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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Baixaria toma conta da televisão e não respeita a concessão pública

por Eli Halfoun
Telespectadores mais assíduos (aqueles que ficam ligados na TV o dia inteiro) certamente devem lembrar com clareza da época em que Ratinho apareceu como apresentador de um programa policial na hoje decadente (sempre foi) CNT. O então desconhecido apresentador marcou presença imediatamente à custa de um bastão de borracha com o qual batia impiedosamente na mesa, um linguajar simples e absolutamente popular aliado à coragem de dizer o que os outros não tinham peito de falar. Ratinho foi considerado o grande momento de baixaria na televisão. Se analisarmos o antigo comportamento (não mudou muito) de Ratinho percebesse sem muito esforço o que fazia era pinto perto do que a televisão nos tem mostrado hoje. Com raríssimas exceções, a televisão vive o seu mais medíocre momento, o que tem muito (ou tudo?) a ver com esse surto de realitys shows importados. Esse tipo de programa só sobrevive se tiver algo de muito forte pra ser comentado e assim criar curiosidade. Basta olhar para o “BBB”, “A Fazenda” e o tal do “Mulheres Ricas” para dar de cara com um punhado de baixarias desnecessárias que de uma forma ou de outra, estão jogando fora a real qualidade que a televisão conquistou nos últimos anos. O resultado que agora chega ao público é o de uma televisão piegas, burra, sem criatividade, comprometida com o mau gosto e completamente distante e esquecida de sua principal função que é a de ensinar, orientar e divertir. Televisão é uma concessão pública e como tal deveria respeitar as regras. Por aqui concessões públicas em todos os setores sempre foram uma triste maneira de ganhar dinheiro fácil. (Eli Halfoun)