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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vasco: nau à deriva e Almirante idem

por Gonça
Roberto Dinamite foi um craque, o Vasco deve muito à sua garra e aos seus gols memoráveis. Mas o que dizer do Dinamite presidente? Pegou o clube em fase difícil, é fato, mas dívidas não são privilégios de São Januário. Todos os grandes times do Brasil têm imensos passivos, o Vasco nem encabeça a lista-serasa. Só que encontram soluções criativas e trabalham para descobrir saídas. Posso estar errado mas Roberto Dinamite passa uma impressão de falta de apetite pelo comando. Talvez esteja delegando demais e delegando para as pessoas erradas. Ontem, o Vasco perdeu para o Resende. Foi vaiado pela torcida. Coberta de razão. A quem argumentou que foi apenas o jogo de estreia, que a torcida deveria dar um crédito de confiança, a galera responde que já não há crédito, ao contrário, rola um débito de sete anos fazendo figuração em campeonatos. Ser coadjuvante é posição que não combina com a trajetória do CRVG, que não fez apenas história no futebol mundial, escreveu lendas. Gerações de craques que deixaram suas marcas em São Januário comandaram expressos, nunca viajaram nos últimos vagões de trens desgovernados. Os últimos títulos nacionais foram em 1997 e 2000. De lá pra cá, apesar das dívidas, dois cariocas - Flamengo em 2009 e Fluminense no ano passado - chegaram lá. Querem um exemplo da falta de comando? No ano passado, em erro bisonho, o Vasco perdeu seis pontos no Campeonato Carioca por ter escalado jogador sem a papelada liberada. Este ano, os três reforços não puderam jogar ontem, e não entram em campo na próxima partida, porque o clube, apesar de ter dirigentes com salários milionários, não providenciou a tempo a documentação exigida pela CBF.
À torcida cabe protestar, pressionar, demonstrar sua insatisação com certos jogadores e dirigentes que fazem corpo mole, mas pouco pode influir além disso. Mas está na hora dos vascaínos de coração e alma com influência interna na Colina exigirem explicações da diretoria.
A nau parece à deriva, de velas arriadas e leme torto. E o Almirante, idem.