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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Os inesquecíveis verões da Manchete

por Gonça
A reprodução acima é da coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, do Globo de hoje. O colunista fala sobre antigos verões. Época em que verão era verão e "frente fria" era o jato de ar condicionado que saia do Metro Copacabana. O Gente Boa reproduz uma capa da Manchete do início dos anos 70. Rose di Primo brilhava em cores. Era uma tradição da revista Manchete lançar fartas edições de verão anualmente. A revista flagrava as praias mais badaladas e garimpava tendências da moda e do comportamento. Eram espertas essas edições. Os repórteres e fotógrafos descobriam as musas autênticas da temporada. Helô Pinheiro, (a "Garota de Ipanema" que inspirou Tom e Vinicius e que foi localizada e identificada pela Fatos&Fotos) Leila Diniz, Vera Barreto Leite, Duda Cavalcanti... Anos depois, a Revista do Domingo, do JB, inspirada na Manchete, institucionalizaria novas gerações de musas. Mas as da Manchete não eram "eleitas", como a do JB, eram autênticas, flagradas nas praias pelo instinto dos fotógrafos e repórteres. Essa foto da Rose na capa foi, na verdade, produzida. A menina que se tornaria modelo conhecia então os primeiros dias de fama. A foto original que a tornou famosa foi publicada pela revista semanas antes. Era casual, mostrava suas curvas perfeitas, de costas, na garupa de uma moto Triumph nas imediações do Castelinho, no Arpoador. Justino Martins, então diretor da Manchete, logo viu que a beleza incomum e as curvas daquela menina de biquini que chamou atenção do fotógrafo não mereciam o anonimato. Mandou que os repórteres localizassem a moça. E deu-se a musa na capa da Manchete. Mais uma entre tantas que a revista lançou. Agora em 2012, a revista Manchete, se viva fosse, faria 60 anos. Foi lançada em abril de 1952. Nas próximas semanas, este blog começará a publicar algumas matérias comemorativas da data. Mas já vai uma dica: uma boa leitura para conhecer melhor a revista é a coletânea "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata). O livro, de quase 500 páginas e com mais de 200 ilustrações, tornou-se uma raridade bibliográfica: está esgotado em livrarias mas ainda pode ser encontrado em poucos sites e sebos e em algumas bibliotecas de escolas de comunicação.