calmamente falou para a câmera,sorrindo: "Estamos apenas tendo um terremoto aqui. Mas estamos bem. Parece que estou em um lugar estruturalmente sólido".
VEJA O VÍDEO AQUI
Financial Times: um desastre chamado Bolsonaro
A negação da pandemia levou o governo brasileiro a retardar providência. Mesmo na fase Mandetta, não houve vigilância em aeroportos, não houve recomendação para uso de máscaras e nem estímulo ao isolamento. Houve um momento em que o Ministério da Saúde, em meados de março, passou a recomendar tudo isso, contrariando Bolsonaro, mqas o tempo perdido não foi recuperado.
A burrice do governo federal é tamanha que, ao combater o isolamento em nome da economia, leva prejuízo ainda maior à... economia. Basta verificar o exemplo da Espanha e da Itália, que viveram surtos gravíssimos, permaneceram em isolamento por cerca de 60 dias e já estão aliviando as restrições. O Brasil em "isolamento" meia-bomba, com Bolsonaro e sua seita desestimulando agressivamente a recomendação de #ficaremcasa, viu a contaminação e a curva de mortes dispararem. O resultado é que vai levar mais tempo para começar a volta à normalidade . O que o Brasil perde com isso? Vidas, empregos, produção industrial, vendas no varejo etc. Ou seja: os idiotas federais forçaram um tiro no pé ainda maior na economia.
Por essas e por outras, veículos como Financial Times alertam os investidores: o Brasil é um desastre.
A burrice do governo federal é tamanha que, ao combater o isolamento em nome da economia, leva prejuízo ainda maior à... economia. Basta verificar o exemplo da Espanha e da Itália, que viveram surtos gravíssimos, permaneceram em isolamento por cerca de 60 dias e já estão aliviando as restrições. O Brasil em "isolamento" meia-bomba, com Bolsonaro e sua seita desestimulando agressivamente a recomendação de #ficaremcasa, viu a contaminação e a curva de mortes dispararem. O resultado é que vai levar mais tempo para começar a volta à normalidade . O que o Brasil perde com isso? Vidas, empregos, produção industrial, vendas no varejo etc. Ou seja: os idiotas federais forçaram um tiro no pé ainda maior na economia.
Por essas e por outras, veículos como Financial Times alertam os investidores: o Brasil é um desastre.
Famosos em quarentena dão prejuízo aos paparazzi
O repórter Felipe Pinheiro, do UOL, mostra que o sumiço das celebridades durante a Covid-19 afeta o bolso dos paparazzi. "Os famosos praticamente desapareceram do radar dos paparazzi durante a pandemia do novo coronavírus. Sem praia, shopping ou parques, que foram esvaziados e fechados, os profissionais especializados em fotografar celebridades tiveram suas vidas diretamente afetadas pela quarentena, que já passa de dois meses em várias regiões do Brasil", relata a matéria.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NO CANAL TV E FAMOSOS, NO UOL, AQUI
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domingo, 24 de maio de 2020
Glossário de Bolso e a ceia do boca-suja
Foto: Reprodução do relatório do Instituto de Criminalística/PF |
Na ditadura, o general João Figueiredo ficou conhecido pela grossura. Mas não recorria a palavrões, pelo menos quando falava em público. "Prefiro cheiro de cavalo ao cheiro do povo"; "Quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento"; "Se eu ganhasse salário mínimo, eu dava um tiro no coco"; "Me envaideço de ser grosso"; "Durante muito tempo o gaúcho foi gigolô de vaca". São frases que estão entre as suas máximas.
Diante do que se falou na reunião de ministros comandada por Bolsonaro, Figueiredo seria considerado uma dama vitoriana.
Ao longo da reunião foram ouvidos quase 40 palavrões. A maioria pronunciados por Bolsonaro, mas tendo ministros como Paulo Guedes na cola, além do presidente da Caixa Pedro Guimarães.
Considerando que a reunião era para discutir planos de desenvolvimento para a pós-pandemia, imagina-se que as expressões abaixo façam parte da estratégia presidencial e do plano de ação dos ministérios. "Vamos fazer a porra do dólar cair"; "A merda dos juros; "a bosta do PIB está mal"; "Vamos foder com o STF".
Por tudo isso, familiarize-se com o glossário do Planalto.
* Merda - foi usada como "deu merda", "uns merdas", "falou merda".
* Bosta - "um bosta de um prefeito fez a bosta de um decreto", esses bosta,"esse bosta de governador".
* Porra ou porrada - "tira a cabeça da toca porra", também refere-se a ministros e poderes como "porra".
* Foder - usada por Bolsonaro como "se foder", "foder minha família". Já Paulo Guedes ampliou o xingamento para "deixa cada um se foder".
* Putaria - Bolsonaro referindo-se ao Inmetro
* Puta que o pariu - quando alguém diz que um ministro está indo bem apesar do presidente
* Filho da puta - "um filho da puta ser posto em liberdade", sobre presos que foram liberados por causa da Covid-19.
* Cacete - "péssimo exemplo é o cacete", sobre romper o isolamento
* Caralho - Braga Neto dirigindo-se ao ministro Tarcísio, "você também, caralho?".
* Hemorroída - sobre essa palavra usada por Bolsonaro, há um discussão. Não fez muito sentido. Filólogos podem achar que ele quis se referir ao popular cu, o hospedeiro da hemorroida, quando disse "que os caras querem é a nossa hemorroida. É a nossa liberdade".
Ministro propõe trambique federaL...
O Globo de hoje publica anúncio de página inteira, assinado por Greenpeace, WWF, SOS Mata Atlântica, ISA e Observatório do Clima, que responde a Ricardo Salles. Na famigerada reunião comandada por Bolsonaro, o ministro sugeriu manobras na surdina para implantar medidas sem que os brasileiros - em plena tragédia da Covid-19 - pudessem perceber. Uma espécie de estelionato institucional em pleno Planalto..
Pornô-política: suruba autoritária em reunião ministerial com orquestração de palavrões
CENA 1
"DÁ LOGO UM ESPORRO"
* O clima é de reunião de alunos do ensino médio, turma do fundão. As redes sociais usam o termo "gado" para designar os fanáticos seguidores da seita bolsonariana. Pois a expressão pejorativa acaba de ganhar up grade. Bolsonaro trata os ministros - e alguns deles parecem se comportar de acordo - como se bovinos fossem. O uso de palavrões faz parte do protocolo. Bolsonaro fala e os demais se sentem à vontade para imitar. O enquadramento humilhante dos ministros por parte do "líder' é outra coisa que chama a atenção. Lembra as paródias dos filmetes do Hitler que as redes sociais adaptam a todas as situações. O coronel Jarbas Passarinho entrou para a história por sua participação na reunião que aprovou o AI-5s, em 1968. "Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”. Se estivesse à mesa, no Planalto, no fatídico dia 22 de abril de 2020, Passarinho se sentiria à vontade - e não apenas por estar cercado de militares- para ressignificar e resumir sua famosa frase. Bastava dizer 'foda-se a consciência" e estaria sob medida no figurino do Planalto.
CENA 2
"ESSES PULHAS"
CENA 3
"O PRÍNCIPE AUTORIZOU"
* Lorezoni bate um papo na Árábia Saudita e acha que descolou bilhões de dólares. Acredita que o "príncipe" vai morrer nessa grana sem saber nem onde vai aplicar. "Temos dez bilhões de dólares da Arábia Saudita que precisa definir onde vai botar". Do jeito que ele fala, pode até desejar nos cofres do Centrão que o governo está abarrotando. Lorezoni é como aquele caipira que cai no conto da loteria. Ou como a "cinderela" seduzida na calada da noite. Pergunte se o "príncipe" até hoje compareceu com a grana "prometida".
CENA 4
NINGUÉM TÁ VENDO. É HORA DE PASSAR A DESREGULAMENTAÇÃO
POR BAIXO DA MESA
* O ministro quer brincar de esconde-esconde. Total tática 171. Sugere que o pais e a imprensa distraídos com a epidemia oferecem o momento para baixar decretos e portarias que o povo não precisa saber. Na verdade, o jogo sujo do ministro já está em execução: o desmatamento na Amazônia cresce exponencialmente, perdão de multas e demissões no Ibama fazem a festa dos criminosos na região, enquanto os brasileiros estão preocupados com a Covid-19.
CENA 5
BOLSONARO É O PRÓXIMO CHURCHIL, O ROOSEVELT BRASILEIRO
* Esse aí exagerou na bajulação. O saco bolsonariano deve ter saído avariado dessa reunião. Justiça seja feita: não apenas esse elemento manejou o saco presidencial. Tantas eram as mãos apalpando o "líder" que este saiu da mesa para botar um pouco de gelo no indigitado.
CENA 6
O COWBOY QUE TEM 15 ARMAS E PODE MATAR OU MORRER
* O burocrata acima está com a macaca. Baixou um Rambo no fulano. Aparentemente, o tema da reunião era um projeto de desenvolvimento que o próprio governo detonaria dias depois dessa pajelança de ministros. Mas o sujeito acima é um "revoltoso" e prefere discorrer sobre o que faria se tivesse a filha retirada da praia em tempo de isolamento social. Promete pegar 15 armas que guarda no seu arsenal família.
CENA 7
DAMARES DIVULGANDO FAKE NEWS NA REUNIÃO
Damares "denuncia" que a "esquerda" está contaminando aldeias na Amazônia só para "colocar nas costas do presidente". Já é público a a ministra costuma ver coisas. Dessa vez, ela "flagrou" uma conspiração para disseminação do coronavírus. Ninguém riu ao ouvir o novo delírio da figura, mas Damares está pronta para ser roteirista de filmes de terrir.
CENA 8
"ODEIO, ODEIO"
* Weintraub fala como se interpretasse o papel de um ditador de chanchada. Reclama que só ele quer tocar fogo no país e se ferra por isso. Insiste que quer lutar. É uma espécie "generalíssimo Franco" de cabaré. Erra ao não perceber que esse lugar já está ocupado em Brasília.
CENA 9
CENA 9
FAMÍLIA AMEAÇADA DE LEVAR FODA
CENA 10
"PERDE O MINISTÉRIO QUEM FOR ELOGIADO PELA FOLHA OU PELO GLOBO"
* Uma cena significativa. Bolsonaro assume claramente que quer formar uma milicia particular armada; diz que tem um serviço de informação privado; e confirma que interfere na PF em palavras, na reunião, e em atos antes e depois desse encontro com ministros.
CENA 11
A LA MUSSOLINI: "FAZ GINÁSTICA, CANTA O HINO, BATE CONTINÊNCIA"
* Uma sequência importante. Nela Paulo Guedes, tido pela mídia como "ministro técnico", mostra que é mais uma das anomalias ideológicas do governo federal. Uma Damares com filtro.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
Deu febre alta na enfermaria. Veja as fotos que quebraram a internet
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Reprodução Twitter |
A enfermeira russa Nádia, 23 anos, se queixou de que os trajes de proteção exigidos pelo trabalho diário para atender vítimas de coronavírus são pesados e pouco funcionais. "É muito desconfortável usar a vestimenta completa por tanto tempo", justificou. Ele optou então por dispensar o avental e usar apenas a capa protetora transparente. Um paciente fotografou a cena no Hospital de Tula, cidade ao sul de Moscou As fotos viralizaram nas redes sociais mundiais. A mídia inglesa aventou que o ato seria um protesto por falta de equipamento de proteção, o que não foi confirmado.
Não foi informado se os pacientes apresentaram significativa melhora psicológica após o episódio. Por outro lado, ninguém reclamou, ela cumpriu os procedimento com eficiência. O hospital quis inicialmente punir a enfermeira, mas em seguida avaliou que ela usava todos os equipamentos de proteção indispensáveis e obrigatórios, ou seja, óculos, luvas, traje impermeável, máscaras e gorro hermético.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Cloroquina para o futebol?
Reproduções Twitter |
Só falta o Flamengo receitar cloroquina para os jogadores.
A patética comitiva rubro-negra,que levou o Vasco no sovaco e foi a Brasília apoiar Bolsonaro na campanha para o retorno às atividades em plena ascensão da pandemia no Brasil já dá resultados. Ignorando recomendações da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Flamengo meteu o pé na porta e abriu o seu Ninho do Urubu para treinamentos. Em Brasília, o inspirador da medida deve estar batendo palmas.A diretoria do Flamengo já mostrou no caso dos meninos mortos no incêndio do contêiner assassino (que deu triste fama ao mesmo Ninho do Urub) que consciência social ali é zero. Naquele caso, o clube fez polêmico acordo com algumas famílias e ainda mostra crueldade ao postergar na justiça as indenizações à maioria dos parentes das vítimas. Faltou humanidade.
Agora, forçar a barra para a volta do futebol é priorizar o vil metal em troca da segurança sanitária.
Revoltados com a atitude da diretoria do clube ao se aliar a Bolsonaro na contramão da luta contra o coronavírus, alguns torcedores rubro-negros picharam a sede do clube, hoje, na Gávea, no Rio.
Em tempo: Fluminense e Botafogo, com muito mais consciência e dignidade, não concordam com essa precipitação do Flamengo que leva o Vasco a reboque e insiste na volta do futebol enquanto o número de mortes por Covid-19 bate seguidos recordes na cidade.
Saravá, Sodré! Você previu o Grotesco, mas ele é muito pior do que se pensava... • Por Roberto Muggiati
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Muniz Sodré Foto/ Divulgação ECO/UFRJ |
Muniz Sodré de Araújo Cabral, uma avis rara no universo jornalístico brasileiro.
Desde final de abril, nosso amigo, aos 78 anos, enfrenta bravamente o coronavírus. Vamos torcer por ele! Baiano de São Gonçalo dos Campos, região de Feira de Santana, além da meia dúzia de línguas mais banais que todos nós conhecíamos, Muniz Sodré tinha sólidas noções de latim e grego e falava russo fluentemente. Nos conhecemos na reportagem da Manchete em Frei Caneca, no início de 1966. Pelo domínio de idiomas e por nossa cultura geral, éramos “repórteres especiais” da grande revista. Eu tinha 28 anos, ele 24. Na época, o goleiro da seleção soviética, Lev Yashin, considerado um dos melhores do mundo (a URSS foi a quarta colocada na Copa de 1966), visitou o Rio. Pois Muniz Sodré entrevistou Yashin em russo e ainda, com ginga soteropolitana, cobrou um pênalti contra ele no Maracanã, bola de um lado, goleiro do outro.
– Pare de ser stakhanovista, Justino!
Lembro até hoje o berro indignado de Muniz Sodré na saleta de Frei Caneca, onde as reuniões de pauta eram honradas com a presença do Jaquito, o “delfim” do Adolpho Bloch.
O stakhanovismo foi um movimento que nasceu na União Soviética de Stalin em 1935 por iniciativa do mineiro Alexei Stakhanov, que defendia o aumento da produtividade operária com base na própria força de vontade dos trabalhadores. Enfim, Stakhanov era o típico “operário-patrão”. Muniz acusava o editor da Manchete de explorar vilmente os repórteres sem a devida recompensa pecuniária.
Quando o homem pisou na Lua, em 20 de agosto de 1969, Muniz Sodré era chefe de reportagem da Manchete. Muniz foi intimado a assistir ao evento com os Bloch no suntuoso prédio do Russell, recém-ocupado pelas redações, que fizeram o upgrade da deletéria Frei Caneca para a privilegiada vista do Pão de Açúcar. Muniz preferiu, naquela noite de domingo, ver o grande acontecimento em casa com a família. Por não demonstrar o almejado esprit de corps, na manhã seguinte foi removido do cargo de chefia. Tecnicamente, nada – a não ser uma improvável entrevista exclusiva do astronauta Neil Armstrong – exigiria a presença do chefe de reportagem na redação naquela noite. Mas os Karamabloch eram assim...
Em 1969, voltei da Veja em São Paulo para ficar os restantes trinta e tantos anos na Bloch, até a falência múltipla de 1º de agosto de 2000. Tornei-me o editor de Manchete que mais tempo ficou no cargo. Nenhum mérito nisso, apenas pura vaidade e burrice minha. Depois do episódio do Homem na Lua, Muniz Sodré afastou-se do jornalismo para investir mais na sua já brilhante carreira como filósofo da comunicação de massa e também como professor, com trabalhos publicados no mundo inteiro. Nós, que fomos tão próximos na época de Frei Caneca, nunca mais nos vimos – um afastamento de meio século – incrível isso, não, morando na mesma cidade? Uma estranha simetria: em 2011 fui eleito para a cadeira 33 da Academia Paranaense de Letras. Em 2019 Muniz Sodré foi eleito para a cadeira 33 da Academia de Letras da Bahia, na vaga de Mãe Stella de Oxóssi.
Um dos conceitos fundamentais na vasta e multifacetada obra de Muniz Sodré é o do grotesco. Ele o trabalhou desde o lançamento do livro A comunicação do grotesco: Introdução à cultura de massa no Brasil, em 1972, até os tempos atuais. Assim o definia: “O grotesco é a estética da diferença escandalosa entre forma e fundo, capaz de suscitar efeitos paradoxais e ridículos. É uma turbulência risível.” Chacrinha, o Velho Guerreiro do grotesco, decretou: “Quem não se comunica se trumbica...” Uma definição genial, rimada até. Os políticos aprenderam a lição da TV. Sílvio Santos não chegou quase à presidência? E Luciano Huck não é perseguido pela mosca azul? Os políticos não só botaram no chinelo os grandes comunicadores da TV, eles também se tornaram mil vezes mais grotescos. Brasília, fundada há 60 anos, no grotesco light dos fraques e cartolas ao sol tropical, aderiu ao ridículo tosco, sem o charme de JK, e tornou-se a capital mundial do grotesco. Flagrantes abundam na rampa dos insensatos e nas imediações da Praça dos Podres Poderes – é um espetáculo permanente.
Saravá, Sodré! Entre o coronavírus e a República dos Grotescos, salve-se quem puder!
Covid-19 - Fotojornalista Alex Ferro registra drama cotidiano no Rio de Janeiro
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Com falta de ar, Ana dos Santos, 79 anos, chega a um hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por falta de vaga, ela não foi sr internada. Foto de Alex Ferro |
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Reprodução/Veja. Clique para ampliar |
COVID-19. Revista Veja 21/05/2020. Especial Pg 67. Nas Bancas.
Fotojornalismo de guerra na cobertura do real retrato amargo do sistema público de saúde, totalmente saturado e vivenciando cenas de terror.
Sobre a foto: “Disseram que não havia leitos, que era para ela voltar para casa". O relato é de Raiane, 27 anos, neta da dona Ana.
Nesse gravíssimo momento, quando os nossos queridos avós enfrentam a terrível “escolha de Sofia”, o fotojornalismo alerta e documenta para a posterioridade esse dramático problema planetário. Nasci para fotografar!
Seita do ódio agride jornalista
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Reprodução |
Jornalistas mineiros denunciam mais uma agressão de bolsonaristas a profissionais da mídia. Dessa vez, o repórter cinematográfico Robson Panzera, da TV Integração, afiliada da Rede Globo em Barbacena (MG), foi agredido, teve a mão fraturada e o equipamento destruído. O membro da seita do ódio que cometeu a agressão, segundo registros no Twitter, chama-se Leonardo Rivelli e foi parar na delegacia. Antes de partir para cima do repórter, ele berrou "Globo Lixo". Por falta de punição rigorosa e condenações efetivas para esses elementos, os casos de agressão por parte dos fanáticos apoiadores de Bolsonaro se tornam frequentes. Vídeo AQUI
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Rindo da desgraça
Aparentemente, nada diverte mais Bolsonaro do que a pandemia. Ontem, o Brasil atingiu a triste marca de 1.179 óbitos em 24 horas.Um morto a cada 73 segundos.
O elemento já celebrou mergulhos no esgoto, segundo ele, hábito do povão, ao dizer que brasileiro tem imunidade, não pega nada. Já ameaçou fazer um churrasco comemorativo. Agora, sugere que a direita tome cloroquina, o tal remédio do qual faz intenso merchandising, e a esquerda tome tubaína.
O Brasil é o único país do mundo cuja política do governo federal para a pandemia é a piada e o deboche.
VEJA O VÍDEO AQUI
O elemento já celebrou mergulhos no esgoto, segundo ele, hábito do povão, ao dizer que brasileiro tem imunidade, não pega nada. Já ameaçou fazer um churrasco comemorativo. Agora, sugere que a direita tome cloroquina, o tal remédio do qual faz intenso merchandising, e a esquerda tome tubaína.
O Brasil é o único país do mundo cuja política do governo federal para a pandemia é a piada e o deboche.
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terça-feira, 19 de maio de 2020
Lapa na Covid-19: silêncio na beleza e no caos. Por Alex Ferro
por Alex Ferro (texto e fotos)
Covid-19. Bairro da Lapa. Rio de Janeiro. A Lapa essa rainha, chora abandonada e esquecida em pleno domingo de maio, às 17:00.
O maior e mais vibrante “palco” da boemia carioca já está em “lockdown”?
Restaurantes, bares, casas de shows, tudo lacrado. Nas ruas que viviam lotadas agora é o silêncio que impera nesse asfalto solitário.
Som de risos que fluíam pela Lapa, música vinda de diversos locais, criando uma dodecafonia da alegria, desapareceram no rastro do medo da doença.
Realidade sem muita poesia.
Lapa é guerreira. E nessa guerra ela ressurgirá. Com certeza que sim!
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Carnaval 2021 - Na torcida para que o corona deixe o samba sair e o Rio vá à revanche contra a pandemia
A Banda de Ipanema informa que só voltará a sair no carnaval quando houver uma vacina à disposição da população. Não é possível prever, ainda, o impacto da pandemia em 2021, mais precisamente em fevereiro, daqui a nove meses. E não é cedo para começar a falar nisso. O fato é que as escolas, principalmente, estão na expectativa, aguardando o que julho e agosto, meses importantes no cronograma de planejamento e preparação dos desfiles, vão mostrar.
Há cientistas trabalhando intensamente em vários países em pesquisas avançadas. Se não surgir até o fim do ano um coquetel de medicamentos ou uma imunização que detenha o coronavírus, blocos e escolas de samba poderão enfrentar restrições ou até cancelamentos inéditos, como o que anuncia Banda de Ipanema. Este seria o pior cenário.
No livro "Metrópole à Beira-Mar, o Rio Moderno dos Anos 20, o escritor e jornalista Ruy Castro conta que em 1919, após superar a Gripe Espanhola, os cariocas viveram o carnaval da revanche, a grande desforra contra a peste.
Quem sabe, 2021 não repete a dose?
Por enquanto, é torcer para que o vírus deixe o samba sair e cenas como a da foto se repitam no sambódromo no ano que vem. Depende dos cientistas. O samba no pé está nas mãos deles.
Há cientistas trabalhando intensamente em vários países em pesquisas avançadas. Se não surgir até o fim do ano um coquetel de medicamentos ou uma imunização que detenha o coronavírus, blocos e escolas de samba poderão enfrentar restrições ou até cancelamentos inéditos, como o que anuncia Banda de Ipanema. Este seria o pior cenário.
No livro "Metrópole à Beira-Mar, o Rio Moderno dos Anos 20, o escritor e jornalista Ruy Castro conta que em 1919, após superar a Gripe Espanhola, os cariocas viveram o carnaval da revanche, a grande desforra contra a peste.
Quem sabe, 2021 não repete a dose?
Por enquanto, é torcer para que o vírus deixe o samba sair e cenas como a da foto se repitam no sambódromo no ano que vem. Depende dos cientistas. O samba no pé está nas mãos deles.
A foto do fato
Reprodução Twitter |
domingo, 17 de maio de 2020
Dona Sylvia, 108 anos, é bi: sobreviveu à Gripe Espanhola e à Covid-19
Foto de Mitsu Yasukawa/People (link ao lado) |
sábado, 16 de maio de 2020
Futebol na quarentena - O dia em que a seleção brasileira entrou em campo para sair da história. R.I.P
Com o futebol em quarentena, as TVs têm reprisados jogos históricos. Se os programadores não acreditam na audiência ou se é por trauma coletivo mesmo, o jogo Alemanha 7 x 1 Brasil ainda não entrou na fila.
Tanto quanto vitórias memoráveis, a seleção coleciona frustrações infelizmente inesquecíveis. 1950, 1982, 1998... a taça estava na mão. Mas aqueles 7 X 1 são bizarros. Foi o delenda, seleção, como diria Catão.
A evolução do futebol e a brutal desigualdade financeira entre Europa e Brasil tornaram a perda da Copa de 2014, em casa, ainda mais decepcionante. De la para cá, a superioridade da Europa virou hegemonia absoluta. Os principais craques, não apenas do Brasil, mas da América do Sul, são exportados ainda cedo, o calendário tornou-se um obstáculo a mais. As seleções sul-americanas mal têm tempo para treinar e as datas Fifa que sobraram estão praticamente ocupadas pelas seleções europeias. A própria Copa do Mundo começa a perder relevância diante da Eurocopa, de alguns campeonatos de alta qualidade, Inglaterra, Espanha e Alemanha, principalmente, e da Copa da Uefa, sem falar da Liga Europa, que preenche as datas restantes.
A Europa, onde o futebol nasceu, tomou de volta o brinquedo.
Não é exagero dizer que a frustração dos 7 X 1 foi premonitória, marcou fim de uma era. Não por coincidência, a partir daquele ano, a camisa amarela que ia às ruas para comemorar títulos, ganhou um significado, que persiste até hoje, de facção política ou miliciana. Para mais da metade da população, virou uniforme do ódio e intolerância.
Por tudo isso, naquele dia oito de julho de 2014, a seleção entrou em campo para sair da história. Quem viu, viu.
R.I.P.
Tanto quanto vitórias memoráveis, a seleção coleciona frustrações infelizmente inesquecíveis. 1950, 1982, 1998... a taça estava na mão. Mas aqueles 7 X 1 são bizarros. Foi o delenda, seleção, como diria Catão.
A evolução do futebol e a brutal desigualdade financeira entre Europa e Brasil tornaram a perda da Copa de 2014, em casa, ainda mais decepcionante. De la para cá, a superioridade da Europa virou hegemonia absoluta. Os principais craques, não apenas do Brasil, mas da América do Sul, são exportados ainda cedo, o calendário tornou-se um obstáculo a mais. As seleções sul-americanas mal têm tempo para treinar e as datas Fifa que sobraram estão praticamente ocupadas pelas seleções europeias. A própria Copa do Mundo começa a perder relevância diante da Eurocopa, de alguns campeonatos de alta qualidade, Inglaterra, Espanha e Alemanha, principalmente, e da Copa da Uefa, sem falar da Liga Europa, que preenche as datas restantes.
A Europa, onde o futebol nasceu, tomou de volta o brinquedo.
Não é exagero dizer que a frustração dos 7 X 1 foi premonitória, marcou fim de uma era. Não por coincidência, a partir daquele ano, a camisa amarela que ia às ruas para comemorar títulos, ganhou um significado, que persiste até hoje, de facção política ou miliciana. Para mais da metade da população, virou uniforme do ódio e intolerância.
Por tudo isso, naquele dia oito de julho de 2014, a seleção entrou em campo para sair da história. Quem viu, viu.
R.I.P.
Ministro Vainatauba tem ataque de pelanca na CNN
O nível é tão baixo que os ministros de Bolsonaro só querem dar "entrevista combinada". Esse é o entendimento que têm do jornalismo. Depois do surto de Regina Duarte, na mesma CNN Brasil, agora foi o Weintraub que, no ar, surpreendido por uma pergunta sobre a demissão do ministro Teich, o breve, da Saúde, reclamou que não era o "combinado" (o trecho em questão está nos primeiros 4 minutos do vídeo). A âncora Monalisa Perrone rebateu. Veja AQUI
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