Mostrando postagens com marcador aviação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador aviação. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 19 de março de 2019

Publimemória - A aviação voa de costas?

por Ed Sá

Os aviões são mais seguros - apesar do computador pirado do tal Boeing Max 8 - mais rápidos, têm mais autonomia, há mais rotas e muito mais cidades dispõem de aeroportos. Então ficou mais prático e confortável viajar de avião? Nem sempre. As cabines já não são tão confortáveis (primeira classe à parte), o serviço a bordo é precário quando não caro, protocolos de segurança exigem tempo e paciência dos passageiros, paga-se passagem, direito de escolha de assento, bagagem, taxa de embarque, espaço pra perna se o freguês quiser, transferência de voo, pra remarcar, pra cancelar etc.

Isso sem falar nas companhias de low cost, também conhecidas como Sadô-Masô Airways.

Então é isso: em termos de conveniência, a aviação até parece voar de costas.

Veja o anúncio acima publicado na Manchete no começo da década de 1960: a Real Aerovias, empresa brasileira que nunca figurou entre as grandes, oferecia voo direto de Constellation do Rio para Los Angeles com escala em Bogotá e Cidade do México, mas sem conexão. Ou seja, o cidadão não precisava trocar de avião.

Não há, hoje, voos diretos do Rio para Los Angeles. As frequências que ainda existem exigem troca de avião e horas de espera em aeroportos. Parece-me que ainda há uns poucos voos sem escala São Paulo-Los Angeles. A situação do Rio de Janeiro é pior. A cidade vem perdendo voos diretos do Galeão para as principais capitais do mundo. Em seis anos, segundo O Globo, o Rio perdeu 25% dos voos domésticos e internacionais. Até Rio-Orlando, abastecido pelos mickeymaníacos e sacoleiros nutella, já foi cancelado. O último Rio--Nova York direto decola em abril próximo.

Sinal dos tempos: para pegar esse voo da Real que o anúncio promove os paulistas tinham que vir para o Rio. Hoje, em algumas rotas internacionais, os cariocas têm que fazer um pit stop na Paulicéia.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Tecnologia: um drone para transporte individual... Vem da China

eHang/Reprodução

eHang/Reprodução

eHang/Reprodução
A novidade vem da China: um drone elétrico para transporte pessoal. Trata-se do eHang 184, um quadricóptero de cabine fechada, por enquanto capaz de transportar uma pessoa por 23 minutos ou 16km. Há um longo caminho a percorrer em termos de custo, segurança e autonomia. Desde os anos 50, especialmente nos Estados Unidos, vários inventores ou fabricantes tentaram criar o carro-avião para transporte pessoal. Geralmente, tais projetos eram derivados de pequenas aeronaves com asas dobráveis, adaptadas para circular em ruas e rodovias.
Nenhum desses aparelhos revelou-se prático ou seguro. Ficou no sonho. Jamais foram comercializados para o grande público. Mais ou menos o que aconteceu com os carros-anfíbios, outra febre nos anos 50, que não concretizaram a possibilidade de um veículo sair da estrada e atravessar sem grandes complicações rios, lagos e baías.
Agora os drones - até aqui de pequeno porte e controlados remotamente - inspiram um novo caminho, não se sabe ainda se para lazer ou uso diário. Especialistas europeus em transporte urbano consideram inadiável a necessidade de um transporte aéreo individual para uso nas grandes cidades, a médio prazo. Mas são teses muito contestadas por outros pesquisadores que avaliam como inevitável o fim do transporte individual por questões ambientais e de sustentabilidade e que o investimento prioritário deverá ser em formas não poluentes de mobilidade coletiva, sem desperdícios de materiais.



Santos Dumont tentou popularizar o Demoiselle, seu modelo mais avançado e...

considerado fácil de transportar e prático como um ultraleve. 
Bom lembrar que Santos Dumont investia na aviação como transporte individual. Um dos seus aviões mais bem desenvolvidos e com conceitos avançados para a época foi o Demoiselle, de 1909. Era o mais barato e menor modelo da época. praticamente um ultraleve. com o qual ele quebrou sucessivos recordes de velocidade e distância. Foi o primeiro avião construído em série - cerca de 40 aparelhos. Diz-se que o brasileiro dava de graça os planos de construção do Demoiselle: seu sonho era popularizar a aviação.
VEJA UM VÍDEO SOBRE DESENVOLVIMENTO E TESTES DO eHANG. CLIQUE AQUI