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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Um prefeito “street blocker”...

por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
Não sei exatamente o que ele pretende: notoriedade, placa, colocar seu nome na história como o prefeito que revolucionou a Zona Portuária, também chamada de Porto Maravilha (alguns dizem que ele vai se lançar candidato à Presidência da República); ou se é, simplesmente, para, influenciado pelo prefeito Francisco Pereira Passos, infernizar a vida do carica e dos moradores dessa outrora Cidade Maravilhosa.
Foto de Fernando Frazão AG Brasil
Se o motivo são as Olimpíadas de 2016, podem esperar que ano que vem o Rio vai ficar intransitável, “parado”, porque não haverá tempo hábil para finalizar tanta obra. Será preciso um “guia” para andar pelas ruas. Até os GPS dos carros vão enlouquecer, levando as pessoas a “sabe Deus para onde”, se não houver um mapa interativo, com informações atualizadas diariamente e com “ajuda divina”.
O fato é que a quantidade de obras que estão sendo realizadas, (Zona Portuária, Centro da cidade, Avenida Brasil), com mudanças quase que diárias dos trajetos dos ônibus, fazem com que todas as pessoas (e os motoristas) que dependem de transportes para ir e vir para suas casas depois de um dia estressante de trabalho, ou de alguma consulta médica, passem o maior “sufoco”, “presas” em engarrafamentos e levem horas e horas para chegar aos seus destinos.
Foi o que aconteceu comigo e, tenho certeza, com muitas pessoas que têm horário para cumprir em seus trabalhos ou outros compromissos inadiáveis.
Depois de fazer vários exames na Policlínica de Bacaxá, ultra-sonografias e tomografias computadorizadas, fiquei por dois anos aguardando uma chamada para a operação de próstata e hérnia que preciso fazer. Recebi o aviso que deveria me apresentar no Hospital dos Servidores  do Estado, localizado na Rua Sacadura Cabral. Para chegar lá, peguei um ônibus às 5.30 horas da manhã em São Gonçalo, que, soube, me deixaria na porta do hospital. Consegui chegar às 8 horas, num trajeto de mais de duas horas. Até aí, nada demais...
Feitos os exames, que eram apenas de avaliação, o médico me disse que eu não precisaria operar agora e me receitou um medicamento bom, mas apenas paliativo. O pior estava para acontecer: saí do hospital um tanto decepcionado com a consulta e fui em busca de condução para voltar para Niterói ou São Gonçalo. Que condução? Andei pela Praça Mauá, Rua do Acre, Marechal Floriano, Presidente Vargas, Avenida Passos, Praça Tiradentes, Rua da Carioca,
Foto de Fernando Frazão AG. Brasil
Cinelândia e ninguém sabia onde eu poderia pegar o ônibus para atravessar a ponte. Pessoas, jornaleiros, bares, lojas, camelôs, até um fiscal de uma empresa de transportes. Ninguém, ninguém sabia como eu poderia embarcar em um ônibus para Niterói. Lembrei-me das barcas, mas já estava muito longe para voltar. Nesta busca infernal levei mais de três horas, até conseguir um, na Cinelândia, cujo motorista me disse que, no dia seguinte, o trajeto seria outro. UFA!
Pessoalmente, acho que o prefeito Eduardo Paes é bem intencionado. Mas bem que ele poderia fazer as obras um pouco mais devagar, ter começado antes, com planejamento, sem atropelos e sem tantas alterações nas linhas de ônibus.
Quem pega a Avenida Brasil todos os dias sabe do que estou falando... Tenho certeza, que, se o prefeito se aventurar nesta viagem, vai mudar, completamente, seu projeto urbanístico.