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domingo, 26 de janeiro de 2014

Manifestações: "brincando" com fogo... e com vidas

Reproduzido de O Globo


(da redação da JJcomunic)
2014 não vai ser fácil. É ingenuidade pensar que apenas os estádios da Copa serão alvos dos protestos. Está mais do que provado que as manifestações, bem intencionadas ou não, necessárias ou não, saem do controle independentemente da ação da polícia, da falta de ação da polícia ou do excesso de ação da polícia. Como mostra a cena de uma quase tragédia de um carro incendiado em São Paulo com uma família dentro,  essa abertura da "temporada de manifestações" não dá a pinta de que terá limites. Um homem foi baleado e não há ainda indicação de onde partiu a bala, se da polícia ou não. Sociedade, instituições, governo federal, governos estaduais da situação e da oposição vão ter que refletir muito sobre os rumos políticos dos próximos meses. Há aberto incentivo aos protestos (a explosão das manifestações foi o "desejo" para 2014 preferido de alguns jornalistas comprometidos com a oposição em lista publicada no fim do ano passado), interesses eleitorais em jogo e a grande maioria da população (o protesto em SP que quase acabou em tragédia ao estilo da menina queimada no Maranhão reuniu apenas de 1.500 pessoas embora a convocação pelo Facebook indicasse mais de 20 mil adesões) estará exposta ao quebra-quebra, incluídos aí lojistas, bancos, prédios públicos, pessoas físicas, jurídicas ou diletantes. Ao mesmo tempo o choro deve ser livre e democrático. Reprimir ou não reprimir? Se reprimir, em que momento a sociedade acha necessária a ação policial e que tipo de ação policial. Se é que acha. Não dá mais para fugir desse debate. Não importa ressaltar que as manifestações "começam pacíficas". Isso é uma besteira repetida cansativamente. Todo protesto começa pacífico, até os black blocs chegam aos locais dos protestos pacificamente, o pau começa logo depois. O conjunto da obra mostra que têm invariavelmente acabado em incêndios, lojas depredadas, em alguns casos, saqueadas, bens públicos e privados destruídos. O ano será quente e não apenas do ponto de vista meteorológico. E não parece que vai acabar bem.
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Atualização: Segundo autoridades paulistas, PMs atiraram em um rapaz (que permanece hospitalizado) que os atacou com um estilete. Na mochila do manifestante mascarado havia uma bomba artesanal feita com lata de cerveja. Imagens de uma câmera de segurança indicam que os policiais foram de fato atacados, um deles chegou a cair. Mas não são imagens conclusivas, em função da baixa qualidade, e o caso está sob investigação. Testemunhas confirmaram à Defensoria Pública que o rapaz portava uma "arma branca". O governador Geraldo Alkmin (PSDB) condenou o vandalismo e defendeu a ação da polícia militar. Segundo as autoridades, eventuais excessos serão apurados. O proprietário do Fusca incendiado com uma criança dentro confirmou que manifestantes empuraram para debaixo do veículo um colchão em chamas. Na escalada de violência das manifestações, Natal registrou outro caso grave: durante protesto contra a Copa, na partida de futebol que inaugurou a Arena das Dunas, um pequeno grupo de manifestantes, cerca de 200, tentou depredar o novo estádio. Houve tiros, veículos particulares danificados, agressões a torcedores  que não concordavam com o protesto, destruição de grades do estádio e danos a equipamentos públicos. Repórteres e fotógrafos foram hostilizados e alvo de objetos atirados pelos manifestantes. Com aqueles que foram presos, a polícia encontrou canivetes e tesoura. Além de mascarados anti-Copa, um grupo de funcionários públicos estaduais protestava  contra a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) pedindo melhores condições de trabalho e pagamento dos seus salários em dia.