por Eli Halfoun
Os Simpsons estão deixando de ser apenas bem feitos desenhos para se transformar em obras de arte, ou melhor, quadros inspirados em algumas das telas mais famosas do mundo. A idéia é do ilustrador americano David Barton que tem buscado inspiração (é cópia mesmo) em obras clássicas da pintura para recriá-las usando os personagens da família Simpsons. Marge, por exemplo, virou “A Moça com Brinco de Pérola”, de Vermeer, enquanto Homer ganhou versão de Rembrandt e Apu herdou o bigode de Salvador Dali. Tem mais no site do ilustrador: www.limpfish.com
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Propinas no Brasil são do tempo do Império
por Eli Halfoun
Esse negócio cada vez mais escandaloso de levar um “por fora” na política e em muitos outros setores não é nenhuma novidade no Brasil. Pelo contrário é mau hábito que vem da época do Império. No livro “1808”, o pesquisador Laurentino Gomes garante que quando D.João VI abriu os portos brasileiros e fundou o Banco do Brasil com o dinheiro emprestado do Banco da Inglaterra, já se cobrava 17% de propina dos construtores contratados para erguer casarões ou construir praças. Agora o “por fora” é de, no mínimo, 20% e do jeito que as coisas andam as não demora muito será na base do meio a meio.
Esse negócio cada vez mais escandaloso de levar um “por fora” na política e em muitos outros setores não é nenhuma novidade no Brasil. Pelo contrário é mau hábito que vem da época do Império. No livro “1808”, o pesquisador Laurentino Gomes garante que quando D.João VI abriu os portos brasileiros e fundou o Banco do Brasil com o dinheiro emprestado do Banco da Inglaterra, já se cobrava 17% de propina dos construtores contratados para erguer casarões ou construir praças. Agora o “por fora” é de, no mínimo, 20% e do jeito que as coisas andam as não demora muito será na base do meio a meio.
Serra pede ajuda à muié rendeira
por Gonça
Não é mole, não. Vale tudo na corrida eleitoral. Com a campanha atolada, os marqueteiros de Serra resolveram tirar de casa dona Mônica Serra. Ela já deixou o conforto da zona nobre de Alto Pinheiros, em São Paulo, e começa a percorrer bairros pobres e a comer empadinha e croquete na esquina. É dura a vida, tem que correr atrás. Os estrategistas sabem das coisas e imaginam que assim vão conquistar o voto feminino. O tour começa pelo Nordeste. Dona Monica está desbravando - e provavelmente conhecendo - a região. Ao descer do jatinho, o cerimonial deve ter incluindo um prosaico:
- Muito prazer, Nordeste
- Prazer é meu, dona Mônica
Daqui até outubro, de lado a lado, vamos ver muitas bizarrices marqueteiras de última hora. Duvida?
Não é mole, não. Vale tudo na corrida eleitoral. Com a campanha atolada, os marqueteiros de Serra resolveram tirar de casa dona Mônica Serra. Ela já deixou o conforto da zona nobre de Alto Pinheiros, em São Paulo, e começa a percorrer bairros pobres e a comer empadinha e croquete na esquina. É dura a vida, tem que correr atrás. Os estrategistas sabem das coisas e imaginam que assim vão conquistar o voto feminino. O tour começa pelo Nordeste. Dona Monica está desbravando - e provavelmente conhecendo - a região. Ao descer do jatinho, o cerimonial deve ter incluindo um prosaico:
- Muito prazer, Nordeste
- Prazer é meu, dona Mônica
Daqui até outubro, de lado a lado, vamos ver muitas bizarrices marqueteiras de última hora. Duvida?
México, a nova fronteira dos carteis da droga
Pelo jeito, fracassou a política norte-americana de combate às drogas com uma virtual intervenção militar na Colombia, país que cedeu bases, quarteis, recebeu bilhões de dólares e abriga até hoje tropas dos Estados Unidos. A ideia era cortar o problema pela raiz, literalmente, eliminando plantações e carteis. Combatendo o fornecedor na América Latina, os americanos imaginavam diminuir os volumes de entrada de drogas no país que é o maior consumidor do mundo. A mesma receita foi empreendida, sem sucesso, na Bolívia. Aparentemente, a estratégia falhou e carteis ainda mais poderosos estão instalados, agora, no México, com acesso direto à fronteira do megamercado de drogas. A escalada de violência é estarrecedora. Segundo os jornais de hoje, militares mexicanos encontraram 72 corpos em uma fazenda do estado de Tamaulipas, na fronteira com o Texas. Desde 2006, são 28.000 pessoas assassinadas pelos traficantes. Do ponto de vista dos Estados Unidos, a tragédia agora mora ao lado.
Casa Cor mostra apartamento de chef temperado com bom gosto e requinte
por Eli Halfoun
“Filho de peixe, peixinho é”. No caso do jovem chef Thomaz Troisgros podem entrar também a carne, as aves e todos os temperos no gosto pela culinária herdado do pai, o badalado chef Claude Troisgros. O estilo do jovem Thomaz está agradando na cozinha e fora dela: foi ele que inspirou o apartamento do chef que os craques em arquitetura Bernardo Schor e Rogério Antunes criaram especialmente para o Casa Cor Rio. O grande encontro da arquitetura e decoração acontece de 3 de setembro a 13 de outubro na Rua das Laranjeiras, 304. Para ver todas as dependências da casa decoradas com requinte e bom gosto o público paga R$ 30 pelo ingresso de terça a sexta-feira e R$ 35,00 aos sábados, domingos e feriados. É programa imperdível para quem quer conhecer o que é bom gosto em decoração e arquitetura.
“Filho de peixe, peixinho é”. No caso do jovem chef Thomaz Troisgros podem entrar também a carne, as aves e todos os temperos no gosto pela culinária herdado do pai, o badalado chef Claude Troisgros. O estilo do jovem Thomaz está agradando na cozinha e fora dela: foi ele que inspirou o apartamento do chef que os craques em arquitetura Bernardo Schor e Rogério Antunes criaram especialmente para o Casa Cor Rio. O grande encontro da arquitetura e decoração acontece de 3 de setembro a 13 de outubro na Rua das Laranjeiras, 304. Para ver todas as dependências da casa decoradas com requinte e bom gosto o público paga R$ 30 pelo ingresso de terça a sexta-feira e R$ 35,00 aos sábados, domingos e feriados. É programa imperdível para quem quer conhecer o que é bom gosto em decoração e arquitetura.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Game sobre guerra do Afeganistão gera polêmica


O game "Medal of Honor" está provocando polêmica na Inglaterra e nos Estados Unidos e nem chegou às lojas (o lançamento comercial está previsto para 12 de outubro). O problema é que o jogo aborda uma guerra atual e ainda em curso, a do Afeganistão. O game é do tipo "primeira pessoa", ou seja, o jogador é o agente da trama, aciona as armas e gerencia a estratégia. O que incomoda ainda mais as autoridades é que em "Medal of Honor" o jogador também controla os movimentos dos terroristas islâmicos talibãs. O fabricante informou que não vai interromper a produção do game por "motivos políticos". "É apenas um jogo", argumenta. Não deixa de ter razão, há vários jogos desse tipo, com terroristas matando turistas em aeroportos, explodindo prédios, e o mundo não veio abaixo por isso. Por exemplo, há games que mostram a "guerra" nas faverlas cariocas e ninguém reclamou. "Game over" para a censura. (Reproduções Medal of Honor/Divulgação)
Marlene e Emilinha juntas no palco para um grande musical
por Eli Halfoun
Os mais velhos devem lembrar (e os mais jovens certamente ouviram falar) da briga entre Emilinha Borba e Marlene, as duas mais populares cantoras do país. A briga alimentou durante anos uma rixa entre fãs e rendeu farto material para a Revista do Rádio (a pioneira das hoje revistas de celebridades). Mesmo que depois de anos os fãs tenham descoberto que a briga não existia realmente e só era “incentivada” como forma de promoção, ficou sempre uma dúvida e talvez por isso Emilinha e Marlene evitassem encontrar-se publicamente. Agora as duas estarão novamente juntas no palco, não pessoalmente (seria impossível porque Emilinha já nos deixou), mas através das personagens de um musical já em fase de produção no Rio. Para viabilizar a montagem do espetáculo os produtores têm procurado (e conseguido) apoio de antigos anunciantes de rádio, especialmente dos programas que sempre tinham as cantoras, separadamente é claro, como atração.
Os mais velhos devem lembrar (e os mais jovens certamente ouviram falar) da briga entre Emilinha Borba e Marlene, as duas mais populares cantoras do país. A briga alimentou durante anos uma rixa entre fãs e rendeu farto material para a Revista do Rádio (a pioneira das hoje revistas de celebridades). Mesmo que depois de anos os fãs tenham descoberto que a briga não existia realmente e só era “incentivada” como forma de promoção, ficou sempre uma dúvida e talvez por isso Emilinha e Marlene evitassem encontrar-se publicamente. Agora as duas estarão novamente juntas no palco, não pessoalmente (seria impossível porque Emilinha já nos deixou), mas através das personagens de um musical já em fase de produção no Rio. Para viabilizar a montagem do espetáculo os produtores têm procurado (e conseguido) apoio de antigos anunciantes de rádio, especialmente dos programas que sempre tinham as cantoras, separadamente é claro, como atração.
Eu, eu mesmo e eu
por Gonça
Uma das propagandas do Zérra (o locutor agora vai no popular, ou fala Zé ou fala Zérra) veiculada no rádio, a pretexto de criticar Dilma pelo vínculo com o governo Lula, afirma que o candidato dos PSDB/Demo tem competência para "decidir sozinho". Humm, perigo, perigo, como diria o robô de Perdidos no Espaço.
Vou explicar, Zérra: na democracia, presidente não governa e não decide sozinho, tem o Congresso, a Justiça que não deixa o inquilino Palácio do Planalto rasgar a Constituição, os ministros, o Itamaraty. Ouviu? Não é bem assim. O presidente não sai batendo o pé e mandando e desmandando. E ainda bem que não é assim. Se liga, Zérra.
Uma das propagandas do Zérra (o locutor agora vai no popular, ou fala Zé ou fala Zérra) veiculada no rádio, a pretexto de criticar Dilma pelo vínculo com o governo Lula, afirma que o candidato dos PSDB/Demo tem competência para "decidir sozinho". Humm, perigo, perigo, como diria o robô de Perdidos no Espaço.
Vou explicar, Zérra: na democracia, presidente não governa e não decide sozinho, tem o Congresso, a Justiça que não deixa o inquilino Palácio do Planalto rasgar a Constituição, os ministros, o Itamaraty. Ouviu? Não é bem assim. O presidente não sai batendo o pé e mandando e desmandando. E ainda bem que não é assim. Se liga, Zérra.
História do Brasil vale ouro em coleção de selos
por Eli Halfoun
A história do Brasil vale ouro. É assim que será contada na coleção de 25 selos escolhidos rigorosamente pelos Correios, que autorizou o grupo Halmark a lançar a coletânea “Legado Brasileiro”. A coleção é requintada: reconstroi os selos em prata e banhados em ouro. As réplicas são confeccionadas na Suíça, esculpidas e cunhadas de forma tridimensional como lingotes de prata maciça e recobertas em ouro 24 quilates. Os picotes das bordas são cortados como diamante fazendo os detalhes com perfeição. A Halmark confeccionará apenas 9,5 mil desses selos, que serão vendidos a um grupo seleto que os receberá acondicionados um uma caixa de madeira acompanhada de certificado de pureza dos metais. Quem comprar um selo recebe luvas de algodão para manipulação, 25 cartões ilustrativos, um álbum de colecionador e Certificado de Autenticidade assinado e numerado. A coleção completa custará em torno de R$ 10 mil e levará 25 meses para ser completada. O “Olho de Boi”, primeiro selo produzido no Brasil, em 1843 (na reprodução, acima, um dos exemplares da famosa série), é um dos escolhidos para a coleção. Saiba mais no link http://www.legadobrasileiro.com.br
A história do Brasil vale ouro. É assim que será contada na coleção de 25 selos escolhidos rigorosamente pelos Correios, que autorizou o grupo Halmark a lançar a coletânea “Legado Brasileiro”. A coleção é requintada: reconstroi os selos em prata e banhados em ouro. As réplicas são confeccionadas na Suíça, esculpidas e cunhadas de forma tridimensional como lingotes de prata maciça e recobertas em ouro 24 quilates. Os picotes das bordas são cortados como diamante fazendo os detalhes com perfeição. A Halmark confeccionará apenas 9,5 mil desses selos, que serão vendidos a um grupo seleto que os receberá acondicionados um uma caixa de madeira acompanhada de certificado de pureza dos metais. Quem comprar um selo recebe luvas de algodão para manipulação, 25 cartões ilustrativos, um álbum de colecionador e Certificado de Autenticidade assinado e numerado. A coleção completa custará em torno de R$ 10 mil e levará 25 meses para ser completada. O “Olho de Boi”, primeiro selo produzido no Brasil, em 1843 (na reprodução, acima, um dos exemplares da famosa série), é um dos escolhidos para a coleção. Saiba mais no link http://www.legadobrasileiro.com.br
Agora vale (e é) tudo por dinheiro na televisão
por Eli Halfoun
Se existe um lugar em que o dinheiro parece estar sobrando é na televisão que tem nos empurrado goela abaixo um punhado de programas que procuram atrair o público com um farta distribuição de prêmios em dinheiro. A televisão está virando um bingo, o mesmo “bingo” que valeu muitas críticas para Silvio Santos ao instituir no SBT uma programação em que vale “tudo por dinheiro”. Comprar audiência pagando milionários prêmios é bem mais fácil do que tentar conquistar o público com atrações de qualidade. É isso o que a televisão tem feito de uma forma geral, principalmente depois da criação dos pavorosos reality shows que nada acrescentam ao público nem como informação e nem como diversão. Mas se a onda é essa, a Globo entra novamente no jogo e agora promete R$ 650 mil em prêmios no programa “Hipertensão”, que tem estréia confirmada para o próximo dia 2 de setembro com apresentação de Glenda Kozlowski. É mais um programa de competições reunindo 16 participantes para disputar provas radicais e de convivência. Serão 14 edições, que irão ao ar aos domingos, depois do “Fantástico”. Pode ser que nessas 14 semanas os participantes até consigam conviver entre si. Difícil mesmo é conviver com uma televisão (e não só a Globo) que procura sempre o lado mais fácil e mais medíocre.
Se existe um lugar em que o dinheiro parece estar sobrando é na televisão que tem nos empurrado goela abaixo um punhado de programas que procuram atrair o público com um farta distribuição de prêmios em dinheiro. A televisão está virando um bingo, o mesmo “bingo” que valeu muitas críticas para Silvio Santos ao instituir no SBT uma programação em que vale “tudo por dinheiro”. Comprar audiência pagando milionários prêmios é bem mais fácil do que tentar conquistar o público com atrações de qualidade. É isso o que a televisão tem feito de uma forma geral, principalmente depois da criação dos pavorosos reality shows que nada acrescentam ao público nem como informação e nem como diversão. Mas se a onda é essa, a Globo entra novamente no jogo e agora promete R$ 650 mil em prêmios no programa “Hipertensão”, que tem estréia confirmada para o próximo dia 2 de setembro com apresentação de Glenda Kozlowski. É mais um programa de competições reunindo 16 participantes para disputar provas radicais e de convivência. Serão 14 edições, que irão ao ar aos domingos, depois do “Fantástico”. Pode ser que nessas 14 semanas os participantes até consigam conviver entre si. Difícil mesmo é conviver com uma televisão (e não só a Globo) que procura sempre o lado mais fácil e mais medíocre.
Cicatrizes na mídia dos hermanos
por Gonça
A Argentina, que também sofreu uma sangrenta ditadura, avançou muito mais do que o Brasil "cordial" na apuração e punição dos criminosos responsáveis por torturas, perseguições e assassinatos durante os (des) governos militares. Mas lá, como aqui, não foram investigados a fundo os efeitos dos coturnos da ditadura sobre empresas pequenas, médias e grandes. Há centenas de livros fundamentais sobre os anos de chumbo que cobriram o Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, mas os historiadores pouco se debruçaram sobre o impacto do autoritarismo nas atividades empresariais em cada um desses países. Não falo de tratados sobre a macroeconomia dos regimes ditatoriais mas a propósito da intervenção dos governos em empresas cujos proprietários de uma ou outra maneira, por não serem partidários dos militares, eram imediatamente rotulados de "subversivos" ou de "ameaças à segurança nacional". No Brasil, a caso Panair, da TV Excelsior, do Correio da Manhã, Última Hora, além de numerosas aquisições favorecidas por quem tinha ligação com os poderosos de plantão (para exemplificar, por pressão do Banco Central, logo depois do golpe militar de 1964, centenas de pequenas instituições bancárias espalhadas pelo Brasil foram incorporadas, sem alternativa, a grupos poderosos, alguns até sem tradição em atividade financeira), são exemplos do braço econômico das ditaduras continentais.
O Globo de hoje traz uma reportagem sobre um relatório de 400 páginas apresentado pela presidente Cristina Kirchner, da Argentina revelando "vínculos" entre os principais jornais do país e a ditadura. O Globo diz que o relatório é apenas um peça da "campanha" que o governo empreende contra a mídia oposicionista local. A liberdade de expressão é invocada, entidades de proprietários de jornais protestam, ok, mas seria bom que a polêmica sobre o relatório Kirchner motivasse pesquisadores a desvendar esse nebuloso aspecto das ditaduras no Cone Sul. O relatório acusa os jornais La Nación e Clarín de terem comprado em 1976 a fábrica Papel Prensa. Os antigos donos teriam sido obrigados pelos militares a venderem o complexo, que hoje fornece papel para 170 jornais argentinos. O Clarim detém 49%, La Nacion 22,5% e o governo 27,5% da empresa. O então proprietário, David Graiver, morreu pouco antes da transação em um suposto acidente áereo no México. A viúva, Lidia Papaleo, viu-se obrigada a fechar negócio com o governo. Seis meses depois, Lidia foi presa e torturada.
No meio disso tudo, registre-se que é no mínimo tensa a relação da presidente Cristina Kirchner com a mídia conservadora argentina. O Clarín apoiou os proprietários ruralistas em recente boicote empreendido contra duas medidas: a não-aprovação de um projeto de financiamentos e subsídios à atividade e a um aumento de impostos de exportação. E o jornal também atribui interesse político do governo à investigação sobre a adoção, nos tempos da ditadura, por Ernestina de Noble, proprietária do Clarín de duas crianças que teriam sido retiradas de presas assassinadas pela ditadura.
A Argentina, que também sofreu uma sangrenta ditadura, avançou muito mais do que o Brasil "cordial" na apuração e punição dos criminosos responsáveis por torturas, perseguições e assassinatos durante os (des) governos militares. Mas lá, como aqui, não foram investigados a fundo os efeitos dos coturnos da ditadura sobre empresas pequenas, médias e grandes. Há centenas de livros fundamentais sobre os anos de chumbo que cobriram o Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, mas os historiadores pouco se debruçaram sobre o impacto do autoritarismo nas atividades empresariais em cada um desses países. Não falo de tratados sobre a macroeconomia dos regimes ditatoriais mas a propósito da intervenção dos governos em empresas cujos proprietários de uma ou outra maneira, por não serem partidários dos militares, eram imediatamente rotulados de "subversivos" ou de "ameaças à segurança nacional". No Brasil, a caso Panair, da TV Excelsior, do Correio da Manhã, Última Hora, além de numerosas aquisições favorecidas por quem tinha ligação com os poderosos de plantão (para exemplificar, por pressão do Banco Central, logo depois do golpe militar de 1964, centenas de pequenas instituições bancárias espalhadas pelo Brasil foram incorporadas, sem alternativa, a grupos poderosos, alguns até sem tradição em atividade financeira), são exemplos do braço econômico das ditaduras continentais.
O Globo de hoje traz uma reportagem sobre um relatório de 400 páginas apresentado pela presidente Cristina Kirchner, da Argentina revelando "vínculos" entre os principais jornais do país e a ditadura. O Globo diz que o relatório é apenas um peça da "campanha" que o governo empreende contra a mídia oposicionista local. A liberdade de expressão é invocada, entidades de proprietários de jornais protestam, ok, mas seria bom que a polêmica sobre o relatório Kirchner motivasse pesquisadores a desvendar esse nebuloso aspecto das ditaduras no Cone Sul. O relatório acusa os jornais La Nación e Clarín de terem comprado em 1976 a fábrica Papel Prensa. Os antigos donos teriam sido obrigados pelos militares a venderem o complexo, que hoje fornece papel para 170 jornais argentinos. O Clarim detém 49%, La Nacion 22,5% e o governo 27,5% da empresa. O então proprietário, David Graiver, morreu pouco antes da transação em um suposto acidente áereo no México. A viúva, Lidia Papaleo, viu-se obrigada a fechar negócio com o governo. Seis meses depois, Lidia foi presa e torturada.
No meio disso tudo, registre-se que é no mínimo tensa a relação da presidente Cristina Kirchner com a mídia conservadora argentina. O Clarín apoiou os proprietários ruralistas em recente boicote empreendido contra duas medidas: a não-aprovação de um projeto de financiamentos e subsídios à atividade e a um aumento de impostos de exportação. E o jornal também atribui interesse político do governo à investigação sobre a adoção, nos tempos da ditadura, por Ernestina de Noble, proprietária do Clarín de duas crianças que teriam sido retiradas de presas assassinadas pela ditadura.
Jornalismo também terá auto-regulamentação. É o que propõe a nova presidente da ANJ
por Eli Halfoun
A exemplo do que acontece com a publicidade, através do Conar, o jornalismo também terá, depois de 30 anos da criação da Associação Nacional de Jornais, suas normas de regulamentação. É o que propõe Judith de Brito, reeleita por mais um biênio para a presidência da ANJ. A presidente reeleita é diretora superintendente do grupo Folha da Manhã, que edita o jornal Folha de São Paulo. Em princípio ela está anunciando a criação de um comitê de Auto-Regulamentação, seguindo os passos do Conar – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária. O comitê de regulamentação jornalística será composto, em princípio, por sete membros. É sempre bom lembrar que auto-regulamentação não é censura como o Conar tem confundido muitas vezes. Portanto todo cuidado nas decisões e julgamentos é pouco.
A exemplo do que acontece com a publicidade, através do Conar, o jornalismo também terá, depois de 30 anos da criação da Associação Nacional de Jornais, suas normas de regulamentação. É o que propõe Judith de Brito, reeleita por mais um biênio para a presidência da ANJ. A presidente reeleita é diretora superintendente do grupo Folha da Manhã, que edita o jornal Folha de São Paulo. Em princípio ela está anunciando a criação de um comitê de Auto-Regulamentação, seguindo os passos do Conar – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária. O comitê de regulamentação jornalística será composto, em princípio, por sete membros. É sempre bom lembrar que auto-regulamentação não é censura como o Conar tem confundido muitas vezes. Portanto todo cuidado nas decisões e julgamentos é pouco.
Celebridades americanas brigam por seguidores no Twitter
por Eli Halfoun
Não só nos debates e twitter políticos brasileiros que as disputas esquentam virtualmente. No showbiz americano, a guerra virtual também ganha uma competição desde que o ator Ashton Kutcher desafiou outras celebridades de todas as áreas a terem mais seguidores do que ele. Desde o ano passado, Kutcher conquistou mais um milhão de followers, passando a frente inclusive da CNN. Mas não era uma liderança tão sólida quanto ele supunha: Britnay Spears passou à frente com 5.692.808 followers, superados rapidamente pelos 5.717.894 de Lady Gaga. A cantora é considerada a maior celebridade da internet porque além de liderar o Twitter é também dona do perfil com mais amigos no Facebook e estrela do vídeo mais assistido no YouTube. No YouTube, a ”briga” esquenta com o clip de Justin Bieber, o novo astro-pop que também no twitter ameaça encostar na liderança de Lady Gaga. A revista americana Bilboard acredita que, dentro de seis meses, o jovem cantor terá mais followers do que Lady Gaga já que ele recebe por mês 800 novos seguidores. Tem muita gente escrevendo besteiras no mundo inteiro.
Não só nos debates e twitter políticos brasileiros que as disputas esquentam virtualmente. No showbiz americano, a guerra virtual também ganha uma competição desde que o ator Ashton Kutcher desafiou outras celebridades de todas as áreas a terem mais seguidores do que ele. Desde o ano passado, Kutcher conquistou mais um milhão de followers, passando a frente inclusive da CNN. Mas não era uma liderança tão sólida quanto ele supunha: Britnay Spears passou à frente com 5.692.808 followers, superados rapidamente pelos 5.717.894 de Lady Gaga. A cantora é considerada a maior celebridade da internet porque além de liderar o Twitter é também dona do perfil com mais amigos no Facebook e estrela do vídeo mais assistido no YouTube. No YouTube, a ”briga” esquenta com o clip de Justin Bieber, o novo astro-pop que também no twitter ameaça encostar na liderança de Lady Gaga. A revista americana Bilboard acredita que, dentro de seis meses, o jovem cantor terá mais followers do que Lady Gaga já que ele recebe por mês 800 novos seguidores. Tem muita gente escrevendo besteiras no mundo inteiro.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
No humor, os políticos têm medo da concorrência
por Eli Halfoun
É sempre muito bom e bonito quando o povo se solidariza e se une em passeata, que é sem dúvida o melhor discurso que a população pode (e deve) fazer para reivindicar sempre o que lhe é direito para que realmente tenha sentido a máxima de que “o povo unido jamais será vencido”. A passeata contra o cerceamento do humor político reuniu artistas do humor (não digo humoristas porque se assim fosse os políticos também estariam lá) e populares em mais uma demonstração de que a democracia plena se faz e está nas ruas. É lamentável em um país que é (ou se diz) democrático ainda se tenha de que reivindicar o sagrado direito de expressão e de trabalho, de dizer (e mostrar) o que se pensa e da forma que se quiser. Quando amordaçam o humorismo, que é uma expressão artística da maior verdade e melhor qualidade, estão amordaçando também a liberdade do povo. E o que é pior: os políticos colocam uma venda nos próprios olhos para não enxergar que humor político é mais importante do que qualquer discurso demagógico. Ninguém faz caricatura, imitação ou piada com quem não tem nenhuma importância. Ao tentar calar a boca dos humoristas os políticos mostram uma verdade definitiva: se não servem para que se faça humor e porque realmente não servem para nada e não tem a menor importância. Se não for isso só pode ser medo, diria até pavor, da concorrência dos humoristas. Afinal, são os políticos que abastecem quase sempre de piadas prontas, o humor dos verdadeiros humoristas.
É sempre muito bom e bonito quando o povo se solidariza e se une em passeata, que é sem dúvida o melhor discurso que a população pode (e deve) fazer para reivindicar sempre o que lhe é direito para que realmente tenha sentido a máxima de que “o povo unido jamais será vencido”. A passeata contra o cerceamento do humor político reuniu artistas do humor (não digo humoristas porque se assim fosse os políticos também estariam lá) e populares em mais uma demonstração de que a democracia plena se faz e está nas ruas. É lamentável em um país que é (ou se diz) democrático ainda se tenha de que reivindicar o sagrado direito de expressão e de trabalho, de dizer (e mostrar) o que se pensa e da forma que se quiser. Quando amordaçam o humorismo, que é uma expressão artística da maior verdade e melhor qualidade, estão amordaçando também a liberdade do povo. E o que é pior: os políticos colocam uma venda nos próprios olhos para não enxergar que humor político é mais importante do que qualquer discurso demagógico. Ninguém faz caricatura, imitação ou piada com quem não tem nenhuma importância. Ao tentar calar a boca dos humoristas os políticos mostram uma verdade definitiva: se não servem para que se faça humor e porque realmente não servem para nada e não tem a menor importância. Se não for isso só pode ser medo, diria até pavor, da concorrência dos humoristas. Afinal, são os políticos que abastecem quase sempre de piadas prontas, o humor dos verdadeiros humoristas.
No G1, Dilma desmente a Folha
"Como discutir qualquer questão sem que estejamos eleitos?, diz a candidata. Aguarda-se a tréplica do jornal, não deixando dúvidas de que há ficção por trás da vaga expressão "a Folha apurou".
Deu na Folha...
...matéria que revela um suposto plano econômico de Dilma Rousseff. O jornal não diz como nem onde obteve as informaçoes. Limita-se a repetir ao longo do texto "a Folha apurou", "a Folha apurou". Verdade ou peça eleitoral? Uma das ameaças do suposto plano é o corte de reajustes de funcionários. Em tempo: o jornal não fala em confisco da poupança.
A cor da opressão e da dor abraça este país
deBarros
Explodem nas noites deste Brasil afora rojões, foguetes, estrelinhas e rodinhas de fogo. Buscapés, correm enlouquecidos pelo chão, bombinhas e cabeças de negro estouram. Balões lanternados riscam com suas luzes e seus painés de bombas as tristes noites de um país que está sendo"stalinizado" pela cores vermelhas de um Partido equivocado pelo ideal fracassado de uma teoria ecônomica de um judeu que traiu sua própria religião em favor de um credo de fé que há dois mil anos sufoca as civilizações helenicas atrasando os seus desenvovimentos modernos.
O céu deste país se avermelha e sucumbe pela horda de insanos que tomando as rédeas do poder procura implantar uma nova ideologia administrativa tirando do povo o seu bem maior que é a sua liberdade. A liberdade de cantar em verso e prosa o seu amor ao vôo livre do pássaro. O seu amor pelo "dolce far niente"das suas tardes de domingo. O seu amor pelos domingos de futebol e ver o seu "rubro negro" levar de vencida os seus adversários mais ferozes. O seu amor pelas manhãs ensolaradas, à beira das praias, apreciando lindas mulheres desfilando nas areias os belos e sensuais corpos que seduzem e conquistam os seus corações.
As cores verdes, azuis, amarelas e brancas serão banidas da bandeira. e o rubro do sangue derramado em sacrifício da liberdade será erguido em todos os rincões do país.
A esse povo só resta chorar pelo bem que está perdendo.
Sylvio de Abreu: “Fracasso de uma novela não é culpa do autor”
por Eli Halfoun
O autor Sylvio de Abreu está prevendo um grande aumento de audiência com as novas tramas da novela “Passione” seu novo sucesso na TV Globo. Novelista bem sucedido (é considerado com justiça um de nossos melhores) Sylvio acha que não existe fórmula para fazer uma novela de sucesso e, no “Marília Gabriela entrevista”, no GNT, disse: “Sempre tive sorte, nenhuma novela minha foi um fracasso. Mas quando isso não acontece, a culpa não é do autor. Têm coisas que não caem no gosto do público”. Se a culpa não é do autor, ou seja, de quem escreve, é de quem? Da minha avó é que não é.
O autor Sylvio de Abreu está prevendo um grande aumento de audiência com as novas tramas da novela “Passione” seu novo sucesso na TV Globo. Novelista bem sucedido (é considerado com justiça um de nossos melhores) Sylvio acha que não existe fórmula para fazer uma novela de sucesso e, no “Marília Gabriela entrevista”, no GNT, disse: “Sempre tive sorte, nenhuma novela minha foi um fracasso. Mas quando isso não acontece, a culpa não é do autor. Têm coisas que não caem no gosto do público”. Se a culpa não é do autor, ou seja, de quem escreve, é de quem? Da minha avó é que não é.
Igreja não deixou Neymar ir para o futebol inglês
por Eli Halfoun
Não é só o jogador Kaka que ajuda (e como ajuda) e se deixa influenciar por uma igreja evangélica. O jovem craque Neymar, 18 anos, também paga altíssimos dízimos para uma igreja e ouve atentamente tudo o que ela diz. Exemplo recente: o pastor da igreja que Neymar frequenta em Santos teve muita influência na decisão do jogador de recusar proposta do futebol inglês e optar por sua permanência no Brasil e no Santos. Dessa vez a igreja não levou nada. Pelo contrário: deu Neymar ao futebol brasileiro por mais algum tempo. Mais cedo ou mais. tarde ele vai para o exterior.
Não é só o jogador Kaka que ajuda (e como ajuda) e se deixa influenciar por uma igreja evangélica. O jovem craque Neymar, 18 anos, também paga altíssimos dízimos para uma igreja e ouve atentamente tudo o que ela diz. Exemplo recente: o pastor da igreja que Neymar frequenta em Santos teve muita influência na decisão do jogador de recusar proposta do futebol inglês e optar por sua permanência no Brasil e no Santos. Dessa vez a igreja não levou nada. Pelo contrário: deu Neymar ao futebol brasileiro por mais algum tempo. Mais cedo ou mais. tarde ele vai para o exterior.
domingo, 22 de agosto de 2010
Humor sem censura: Sabrina Sato, Hélio de La Peña e Castrinho.
Sabrina foi uma das estrelas da passeata. E alvo do "humor sem censura". Sem perder o rebolado, ela teve que ouvir o refrão: "Sabrina cadê você, eu vim aqui pra te comer". Ou ouvir no megafone do manifestantes o aviso em tom solene: "Sabrina Sato acaba de ser sequestrada pela ditadura, foi presa, torturada e comeram a b. dela".
Sugestões para candidatas a "namoradas" do Dado Dolabella
por Omelete
O ator Dado Dolabella já foi condenado por agressão a Luana Piovani, sua ex-namorada, e à camareira Esmeralda de Souza. Agora, é alvo de novo processo, também por suposta agressão, movido pela sua mulher, a publicitária Viviane Sarahyba. A suposta reincidência tem motivado bem-humoradas listas na web. No twitter, a galera sugere nomes para a aparentemente complicada função de "namorada" de Dado Dolabella. Algumas sugestões:
- Edinancy, a lutadora de jiu-jitsu
- Rebecca Gusmão, a bombada nadadora
- Joana Machado, ex-namorada de Adriano
- Miriam Leitão
- Dilma
- Marina Silva
- Natalia Falavigna, a medalhista de taekwondo
- Fernanda Young, a apresentadora que se irrita
- Bispa Sônia
- Susana Vieira
- Marina Magessi, a delegada
- Kyra Gracie, a musa do jiu-jitsu (com esse sobrenome, o Dado vai encarar?)
O ator Dado Dolabella já foi condenado por agressão a Luana Piovani, sua ex-namorada, e à camareira Esmeralda de Souza. Agora, é alvo de novo processo, também por suposta agressão, movido pela sua mulher, a publicitária Viviane Sarahyba. A suposta reincidência tem motivado bem-humoradas listas na web. No twitter, a galera sugere nomes para a aparentemente complicada função de "namorada" de Dado Dolabella. Algumas sugestões:
- Edinancy, a lutadora de jiu-jitsu
- Rebecca Gusmão, a bombada nadadora
- Joana Machado, ex-namorada de Adriano
- Miriam Leitão
- Dilma
- Marina Silva
- Natalia Falavigna, a medalhista de taekwondo
- Fernanda Young, a apresentadora que se irrita
- Bispa Sônia
- Susana Vieira
- Marina Magessi, a delegada
- Kyra Gracie, a musa do jiu-jitsu (com esse sobrenome, o Dado vai encarar?)
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