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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Polícia começa a caçar grupos racistas. Alguns já amarelaram e abriram o bico sobre as quadrilhas que atuam na internet.

A simpatia de Maju. Foto TV Globo/Divulgação
O charme de Taís Araújo. Foto; Reprodução
O sorriso de Sheron Menezzes. Foto TV Globo/Divulgação
por Flávio Sépia
O Ministério Público de São Paulo deflagrou operação para recolher computadores, celulares e outras e provas de crimes de racismo contra a jornalista Maria Julia Coutinho, a Maju, do Jornal Nacional.
Em outros estados ocorrem diligências semelhantes. Finalmente, as autoridades acordam e efetivamente partem para engaiolar os racistas. Racismo é crime mas até aqui os racistas levavam boa vida já que, para muitos, os casos de intolerância resultavam apenas em "medidas educativas', que equivalem a impunidade, e, às vezes, nem isso. Alguns suspeitos já levaram um gancho e foram conduzidos para abrir o bico. Após a conclusão dos inquéritos, espera-se que a Justiça leve a sério o crime desses anormais. Durante os depoimentos, alguns desses criminosos, que parecem destemidos no Facebook, amarelaram e, suspeita-se, segundo testemunhas do odor, sujaram as calças. Cachorro latindo, criança chorando, vagabundo vazando, como dizem os homens de preto. Alguns racistas apagaram seus perfis, inclusive as contas falsas que criaram. Além de racistas, são ignorantes: apagar perfil não impede a exata localização do autor. O MP também avalia que há formação de quadrilha entre os racistas já que foram detectados grupos e gangues do gênero. Os últimos e mais notórios casos tiveram como vítimas Maju, Taís Araújo e Sheron Menezzes. Todas as vítimas merecem igual tratamento ao encaminhar suas denúncias. Mas que bom que a fama das três amplia o alcance dessas denúncias. Quando aos criminosos, ponto 1: fica óbvio que os racistas são agressivos, intolerantes e podem ser capazes de atos mais graves para externar o ódio aos negros. Ponto 2: e, é claro, não gostam de mulheres bonitas. Eu, hein?

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Tempo bom: Maju Coutinho chega à capa da revista Claudia

Maria Julia Coutinho, a apresentadora do quadro de meteorologia do Jornal Nacional, é capa da revista Claudia, fotografada por Miro. Não são muitas as negras que chegam lá, não só na Cláudia, mas na maioria das revistas. Um quadro que pode estar mudando, o veto editorial talvez já tenha sido mais radical.
Claro que a "proibição" jamais era assumida. Ficava implícita. "Negro não vende" é, ou foi, uma frase muito repetida em grandes editoras até recentemente. Parte dessa rejeição era reforçada, junto às editoras, pelas agências de publicidade baseadas em supostas pesquisas, em análises do consumidor, o que fosse. No fundo, era apenas a voz do preconceito. A Claudia já pôs na capa Taís Araújo e Camila Pitanga. Foi um avanço, apesar do que parece uma condição: antes, como no caso da Maju, a personagem da capa deve construir sua fama na TV. Se as revistas se abrem aos novos tempos, passarelas de moda, publicidade e mesmo a TV e o cinema ainda resistem à mulher negra ou a condicionam a papeis que imaginam "adequados".
Ao longo de 40 anos, uma trajetória que chega ao fim neste mês, a Playboy brasileira pôs na capa não mais do que cinco ou seis mulheres negras. Assim como foram raríssimas as capas da Manchete com estrelas negras, fora as do futebol e do carnaval. Bebês negros na Pais & Filhos?  Modelos negras na Desfile? Difícil ou impossível. Na Veja? Só se estivesse envolvido em algum escândalo.
Por tudo isso, é marcante a capa da Maju, ainda mais com uma chamada que remete aos recentes ataques de intolerância e racismo que ela sofreu através das redes sociais.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Jornalista é vítima de racismo

Foto Divulgação/TV Globo
A jornalista Maria Julia Coutinho, que apresenta o quadro de meteorologia no Jornal Nacional, foi mais um vítima do racismo que se expande no Brasil. O crime foi cometido por internautas que fizeram comentários na página oficial do JN no Facebook. "Só conseguiu emprego no Jornal Nacional por causa das cotas. Preta imunda";  "Alguém poderia jogar um biscoito para ela, logo?", era esse o teor das agressões. Muitos outros internautas saíram em defesa da jornalista. Autoridades podem facilmente identificar os autores das ofensas. E isso tem sido feito inúmeras vezes. O problema é que quando o caso chega à Justiça, o desfecho é sempre amigável e "educativo". Quando condenados, se o são, os racistas recebem penas alternativas risíveis. Passar a mão na cabeça dos racistas não está funcionando. Recentemente, houve um caso de racismo na ginástica olímpica, repercutiu inicialmente, caiu no esquecimento, depois, e um dos agressores acabou até premiado com a convocação para os Jogos Panamericanos que serão realizados, nos próximos dias, no Canadá.
O resultado é que a impunidade, como nos casos de intolerância religiosa que já registram assassinatos e agressões físicas ou de violência contra animais, leva à multiplicação das ocorrências. Se as leis não forem efetivamente aplicadas, as instituições do país, em vez de combater, estarão dando aval ao racismo.
ATUALIZAÇÃO EM 4/7/2015 - Segundo a coluna da jornalista Monica Bérgamo, da Folha, o Ministério Público de São Paulo vai investigar os ataques racistas feitos na internet à jornalista Maju Coutinho, do Jornal Nacional. O promotor de Justiça responsável pelo caso, Christiano Jorge Santos, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da capital garante que o MP vai "rastrear de onde vêm os xingamentos e identificar os autores". Vamos ver se dessa vez esses elementos vão puxar uma cadeia.