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sábado, 25 de junho de 2011

"Gigantes do Futebol Brasileiro": livro de João Máximo e Marcos de Castro é um clássico do futebol

Marcos de Castro e João Máximo autografam "Gigantes do Futebol Brasileiro", na Livraria da Travessa, em Ipanema. Foto: Jussara Razzé
por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1965, os jornalistas João Máximo e Marcos de Castro lançaram  "Gigantes do Futebol Brasileiro". O livro tornou-se um clássico da literatura esportiva.
Eram 13 perfis de grandes jogadores escritos por dois grandes craques.
Tive o prazer de trabalhar com ambos, na Manchete. Mais com o João, que nos anos 70 foi chefe de redação da Fatos & Fotos. Os dois formam uma tabelinha de gigantes do jornalismo. Cada um a seu tempo, foram editores de esporte do velho JB. João cobriu cinco Copas, ganhou dois Prêmios Esso e está hoje no Globo; Marcos de Castro faturou três, sendo dois com reportagens sobre futebol. Além da Manchete, trabalhou na Enciclopédia Bloch, Realidade, Veja Rio e Jornal da Tarde.
Precisa dizer mais?
Recentemente foi lançada pela Civilização Brasileira a segunda edição do "Gigantes do Futebol Brasileiro". Agora são 21 craques: Friedenreich, Fausto, Domingos das Guia, Leônidas, Tim, Zizinho, Heleno, Ademir, Danilo, Nilton Santos, Didi, Garrinha, Pelé, Gérson, Rivelino, Tostão, Falcão, Zico, Romário e Ronaldo.
Outro dia, vendo o jogo do Santos contra o Penarol, me perguntei se Neymar e Ganso algum dia farão parte dessa lista. Claro que falta muita estrada ainda para os "meninos da Vila". E vem aí, na curva, uma Copa América para mostrar que a camisa da seleção não pesará nos seus ombros. Mas estou otimista com esses dois. O fato de ainda estarem jogando no Brasil faz diferença. E torço para que fiquem no Santos por mais uma ou duas temporadas ou, quem sabe, o que é dificílimo diante do baú de euros que lhes oferecem, até à Copa de 2014. Há muito tempo não se apresentam à seleção dois jogadores tão identificados com a torcida. A relação dos torcedores com os convocados que jogam há anos no exterior, os expatriados, é mais fria. E mais fria a relação destes com a seleção. Kaká, que ao ser convocado já pediu dispensa várias vezes, é um exemplo. Ronadinho Gaúcho, outro. Mesmo Robinho, embora mais vibrante, não parece ter o coração nos pés quando veste a amarelinha. Diria que a distância e as características do futebol europeu quase apagam as referências tipicamente brasileiras. Acontece algo parecido com o argentino Messi, que não tem se saido bem na seleção do seu país. Para ele, a Copa América será também uma chance para se aproximar dos "hermanos".
Que Neymar e Ganso cheguem à próxima Copa ainda com o DNA de craques brasileiros. Que o futebol alegre de um e a inteligência e precisão do outro resistam aos euros.
E aí estarão a um passo de se tornarem "gigantes".