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domingo, 26 de julho de 2020

Obra de Niemeyer, a torre da extinta TV Manchete, em Olinda, está abandonada

Criação de Oscar Niemeyer, a torre da antiga TV Manchete, em Olinda (PE). ReproduçãoYou Tube

Primeira obra do arquiteto Oscar Niemeyer em Pernambuco, a torre da Rede Manchete está abandonada, pichada e depredada, apesar de estar em curso um processo de tombamento na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

O terreno, que pertence à massa falida da TV Manchete, virou a Ocupação Manchete, que abriga 200 famílias. Segundo matéria no Diário de Pernambuco, são duas construções: a torre e um prédio térreo, que abrigava estúdio, redação e ambientes administrativos.

O mirante da torre. Reprodução Diário de Pernambuco

"Sem telhas ou coberturas, o prédio térreo, dividido entre várias famílias, padece com goteiras e cheiro de mofo. A situação precária se repete nas outras construções irregulares do espaço - algumas são mais estruturadas, de alvenaria, enquanto outras são de madeira e lona plástica. A torre, de 83 metros de altura, não foi mexida pelos ocupantes do terreno, que se esforçam, na medida do possível, para preservá-la. Na base do imóvel há mato e entulho acumulados. A pichação está por todos os cantos. As instalações elétricas e hidráulicas, assim como resquícios da Manchete e da RedeTV, se não estão destruídos, foram furtados por vândalos. Está intacta escadaria de acesso à cúpula, que lembra um disco voador. Mas o ambiente é escuro e nos mais de 30 lances de escada se vê de tudo jogado pelos cantos - como restos de comida e lixo", diz a matéria.

A RedeTV chegou a usar as instalações alugadas à massa falida da TV Manchete, mas em 2017, com o fim da transmissão analógica, deixou o local.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Biblioteca Nacional digitaliza acervo dos Diários Associados


A Biblioteca Nacional fechou acordo para digitalização do acervo dos Diários Associados. Estão incluídos no acordo veículos essenciais da imprensa brasileira, tais como Jornal do Comércio, Correio Brasiliense, A Noite, O Jornal, Revista O Cruzeiro entre outros títulos.  Além de ceder os direitos de divulgação de todas a sua coleção, os Diários Associados doaram à FBN a coleção (física) do periódico “O Jornal” (1919-1974) composta por 576 volumes, mais 383 volumes do periódico “Diário da Noite” (1929-1962). O acordo prevê também que a Biblioteca Nacional receberá 36.631 discos de 7, 10 e 12 polegadas, do acervo da Rádio Tupi. Boa parte do acervo físico de periódicos já está microfilmado e disponível para consulta na Biblioteca Nacional. O processo de digitalização está em andamento  o que possibilitará consultas via internet. Conheça um pouco da história dos principais periódicos da coleção:
DIÁRIO DA NOITE
Um vespertino que será sempre o arauto das aspirações cariocas.  Rio de Janeiro (RJ) 1929 – 1973
Fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 5 de outubro de 1929, dirigido por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (seu dono formal), Cumplido de Sant’Anna e Frederico Barata, o Diário da Noite foi um vespertino em complemento ao matutino O Jornal, também de “Chatô”. Apresentava-se como membro da “vanguarda do movimento liberal”. Lançado em duas edições diárias, saindo a primeira às 15h, foi um empreendimento totalmente projetado em apenas duas semanas, tendo conquistado entre 60 e 80 mil leitores em seu primeiro mês de circulação. Editado até 1973, foi mais um dos inúmeros periódicos dos Diários Associados, a rede de comunicação iniciada por Chateaubriand nos anos 1920. Foi no Diário da Noite que Nelson Rodrigues escreveu folhetins usando o pseudônimo de Susana Flag. Funcionava no famoso Edifício da Noite, construído pelo próprio jornal, na Praça Mauá número 7, onde sempre funcionaram, no último andar, os estúdios da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

O JORNAL
Veículo de comunicação que deu início a construção do império de Assis Chateaubriand. Rio de Janeiro (RJ) 1919 – 1974. Lançado em 17 de junho de 1919 no Rio de Janeiro (RJ), O Jornal foi um diário matutino de grande circulação. Anteriormente vinculado à política, seu diretor inicial, Renato de Toledo Lopes, era editor da versão vespertina do Jornal do Commercio carioca – por conta de um atrito com a direção geral deste periódico, demitiu-se para fundar a sua própria folha; sem abrir mão de uma provocação, já que “o jornal” era como o Jornal do Commercio era informalmente chamado. Todavia, quando já completava cinco anos de publicação, O Jornal foi comprado por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Sob o comando de “Chatô”, a folha constituiu-se no o primeiro e mais importante órgão da cadeia dos Diários Associados. Foi sob esta segunda direção que a folha galgou sua grande importância na história da imprensa brasileira, até sua extinção, em 1974.

O CRUZEIRO
A maior e melhor revista da América Latina. Rio de Janeiro ( RJ) 1928-1975.
Revista semanal, lançada em 10 de dezembro de 1928, O Cruzeiro estava nas bancas de todas as capitais e grandes cidades do Brasil, e nos principais pontos de venda de Buenos Aires e Montevidéu. Esgotaram-se rapidamente, em poucas horas, os 50 mil exemplares no lançamento. Pouco depois de seu lançamento, já havia se firmado como a grande revista nacional.
Revolucionou o mercado editorial brasileiro com utilização de fotografias, apresentação gráfica moderna e conteúdo diferenciado. A receita era aparentemente simples: uma resenha do noticiário nacional e internacional da semana com farto material fotográfico, textos literários, reportagens sobre lugares exóticos e aspectos pouco conhecidos da fauna e da flora brasileiras, colunas que abarcavam um leque variado de assuntos. O jornalista David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon, foram fundamentais para o sucesso da revista, tornaram-se uma das mais notáveis duplas jornalísticas da história da imprensa no Brasil, que nos anos 40 e 50, fizeram reportagens de grande repercussão.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO
O mais antigo periódico em circulação da América Latina.  Recife (PE) 1825 – até a presente data
O “Diário de Pernambuco”, fundado em Recife em 7 de novembro de 1825 pelo tipógrafo Antonio José de Miranda Falcão, é o mais antigo jornal da América Latina ainda em circulação, seguido pelo Jornal do Commercio do Rio de Janeiro (de 1827). Foi um jornal projetado para cobrir assuntos de interesse comercial. Trazia informações gerais sobre a vida mercante de Pernambuco, como anúncios de produtos, leilões, roubos, compra e venda e horários de embarcações. Era veiculado pela Tipografia Miranda & Companhia, que em 1828 passa a se chamar Tipografia Fidedigna, em virtude de uma mudança de endereço. Depois de ser administrado pelo seu fundador, em 1835 o jornal passa a ser propriedade do comendador Manuel Figueroa de Faria. Em 1901 o jornal é leiloado e adquirido pelo conselheiro Francisco de Assis Rosa e Silva. No ano de 1912, por conta de rivalidades políticas locais entre Rosa e Silva e o general Dantas Barreto, o jornal é empastelado. Em 1920 passa para as mãos do coronel Carlos Benigno Pereira de Lyra. Em 1931 o jornal é vendido à cadeia “Diários Associados”, de Assis Chateaubriand. Em 3 de março de 1945 o jornal sofre outro empastelamento, por conta de sua postura agressivamente contrária ao governo getulista, algo característico dos “Diários Associados”. Depois da invasão de sua redação e depredação do patrimônio, fica 45 dias sem circular. Em 1994 passa a ser administrado pelo “Condomínio Associado” e pelos empresários Armando Monteiro Filho, Eduardo de Queiroz Monteiro e Paulo Sérgio Macedo. No ano de 1997 a publicação volta a ser dos “Diários Associados”, sob a presidência de Paulo Cabral. Periodicidade diária.

JORNAL DO COMMERCIO
Utilizado por muitos anos como publicação oficial dos atos do governo, Rio de Janeiro (RJ) 1827 – até a presente data. O Jornal do Commercio é um jornal econômico brasileiro. É o jornal mais antigo de circulação diária com publicação ininterrupta da América latina. Teve origem no Diário Mercantil (1824), de Francisco Manuel Ferreira & Cia., editado no Rio de Janeiro, voltado para o noticiário econômico. Adquirido por Pierre Plancher, teve o seu nome mudado para Jornal do Commercio em 31 de Agosto de 1827. No período de 1890 a 1915, sob a direção de José Carlos Rodrigues, contou em suas páginas com os nomes de Rui Barbosa, Visconde de Taunay, Alcindo Guanabara, Araripe Júnior, Afonso Celso e outros. Era então editorialista José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Desde 1957 integra os Diários Associados.

FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL. VISITE O SITE DA BN, CLIQUE AQUI