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terça-feira, 20 de outubro de 2015

O original e a cópia...

Os técnicos do The Voice, da NBC/Sony: Pharrell, Adam Levine, Gwen Stefani e Blake Shelton. Foto NBC/Divulgação
Os Estados Unidos, naturalmente, têm um mercado competitivo em todos os setores. Na música, então, a concorrência é brutal, capaz de devastar as pretensões profissionais de quem não somar ao talento, a preparação, a técnica, a teoria musical. No programa The Voice, da NBC, exibido no Brasil pela Sony, tal nível de exigência se sobressai tanto no corpo de técnicos quanto nos cantores finalistas. Comentários embasados, com justificativas que identificam técnicas vocais, potência e características de voz, afinação, extensão e dinâmica, dicção etc. Mais do que nos comentários que acompanham o voto, a orientação técnica fica evidente nos bastidores, durante a preparação dos cantores, quando os seus respectivos técnicos (o nome já diz) corrigem eventuais falhas do seu time e aprimoram desempenhos. Tudo isso junto e misturado explica, também, o alto nível dos finalistas do programa. Já a versão The Voice Brasil, da Globo, parece estar preparada para apostar mais no entretenimento. Remete, em muitos momentos, a um dos antigos programas da TV brasileira com os concorrentes lembrando calouros e os técnicos atuando como os antigos jurados. No futebol há técnicos tidos como estrategistas e outros rotulados de "motivadores".O motivador é aquele que fica à beira do gramado gritando, "vamos lá", "manda a bola na área", "chuta, meu filho". Pois é. Aqui, os comentários tendem quase sempre ao superficial e os concorrentes mostram mais autodidatismo do que estudo. Ao contrário do mercado americano tradicionalmente exigente, o nosso é menos seletivo do ponto de vista da preparação técnica. Muitos cantores aqui vão levando - e fazem sucesso, têm público - na base da intuição, do carisma e do talento natural, nem sempre da afinação. Assim, o The Voice é um show de técnica, talentos e entretenimento enquanto o The Voice Brasil é um show de entretenimento e talentos. No palco e na bancada. Por falar em bancada, houve na rede social, na última semana, quem considerasse falta de respeito ao concorrente e reprovasse a atitude de Lulu Santos que, no momento da apresentação, tirou Claudia Leitte para dançar. Seria, no mínimo, um irresistível impulso de não dividir o protagonismo? Outra impropriedade no The Voice Brasil foi registrada pelo blog de Maurício Stycer, no portal UOL:: antes da virada das cadeiras, cenas explícitas de técnico estimulando outro a aprovar determinado candidato, dando a impressão de que há combinação de votos. Uma postura, digamos, informal demais, em comparação com o original da NBC. Axé!
 
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