Aguinaldo Silva: nas referências do passado, a confirmação de uma carreira de sucesso

por Eli Halfoun
O autor Aguinaldo Silva tem recebido algumas (poucas é verdade) críticas por estar usando em “Fina Estampa” idéias e referências de seus outros trabalhos de sucesso. Aguinaldo é responsável por algumas das melhores novelas exibidas na Globo e nada mais acertado do que buscar em sua criatividade e sucesso as referências para seu próprio trabalho. É também uma busca inovadora porque Silva não deixa seus antigos personagens caírem no esquecimento e pratica um exercício comum na vida: o de buscar no passado pessoal ou profissional o que de bom nos aconteceu para voltar a usar no presente e no futuro. As referências utilizadas por Aguinaldo Silva não atrapalham em nada o desenvolvimento de “Fina Estampa”. Pelo contrario: a novela está cada vez mais movimentada e criando até pelas referências um contato maior com o público que nunca esquece o que é bom como foram todas as novelas de Aguinaldo Silva. Não é diferente com “Fina Estampa”. (Eli Halfoun)

Marcelo Serrado cria um Cro para ficar inesquecível

por Eli Halfoun
Personagens homossexuais são comuns em novela e na maioria das vezes permitem aos atores que os interpretam desenvolverem bons trabalhos, mas nunca um personagem gay foi tão perfeitamente criado como o Cro que Marcelo Serrado interpreta em “Fina Estampa”. Não é nenhum exagero dizer que como criação artística (incluindo os figurinos, ou seja, o guarda-roupa) Cro não só é perfeito como garante o melhor e mais divertido trabalho de uma novela recheada de craques. Marcelo Serrado encontrou o tom exato para falar, gesticular e até para fazer as caras e bocas comuns em personagens homossexuais. É uma frescura sem exageros e que certamente levará o excelente trabalho de Marcelo Serrado a ser indicado para vários prêmios. Se não os receber será mais uma das muitas injustiças cometidas contra os gays. No caso contra o personagem e também contra o ator que de gay não tem nada, o que, aliás, valoriza em dobro o seu trabalho que tem sido até agora o de mais fina estampa na boa novela de Aguinaldo Silva. (Eli Halfoun)