sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Um encontro que não deu liga. Casal Trump visita os Obama. E staff da Casa Branca divulga foto nada amistosa...

Obama recebe Trump: conversa formal sobre transição. Foto de Pete Souza/White House

Melania Trump e Michelle Obama:assunto foi "filhos". Foto: White House


Staff da Casa Branca: foto divulgada em rede social no dia da visita de Trump. 
A galera não parece nem um pouco feliz


por Flávio Sépia
O presidente Obama e o presidente eleito Donald Trump não discutiram política na reunião de 90 minutos no Salão Oval, ontem. O tema da conversa foi apenas a transição, segundo o secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest. "Não foi uma reedição de debates", disse ele.

A primeira-dama Michelle Obama tomou chá com Melania Trump. A conversa girou em torno de filhos e rotina de crianças na Casa Branca (Trump tem um filho de dez anos).

Foram divulgadas fotos de Obama com Trump e de Michelleao lado de Melania.

A mídia não recebeu a tradicional foto dos dois casais, juntos. A Casa Branca não explicou porque não foi feita ou, se foi feita, porque não veio a público a tal imagem tradicional.

O que tem chamado atenção é uma foto do staff da Casa Branca divulgada na rede pouco antes da visita de Donald Trump. A mensagem está nas caras...

Presidente de Portugal é fotografado, na rua, engraxando sapatos. Flagrante viraliza na internet...


por Jean-Paul Lagarride

A foto acima foi postada hoje no Twitter. Foi um dos virais da internet nesta manhã, na Europa. 

O gajo que aí está a engraxar sapatos numa rua em Cascais não é um simples freguês: é o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza. 

Logo um internauta, J. Caetano Dias, fotografou a cena. 

Há algo aí para o Brasil refletir. Uma foto dessas jamais seria possível aí nos trópicos onde nem vereador é mortal comum.

O Palácio do Planalto, por exemplo, tem serviço de engraxate. Vai ver um servidor com adicional de função comissionada, adicional de especialização, gratificação de representação e outros penduricalhos que costumam fortalecer os vencimentos oficiais.

E vocês ainda contam piadas de português.



e-Commerce: Alibaba vende mais de 14 bilhões de dólares em 15 horas...


por Niko Bolontrin
Deu no Mashable: no Dia do Solteiro, site de e-commerce Alibaba quebra a barreira dos US $ 14 bilhões em vendas. Só para comparar: o American Cyber Monday vendeu pouco mais de 2 bilhões e meio de dólares no ano passado. E a Black Friday, nos Estados Unidos, não chegou a 5 bilhões de dólares.
Em apenas 52 segundos, o Alibaba atingiu US $ 146 milhões em vendas, sendo que 84 por cento foram feitas via telefones celulares.
E você ainda pergunta porque, em todo o mundo,as lojas físicas estão ralando pra pagar o aluguel.


E Tite falou que "ninguém para o Messi"...

Reprodução Olé

Na coletiva antes do Brasil 3 X 0, Tite falou que "ninguém para o Messi". Quase verdade. Talvez Fernandinho, principalmente, Renato Augusto, Daniel Alves, Marcelo, Miranda tenham resolvido mostrar que é possível. Tite também disse que a solução era não deixar a bola chega aos pés do atacante argentino. Só que a bola toda hora chegava lá. A defesa é que tinha que ir pro pau, às vezes literalmente, parar o craque hermano.

Olé: jornal hermano (que chama o resultado de "catástrofe") publica memes sobre o Brasil 3 x 0 Argentina



Boa Forma em capa tripla: corpos (diversos) em evidência

por Clara S. Britto
A revista Boa Forma, edição de novembro, vem com a campanha #AmoMinhaBoaForma.
A mensagem é clara: beleza natural e um verão democrático. Nada de imposição de modelos e curvas ou falta de.

A atriz Sophia Abrahão, a celebridade fitness da internet Bella Falconi e a cantora Gaby Amarantos estão na capa tripla do mês.

Segundo a revista, elas representam a diversidade de formas e comportamentos.

Gabi Amarantos foi fotografada por Bruno Castanheira. Sophia Abrahão e Bella Falconi por André Nicolau. Boa Forma está nas bancas desde hoje.







Batom na cueca?


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Newsweek: edição especial com Hillary Clinton na capa foi para as bancas. Editores recolheram 125 mil exemplares e pediram desculpas: "Como todo mundo, nós erramos"

Capa com Hillary Clinton "vitoriosa" foi distribuída
nas bancas. E, em seguida, recolhida. 
Para chegar às bancas em questão de horas após a definição do resultado das eleições americanas, a Newsweek não tinha alternativa a não ser preparar duas edições especiais, desenhar capas, a bio de cada um dos candidatos e aguardar o factual.

A maioria das revistas adota essa estratégia para ganhar tempo.

Mas alguém na Newsweek se precipitou e, em algum momento, liberou para a gráfica e para os postos de venda a edição com Hillary Clinton na capa.

O New York Post apurou que foram impressos, distribuídos e depois recolhidos 125 mil exemplares.

O vexame maior é que os textos analisam e explicam a vitória da "Madame Clinton" e celebram a primeira mulher a chegar ao maior posto do país.

"A presidente eleita Hillary Clinton"  - diz o texto - "manteve o alto nível enquanto seu oponente foi cada vez mais baixo". E mais adiante: "Os americanos em todo o país rejeitaram rotundamente o tipo de medo e o ódio baseado no conservadorismo vendido por Donald Trump".

Isso mostra apenas que as palavras existem para uso e usufruto e o jornalismo é capaz de explicar qualquer coisa.

Mais ou menos como bem define a velha piada sobre o editor que entregou uma bíblia a um redator e pediu-lhe que resumisse tudo em cinco mil caracteres. O redator apenas perguntou: "Contra ou a favor"?

Trump na capa: a edição que
corrigiu o vacilo editorial
Tanto que na edição que foi pra valer, com Trump na capa, a vitória do ex-apresentador do programa "Aprendiz" foi perfeitamente explicada.

Restou à Newsweek admitir o vacilo: "Como todo mundo, nós erramos".

Enquanto isso, logo após confirmação da vitória de Trump surgiram nas redes sociais relógios que fazem a contagem regressiva de quanto tempo falta para o republicano sair da Casa Branca.

Mais do que isso: internautas lançaram a candidatura de Michelle Obama em 2020. A mídia já levantou essa possibilidade impressionada com o protagonismo e o carisma da primeira-dama. Quando ela discursou na última convenção dos Democratas a plateia não só aplaudiu como fez o coro Michelle 2020.  Mas há poucos dias, em um programa de rádio, o presidente Barack Obama foi taxativo: "Ela nunca concorrerá para o cargo".

Deu empate: circulação digital de jornais cresce 20%. Impresso cai em 20%...

Após adotar paywall, jornais brasileiros batem recorde de audiência e vendem cada vez mais assinaturas digitais

por Marina Estarque (do blog Jornalismo nas Américas)
Ao contrário do que se podia imaginar, a implementação do paywall -- barreira que restringe o acesso dos usuários não pagantes aos sites -- contribuiu para disparar a audiência dos grandes jornais brasileiros, que têm registrado também um significativo aumento na venda de assinaturas digitais.

Segundo executivos de jornais entrevistados pelo Centro Knight, a adoção deste "muro de pagamento" teve impactos na mentalidade e no funcionamento das redações, e tem alterado o modelo de financiamento do negócio e o perfil dos leitores, com reflexos na linha editorial das publicações.

De 2014 para 2015, a média das assinaturas digitais cresceu 27%, enquanto a média de circulação paga dos jornais impressos caiu 13%, de acordo com o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), que há décadas certifica a tiragem dos jornais e mais recentemente começou a conferir também a circulação digital.

Em setembro de 2016, as assinaturas digitais de 33 jornais com edições online monitoradas pelo IVC chegaram a 818.873, um número 20% maior do que a média de 2015. No mesmo período, a circulação impressa caiu quase 20%, chegando a cerca de 2,6 milhões de exemplares vendidos no Brasil.

A Folha de S. Paulo, um dos primeiros jornais brasileiros a implementar o paywall, em 2012, anunciou, em agosto de 2016, que a sua circulação digital ultrapassou a impressa. Em setembro de 2016, o jornal vendeu 164 mil edições digitais e 151 mil impressas. O Globo também está bem próximo dessa transição: com 150 mil de circulação digital e 163 mil impressa, de acordo com o IVC.

"Essa é a tendência. Para todos os jornais, mesmo os regionais", disse ao Centro Knight o presidente do IVC, Pedro Silva. De fato, jornais como Correio Braziliense e o O Tempo (de Belo Horizonte) tiveram crescimentos de circulação digital de 76% e 87%, respectivamente, entre 2014 e 2015.

A implementação do paywall é uma das principais explicações para o aumento do número de assinantes digitais, segundo especialistas. "Ele incentiva o leitor a se tornar cliente", afirmou Silva.

Segundo o diretor de circulação e marketing da Folha, Murilo Bussab, o jornal tinha 297 mil assinaturas, somando impresso e digital, em 2012, quando o paywall foi instalado. Em setembro de 2016, esse total chegou a 315 mil, apesar da queda de circulação do impresso.

"Tem gente que deixa de assinar o impresso permanentemente, tem gente que sai do impresso e vai para o digital, e tem outros que começam já direto pelo digital. Então conseguimos manter a circulação, e ter um pequeno ganho, de 18 mil assinantes, desde 2012", afirmou Bussab ao Centro Knight.

Além de aumentar a circulação digital paga, o paywall gerou também um aumento da audiência. De acordo com presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, que é também o vice-presidente Editorial do Grupo RBS, os jornais brasileiros têm hoje a maior audiência da sua história. "Quando somamos circulação digital e impressa, a audiência mobile e desktop, nunca se leu tanto jornal no Brasil", disse Rech ao Centro Knight.

Modelo poroso

O modelo de paywall adotado pela maioria dos jornais brasileiros é conhecido como "poroso" ou "flexível", pois permite ao usuário não-assinante ler um número restrito de matérias por mês de forma gratuita. Caso queira ler mais textos, o usuário precisa pagar a assinatura.

É considerado um modelo inteligente, por não afastar totalmente os leitores (como um paywall rígido ou hard wall) e garantir, assim, uma audiência significativa para anúncios.

"Houve várias experiências que fracassaram de hard walls, de fechar 100%. E foi um desastre porque não permitia uma convivência com o conteúdo. O New York Times deu projeção a esse paywall poroso, que possibilita gerar o hábito da leitura e ir convertendo aos poucos os assinantes, à medida que eles vão batendo no muro", disse Rech, da ANJ.

Para Bussab, o paywall foi "um divisor de águas" da indústria brasileira. "O paywall tem uma história muito boa. Quando instalamos, na Folha, tudo levava a crer que perderíamos audiência, porque, por mais flexível que seja, o paywall é um limitador. A pessoa pode pensar: 'se tem que pagar eu vou deixar de ler'. Só que, quando colocamos o paywall, aconteceu uma coisa absurda, cresceu a audiência", disse. exemplo, bate recordes de audiência desde que implementou o paywall. "Maio foi o pico da história, com o impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Mas mesmo em períodos mais tranquilos, como agora, a audiência de outubro de 2016 é maior do que a de qualquer outro outubro", disse Bussab.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO BLOG JORNALISMO NAS AMÉRICAS, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Capa do Charlie Hebdo: Obama que se cuide...


Capa da edição especial do Daily News


Rindo da desgraça não tão alheia: a internet desabafa em memes...

A COINCIDÊNCIA INVERTIDA

BEM FEITO! EMPATAMOS

DEU BRANCO: ORANGE IS THE NEW BLACK

UM FORCINHA DO PÉ FRIO

ENSAIO PARA A CERIMÔNIA DE POSSE EM WASHINGTON
VERGONHA ALHEIA

Capa da edição especial do Libération...

A capa da edição especial do Libération, hoje nas bancas de Paris, replica o...

...design da capa da New York que há uma semana cravou um 
"Perdedor" sobre o close de Donald Trump.

Donald Trump presidente: um bom dia para ouvir Raul Seixas...


 OUÇA NO YOU TUBE, CLIQUE AQUI

Allan Richard Way acerta previsão feita há 10 meses: Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos



Em janeiro de 2016, o astrólogo Allan Richard Way II enviou para este blog as suas tradicionais previsões. Entre 60 indicativos do que aconteceria ao longo do ano, está lá, no número 44, a confirmação, com dez meses de antecedência, de que Donald Trump seria presidente do Estados Unidos. ARWII não nega o DNA do pai que, durante anos, emplacou suas profecias na revista Manchete

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Em governo FHC, jornais defendiam participação estrangeira na mídia do Brasil

(do Jornal GGN 

A mesma Associação Nacional dos Jornais que entrou com uma ADIN contra a participação estrangeira na comunicação social aos portais de internet, como forma de sufocar o jornalismo produzido pela BBC Brasil, The Intercept Brasil, El País Brasil e Deutsche Welle Brasil, entre outros, em 2001 reunia-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para defender a participação de capital estrangeiro em jornais, revistas e emissoras brasileiras.

A informação é de notícia do Estado de S. Paulo, datada de 20 de novembro de 2001. O jornal anunciava que dirigentes da ANJ e também da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) defendiam a entrada de 30% do mercado estrangeiro na área.

"De acordo com o presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto, Fernando Henrique disse ser favorável à proposta e prometeu apoio na votação em plenário, na Câmara dos Deputados, prevista para a próxima semana. (...) Aos dirigentes da ANJ, Abert e Aner, o presidente disse que vai pedir a Aécio agilidade na votação", diz o jornal.

"As três entidades têm posição favorável à PEC, que altera o artigo 222 da Constituição. A atual redação impede grupos estrangeiros de terem participação na posse de jornais, revistas e emissoras de rádio e TV", seguia a reportagem.

Naquele encontro com FHC, participaram Francisco Mesquita Neto, então presidente da ANJ e diretor-superintendente do Grupo Estado; o presidente do Conselho de Administração das empresas Grupo Folha, Luiz Frias; e o então presidente do Grupo Abril, Roberto Civita.

Na época, Civita disse que a alteração com a PEC seria fundamental para permitir a capitalização das empresas via bolsa de valores. "Hoje o único jeito é tomando empréstimo", afirmava. "O artigo 222 é arcaico e vem prejudicando os meios de comunicação tradicionais", dizia Mesquita Neto.

LEIA O GGN, CLIQUE AQUI


Deu na revista New Scientist - Tecnologia sexual - Quem tem boca vai a Londres...

por Jean-Paul Lagarride 

Deu na revista New Scientist: laboratório da escola de odontologia do King's College de Londres
desenvolve prótese de alta tecnologia para aprimorar e intensificar o popular fellatio.

Na verdade, o nome do estudo é The Fellatio Modification Project.

Antes que você faça qualquer crítica, lembre-se de que tanto a revista quanto o centro de estudos gozam (desculpem o trocadilho) da maior reputação científica.

E mais, a Science Gallery, também de Londres -  um espaço focado em arte e ciência promove uma exposição denominada "Mouthy: Into the Orifice", destinada a explorar o mundo oral-maxilar, muito além da mera mastigação.

Melhor você ler mais no site da revista New Scientist, clicando AQUI


Ou ir ao site da Science Gallery, clicando AQUI

Politização do jornalismo: no dos outros é refresco




por Flávio Sépia
O texto acima foi publicado na Istoé "Independente", com informações do Estadão. É sobre a primeira exposição realizada por coletivos fotográficos, que acontecerá em São Paulo, no Red Bull Station, entre os dias 11 e 13 de novembro. A mostra, chamada de Foto Invasão, reunirá fotos de profissionais independentes.

O último parágrafo do texto que ambos os veículos publicam, literalmente, e que transcrevo a seguir, ou é um primor de cinismo e hipocrisia ou trata-se de uma tardia autocrítica do jornalão e da revista. Eu, hein? Na maior desfaçatez, sugerem que a "politização" faz "estrago" no jornalismo e esquecem que "partidarizam" o "jornalismo" que praticam.

"A politização dos coletivos, inevitável por surgirem no bojo de um contexto politicamente histórico, é tema que pode ser debatido na mesa redonda de sexta-feira (11). A tomada de posição do olhar talvez seja mais radical e poderosa do que o engajamento das ideias no texto. Imagens falam mais e suscitam menos contestações. 

Mas será um tiro no pé se essa politização fizer o estrago que tem feito no jornalismo. Quando o partidarismo do jornalista o cega para qualquer um dos lados, suas ideias ficam amarradas a um conceito falho:o outro é o ruim e os meus são bons. 
É aí que a beleza da profissão começa a morrer." 

Tá explicado o golpe. Eles querem é voar!




por Omelete

Em cinco meses, os ministros de Temer viajaram 781 vezes nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Se o Brasil tiver que declarar guerra a Bolívia, Venezuela, Equador e Rússia, como querem um jornalista da Veja e a advogada musa do Impeachment, segundo nota e post públicos, há o risco de faltar combustível.

Segundo o Estadão, um voo entre Brasília e São Paulo com um jato semelhante aos utilizados pela FAB custa cerca de R$ 76 mil. De Brasília e Porto Alegre, 136 mil; de Brasília e Salvador, R$ 143 mil.

Um sinal de que o "ajuste fiscal" vai dizimar políticas sociais, tesourar aposentadorias e direitos trabalhistas aqui embaixo mas não vai atingir mordomias lá em cima.

Alguns desses ministros foram denunciados por caguetas da Lava Jato mas ainda não fizeram check-in para outra conexão: a do jatinho da PF. Esse voo tem sido adiado e a companhia aérea não informou ainda o motivo.

Encontro no Rio: As poderosas da fotografia


Foto de Julio Cesar Guimarães/Reprodução Facebook

Fotógrafas brasileiros promoveram encontro no Rio de Janeiro, ontem, e posaram para foto histórica nas escadarias do Theatro Municipal.

São Muitas, como diz o flyer digital ao lado.

A matéria está no site Conexão Jornalismo e a foto acima é de um post no Facebook da fotógrafa Wania Corredo.

Como tantas que posaram aí para o fotógrafo Julio Cesar Guimarães, Wania coleciona prêmios.

Veterana de cobertura de escolas de samba na passarela carioca, ela é autora da foto "Execução numa rua em Benfica", com a qual ganhou os prêmios Esso, Embratel e Líbero Badaró de Jornalismo.

A foto das meninas, no alto, mais do que simbólica, documenta uma bela realidade: o espaço que as fotógrafas conquistaram no Brasil, na última década, principalmente.

Há cerca de dois anos, um exposição ("As donas da bola"), em São Paulo, reuniu profissionais especializadas em cobrir jogos de futebol, aquelas quatro linhas que já foram território masculino.

Quer uma prova melhor de que elas estão em campo? Em todos os campos?

E nesse jogo quem sai ganhando é a Fotografia.

domingo, 6 de novembro de 2016

Curiosidade, direto de Miami: Emigrou, virou Manchete USA



A Manchete USA, que circula na Flórida. Reprodução

Memórias da redação: quando o clique e o zummmm de motor da câmera da Manchete vazaram no Jornal Nacional, ao vivo.

(do Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou - 2 (versão virtual)

Em entrevista a Amaury Jr., Cid Moreira revelou que até hoje tem pesadelos com falhas técnicas do Jornal Nacional.

Pois a Manchete foi responsável por uma dessas falhas.

Nos distantes anos 70, uma dupla da revista foi ao estúdio do JN na sede da TV Globo, no Jardim Botânico, para fazer uma matéria com Cid e Sérgio Chapelin.

A entrevista já havia sido feita, mas o editor queria fotos dos dois apresentadores na bancada. Uma das fotos, em ângulo lateral, deveria mostrar ambos de corpo inteiro: uma brincadeira para desmentir que Cid e Chapelin apresentavam o JN de bermudas. Naquele noite, pelo menos, usavam paletó, gravata e jeans.

Os tempos eram outros, o prestígio da Manchete pesava e fotógrafo e repórter foram admitidos no estúdio poucos antes do JN entrar no ar. Hoje tal concessão é inimaginável.

Uns dois minutos antes, o diretor pede silêncio absoluto e ainda alerta pelo sistema de som que as fotos só poderão ser feitas nos intervalos. Óbvio, o som do disparador e do motor da câmera vazariam na transmissão ao vivo.

Infelizmente, a audição do fotógrafo - um grande e querido fotógrafo, por sinal - que se posicionou no lado oposto ao do repórter, não captou o aviso. Não deu outra. Logo no primeiro bloco, ele acionou a câmera. O clique e o zummmmm do motor, com um agudo no final, foram ouvidos no estúdio e, claro, em rede nacional. Mais de uma vez.

Não havia muito a fazer, não dava para interromper. Olhares furiosos miraram a dupla da Manchete.

No primeiro intervalo, a bronca do diretor explodiu no sistema de som e fotógrafo e repórter foram não muito gentilmente convidados a se retirarem do recinto.

Deve ter sido o pesadelo, ao vivo, do âncora Cid Moreira.

sábado, 5 de novembro de 2016

Mídia: a atual ofensiva contra Mossul é a guerra da rede social, do smartphone e da Go Pro. Com um clique você entra no campo de batalha. Basta digitar Mossul, no You Tube...




Durante a Segunda Guerra, apesar da precariedade das radiofotos, imagens dos combates eram vistas em jornais um dia ou dois depois do fato, dependendo do tempo gasto em revelação, deslocamento e transmissão.

Já as revistas ilustradas, como a Life e a Look, perdiam em atualidade para os jornais mas eram favorecidas ao receber material de melhor definição, via postal, a ainda pela boa qualidade do papel e da impressão. Também com um delay, os cinemas exibiam cinejornais dos campos de batalha. E lotavam salas. Os filmes eram oficiais, ufanistas, claro, mas atraiam multidões.

A Guerra do Vietnã foi a da TV, essencialmente, embora tenha produzido clássicas e dramáticas fotografias. Ao levar cenas de combates à mesa de jantar dos americanos, a TV influenciou a opinião pública e, embora não fosse a intenção das corporações da mídia, ajudou a fortalecer o movimento pacifista. A cobertura da TV não era ainda ao vivo, mas quase isso: as primeiras redes de satélites aceleravam a veiculação do material.

No Vietnã, a imprensa trabalhou sem maiores restrições, a não ser aquelas decorrentes dos riscos nas batalhas. O enorme impacto que tal cobertura provocou nos corações e mente da opinião pública parece ter servido de lição para os militares americanos.

E, na oportunidade seguinte, a da primeira guerra do Iraque, um pacote de restrições e controle foi imposto aos repórteres, fotógrafos e câmeras. Surgiu a figura do jornalista embeeded. A TV cobria batalhas ao vivo mas com os profissionais incorporados às tropas, sem autonomia para sair da rota. Em troca do acesso, a mídia submeteu-se a uma extensa lista de vetos e filtros.

Bem ao contrário da Guerra do Vietnã, as campanhas no Iraque foram editadas. O espetáculo - quem não se lembra das bombas caindo sobre Bagdá e da artilharia antiaérea rasgando os céus da cidade? Ou das imagens das bombas guiadas a laser atingindo seus alvos? - foi privilegiado. Foi uma guerra vista mais pela grande angular e menos pelos detalhes humanos que pudessem chocar ou assustar a opinião pública, com risco de comprometer o apoio popular à Tempestade no Deserto.

Nesse momento, tropas do Iraque, milícias xiitas e combatentes pershmergas curdos avançam sobre Mossul, última cidadela do Daesh, o autodenominado e terrorista Estado Islâmico.

Do ponto de vista da comunicação, essa é a guerra das câmeras GoPro e dos smartphones. Além da cobertura profissional, os próprios soldados, agora com a mídia social à disposição, especialmente o You Tube, estão compartilhando on line cenas impressionantes da ofensiva.

Muitas vezes, com a crueza da guerra, sem censura nem photoshop.

Com direito a curtidas e seguidores.

Não está fácil pra ninguém. É treino livre! Atletas posam para calendário pra pagar dívidas de time de rugby



Fotos: Reproduções/Divulgação
por Omelete
De no Mail on Line. A equipe de rugby feminina do Hitchin Ladies, de Hertfordshire, na Inglaterra, anda precisando de grana para a temporada do ano que vem.
Uniformes, passagens, departamento médico, tudo isso ajuda a levar a contas para o vermelho.
Daí, as jogadoras tiveram um ideia nada original mas que tem tirado alguns clubes da zona de rebaixamento financeira.
Sem photoshop e sem experiência em posar, elas fizeram um treino especial, nuas, para ilustrar um calendário para 2017, com renda para o clube. Uma delas confessou que o time estava tímido, no início, mas aos poucos foi se soltando.
"Nós certamente não somos supermodelos, mas nos divertimos e espero que possamos ganhar algum dinheiro e ajudar ao rugby feminino". O calendário está à venda no site do clube por 10 libras (em torno de 40 reais).

José Serra: petição no Avaaz pede afastamento do ministro do Exterior após denúncia de "tiro-liro-ló' de 23 milhões de reais em conta secreta na Suíça


Serra canta para governante português e...


é alvo de petição bota-fora no site Avaaz


por Ed Sá

Assim como no filme "O Ditador", o general Shabazz Aladeen, interpretado por Sacha Baron Cohen, transforma um regime de ficção em piada, José Serra concorre para ser a comédia do governo que se apossou do Planalto. Há pouco, ele foi visto durante uma entrevista participando de um hilário "soletrando" ao tentar decifrar o que diabos significa a sigla Brics.

Um colunista ligado a Temer - o que, no caso deve lhe dar alguma credibilidade - contou que, na ONU, durante encontros com mandatários de vários países, Serra cochichava seguidamente no ouvido de Temer querendo saber quantos habitantes tinha cada país. Talvez, quem sabe, por achar que se tivesse menos gente do que a cifra que ele tinha lá sob a careca não valia nem a pena perder tempo conversando com aqueles sujeitos desimportantes.

Hoje, o Globo registra que em jantar com o primeiro-ministro português António Costa, Serra deu-se a cantar musiquinhas como se fosse um concorrente do The Voice. E os jornais portugueses, como li ontem, achando que o seu governante havia se despencado da Terrinha para conversar sobre importantes acordos comerciais. Serra, diz a nota, quis lembrar o ditador Salazar, que morreu há 46 anos, e o seu próprio tempo de UNE, que foi há 56 anos. Relevantíssimo. Aliás, após o jantar, Serra teria levado jornalistas ao seu gabinete para conhecer uma das suas providências à frente do Itamaraty: mandou botar uma cama, pijama e chilenos em uma sala ao lado do seu gabinete para cochilos restauradores após bater um cansaço.

Um gaiato saiu dizendo que o "puxadinho" deve ser até agora sua maior realização à frente do Ministério do Exterior.

O que não é piada é o abaixo-assinado que corre no Avaaz pedindo o afastamento de José Serra após a denúncia de que teria recebido um tiro-liro-ló de 23 milhões de reais em uma conta não declarada na Suíça.