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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Jornalista Eduardo Reina lança hoje, em São Paulo, o livro "Depois da Rua Tutoia", sobre sequestros de bebês pela ditadura brasileira

O jornalista Eduardo Reina lança hoje, em São Paulo, o livro "Depois da Rua Tutoia" (11 Editora). A data - Dia do Jornalista - não podia ser mais apropriada. O trabalho de Reina, que tem forma de romance e características de livro-reportagem, será lançado nesta quinta-feira, às 19h, no Canto Madalena, Rua Medeiros de Albuquerque, 471, São Paulo (SP).

"Depois da Rua Tutoia" investiga e aborda um capítulo triste da história do Brasil: os casos de bebês sequestrados pela ditadura. O Brasil também foi vítima da prática comum nos regimes militares sul-americanos. Mas aqui é bem mais pesada a cortina que até hoje encobre a tragédia.

Na Rua Tutoia, em São Paulo, ficava um dos mais ativos centros de tortura e assassinatos promovidos pela pela Oban, organização financiada por empresários paulistas, vários deles ainda na ativa e que permaneceram impunes.

Embora a denúncia esteja presente em relatos de algumas famílias de guerrilheiros mortos, apenas um caso de sequestro de bebês pela ditadura brasileira foi oficialmente registrado e comprovado através de exame de DNA. Testemunhos dão conta de filhos de combatentes mortos em Araguaia foram levados por militares. Havia um internato, em Belém, que recebia as crianças antes de transferi-las a pais adotivos. Há processos em tramitação na Justiça que podem comprovar outros casos. A Argentina desvendou centenas de sequestros de bebês.

No Brasil, as dificuldades são enormes: ao fim da ditadura documentos foram destruídos; nenhum presidente, desde 1985, ao contrário do que aconteceu em outros países, se interessou ou determinou a apuração desses casos; e não houve uma maior mobilização popular e dos meios de comunicação cobrando respostas oficiais dos governos pós-ditadura.