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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Racismo no esporte: NBA dá exemplo à FIFA e à CBF e mostra que campanhas só não bastam...



(da Redação)
Dois fatos mostram que só ações efetivas contra o racismo poderão combater os imbecis que se manifestam nos estádios. Nos Estados Unidos, a NBA logo afastou do esporte o milionário dono do Los Angeles Clippers, que foi multado em 2,5 milhões de dólares, não poderá mais frequentar estádios, os patrocinadores do clube suspenderam contratos e ele terá de vender a franquia do clube. Reação justa e à altura. Só faltou a cadeia e perder a namorada que posou ao lado Magic Johnson, motivo da declaração racista do empresário pilantra.
Já o Villarreal, da Espanha, finalmente se rendeu às pressões e reagiu ao racismo, banindo o torcedor do seu estádio. O clube, o Villarrea, que apontou o torcedor para a polícia, mostrou que quando querem os dirigentes identificam facilmente um autor de agressões racistas. Já a Federação Espanhola permanece passando a mão na cabeça dos agressores com a surrada desculpa de que foi um "ato isolado". Há que diga que os clubes não devem ser responsabilizados a pagar por um ato de um ou mais torcedores. Não é bem assim. Se o clube não se omite, aponta o agressor, denuncia à polícia e o afasta do seu estádio mostra que não está conivente com o racismo. Ok, está limpo. Se, ao contrário, como tem acontecido com frequência na Europa e no Brasil, se omite e lava as mãos, merece ser punido. Com a agravante de que no Brasil racismo é crime previsto no Código Penal (a propósito, é bom que os torcedores estrangeiros que vêm para a Copa sejam informados desse importante detalhe). Cabe também aos jogadores, que no episódio do Daniel Alves mostraram ativa solidariedade, passarem da intenção para a ação. Parar o jogo após um agressão racista é uma forma de protesto. Simples: a bola só volta a rolar depois que o torcedor ou torcedores idiotas forem retirados do estádio direto para a delegacia. Os jogadores do Los Angeles Clippers foram à quadra e tiraram a camisa do clube em repúdio ao racismo. Gestos como esse dos atletas do basquete americano e de Daniel Alves, que transformou a banana em símbolo do repúdio à intolerância, são importantes e simbólicos. Mas devem ser acompanhados de punições legais e efetivas.
Atualização: Segundo o site Superesporte, a policia espanhola acaba de deter o torcedor que lançou uma banana em direção do lateral DAniel Alves. Identificado como David Campayo Lleo, ele é funcionário do Villarreal.