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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rodrigo Lombardi se sente roubado pelos paparazzi. Não é aparecer na mídia o que ele queria?


por Eli Halfoun
“Acho um saco! Uma gente que rouba você, que te esgota, que te incomoda, que te cerca.... mas temos que conviver com eles” - a declaração é de Rodrigo Lombardi (o Theo de “Salve Jorge”) e está na revista "A", de Ana Maria Braga. Lombardi não é o primeiro e nem será o último ator a reclamar da perseguição dos paparazzi, que, aliás, eles, atores, adoram quando buscam a fama, como o próprio Lombardi certamente adorava quando passou dificuldades para atuar (pensou até em desistir da carreira). Qualquer um que se proponha a investir em uma carreira que o possa transformar em uma pessoa pública precisa estar preparado para esse tipo de exposição. Acompanho profissionalmente o meio artístico há 40 anos e sei que protestar contra os fotógrafos perseguidores faz parte do ofício. Os atores ainda não aprenderam a lidar com esse tipo de situação que, às vezes, é mesmo exagerada simplesmente porque se escondem e correm como se tivessem algo de muito grave para esconder. No dia em que perceberem que se deixando fotografar normalmente estarão colocando um fim na perseguição dos paparazzi que, ao contrário do que diz Lombardi, não fazem parte da turma que rouba ninguém. Pelo contrário são profissionais corretos, responsáveis, tentando fazer o que seu o trabalho, tão chato para eles quanto para os artistas. Se o artista se deixa fotografar normalmente acaba com o mistério e, portanto, com o interesse dos fotógrafos. Débora Nascimento e José Loreto deram recentemente um belo exemplo: quando passaram a ser foco de lentes fotográficas indesejadas vieram a público (foram juntos e assumidos ao “Domingão do Faustão”) e colocaram ponto final na graça de fotografá-lo às escondidas. Débora não ficou menos interessante para a mídia. Loreto também não, mas o namoro que atraia curiosidade ficou público e, portanto, interessante apenas para o casal. O mesmo aconteceu com Murilo Benício e Deborah Falabella que ao assumirem o namoro puderam ter uma lua-de-mel tranquila e sem lentes fotográficas como testemunhas. Quem procura fama precisa de saída aprender a conviver com ela porque no dia em que a fama diminuir ou acabar os mesmos artistas que reclamam agora da perseguição dos fotógrafos e que passarão a perseguir as lentes fotográficas. Como, aliás, sempre fazem em início de carreira. (Eli Halfoun)