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domingo, 25 de março de 2018

Em 1968, o Rio cantava o samba doido de Stanislaw Ponte Preta



"Foi em Diamantina"... há 50 anos. Em março de 1968, "O Show do Crioulo Doido" fazia sucesso no Rio, mais precisamente no Teatro Toneleros.  Em cena, Stanislaw Ponte Preta, Quarteto em Cy, Oscar Castro Neves e Alegria. Na pele do seu personagem imortal, Sérgio Porto contava no palco os motivos e as razões pelas quais não só o crioulo mas todos nós endoidávamos naqueles tempos de chumbo. 

"O samba do crioulo doido", composto pelo Ponte Preta em 1966, foi gravado originalmente pelo Originais do Samba. Dois anos depois, o Quarteto em Cy fez nova versão da música que satirizava os sambas-enredos e a ginástica que os compositores das escolas de samba tinham que fazer para dar balanço e ritmo a figuras históricas.

Demônios da Garoa e Simonal, entre outros também cantaram o drama do sambista atrapalhado.

O calendário das Certinhas do Lalau, 1968.

Na foto reproduzida da Fatos & Fotos, Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) quebrava a cabeça para escolher as Certinhas que Valentim fotografava e...

...a revista publicava todo ano. Acima, Vera Viana e Sonia Dutra. 

Em janeiro daquele mesmo ano, Ponte Preta lançou o Calendário das Certinhas e a sua traidcional lista das Dez Mais Certinhas.

Sérgio Porto partiu em  setembro de 1968, um pouco antes do AI-5 abater o humor que restava. 

O Teatro Toneleros não existe mais. 

O samba do crioulo doidaço e as curvas certinhas entraram para o índex do politicamente incorreto.

Mas a expressão samba do crioulo doido ficou: virou sinônimo de confusão, de situação fora de ordem, de bagunça. 

OUÇA O "SAMBA DO CRIOULO DOIDO 
NA GRAVAÇÃO DOS ORIGINAIS DO SAMBA NO CANAL DO CLUBE DO SAMBA
 NO YOU TUBE . 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Repercussão da morte de Bin Laden na TV. Conheça o samba do "especialista" doido

por Gonça
Seria cômico, além de ser trágico. Pouco depois do pronunciamento de Barack Obama, emissoras de TV acordaram "especialistas" para "explicar" a morte de Bin Laden. Patético. Os caras estavam sonololentos, obviamente não tinham informação, alguns souberam do que se tratava enquanto ajeitavam a gravata e um produtor apressava: "Vamos lá, o Bin morreu", o amigo vai entrar no ar em 10 segundos". Claro, passavam a jogar conversa fora sobre o desfecho da caçada ao homem mais procurado do mundo. Limitavam-se a teorizar e especular sobre a fala do presidente americano, como se o cidadão comum fosse incapaz de ouvir e entender, e ainda com tradução, o pronunciamento oficial que acontecera minutos antes. O besteirol dos "especialistas" teve um lado bom: trouxe o sono de volta para aqueles que haviam sido acordados por Obama.
Razão tinha John Steinbeck, que já escreveu: "As notícias deixaram de ser novidade, pelo menos as que interessam a todo mundo. Em vez disso, tornaram-se um assunto de especialistas. Sentado a uma mesa em Washington ou Nova York, um fulano lê os telegramas e os arranja de maneira que se adaptem ao esquema de seu modo de pensar ou de sua coluna. Hoje, muito do que lemos como notícia está bem longe de ser isso, não passando da opinião de meia dúzia de especialistas quanto ao significado daquela notícia". E olhe que Steinbeck escreveu isso nos anos 40, ainda falava em "telegrama". E não imaginava que ao "descobrir" os "especialistas" a televisão brasileira conseguiria piorar o que já era ruim. Tem gente "explicando" trem-bala, Complexo do Alemão, explosão de bueiro, desvendando em detalhes porque a Praça da Bandeira inundou, porque a Serra Fluminense desabou, porque o casamento de William e Kate vai influir na camada de ozônio, porque a beatificação de João Paulo 2° pode ajudar na queda do dólar.
Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, compôs em 1968 o "Samba do Crioulo Doido". O que não faria hoje com os "especialistas" pirados que atormentam a audiência?
Quer saber? Melhor ouvir o samba de Sérgio Porto: "Foi em Diamantina / Onde nasceu JK / Que a Princesa Leopoldina / Arresolveu se casá / Mas Chica da Silva / Tinha outros pretendentes / E obrigou a princesa / A se casar com Tiradentes...

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